Somebody to love. escrita por eg16
Notas iniciais do capítulo
O capítulo tá bem Tomletta, e confesso, tô amando deixar o casal assim, tão juntinhos. haha. Espero que gostem.
Violetta’s pov.
Tomás estava prestes a contar a história de sua vida quando fomos interrompidos por meu pai.
[flashback on]
– Desculpem, ainda estão estudando? – Meu pai entrou no quarto com um sorriso de orelha a orelha.
– Sim, estamos. Na verdade, estávamos. – Ri baixo.
– Posso falar com você rapidinho, Vilu? – Falou meu pai, ainda encostado na porta. Tomás assistia a cena com sorriso sem mostrar os dentes. Ele parecia estar realmente com vergonha, pois meu pai o fitava de segundo em segundo.
– Claro. – Levantei e fui a caminho do mesmo. – Ah, Tomás, já volto. Se quiser, pode continuar estudar o texto. – Sumi no corredor.
– Er, então... Não sei como te dizer isso. – Me pai silabava cada palavra como se fosse a coisa mais difícil do mundo.
– Pai, relaxa... Agora me diz, o que aconteceu de tão importante?
– Angie... Ela vai voltar pra casa. Não, ela vai vir pra cá... – Ele havia corado, isso era notável. – Eu queria só te avisar. – Continuava cabisbaixo e se enrolando ao falar.
– TÁ BRINCANDO? – Gritei eufórica. – AI, QUE ÓTIMO PAI! Sabe que torço muito pra vocês dois, né? – O abracei.
– Bom, me sinto mais aliviado agora. – Ele beijou minha testa.
– Relaxa viu. E aliás, tia Angie e você formam um belo casal. – Soava estranho dizer aquilo, levando em conta que ela era irmã da minha mãe, que... enfim. Soava estranho, mas os dois realmente se davam bem, e eu ficava feliz em ver meu pai sorrir novamente.
[flashback off]
– Então, onde paramos? – Encostei na parede e fiz uma pose idiota de modelo.
Ele soltou um sorriso malicioso e eu pude perceber que ele me olhava de outro modo, não do modo que esperei que me olhasse. – Pronto, pra quê? – Riu.
– Uai. – Silabei. – As aulas, esqueceu, aluno? – Sentei-me no tapete do seu lado.
– Ah, fala sério. – Seu olhar estava vamos-continuar-mesmo?
– Beleza. – Respondi com o mesmo olhar. – Vamos comer, estou morta de fome.
– Isso, agora falou a minha língua! – Tomás levantou animado, e quando menos esperava, me puxou para si. Ficamos a centímetros de distância, e seus olhos, de perto, eram ainda mais lindos. Ficamos assim, nos encarando por segundos, até que voltei a minha consciência.
– Vamos, então. – Me soltei dos braços de Tomás dando as costas e descendo os degraus da escada o mais rápido possível.
Chegamos a cozinha e Olga preparou dois saborosos sanduíches de peru. Comemos, os dois em silêncio, e aquilo não estava me incomodando, pelo contrário, estava apreciando aquele momento. Era engraçado como com Tomás eu me sentia somente a Violetta, não a aluna nova. Ou a argentina, a menina que se dá bem com o espanhol. Era legal ver como sua respiração saía coordenadamente e como seus olhos fitava o peito de peru cheio de emoção. Quando percebi que estava olhando diretamente pra ele por minutos, ele também estava olhando pra mim.
– Sabe... – Respirou fundo. – Eu sempre achei que os argentinos fossem, sei lá, diferentes dos brasileiros.
– Não somos. – Ri sem mostrar os dentes. – Pelo menos, não exatamente. Somos melhores no futebol, isso definitivamente.
– Nem brincando. – Ele riu fazendo uma careta.
– Aposto que ganhamos de vocês na copa.– Estendi a mão para que o mesmo pudesse tocá-la.
– Apostado, little princess. – Ele apertou minha mão.
– Se eu ganhar, tem que ir pra escola vestido com o uniforme argentino. – Fiz biquinho.
– E se eu ganhar, você tem que me beijar. – Senti meu rosto queimar. Aquela frase me levou a total constrangimento. Olhei parcialmente o rosto de Tomás e percebi que ele também havia corado e tampado parte do rosto com as mãos. – Er... Acho que já vou pra casa. Então, tchau, nos vemos amanhã. – Deixou os restos de seu sanduíche e direcionou-se para a porta.
Levantei-me para acompanha-lo, mas não pude olhar diretamente para seu rosto.
– É, nos vemos amanhã.
Ouvi a porta rugir e observei de lado, Tomás já havia saído, e minha sanidade chegado.
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