POV Peeta

Nalu já está com 5 meses e meio de vida e está sendo a melhor coisa que poderia imaginar. Sou o homem mais feliz do mundo. Meu casamento está indo muito bem, temos alguns altos e baixos mas nada fora do normal, Katniss e eu somos muito teimosos então sempre temos alguma discussão; coisas normais de qualquer outro casamento, acho que isso é a nossa única coisa normal, porque nós mesmos não somos normais desde da primeira arena. Enfim, Nalu está muito esperta, se coloco ela na nossa cama ou no chiqueirinho ela se vira e fica debruço pra poder se rastejar; outro dia virei as costas pra pegar a sua chupeta e quase que ela cai da cama. Ela é muito esperta. Sua gengiva está branca porque os dentinhos já estão pra nascer e nisso veio toda a manha, choro, a irritação e isso está deixando eu e Kat nervosos, mais a Kat, mas enfim mesmo com tudo isso ainda sim essa família está sendo a melhor. Sempre sonhei com isso, mas quando cresci já estava perdendo as esperanças de poder realizar esse sonho, e quando menos esperei estava com Katniss como minha esposa e com uma filha minha.

Há um mês venho sonhando com um bebê, menino, suponho que seja meu filho, até cheguei a pintar ele então decidi falar com a Kat para termos mais um ou dois filhos. Estou tomando coragem pra falar com ela, e essa é a hora:

– Meu amorzinho – Chamo com calma a Kat e manhoso

Ela para de fazer o café para me olhar: - Oi Peeta, o que você quer? – Como assim ela sabe o que eu quero!?

– Nossa como assim o que eu quero?

– Peeta sério? Quando você quer alguma coisa você me chama de meu amorzinho e faz cara de cão que caiu da mudança

– Não faço não, e não falo não. Não posso mais te chamar assim? Eu paro sem problemas – Faço um pouco de drama pra disfarçar o nervosismo

– Não Peeta, não é isso. Eu amo quando você me chama com nomes assim.. Desculpa se te magoei

– Tudo bem. Mas então, queria falar uma coisa com você...

– Ai meu Deus Peeta o que você aprontou agora? O que aconteceu com a Nalu?

– A Nalu está bem, dormindo feito uma pedra, igual ao um anjinho. E não aprontei nada. É que eu ando tendo um sonho.

– Ai que susto.. mas que sonho Peeta! Olha não vai inventar ein

– Será que da pra parar de me interromper? – Kat levanta as mãos pro alto pra mostrar rendição – Continuando.. Eu no ultimo mês sonhei com um bebezinho lindo, e estávamos muito felizes. Daí pensei porque não ter mais um ou dois bebês daqui algum tempo? Sei que é cedo, mas não precisa ser agora.. até porque a Nalu só tem cinco meses, poderíamos esperar ela fazer um ano e meio ou até dois aninhos pra tentar de novo...

– Olha Peeta, não sei, não sei se vou aguentar mais uma gravidez, passar por tudo de novo e ainda ter uma filha pra continuar criando... vou pensar

Fiquei meio triste com sua resposta, mas sei como é difícil... Bom ela disse que vai pensar, já é alguma coisa neh... tento disfarçar pra Kat não perceber como fiquei chateado.

– Muito obrigado amor, você falando que vai pensar já é alguma coisa.

– Peeta eu sei que você ficou meio chateado, mas é que pra mim que nem queria ter filhos e já temos a Nalu, é complicado pra mim...

– Kat eu sei, não precisa se explicar ta. Não se preocupe comigo. – Digo e dou um aabraço bem apertado em Katniss pra lhe passar segurança e mostrar que tá tudo bem. Solto o abraço e vou tomar o café da manha para ir pra padaria.

Chego na padaria e Teddy já esta lá no balcão para começar o expediente. Entro e vou direto para a cozinha preparar os pães. De uns dois meses pra cá a padaria está lucrando muito, e vou precisar contratar mais gente para ajudar, até coloquei uns anúncios mas nada ainda.

POV Katniss

Minha vida está muito bem. Mas meus pesadelos não, ainda bem que tenho Peeta para me acalmar. Minha princesinha está muito linda, amo mais ela a cada dia que passa como se fosse possível. Mais cedo Peeta veio com essa historia e ter mais um filho, não sei se é uma boa ideia. Já foi difícil de aceitar a gravidez de Nalu, ainda estou me adaptando a essa vida que nunca quis ter, mais um filho ia piorar. Nós temos sorte do Peeta não ter tido mais nenhum de seus flashes desde que nos casamos, mas até quando. Não posso arriscar, com Nalu já é arriscado de mais, com mais um filho então vai ser muito pior. Não aguento ver ele chateado como sem que ele ficou, ele pode não dizer mas eu sei que ficou; o conheço bem.

Estou deitada faz umas duas horas pensando nisso do Peeta, até que sou tirada de meus pensamentos pelo choro estridente de Nalu. Chego no quarto e assim que ela me vê para um pouco de chorar e levanta os bracinhos para eu pega-la no colo.

– Oi meu amorzinho, está com fominha é. Vem cá, pra mamãe te dar de mama.

Nalu pega meu seio com suas mãozinhas e suga bem forte. Depois de um tempo Nalu usa meu seio para coçar a gengiva e isso me dói então a tiro e faço ela arrotar. Deito ela em meus braços e ela me olha com aqueles olhinhos azuis brilhantes e sorri. Sorrio de volta e passo meu dedo indicador em sua bochecha rosada e digo

– Seu pai quer te dar um irmãozinho ou irmãzinha, o que acha?! – Ela para de sorrir e começa a prestar atenção como se entendesse perfeitamente o que digo. – Ein, será que é uma boa ideia? Bom, vamos deixar acontecer, mas não vamos falar nada para seu pai ein. Será nosso segredo. – Ela continua me encarando e quando acabo ela abre de novo um sorriso como se concordasse com o que eu falei.

Por fim não tinha nada para se fazer em casa então peguei vários cobertores e um colchãozinho coloquei forrei bem coloquei Nalu e deitei junto para vermos um pouco de televisão. A ultima coisa que me lembro é de ver Nalu dormindo profundamente, então adormeço junto. Acordo com os passos de Peeta entrando na sala.

– Veio mais cedo pra casa hoje?

Peeta vê onde eu estava, levanta a sobrancelha e diz: - Kat sai no horário normal, até demorei um pouco mais na padaria hoje

– Nossa sério? Que horas são?

– 7:30 da noite

– O que?! Eu dormi a tarde inteira?

– Acho que sim e pelo jeito não foi só você né, Nalu ainda está dormindo – Assim que ele fala eu olho para o lado e Nalu continua dormindo tranquilamente.

– Acho que estávamos cansadas mesmo. – Digo me levantando e indo em direção ao Peeta para lhe dar um beijo. Volto para pegar Nalu para dar um banho nela e dar de mama, que já passou da hora. Quando chego no quarto para dar banho Peeta entra e diz:

– Deixa que eu dou banho nela, faz tempinho que não faço isso. Enquanto isso vá você tomar um banho, o que acha?

– Tudo bem, preciso mesmo de um banho bem tranquilo e sem pressa, qualquer coisa me chama. – Peeta balança a cabeça com um sim e pega Nalu dos meu braços.

Tomei um banho morno, bem devagar, deixando a água cair em minhas costas, relaxando e pensando na minha vida. Pensei no que Peeta me disse hoje, isso não para de rondar minha cabeça. Será que eu vou estar sendo egoísta se falar que não quero mais filhos? Será que Peeta vai acabar se separando de mim por causa disso? E os seus flashes como ficam? E eu como fico? São tantas coisas que eu não sei mais. Vou deixar acontecer, se for para termos mais filhos acontecerá, se não for fazer o que. Saio do banho, me enrolo na toalha e vou para o quarto. Chego e vejo a cena mais linda de todas Peeta deitado com a Nalu em sua barriga quase dormindo e ele a admirando. Assim que me vê Peeta abre um sorriso lindo, sorrio pra ele de volta e vou para o closet me vestir, volto para o quarto e pego Nalu no colo para dar de mama, Peeta nos beija na cabeça e vai para o banheiro. Assim que termino coloco Nalu no carrinho e vou para a cozinha começar a preparar o jantar, ainda não cozinho muito bem, mas é bem comestível as coisas que faço. Sinto os braços do Peeta em minha cintura e seus lábios perto do lóbulo da minha orelha

– Deixa que eu continuo fazendo o jantar meu amor.

– Tudo bem – Saio do fogão e me sento na cadeira mais próxima de Peeta para olhá-lo. Acho que nunca vou me cansar de ficar olhando pro Peeta, é incansável.

– Que foi que tanto me olha – Peeta diz assim que percebe meu olhar sobre ele.

– Nada de mais, mas eu amo ficar olhando pra você quando está concentrado em alguma coisa

– Hum, interessante isso, porque eu também amo ficar olhando pra você em qualquer circunstância – Abaixo a cabeça pra Peeta não ver o quanto eu fiquei corada, não sei porque, deveria estar acostumada, mas sempre coro quando ele fala coisas românticas ou me elogia.

– Você fica linda corada Kat, não sei porque você ainda cora, deveria estar acostumada.

– Nunca vou me acostumar com você falando coisas bonitas pra mim Peeta. – Peeta para de fazer o que estava fazendo e fica parado na minha frente, ele se abaixa a minha altura e me beija com ternura, amor, uma de suas mãos vai para minha nuca impedindo que saia do beijo e a outra para minha cintura, minhas duas mãos vão para seus cabelos e sua nuca. Assim que o ar se faz necessário nos separamos minimamente só para poder respirar um pouco. Mesmo depois desse tempo e de um certo afastamento por conta do trabalho, cansaço e cuidar de nossa filha, toda vez que beijo Peeta é sempre diferente, e cada vez melhor, a paixão de ambos mais presente que nunca deixando o beijo intenso e incansável.

– Vou terminar de fazer o jantar, dai quem sabe mais tarde não podemos fazer algo só nós dois como a muito tempo não fazemos? – Sugere Peeta com um olhar bem malicioso.

– Vou adorar isso amor. – Digo dando um selinho bem demorado nele e saindo de seus braços para ver como estava Nalu.

POV Peeta

Assim que Kat sai da cozinha termino de fazer o jantar, e fico pensando em como vou poder aproveitar minha mulher hoje; como não faço a um bom tempo digamos assim. Fiquei o dia inteiro me perguntando se Katniss irá aceitar ter mais um filho, como ela vai reagir se eu tocar no assunto de novo. Tenho muito medo de que Katniss fique com raiva de mim. Mas vai ser bom para nós, tenho certeza. Não vou ficar pressionando ela, porque sei que vai ser pior. Amanhã quem sabe eu não toque no assunto de novo, porque hoje eu só quero aproveitar esse momento.

Subo as escadas e vou até o quarto de Nalu chamar aKatniss: - Vem está pronto o jantar. – Kat leva um susto, pra ela levar um susto ela estava muito distraída, porque eu faço muito barulho por conta da perna mecânica.

– Ah!!! Que susto Peeta. Não ouvi você chegando.

– Tudo bem, mas vamos jantar?

– Estava observando nossa menininha dormindo feito um anjinho. Mas vamos sim, estou com muita fome

– Porque será que não estou surpreso por você estar com fome – Digo passando o braço por cima de seus ombros e indo em direção ao andar de baixo.

O jantar foi tranquilo, Nalu não nos interrompeu, conversamos sobre banalidades, conversamos sobre ir visitar Effie e Haymitch, coisa que faz tempo que não fazemos. Conversamos sobre tudo, menos sobre ter outro filho. Depois de jantar e arrumar a cozinha fomos para a sala ver um pouco de televisão, afinal a qualquer momento Nalu acorda para mamar pois dormiu antes mesmo de ser alimentada e ainda é cedo para dormirmos. Nem terminei de pensar Nalu chora, ou melhor berra no andar de cima, Katniss sobe como um raio. E eu fico esperando as duas ou só a Kat descer. Depois de uns 30 minutos Kat e Nalu descem sorridentes, eu pego Nalu e começo a brincar com ela. Depois de um tempinho:

– Papa

– O que foi que ela disse? Pergunta Katniss pra mim assustada

– Eu não sei amor, não entendi – Digo meio perplexo, afinal já está na hora dela falar ou ainda é muito cedo? Eu não sei dessas coisas.

– Fala mamãe, minha linda, fala ma-mãe – Pede em suplica Katniss pra nossa princesa. Mas Nalu só olha pra cara da Katniss séria e diz:

– Papa – Repete Nalu sapeca

– Peeta ela disse PAI! Como assim ela fala pai antes de falar mãe, eu que fico com ela 24 horas por dia, eu que carreguei ela por 9 meses Peeta, e ela vem e fala “papa”?!!? – Katniss ficou muito brava e chateada

– Amor calma, não fica brava, aconteceu – Vou esconder minha felicidade, afinal por um lado é verdade o que Kat disse, mas fazer o que; acho que foi mais fácil falar ‘papa’ do que mama ou outra coisa

– Tudo bem, mas poxa pai primeiro? – Katniss encostou a cabeça no meu ombro e ficou quieta até Nalu adormecer de novo. – Deixa que eu coloco ela na cama, pode ir pro quarto que eu já vou, não demoro ta. – Assinto com a cabeça e subo as escadas atrás de Katniss e vou para nosso quarto. Coloco meu pijama e me deito esperando Kat, depois de uns 20 minutos esperando, estava quase cochilando Kat entra silenciosamente se troca e deita em meu peito, como sempre fazemos. Não precisamos conversar, a presença do outro já fala por si.

– Peeta.. – Diz Kat depois de um tempo

– Fala meu anjo – Digo acariciando seu cabelo

– Obrigada por tudo. Mesmo demorando tanto tempo para ver que eu te amava. Tive que pensar que te perdi pra perceber o que sentia por você. Mesmo não dizendo sempre eu te amo muito, eu te amo. Eu te agradeço por tudo, por você me amar e não desistir de mim, agradeço por estar sempre comigo, por termos essa família linda...

– Porque está me dizendo isso Kat? – Interrompo ela, estou com medo do porque ela estar falando isso pra mim.

– Sei la, deu vontade de dizer isso. É que é difícil expressar meus sentimentos, e às vezes tenho medo de te chatear por não dizer.

– Não precisa me agradecer, eu te amo, e faço de tudo por você e agora faço de tudo por nossa família... E outra, sei sim como é difícil, conheço você e por isso não me importo de você não dizer sempre. Você estando comigo e tendo uma família comigo já me mostra o quanto você me ama e isso me basta.

Katniss fica calada de novo, então ficamos no silencio de novo. Um silencio muito agradável e confortável.

Depois de um tempo puxo Katniss para um beijo, esse beijo começa calmo, apaixonante, cada um aproveitando o outro, conhecendo mais ainda cada parte do outro. O beijo começa a esquentar puxo Katniss pra cima de mim, começo a tirar sua roupa e ela a minha, o clima esquenta, o beijo que era calmo agora é voraz, devastador, incansável; mas o ar ainda se faz necessário para nos, nos afastamos e encosto nossas testa para tomar um pouco de ar; sou surpreendido por Katniss me beijar de novo mais veroz, quando percebo Katniss esta por baixo do meu corpo, com um olhar malicioso... Quando percebo ambos estão ofegantes, suados e enrolados um no outro com o lençol por cima de nós. Faz um bom tempo que não fazemos amor tão bom. Eu me levanto para tomar um banho e puxo Kat pra ir comigo.

Assim que terminamos o banho mau nos deitamos e nossa princesinha chora, Katniss vai até o quarto ver o que ela precisa. Passa uma, duas horas e nada da Nalu parar de chorar, então resolvo ver o que está acontecendo. Entro no quarto e vejo uma Nalu chorando, e uma Katniss já desesperada sem saber o que fazer mais; tomo Nalu dos braços e tento acalmá-la, mas nada surge efeito, então penso que ela deve estar com cólica, deixo ela debruço no meu braço e assim que faço ela para um pouco de chorar, mas não da nem dez minutos e ela está chorando de novo.

– Vou ver se encontro algum chá para dar pra ela. – Diz Kat meio chorosa

– Tudo bem, vou com Nalu pro nosso quarto.

– Ta, melhor mesmo ela dormir conosco hoje.

Saio do quarto de Nalu e vou para o nosso, me deito e coloco ela na minha barriga, esperando Katniss trazer o chá. Depois de uns minutos Kat aparece com a chuquinha com o chá; depois de dar e ficar com em pé balançando Nalu debruço ela finalmente adormece, Katniss coloca ela no meio de nós dois e se deita; e finalmente apago total em rumo de sonhos bons, eu espero.

Acordo com o choro da Nalu de novo, olho para o relógio e são 3:30 da madrugada, Nalu só dormiu por duas horas. Pego ela no colo e vou pro seu quarto para não acordar Katniss. Fico balançando ela mas nada acontece. Então vou até a cozinha procurar algum remédio ou erva pra dar pra ela. Depois de algum tempo procurando eu encontro, tento dar pra ela o remédio, mas ela faz muita birra.

– Vamos tomar esse remedinho por favor meu anjinho, pra você melhorar... - Essa é a primeira vez que Nalu fica ruinzinha então não tenho experiência em dar remédio para nenéns, então depois da terceira tentativa consigo colocar o remédio pra dentro de sua boca, seguro pra que ela possa engolir. – Muito bem, agora vamos dormir ainda ta cedo pra neném do papai ficar acordada. - Fico na sala balançando Nalu que está um pouco mais calma, mas não quer dormir. Agora são 4:20 da manhã, não queria chamar a Kat, mas não tem outra solução preciso dormir pois acordo cedo pra ir pra padaria. Subo as escadas e vou pro nosso quarto, chamo com cuidado a Kat:

– Amor, a Nalu acordou por causa da cólica e agora não quer dormir de novo. E eu preciso descansar um pouco pra ir pra padaria daqui a pouco. – Katniss resmunga e vira pro outro lado, tento de novo – Kat, por favor, Nalu não quer dormir mais – Ela nem se mexe, então eu coloco de novo Nalu no meio de nós me deito e durmo de novo, ou pelo menos tento.