Hakanai (Interativa) escrita por Wondernautas


Capítulo 41
Yume Agamenon




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O primeiro dia do torneio chegou ao fim. Todos os participantes, com poucas exceções, estão bem cansados. Deram tudo de si nas provas mais cedo.

– Quero pudim... – fala Yume, assentada em uma cadeira, na sala de estar da sede da Dawn Hunters, o que antes era simplesmente a sua casa.

– Eu também. – articula Shark.

Aqui, também, estão presentes Fubuki, Rouge, Sisshin, Anya, Athem e Yuni. Por acaso, Star está no colo de Fubuki, assim como Ketsui está no de Yume. No momento, eles aguardam a presença de Moon e Apporion.

– Não vá gastar mais da sua energia só por causa disso, viu? – fala Fubuki, ciente de que ela já fez isso para invocar a Ketsui: somente para que a felina fique em sua presença. – Já imagino você invocando o Ureshi só para comer pudim...

– Você leu a minha mente! – exclama ela, fitando-o, com os olhos brilhantes.

– Garotos, perdoem-nos pela demora. – articula Moon, surgindo ao lado de Apporion.

Moon e Apporion, logo após o fim das provas no estádio Millennium, convocaram esses oito para uma espécie de reunião particular – apesar do ambiente despojado em que estão. E, no momento, enquanto se aproximam, são alvos da atenção de todos os oito.

– O que querem nos falar é algo importante? – indaga Fubuki.

– De extrema importância. – define Apporion, se assentando em um sofá vago.

Moon se assenta em outro sofá, ao lado direito do fundador da Dawn Hunters. E, desse modo, ela começa a falar, atraindo a atenção de todos com seu sereno timbre de voz:

– Eu convoquei somente vocês por uma razão em especial. O assunto, talvez, devesse ser tratado com todos os membros da Dawn Hunters, mas algo me diz que vocês oito precisam ficar cientes do que falarei primeiro.

Fubuki, Yume – com Ketsui –, Sisshin, Rouge, Anya, Yuni, Athem e Shark prestam bastante atenção nas palavras dela, todos assentados. Sendo assim, Apporion articula:

– O torneio, na verdade, é uma farsa.

– Uma farsa?! – Fubuki, surpreso, assim como os outros sete. – Como assim?

– Recentemente, eu venho notando que certas coisas estranhas estão acontecendo pelo mundo. Desastres naturais estão ocorrendo com maior frequência, pessoas influentes estão desaparecendo sem deixar vestígios... – explica Moon. – E o pior: uma presença maligna está se espalhando pelo mundo.

– Presença maligna? – indaga Yume, por sua vez.

– Sim, sendo que sei com a certeza absoluta que é responsabilidade dos Shadows. – determina ela, surpreendendo mais ainda. – Creio que o caso do Ritual do Sol Noturno, na Vila Asteca, foi o que causou uma alteração nos acontecimentos lineares da Guerra Celestial.

– A Guerra Celestial sempre foi algo acima de qualquer interferência humana. – pontua o pai de Yume. – Por isso, os Shadows, após despertarem, levavam exatamente 12 meses para começarem a atacar. Em outras palavras, as batalhas demoravam um ano para terem início.

– Entretanto, a interferência de Misuro quebrou, de algum modo, essa regra. Tudo indica que os Shadows começarão a atacar antes do previsto. – Moon volta a falar. – O torneio, na verdade, é uma maneira de concentrar todos aqueles que participarão da guerra diretamente em um mesmo lugar.

– Significa que, em algum momento do torneio, os Shadows aparecerão? – pergunta Athem.

– Sim. – confirma a rainha do Palácio Estelar. – O Palácio Estelar não é apenas um local decorativo para guardar relíquias e histórias do passado. É também o local no qual todas as medidas preventivas sobre a Guerra Celestial são tomadas. Lá, fui capaz de prever que o ataque dos Shadows acontecerá a qualquer momento.

– Eu e Moon conversamos sobre isso há pouco tempo, antes de vocês retornarem. – alega ele, redirecionando sua face para Fubuki e para sua filha. – É por isso que decidimos trazer vocês dois de volta antes do previsto e formar um torneio no qual nossos Hakanais mostrassem suas habilidades ao máximo.

– Os Shadows, sem nenhuma exceção, são sensitivos. – revela Moon. – Portanto, um local no qual vários Hakanais estão concentrados, usando o máximo de seus poderes, chamará a atenção deles. Se eles têm de atacar algum lugar, que ataquem um local onde existam pessoas que possam se defender.

– Mas por que envolver inocentes nisso? – indaga Fubuki, pensando nos espectadores da plateia, que são pessoas normais.

– Foi preciso transformar o torneio em um evento oficial para que ele acontecesse de fato. Mas nada acontecerá com os inocentes, pois nós os protegeremos. – garante Apporion. – Além disso, por muito tempo, a Guerra Celestial foi ocultada da “sociedade normal”. As pessoas, de todo o mundo, no entanto, já conhecem os Hakanais. Elas precisam, então, compreender que todos nós somos aliados e não inimigos como uma espécie de raça diferente...

– O preconceito para com o desconhecido é um reflexo do medo humano. – diz Moon. – Para que uma guerra interna na humanidade, dividindo Hakanais dos outros, não ecloda, é preciso unir todos contra os inimigos em comum: os Shadows! Essa também é uma função do torneio.

– “A caixa será aberta novamente. O novo anúncio da destruição está para chegar.” – Yume recita, impressionando os presentes.

Ketsui olha para o rosto de sua mestra. E nota que ela se lembrou de alguma coisa e por isso falou tal coisa. Redirecionando sua face para o pai, Yume se manifesta, parecendo estar angustiada por algum motivo:

– Pai, não posso esperar mais. As minhas revelações também devem ser feitas.

– Se acha que o momento é esse e que todos que devem ouvir estão aqui... – diz Apporion, sorrindo para ela. – Faça.

De repente, Yume se levanta, colocando-se no centro da roda que os demais presentes estão formando. Olhando, primeiramente, para Fubuki, ela indaga:

– Está claro o fato de que sou uma Hakanai Deltênica, não está? E que aquele laboratório abandonado mantém selado parte dos meus poderes, certo?

– Sim. – garante o jovem da neve, sendo que Athem, Anya, Yuni e Shark ficam espantados por não terem tido conhecimento disso anteriormente.

– Pois bem... – continua ela, com Ketsui pendurada em seus braços. – Eu devo dizer que não sou uma pessoa deste tempo como vocês. Eu fui para o laboratório, naquela vez em que fui atacada pelo Aoi Takahashi, para liberar tudo o que havia selado, tanto meus poderes, quanto boa parte das minhas memórias passadas. Naquele momento, eu não tive essa oportunidade. E ainda não o fiz, mas algo acima disso me fez recuperar algumas certas lembranças.

– Explique-nos direito, por favor. – pede Sisshin. – Qual a verdade que você esconde, Yume?

– Independente do que seja, somos seus amigos. – Rouge declara, fazendo a garota sorrir emocionada. – Fale o que quiser conosco.

– Obrigada... – agradece, suspirando e prosseguindo, voltando a ficar séria: – Eu sou uma guerreira do tempo da primeira Guerra Celestial.

Todos, com exceção de Moon e Apporion, ficam pasmos. A primeira Guerra Celestial ocorreu há séculos atrás, aquela em que Tengokumaru Yanagi participou.

– Eu tinha essa mesma idade quando lutei ao lado do Tengokumaru Yanagi e me tornei esposa dele. Porém, após vários confrontos, eu tive que enfrentar a minha própria família. – explica, vendo que o mais perplexo de todos é Fubuki. – A minha família era um clã Hakanai extremamente poderoso que cultivava, também, outros tipos de combate como a arte ninja e a arte mágica. Meus parentes também participaram da Guerra Celestial. Mas... Infelizmente, por questões internas, nossa família se dividiu no término dela e eu tive que enfrentar alguns dos meus entes queridos. Inclusive, a pessoa que se revelou ser minha maior adversária era, então, a pessoa que eu mais confiava em meu clã.

– Yume... – pensa Fubuki, impressionado com tudo o que está ouvindo.

– Após uma grande batalha, com o auxílio do Tengokumaru, eu venci os rebeldes do meu clã, mas eu estava em um estado muito crítico, correndo risco de vida. Portanto, ciente de que havia uma única maneira de me salvar, Tengokumaru me recomendou que eu utilizasse a minha Hakanai secundária. Ou melhor, a minha verdadeira Hakanai.

– Verdadeira Hakanai? – indaga Anya, confusa. – O quê quer dizer com isso?

– A Sacred Summon é que é a minha Hakanai secundária. – conta. – Minha Hakanai principal, qual eu selei no laboratório junto de muitas das minhas memórias, foi a Sacred Creation.

– Sacred Creation?! – Shark, perplexo. – Então você é a pessoa que criou as Joias Sagradas e, por consequência, as Feras Sagradas?

– Sim, fui eu quem os criou, com a Sacred Creation. – explica ela, fitando-o. – A Sacred Creation não me permitiu somente criar as Joias e as Feras Sagradas, mas me permitiu criar uma segunda vida para mim. A vida que vivo hoje é essa.

– Segunda vida?! – Athem, desta vez.

– Exato. – afirma Yume. – Tengokumaru me amava tanto que preferia que eu vivesse em outro tempo do que morresse no dele. Portanto, por ele, eu usei minha Sacred Creation para criar uma segunda vida para mim. Utilizei uma técnica proibida que reiniciou o meu tempo de vida e me fez nascer de novo. Porém, como eu já esperava, minha existência foi lançada para um tempo bem à frente do meu. Foi quando eu renasci, nesta era, como filha de Apporion e Aiyume Agamenon. E... – lágrimas brotam dos olhos da jovem. – Mesmo carregando toda a dor de ter sido traída por familiares queridos, de ter visto entes queridos morrerem, de ter tido que abandonar a pessoa que eu mais amei no mundo junto de todas as que me eram valiosas...

Yume redireciona sua face para Apporion, sendo que suas lágrimas começam a escorrer por tal. Sorrindo, ela completa:

– Eu fui recebida com o amor que eu jamais esperei receber. Mesmo quando eu contei a minha verdadeira história a eles, com apenas quatro anos, mostrando meus poderes para provar, eles não me abandonaram, nem deixaram de me amar.

Apporion se emociona, ouvindo os dizeres dela. Ele sempre a considerou, assim como Ayume também considerava, um presente de Deus. Eles nunca conseguiram ter um filho e Yume chegou até eles como a filha que sempre desejaram ter. Foi um milagre.

– Eu descobri que poderia ser feliz. Por todas as pessoas que amei no passado, por todas que amo no presente e por todas que amarei no futuro. – Yume continua, retornando seu rosto para Fubuki. – Entretanto, como preço pela minha segunda vida, eu nasci nesta era com uma deficiência cardíaca. Por causa dela, sempre que me esforço demais, meu coração perde o controle.

– Entendo... – pensam, juntos, Sisshin e Rouge.

– Por causa dessa deficiência, meu corpo não suportaria todas as minhas habilidades. Portanto, junto dos meus pais, decidi que deveria selar o que era da minha primeira vida, inclusive a Sacred Creation, em um local no qual eu pudesse recuperar tudo de volta quando necessário. – explica. – A principal razão foi para que meu coração não sofresse um colapso. Por outro lado, eu estava disposta a tomar de volta o que era meu quando a nova Guerra Celestial estivesse próxima.

– Não se esqueça de dizer que, na sua primeira vida, sua casa era aqui. – Apporion a lembra.

– É verdade, quase ia me esquecendo. – sorri, enquanto as lágrimas começam a cessar. – Eu nasci no mesmo lugar em que nasci séculos atrás. Além disso, não é nada semelhante com reencarnação ou algo do tipo, se está pensando isso, Shark-kun. – e olha para o citado. – Eu apenas fiz meu corpo voltar ao estado de um embrião e ser enviado para uma era futura. Inclusive, a minha aparência e personalidade são exatamente as mesmas da minha primeira vida.

– Mas por que você escolheu logo aquele laboratório para selar sua Sacred Creation e suas memórias? – pergunta Rouge.

– Podem não acreditar, mas aquele laboratório era da minha família há séculos atrás, do clã Rosecrush. – diz. – Ele, quando meu clã deixou de existir, foi abandonado e somente tempos depois passou a ser parte dos territórios da família Agamenon. Eu mesma, antes de vir para esta era, tinha muito apreço por aquele lugar. Foi essa a razão pela qual o escolhi para guardar o que eu, em breve, retomarei.

– Além disso, como devem saber, Tengokumaru Yanagi foi o criador do Palácio Estelar, mas ele teve o apoio de Yume nisso. Os Takahashi pensaram que ela é responsável pela Guerra Celestial, mas na realidade ela é uma das primeiras que contribuíram contra ela. – adverte Moon, chamando a atenção de todos novamente. – Não foi à toa que Yume não pensou duas vezes antes de decidir ir para lá, o lugar que ajudou a construir.

– Verdade, mas não foi só por isso. – garante Yume, voltando a olhar para Fubuki, que olha para ela também. – Foi porque você, Fubuki-chan, também faz parte do meu novo caminho de felicidade.

– O que ela me impedia de contar para ele... – pensa Ketsui, revirando os seus olhos.

– Eu amo você, desde que te conheci. Naquela época, eu ainda não me lembrava de nada da minha primeira vida. – a garota determina. – Mas não pense que você é como um segundo Tengokumaru para o meu coração. Pelo contrário...

Ela suspira, fechando suas pálpebras e elevando seu sorriso. Conclui:

– Você é o meu grande amor.

Fubuki fica sem palavras e Yume reabre suas pálpebras. Sorrindo, Anya, Yuni, Athem, Sisshin, Shark, Rouge, Apporion e Moon observam o rosto avermelhado de Fubuki. Então, se levantando do seu lugar, ele anda até ela. Sorrindo, ele lhe diz, frente a frente com a garota:

– E você é o meu.

De repente, Ketsui mostra as garras da sua pata direita para o garoto. Com uma expressão ameaçadora, a felina determina:

– Nem pense em fazer o que não deve, moleque. Eu estou aqui, sempre estarei, com a Yume-hime.

Todos riem, inclusive ele. Levando sua mão direita para trás da nuca, o jovem declara:

– Pode deixar que eu não farei nenhum mal a ela. E vou protegê-la, assim como você faz. – deixando de olhar para a gata, volta a olhar para sua amada. – Assim como Tengokumaru-san fez, por um sentimento que, com certeza, era valioso como o meu é.

– Ketsui, sua história também merece ser contada, não acha? – pergunta Moon, quebrando o clima entre Fubuki e Yume, para não deixá-los mais sem jeito do que já estão.

– Acho. – concorda a gata, voltando sua face para todos.

Fubuki se assenta onde estava antes, ao voltar para tal. Ketsui, então, salta para o chão. Olhando para Fubuki, Sisshin e Rouge, ela começa a explicar:

– Eu fui a primeira Fera Sagrada criada pelo Sacred Creation de Yume-hime. Cada Joia Sagrada foi forjada com parte da essência dela.

– Mas, diferente dos outros... – Yume começa, agachando-se atrás da sua felina. – Você não nasceu diretamente dos meus poderes, mas sim como a primeira criaturinha que tive o prazer de conhecer.

– Como assim? – pergunta Shark.

– Eu era a gata de estimação de Yume-hime antes de me tornar uma Fera Sagrada e nasci no mesmo dia em que ela nasceu. – explica Ketsui, movimentando sua cauda de um lado para o outro.

– Aonde eu ia, Ketsui ia atrás. – define a garota. – Em certa época, aos sete anos, quando eu estava muito doente, naquela minha primeira vida, Ketsui cuidou muito de mim, ficando sempre ao meu lado. Ficava arredia com todos que tentavam afastá-la, inclusive. Em poucos dias, eu fiquei curada.

– Mas pouco depois, foi a minha vez de ficar doente. – pontua a felina. – Eu estava prestes a morrer, quando os poderes de Yume-hime despertaram e ela utilizou a Sacred Creation para converter a minha existência na da primeira Fera Sagrada.

– Me lembro de que, no parto da Yume, os médicos acharam algo extraordinário o fato de que ela nasceu como uma pedra preciosa. – conta Apporion. – Como uma joia preciosa para Deus, preciosa para nós...

– É claro! – exclama Ketsui, fechando seus olhos. – Além disso, estarei sempre com Yume-hime!

Estendendo seu braço, Yume abraça a felina, tomando-a de volta para si. Mantendo-se agachada, olhando nos olhos da gata, declara:

– Eu também amo você, Ketsui. Nunca me abandonou.

– Quantas revelações em um dia só! – exclama Athem, suspirando como se estivesse aliviado de algo.

– Verdade. – diz Rouge. – Quando pensamos que sabemos tudo, descobrimos que ainda temos muito a aprender.

– Bem... – articula Fubuki, levantando-se do seu lugar. – Era só isso então?

– Acho que sim, a não ser se eu ainda não tiver me lembrado de algo importante. – diz Yume, com uma expressão de interrogação, enquanto ela se levanta e Ketsui envolve o seu pescoço. – Por quê?

– Por que você precisa recuperar o que é seu, correto?

– Sim, mas isso será o mesmo que sobrecarregar meu corpo por causa da minha deficiência cardíaca. – responde ela.

– Você não pode curar essa deficiência do coração dela, Moon-sama? – pergunta Shark, olhando para a atual Rainha do Palácio Estelar.

– Não, porque foi causada por uma consequência de uma Hakanai extremamente poderosa. – lamenta. – É algo que está fora das minhas capacidades...

– Mas eu não me importo! Quando eu precisar lutar com tudo, irei reaver a minha Sacred Creation selada no laboratório. – garante a garota, sorrindo. – Afinal, não me arrependo de ter conhecido pessoas tão valiosas e sentimentos tão verdadeiros quanto os que existiam na minha primeira vida.

Todos sorriem. Não há como dizer que há o menor rastro de falsidade nas palavras de Yume, quais vêm do seu mais profundo ser. E todos que estão aqui – Fubuki, Ketsui, Sisshin, Rouge, Moon, Apporion, Anya, Yuni, Athem e Shark – correspondem, com a mesma verdade, o que Yume sente. É então que Sisshin, curioso, indaga:

– Yume, de agora em diante... Como devemos chamá-la?

Yume Rosecrush, Yume Yanagi, Yume Agamenon: Yume. Pensativa por alguns instantes, ela observa seu pai por pouco tempo para depois focar seu olhar em Sisshin: quando finalmente tem a resposta. E declara, sorrindo:

– Simplesmente... Yume Agamenon!


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