A Irmã dos Winchester escrita por BlueBlack


Capítulo 32
Para onde os anjos vão?


Notas iniciais do capítulo

Heey! Nem demorei, né?
Trouxe o penúltimo cap. pra vocês! Sim, penúltimo! Consegui chegar aki! Haha'! Tô dizendo isso, pois é minha primeira fic de TODA a vida e estou super feliz por ter chegado até aki com vocês, leitores divos! :3
Quero agradecer e dedicar o cap. à Ester Gonçalves Winchester e anita lima 06 por terem favoritado a fic e também à Grimes Winchester que escreveu uma bela recomendação. Obrigada, loves!

Espero que gostem e Boa Leitura!



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Antes...

– Dean? Dean, está me ouvindo?

– Tô... - disse ainda baixo. - Oi, Kate. - aumentou o tom.

– Eu não quero mais fazer isso, Dean. A transferência vai ser feita em um depósito no fim da cidade. Estou com medo de dizer à Anna que desisto disso tudo e ela me machucar.

– Quando vai ser?

– À noite. No começo da noite, acredito. - respirava rápido. - Tenho que ir... - e desligou. Kate se virou sorrindo para Anna.

– Garota, você merece um prêmio de Melhor Atriz! - o anjo sorria também.

*

– Nós vamos. - Sam disse - Mas vamos armados.

Agora...

*

– Acha mesmo? - Kate perguntou.

– É claro! Não tem como eles não virem! Agora, - Anna ficou séria. - temos que nos preparar bem, esperando qualquer coisa deles. Não colocamos proteção no depósito contra Castiel e isso é só mais um motivo para arranjarmos mais armas contra eles.

– Tem a faca contra anjos aí? - a outra assentiu. – Ótimo.

– Bom, vamos para o depósito e acabar de arrumar tudo.

Pegaram a caixa com a Pedra e saíram.

Duas horas depois, Kate desenhava proteção contra demônios na porta, por dentro e Anna fazia o mesmo um pouco afastada dela.

– Acho que esse foi o melhor plano que podíamos ter! - Kate disse ainda olhando para frente.

– Também acho! - o anjo concordou. - Não conseguiríamos chegar perto deles e acho que travar numa luta não está nos seus planos. - a menina sorriu de canto. - Atraí-lo para cá é realmente genial.

– É, mas não podemos comemorar antes.

– Tem razão. Aliás, seus adoráveis irmãos são muito talentosos. - disse irônica. - Não vou machucá-lo muito, pode ficar tranquila.

– Quer saber? - Kate disse flexionando os lábios para baixo. - Já nem me importo mais.

Anna olhou admirada para ela que só deu de ombros.

– Sei lá, Anna, eu cansei de ser vista como uma simples garota que precisa da proteção deles. Foi outro motivo para eu ter me empenhado mais nisso. Eu quero ser reconhecida, sabe? Mostrar para todos que só por que se tem 17 anos não quer dizer que somos inofensivas. Não tem ideia de como fiquei com raiva quando Dean disse: "Você sempre precisou de nós.". Qual é? - riu sem humor. - Dean sempre esteve na minha cola querendo complicar tudo. Eu sei me cuidar! Estou há mais de uma semana longe deles e ainda estou viva! Por falar nisso, não acha que vou precisar de mais sangue para a transferência?

– Tem razão. Eu vou tirar mais e já volto! - seguiu para os fundos do depósito e passou pela outra porta.

Kate continuou a pintar, mas parou e se virou para encarar o lugar. Ficou imaginando a cena da transferência e da chegada dos irmãos. Admitia que tivesse mudado muito nesse tempo sem eles, mas, na opinião dela, tinha mudado para melhor; se tornado mais madura.

Andou até o centro do local (a poucos metros do palco) e olhou ao redor. Tinham decidido armar o tripé só depois, sendo assim, a caixa com a Pedra estava ao pé do pequeno palco.

Ouviu um bater de asas e recuou abruptamente.

– Olá, Kate! Há quanto tempo, não é?

– Zachariah?! O que... você... - não sabia o que dizer.

– Ora, achou que eu tinha desistido de você? Não...! Tive que sumir por um tempo, mas... Ah! Anna não te contou? - disse sarcástico. - Tenho conversado com ela...

– Não acho que tenha sido um assunto muito importante.

– Oh! Tem razão. Estávamos falando de você.

– O que você quer?

– Ora, eu disse que da próxima vez que eu aparecesse você não sairia viva.

Ela riu pelo nariz.

– Claro! Você tá louco pra me matar! Torcer meu pescoço com as próprias mãos!

– Exatamente! Bom, seria mais fácil se eu tivesse a Pedra, mas... Ah! Não tem problema! A primeira ideia é melhor! - sorria cínico. Se aproximou devagar, mas Kate colocou a mão na frente. - O que vai fazer? Você não tem força nenhuma pra usar contra mim!

– Não, mas Anna está logo ali e eu dou belos gritos. - sorria da mesma forma.

– Só se for de dor! - e jogou-a contra a parede borrando um dos símbolos já desenhados. Ia se aproximar dela outra vez, mas ouviu alguma coisa se arrastando. Seu olhar se desviou para a caixa branca que balançava perto do palco. - Aaah! O que temos aqui...? - andou até a caixa, mas antes que pudesse pegá-la, Kate o lançou para o outro lado. Ela se levantou com certa dificuldade. O anjo forçou uma risada. - Melhor ir com calma, garota. Pode desabar a qualquer momento. - se pôs de pé.

– Não se preocupa, não. É só eu te matar...

– Acha que pode?

A menina viu que ele estava perto da caixa, então a arrastou para longe dele e perto da porta por onde Anna saíra.

– O que tem ali? - perguntou curioso. Ele olhou ao redor e analisou as paredes. - A Pedra Negra, não é? Você e a Anna estão se preparando para a transferência dos poderes. - disse devagar. - Então me diga, como vão fazer isso? - juntou as mãos com falso interesse.

– Ah, Zachariah! - ela riu. - Acha mesmo que vou te contar? Por que não vai embora logo? É melhor você se mandar antes que acabe mal...

– Você não vai fazer nada, Kate. Sabe que se fizer vai ficar mais fraca.

– Duvida?

– Muito!

Ela ergueu o braço.

– Kate! - Anna gritou.

Kate desviou o olhar e Zachariah, aproveitando a distração dela, lançou-a contra a parede dos fundos. Voou por bastante tempo antes de se chocar.

– E aí, Anna? - disse. - Está conseguindo enganá-la bastante? - ela tirou a faca prata e apontou pra ele. - Vai me matar? Então vai, eu fecho os olhos. - abriu os braços e fechou os olhos.

Ela correu até ele que revirou os olhos e, com um pequeno movimento, jogou-a contra a parede ao lado, a faca caindo um pouco longe dela.

– Ora, vamos lá, Anna! - encorajou falsamente. - Levante-se e lute! Sabe que terá que fazer o mesmo depois que a garota estiver com os poderes! - riu. - Ela não vai entrega-los de bandeja!

Kate, que não ouvia nada do que diziam pela distância, se colocou de joelhos e ergueu o braço na direção de Zachariah. Anna olhou para ela assustada, balançando a cabeça negativamente. Porém, a menina não lhe deu atenção e empurrou Zachariah contra o pequeno palco. Levantou-se com mais dificuldade que antes e andou até ele.

– Kate, para! - Anna gritou mesmo estando ao lado dela. - Você não aguenta!

– Não a escute. - Zachariah disse. - Morra lutando! - se levantou.

Os dois ergueram os braços ao mesmo tempo, assim como tentaram atacar um ao outro, mas Zachariah estava mais forte. Ela foi empurrada no ar só alguns centímetros antes de cair em cima do braço esquerdo, mas sem o torcer ou quebrar. Gritou de dor e, ao ouvir os passos do anjo, se virou para ele e tentou empurrá-lo com os poderes usando a outra mão, mas não aconteceu nada. Ela se sentiu mais fraca ainda e ele abaixou seu braço pisando nele. Kate cerrou os dentes contendo o grito.

– Quem diria que você fosse morrer assim, não é? - ele zombou sorrindo. Ela o olhou, furiosa.

– Zachariah. - Anna o chamou e, quando se virou, ela lhe cravou a faca. - Quem diria, não é? - disse séria olhando nos olhos dele que brilhavam. Empurrou seu corpo para o lado e se abaixou perto de Kate. - Como está?

– O sangue... - apertava os olhos pela dor do braço. Anna foi e voltou rapidamente com uma vasilha. Ela tomou o líquido e se sentou.

– Acho que desta vez vai precisar de mais...

– Ah! Você acha? - Kate ironizou.

Aos poucos, Anna foi tirando seu próprio sangue e dando a garota. Quando ela já conseguia ficar de pé, decidiu armar o tripé enquanto o anjo tirava mais sangue. O que Kate não sabia era que, quando Anna saía por aquela porta, além de tirar o sangue, lia o feitiço preciso para o sacrifício. Tivera outra visão que a Pedra lhe dizia onde encontrar o livro e ela saíra escondida da cabana enquanto Kate dormia na noite em que lhe contara sobre Jane. Decorava as palavras que precisavam ser ditas antes de matar um deles. Chegou numa parte em que o livro dizia que era preciso o nome da pessoa que seria morta e ela foi perguntar a Kate.

– Diz aí, Kate! Já sabe de quem vai tirar o sangue?

– Não... - respondeu sem olhar para ela.

– Ora, não deve ser tão difícil decidir isso!

– Como assim?

– A pessoa mais próxima de você, Kate! Alguém pela qual você tem um afeto especial!

Automaticamente, o nome de Dean veio à mente da garota.

– Bom, acho que vai ser o Dean. - disse. - Mas e os outros? Pra não levantar suspeitas tive que chamar os quatro e eu não os subestimaria!

– Posso mantê-los ocupados enquanto tiramos o sangue.

– Certo!

*

Sam estava sentado em uma das camas do hotel e arrumava algumas armas, limpando-as e carregando. Dean o observava furioso com a atitude dele e ele sabia disso. Adam e Castiel conversavam num canto sobre como entrariam lá e desviaram o olhar para eles quando Dean disse:

– Por que insiste nisso? - perguntou ao irmão na cama.

Sam revirou os olhos e suspirou, olhando o loiro de relance.

– Dean, eu não vou discutir isso com você!

– Ah! Você vai sim!

– Só quero deixar claro que é você que está provocando...

Sua irmã, Sam! Vai encontrar com sua irmã armado de todas as formas?!

– Aquela não é a minha irmã. - encarou-o impaciente. - Seja lá o que aconteceu com ela, não é mais a Kate. E eu vou sim armado! Vai me agradecer depois! - olhou-o indiferente e se voltou para a arma, porém Dean se aproximou perigosamente dele e Sam se levantou.

– Escuta aqui, não vou deixar que fale assim dela!

– E quer que eu diga o que?! Qual é, Dean! Por baixo de toda essa proteção que você tem tido com ela e o nome dela, eu sei que você também está com medo do que possa acontecer!

– Estou com medo por ela!

– Não! - balançou a cabeça energicamente. - Está com medo que eu esteja certo e ela fazer algum mal pra você! Como eu disse, você sabe que é bem provável que ela ataque e até mate a gente!

– Ei, ei, ei! - Adam disse lentamente se aproximando. - Vamos parar por aqui!

– Não fale por mim...! - Dean disse sem dar atenção ao garoto.

– Não? - Sam disse. - Dean, eu te conheço melhor que ninguém e sei quando está nervoso com alguma coisa! Não entendi direito, mas parece que você está mais do que preocupado com ela e nós. Você nunca foi tão protetor e preocupado com alguém!

– Não fui? Sam, quantas vezes eu já me sacrifiquei por você? Quantas vezes eu já sofri e chorei por sua causa? Não acredito que está sendo tão ingrato!

– Ingrato? Dean, todas essas vezes que você "sofreu" por mim usou como solução um demônio de encruzilhada! Agora pensa, realmente valeu à pena termos saído da cova e encontrado a Kate, vendo o quanto nos demos mal? - o loiro cerrou os dentes e acertou um soco na boca do irmão.

– Você não vai falar assim dela. - murmurou apontando o dedo. - Sabe muito bem que não pensa mesmo isso!

– Não pensava. - massageou o queixo. - Mas mudei de opinião agora que ela virou a mesma vadia que a Anna é!

Dean deu outro soco em Sam e isso bastou para que o moreno se irritasse e o atacasse. Castiel e Adam se aproximaram rapidamente e cada um puxou um.

– Parem com isso! Podem parar, os dois! - Adam disse com a voz furiosa por trás de Dean. - Não tá na hora de vocês mostrarem o quanto se amam!

– Cala a boca, Adam. - Dean murmurou ainda olhando Sam, furioso. - Vai dizer que acha certo tudo o que ele disse?

– Não, claro que não. Se você não acha...! Mas não dá pra gente brigar agora!

– E por que não? Ele tá merecendo uma boa surra!

Sam tentou se desvencilhar de Castiel, mas o anjo não deixou.

– Me solta, Castiel! - gritou.

– Não até seu coração parar de bater a 150 por minuto. - respondeu parecendo mais calmo.

– Olha, - Adam começou ofegante, pois Dean também tentava se soltar. - se nós continuarmos assim não vamos chegar a lugar nenhum. Deixem para mostrar raiva depois que tudo der definitivamente errado. A gente tem só mais um obstáculo e não acredito que será fácil passar por ele.

– Ela. - Sam corrigiu sarcástico.

– Que seja! Se vocês quiserem parti-la ao meio depois e cada um levar a sua parte e fazer o que bem entender, beleza! Mas vamos trazê-la de volta primeiro. Pode ser?

– Não do jeito que ele tá dizendo... - Dean disse.

– Escuta! - Adam disse mais alto se pondo entre os dois e empurrando o loiro de leve; apontou o dedo pra ele. - Você vai parar com essa babaquice de querer defendê-la! Kate pode não ser a mesma? Pode! Mas ninguém vai matá-la! Tanto você quanto ele, a querem viva!

– O máximo que vamos fazer é atirar sal grosso nela. - Sam disse controlando o tom.

– Pode até ser!

– Já levou um tiro assim, Dean. Você sabe que não mata. - disse irônico.

– Você também sossega! - se virou para o outro. - Se não vai ajudar, não atrapalha!

– E - Dean disse cerrando os olhos. - se for mesmo fazer tudo isso, pode ir embora. - apontou para a porta. - Por que eu não entro naquele depósito com você assim!

Se encararam por um tempo e Sam fez uma coisa que Dean realmente não esperava: pegou uma bolsa, jogou algumas armas e a colocou no ombro.

– Te vejo lá, então. - desta vez ele tinha o tom firme e sério. Ele seguiu para a porta e a abriu.

– Kate vai adorar saber disso! - Adam ironizou cerrando os dentes.

Ele abaixou a cabeça, mas, mesmo assim, saiu e bateu a porta. Os três no quarto se entreolharam frustrados e Dean cerrou os punhos com o que tinha feito.

(...)

Seis e dez e Dean dirigia o Impala em direção ao depósito. Adam estava no banco do carona e Castiel no de trás. Eles não falaram nada desde que o loiro pisou no acelerador; apertava o volante com força se lembrando da discussão com o irmão.

Adam percebeu e já ia abrir a boca para falar, mas o loiro o cortou ainda encarando a estrada:

– Se você falar pra eu me acalmar eu te jogo do carro.

Chegaram ao depósito e os três sentiram seu estômago afundar ao olharem o local. Kate estava a poucos metros deles e, provavelmente, não sairia coisa boa dali.

Seguiram para a lateral e procuraram a porta que estava um tanto escondida pela quantidade de símbolos ao redor. Ao abrirem a porta, a primeira coisa que viram foi o corpo de Zachariah à sua frente. Entraram e olharam ao redor, como se esperassem flechas vindo em sua direção.

– Ah! Que bom que chegaram! - Kate exclamou entrando no local pela porta dos fundos, ajeitando as mangas do vestido branco.


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Notas finais do capítulo

Hehe'! O que acharam? E a briga do Sam com o Dean? Comentem, please? No penúltimo cap. é importantíssimo saber o que vocês acham!

Bjs, galera, e até o próximo!



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