A Irmã dos Winchester escrita por BlueBlack


Capítulo 7
Chegamos.


Notas iniciais do capítulo

Hey, genteee. É a Blue! Um capítulo bem grande (nem tanto) pra vocês. Espero que 2224 palavras compense os dias de atraso.

Boa leitura!



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Capítulo 7

– Vamos ficar nesse silêncio a viagem toda? - Dean perguntou depois de uma hora de viagem. Ninguém respondeu. - Sabe que eu não tenho culpa de nada, né? - se dirigiu à Sam.

Kate soltou uma risada irônica pelo nariz ao mesmo tempo em que revirava os olhos. Achava impressionante como ele conseguia ser tão... irritante numa hora dessas.

– Vocês estão agindo como duas crianças que se odeiam. - Sam disse.

– É por aí... - Kate se pronunciou com a voz falhando.

– Pois é. Ela é uma criança. - Dean tentava, da pior forma, amenizar o clima.

– Cala a boca, Dean. - a pequena mandou.

– Olha aqui... - o mais velho começou.

– QUIETOS! - Sam berrou e assustou aos dois. Kate ainda mais por nunca ter ouvido Sam gritar desse jeito. - Cansei disso! Eu não vou ficar aturando essa briguinha boba de vocês. Então... - começou a abaixar o tom de voz – se acertem e parem de me perturbar.

Ficaram mudos. Um esperando alguma coisa do outro, mas claro, estamos falando de Kate e Dean Winchester.

– Sem chance. - Dean disse

– Não mesmo. – ela falou rapidamente.

Sam bufou.

– Sei que isso não vai durar muito.

Vinte minutos depois o loiro olhou pelo retrovisor pela sétima vez. Esperou ver a irmã sozinha, mas também viu dois demônios se aproximando do carro.

– Se segurem! – Dean mandou.

– O que!? – Kate perguntou confusa, porém ele já tinha freado o carro.

Freou-o e ao mesmo tempo virou o volante, nisso, o Impala capotou na estrada. Ele deu duas voltas enquanto os vidros das janelas iam quebrando e o carro amassando. Os três ficaram inconscientes e com cortes no rosto e nos braços. Dean foi abrindo os olhos devagar a tempo de ver os demônios se aproximando. Ele saiu do carro e se levantou com dificuldade já tirando sua faca do bolso.

– Calma aí, Winchester. – um dos demônios falou e mudou a cor dos seus olhos para totalmente preto. – Nós só queremos a garota.

– Vão sonhando. – o mais velho disse jogando a faca e acertando um deles.

Foi ouvido um gemido do outro lado do carro.

– Dean... – Sam sussurrou com a voz rouca. – cadê você?

– To aqui, Sammy... e com companhia. – o moreno se ergueu e assim pôde ver seu irmão.

– Demônios! – ele disse.

– Como adivinhou? – a criatura ironizou. – Eu só quero a garota. Vocês podem ir embora. Se bem que... seria bom ter vocês assistindo o sofrimento dela.

– Se encostar nela eu juro que... – Dean disse entre dentes.

– O que? Vai me matar? Ora, vá em frente. – ele disse abrindo os braços. – Mas não sou o único demônio e nem o único que a quer.

– Por que a querem? – o loiro perguntou. O monstro só teve tempo de abrir a boca, pois Castiel apareceu por trás dele e lhe enfiou a faca. – Porra, Castiel! Não podia esperar mais um pouco? – ele gritou.

– Ela não é imortal. – o anjo olhou para Kate.

Dean suspirou e andou até ela. Começou a puxá-la de dentro do veículo com cuidado. Enquanto isso, Sam examinava pequeno vidro que tinha entrado em seu ombro.

– Deixa que eu curo isso. – Castiel se ofereceu levando a mão à ferida que logo sumiu e o vidro caiu no chão.

– Valeu. – Sam agradeceu.

– Cuidar disso de forma humana não deve ser bom.

– Não, não é. - o mais novo riu pelo nariz. Castiel lhe entregou a faca de Dean.

O mais velho colocou a menina deitada em seu colo. Ela começou a gemer e a abrir os olhos.

– Dean? – ela disse rouca - Vai me dizer o que está acontecendo?

Ele olhou ao seu redor pensando no que responder. Estava cansado de esconder a verdade dela.

– Quando chegarmos eu te conto tudo. Prometo. Vem. - pegou o braço dela e o passou por trás de sua nuca. - Consegue andar?

– Se eu disser “não” você vai ter que me carregar? - ele afirmou com a cabeça. - Então sim. - se soltou dele. - Ainda estou irritada com você.

Castiel e Sam caminharam até Kate e Dean.

– Você está bem? - o anjo perguntou.

– To. Quero dizer, estou como eles. - apontou para os irmãos. - Gente, falando sério, eu já to cansada de vocês ficarem me escondendo as coisas. - se virou para Dean. - Por que você capotou com o carro?

– Demônios estavam atrás de nós. - ele respondeu.

– Não acredito em você.

– Você queria a verdade...

– Quem me garante que é essa? Me digam o que está acontecendo e eu posso...

– Aquilo garante. - ele apontou para os corpos.

– Tá, mas...

– Pra onde vocês iam? - Castiel a interrompeu.

– Ei! Eu tava falando! - Kate protestou.

– Para Lawrence, Kansas. - Dean ignorou-a.

Em questão de segundos, Castiel os mandou pra lá. Estavam dentro da casa e Dean lembrou-se do seu carro.

– Ô anjo da guarda, será que dá pra você consertar o meu carro?

Castiel sumiu e logo apareceu de novo.

– Pronto. – ele disse.

– Minha mochila! Castiel, minha mochila está no carro?

– Sim, está. Espere. - ele sumiu e voltou, outra vez. Agora com a bolsa da garota. Jogou-o para ela.

– Obrigada.

Dean olhou pela janela para ver como o Impala tinha ficado.

– Aquilo é um risco? – olhou para eles que estavam na sala. – Riscaram o meu carro?!! Eu não acredito...

– Dean, esquece o carro. – Kate pediu

– Esquecer? Aquele carro é uma relíquia. – ele fazia escândalo.

Kate revirou os olhos.

– Tudo bem, agora que estamos aqui podem me contar.

– Ainda não. Eu tenho que... - o loiro não pôde continuar andando.

– Dean, para! - ela se pôs na frente dele. - Você não vai sair daqui enquanto não me contar tudo!

– Acho que já está na hora de ela saber. - Sam disse. - Kate, pra falar a verdade eu nunca fui a favor da ideia deles de te esconderem...

– Mas parece que não foi tão contra assim, não é? Confiava muito em você, Sam, mas saber que me escondeu tanta coisa quanto eles é... horrível. Não quero perder essa confiança que tenho em você. Preciso saber a verdade. Assim vou poder me defender sozinha e não vou precisar da proteção de vocês.

– Belo discurso maninha, ridículo até, mas você sempre vai ter e precisar da nossa proteção. - Dean disse sério.

– Não era necessário tantas palavras para nos convencer. - o anjo disse. - Vou ser bem direto: Têm bruxas, demônios e anjos atrás de você.

– Eu já sabia que Zachariah me queria só não sabia o motivo, mas... Calma! Anjos? Não é só o Zachariah? Só ele foi atrás de mim...

– Não. Tem outra também. Anna.

– Wow, pera aí. Ele foi atrás de você e não nos contou? - Dean estava com uma ponta de raiva.

– Não precisavam saber de tudo que me acontecia já que eu não sabia o motivo de acontecer. - ela protestou mais contra Dean.

– VOCÊ... - o loiro ia gritar.

– Dean... - Sam o repreendeu.

– Continua Castiel. - ele pediu.

– Eu acho que eles te querem porquê pensam que você tem poderes.

– E tenho/tem? - os três perguntaram ao mesmo tempo.

– Não sei. Isso nós só descobriremos quando você nos mostrar.

– Bom, pelo menos eu sei de tudo. - ela disse.

– Nem tudo. - o anjo corrigiu-a.

– O que mais eu tenho que saber?

A janela se quebrou e demônios apareceram no lugar dela.

– Não gostamos de ter nossos irmãos mortos. - um de muitos falou.

– Fujam! - Castiel gritou. - Eu cuido deles.

O mesmo demônio avançou no anjo, porém ele o segurou pela cabeça. Seus olhos e boca brilharam, matando-o.

– Tire-a daqui! - Dean mandou.

– Mas... - Kate queria protestar outra vez. Sam a puxou pelo pulso e saíram pela porta dos fundos. - Pera aí, Sam! - ela se soltou dele quando já estavam do lado de fora.

– Kate, não temos tempo... - o moreno deixou o telefone cair do bolso de sua jaqueta.

Mas enquanto Sam se abaixava para pegar, um demônio agarrava Kate. Ela gritou e disse:

– Me solta!

– Hey, gracinha. - ele disse perto de seu ouvido. - Você é mais sexy do que eu imaginei. Que tal passar a noite comigo?

– Me larga! Sam! - chamou pelo irmão. Sam estava lutando com outros dois demônios. Por fim, cravou a faca nas costas do último deles. - Sammy! - ela chutou o membro dele.

Kate se soltou e ele caiu no chão gemendo.

– Isso é golpe baixo, garota.

Ela deu de ombros.

– Eu mandei me soltar. - ela disse e o irmão cravou a faca nas costas do outro também.

– Vamos? - o moreno perguntou já andando.

– Espera, Sam. Nós não podemos deixar o Dean sem carro.

– Agora você pensa no Dean? – ela revirou os olhos. Sam olhou ao redor procurando algum veículo que poderiam usar. Até que acho um. Um Celta preto.– E não vamos. - caminhou até o carro sendo seguido pela irmã. - Dean zombará de nós quando nos ver com isso.

– Dane-se a opinião dele. - os dois entraram.

– Ainda está chateada com ele? - Sam perguntou procurando a chave.

– Não. - ele a encarou surpreso. - Estou irritada. - deu partida e saiu de lá. - Então, para onde vamos agora?

– Vou te levar para a casa onde eu, Dean e meu pai moramos quando nossa mãe morreu.

– Mas a casa não foi incendiada?

– Como sabe disso?!

– Bom, você e Dean são o assunto mais falado entre os caçadores. São famosos.

– Acredite. Fama não é uma coisa que eu e Dean queremos. - deu uma pausa. - A casa foi incendiada, sim, mas construíram outra no lugar dela. Só que... não é a mesma coisa.

– É ruim, né? Ter que viver sem família...

– Bom, é... mas eu tenho você e o Dean, enquanto você tem a nós.

– Mas é só isso. Se eu perco vocês... acaba. Tudo acaba. Pelo menos foi assim que eu me senti quando meu irmão morreu...

– Aliás, como ele morreu? - Sam estava curioso quanto a isso.

A menina respirou fundo.

– Se importa de não falarmos nisso?

– Ahn... não, tudo bem.

– Como sua mãe morreu?

– ''Se importa de não falarmos nisso?'' - Sam tentava convencer a irmã a contar.

Ela bufou.

– Foi um metamorfo. Ele o matou quatro semanas antes de eu ter conhecido você e Dean. Só não quero dar os detalhes.

– Foi um demônio. Ele a matou quando eu tinha 6 meses.

– Que horror!

– É. - concordou olhando o retrovisor. - Esse mesmo demônio, conhecido como ''Demônio do Olho Amarelo'' matou muitas pessoas que estavam...

– Espera! ''Demônio do Olho Amarelo''? - Kate aparentava lembrar de alguma coisa.

– Sim. Na verdade, seu nome era Azazel. Por quê?

– É que...

Ela começou a ter diversas lembranças relacionadas a esse nome:

– Demônio do olho amarelo. - dizia Adam olhando o jornal – Muitas velhotas têm tido visões e sonhos com um cara que se apresentava assim.

– Não chame assim as coroas. - Kate brincou tirando o jornal da mão dele. - Falou com alguma?

– Falei com duas...

– E?

– Elas disseram que se viam ou viam pessoas fazendo pactos com esse cara. Depois eram mortas.

– Demônio da encruzilhada.

– Isso aí!

Num asilo, Kate pensou ter visto esse demônio em um dos quartos conversando com uma senhora que aparentava ter 87 anos...

Depois, sonhou com ele. Ele dizia que ela era especial... e que logo descobriria o por quê...

Esse logo demorou pra chegar...

– Kate. Tá aí? - Sam perguntava observando as caras que a irmã fazia. Isso a tirou de seus pensamentos.

– To sim. É que eu acho que sei quem é esse demônio...

– Era. - ela o olhou confusa. - Dean o matou.

– O que ele queria?

– Primeiro achamos que ele queria uma guerra entre humanos e demônios, mas depois descobrimos que ele queria o Apocalipse.

– O que... não é mais um problema, certo?

– Bem,... - Sam não queria falar a verdade. Sorte que já tinham chegado. - Olha, é aqui. - ele parou o carro do lado do imóvel.

Kate queria dizer para ele não mudar de assunto, mas quando viu a casa esqueceu disso. Claro, não era a mesma casa, mas a menina considerava que sim.

– É bem grande! - ela disse.

– Tanto quanto a outra. - ele respondeu saindo do carro.

Ela pegou sua mochila e desceu também.

– Vou ligar pro Dean. - ela anunciou discando o número e pondo o telefone na orelha. O telefone dele tocava sem parar. Tocou 8 vezes e ela desligou. - Não atende.

– Se tocar 3 vezes e ele não responder é porque ele não vai atender depois.

– Não importa. Eu sempre espero mais tempo.

– Bem, vamos entrar. - ele disse e ela o seguiu.


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Notas finais do capítulo

Bjos e nos vemos no próximo capítulo!
Ah! Comentem!