Somebody to love. escrita por eg16


Capítulo 10
Sms


Notas iniciais do capítulo

alô brasil, eu to apaixonada pelos dois desse jeitinho ♥♥ eajiosjaoi espero que gostem.



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Violetta’s pov.

Senti meu celular vibrar enquanto secava meu cabelo. Respirei fundo, sabia quem era, só estava assustada. Assustada, essa era exatamente a palavra certa pro momento. Me assustava o rebuliço de sentimentos que Leon me causava. Raiva, dor e medo. Esses eram uns dos quais, por mais que eu tentasse, não conseguia entender.

“Como descobriu quem era? E sobre ter conseguindo seu número, é uma longa história.” xxLeon.

Fiquei paralisada, apenas lendo e relendo a mensagem com o maior cuidado possível. “É uma longa história.” Isso quer dizer então que ele correu atrás. Ele, de algum modo, se arriscou atrás do meu número.

“Tenho todo o tempo do mundo. Quer começar por onde?” xxVioletta.

Respondi ainda incrédula e pouco acreditando no que acabara de acontecer. Eu, trocando mensagem com o professor Leon, o professor mais carrancudo e arrogante do colégio. Algo estava errado.

Cansada de secar os fios ainda molhados, deixo o secador de lado, me jogando sem mais delongas na cama. Encarando o celular, somente eu, ele, o sms, e os batimentos acelerados e incontáveis do meu coração.

Leon’s pov.

Eu checava o celular segundo pós segundo, pensando em puxar algum assunto com ela. Sei que é errado, mas pra quem já tinha atirado a pedra, o resto era só... resto. Num surto de adrenalina e euforia, pensei em chama-la para passear, e assim poderíamos colocar o assunto em dia. Protestei. NUNCA! Eu sou um professor, não quero sujar meu diploma, nem por ela, nem por ninguém. A cerveja estava realmente fazendo efeito.

– Leon, qual é, bebe mais uma com a gente. – Maxi, um amigo próximo (principalmente nas bebedeiras) estende mais uma latinha para que eu fique e continue bebendo com o grupo.

– Amanhã eu trabalho, sabia. Ao contrário de você, não herdei monumento algum da minha família. – Ri, dando um soco leve em seu ombro.

– Como se precisasse, você é podre de rico. – Rimos juntos lançando caretas para o resto do grupo que ria de nós dois.

– Bem se fosse assim. Bem se fosse. – Ri acenando, seguindo meu caminho até meu carro, uma bmw azul, estacionada bem de frente ao mar. Esse, sem dúvida alguma, é o ponto alto de morar no Rio. Temos sempre uma bela vista e um lugar calmo para relaxar. Sentei-me no banco e abaixei o vidro, deixando o ar entrar e abafar minhas narinas. Estava prestes a dar partida quando me lembrei do celular, e logo respondi a mensagem, me arrependendo logo depois.

“Peguei na sua ficha. Desculpa.” xxLeon.

Poucas palavras, e palavras secas, essa seria a combinação perfeita. Ou não.

“Se queria falar comigo, pedisse meu número pessoalmente, é mais bonito. Mas desculpas aceitas. ;)” xxVioletta.

Ela tinha realmente respondido aquilo? Não consegui assimilar tudo direito. Reli o sms pelo menos três vezes até que minha mente tomar rumo. Precisava sair dali o mais rápido possível, já estava bêbado o bastante pra me vencer e voltar a tomar mais algumas cervejas com Maxi.

“Não queria. ;)” xxLeon.

Grosseria. Um presente herdado de todos meus ancestrais e algo talvez não tão conveniente. Mas não era pra ser conveniente. Não era pra ela achar que eu queria falar com ela.

–-

Apartamento 23, nada de sms novos. Larguei as chaves do carro em qualquer lugar, sem me importar, precisava de um banho gelado. Após o banho, e mais sóbrio, decidi checar o celular mais uma vez, como de costume. Nada. Pensei diversas vezes se devia me desculpar pela grosseria, mas isso resultaria em mais desculpas, e entraríamos em um circulo vicioso.

“Você é sempre grosso assim ou tá fazendo cursinho?” xxVioletta.

Estava esquentando um lanche no microondas quando ouvi o celular apitar. SMS. Corri pra ver o que era, e era ela. Soltei um riso largo com a ironia da garota. Havia muitas coisas que eu ainda não conhecia sobre ela, o humor era uma delas.

“Só com pessoas como você, princesa. Risos.” xxLeon.

Respondi o mais rápido possível. Esse não sou eu. Estou parecendo um adolescente bobo querendo impressionar a garota difícil. Confabulei diversos diálogos em minha mente, diálogos nossos, onde nossas piadas sem graça seriam as mais engraçadas. Ri pra mim mesmo. A argentina estava realmente me tirando do sério.

“Perdeu seu senso de humor? Podemos marcar de procura-lo, o que acha? Engraçadinho!” xxVioletta.

Mordi meu lábio inferior ao ler, ela definitivamente era minha versão feminina. Carrancuda, grosseira e um tanto quanto humorística. Quis responder que sim, um dia iriamos procura-lo juntos, mas o melhor era me resguardar, me confortando apenas com boa noite.

“Bem humorística você em, Castillo. Durma bem, palhacinha.” xxLeon.

Larguei o celular quase sem bateria na mesinha do telefone enquanto ia para o banheiro me preparar pra dormir.

Violetta’s pov.

Meu subconsciente não deveria estar respondendo assim. Meu coração não deveria estar acelerado e meu corpo não deveria estar pedindo para ver aqueles olhos pequenos esverdeados, implorando inconsequentemente. Eu não devia estar assim. Eu tenho que odiá-lo, gostando da ideia ou não. Pensei em olhar o celular, mas estava pronta pra dormir, já deitada. Firmei-me um pensamento de que não teriam novos sms, tentando me auto enganar. Obstáculos à parte, adormeci, imune a tudo, apenas recordando a noite que passei.

–-

3:54 da manhã e eu ainda acordada, sem sono. Decidi que o mais propicio era descer até a cozinha e comer algo, pois minha barriga estava roncando. Desci e servi um copo cheio de leite e peguei alguns biscoitos no armário. Comi, sem pressa alguma, apenas deixando de lado o fato de que teria que acordar daqui a algumas horas para mais um dia de aula. Tomei o liquido em poucas goladas, pondo fim no mesmo. Peguei o copo e o prato sujo e os depositei na pia. Olga não iria gostar de ver aquilo quando acordasse, mas eu estava definitivamente sem vontade alguma de lavar. Voltei ao quarto e, de relance, dei uma breve olhada no celular. Novo sms, esperando por respostas.

“Obrigada. Bons sonhos, senhor humor.” xxVioletta.

Deitei novamente, com o celular por perto. Não sabia o que esperar do meu ultimo sms. Provavelmente nada, se levarmos em conta o horário. Não me importava, eu tinha que o responder, era mais forte que eu. Acabei adormecendo minutos depois, sem respostas.


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