One and Only escrita por Jessie Austen


Capítulo 17
Último capítulo


Notas iniciais do capítulo

E finalmente voltei. Espero de todo o coração que gostem. Obrigada por terem chegado até aqui comigo.



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Assim que Sherlock despertou viu que John o observava atentamente, deitado ao seu lado.

– Ei...bom dia.

– Bom dia. – respondeu ainda sonolento dando um meio sorriso.

Watson então se aproximou e o beijou na testa carinhosamente, mostrando uma bandeja caprichada de café da manhã ao lado da cama.

– O quê? John...não precisava ter feito tudo isso, eu...

– De nada. – este o calou com mais um leve beijo e ele assentiu, indo até o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. No caminho podia quase sentir os olhos do médico devorando-o.

Assim que voltou para a cama viu que John havia tirado seu pijama, ficando despido como ele próprio estava e o esperava com um sorrisinho.

– Sexo matinal? – o moreno perguntou deitando-se novamente ao seu lado.

– O meu favorito, você sabe... – este respondeu dando um abraço, beijando-o de uma maneira que fez o detetive que saber o quanto ele de fato queria mesmo - Você...desse jeito. É sempre um desperdício não me aproveitar. – declarou enquanto sentava por cima dele, em um quase golpe de luta.

Sherlock sentiu um arrepio passar por sua nuca e descer por sua espinha. Era inevitável quando sua pele tocava a pele de John.

– É o que mais quero também, John...- respondeu em sussurro provocador enquanto segurava com força suas coxas, arranhando-o levemente.

– Sentir você do jeito que eu senti...céus! É melhor do que qualquer coisa que já fiz na vida. – John disse de maneira tímida e determinada, mordendo seus lábios – E eu quero isso...você dentro de mim. Saber como é.

Sherlock, um tanto surpreso pela iniciativa, se apoiou em seus cotovelos e puxando-o com força o beijou, de uma maneira que o fez deitar com tudo na cama.

– Oh sim. Então... – continuou com sua voz grave, fazendo-o médico hesitar antes de se deitar de costas para ele. John abraçou o travesseiro ao sentir o dedo indicador do detetive descer lentamente por sua coluna – eu só posso prometer que você vai adorar... – sussurrou no ouvido do loiro, beijando seu ombro, antes de pegar a geleia de morango da bandeja e passar por onde seu dedo havia estado nas costas do médico.

– Está gelado...- John riu antes de sentir a língua quente de Sherlock lambendo-o de baixo para cima.

– E delicioso...- este respondeu passando agora seu dedo molhado com o chá ainda morno em John.

– O que você está fazendo?! – Watson o olhou surpreso.

– Provando você... pedaço por pedaço. Meu café da manhã favorito... - respondeu mordiscando o quadril de John e lambendo-o logo em seguida.

John virou com um meio sorriso, puxando-o em um beijo ansioso e apaixonado.

Aquilo tudo era tão maravilhosamente diferente para ambos. E ainda assim era urgente. Era necessário. Era certo como a luz do sol que entrava, invadindo e brilhando o quarto naquele momento.

– Eu esperei muito tempo por você...doutor Watson. Eu pensei muitas vezes sobre nós dois nesse jeito. Eu preciso aproveitar cada segundo.

O médico então lambeu seu queixo, descendo por seu pescoço, chupando-o enquanto seus dedos passavam pelos cabelos de Holmes.

Sherlock segurou o pescoço de John, encarando-o muito sério e isso o fez parar de se mexer. Aqueles olhos azuis eram mais hipnotizantes do que nunca e Watson se sentiu como uma presa, e teve que confessar para si mesmo que adorava aquilo.

Ele poderia até pensar em se arrepender agora se não quisesse aquilo tanto quanto Sherlock.

Sentindo todo o peso do corpo do detetive sobre o seu, ele então se entregou. De corpo. De alma. De coração.

John já havia matado por Sherlock...e morreria por ele se fosse necessário. Aquela era a melhor forma de dizer isso sem precisar uma palavra ser proclamada.

Beijando-o bem lentamente, o moreno deixou sua língua brincar com a do médico, o que fez com que suas pernas se encaixassem em seus quadris.

O loiro tinha seus braços imobilizados, mas ele não sairia dali, de qualquer modo.

Quando se olharam de novo, declarou: “Amo você...tanto” e isso fez Sherlock beijá-lo outras vezes mais.

Suas mãos desceram, enquanto agora eles se esfregavam, seus desejos mais que expostos, implorando por mais.

– Você é tudo para mim, John. – o detetive respondeu muito sério fazendo-o sorrir.

Se olhando novamente, eles concordam com apenas um olhar.

Sherlock levou seu dedo indicador sobre seus lábios enquanto os dois se olhavam. John em seguida fez o mesmo e segurando a mão de Holmes, levou sobre seus lábios os dedos indicador e médio, chupando-os.

Sherlock assistiu atentamente como o médico fazia de maneira devota, levando sua língua para cima e para baixo, lentamente, provocando-o.

Pressionando seu corpo contra o do loiro, ele desceu sua mão, apalpando-o, acariciando-o finalmente penetrando-o, conforme sentia que John relaxava.

E a sensação de poder e vulnerabilidade que Sherlock experimentava não poderia ser mais maravilhosa do que aquela.

Sentir John daquele jeito e ainda assim querer suplicar por ele, por seu amor, seu corpo...pelo resto dos seus dias juntos.

Abraçando o travesseiro, Watson respirava fundo com o movimento de moreno que era deliciosamente doloroso.

Quase gemeu quando sentiu a língua do moreno agora chupando e lambendo-o com vontade e sem receio.

– Oh...Sher-lock...- suspirou ao sentir as mãos desse segurarem seu quadril com força.

– John. Segunda gaveta. Por favor...- este respondeu quase sem ar após um tempo.

O loiro se inclinou e pegou a embalagem de lubrificante, entregando-o.

Os dois se olharam e Sherlock novamente foi invadido pela sensação de poder e fraqueza. John era muito melhor que qualquer solução de crime. Que qualquer droga. Ou qualquer outra coisa que pudesse existir no mundo inteiro.

Observou sua barba loira e rala, seu olhar ansioso e o jeito que ele se agarrava ao travesseiro.

Seu olhar cheio de tesão, seus pensamentos cheios de ideias...

– O que foi? – este perguntou, sorrindo, parecendo ler os seus pensamentos também.

Sherlock deitou por cima, quase se encaixando e isso o fez se arrepiar. Segurando-o pelo pescoço, ele beijou o médico antes de encará-lo.

– Isso. Entendeu?

– Eu sempre entendo. No final pelo menos. – Watson sorriu enquanto o outro colocava o preservativo, encarando-o sem piscar.

Deitando-se sobre o médico novamente, eles se encaravam, ambos respirando rapidamente, choques de prazer passando por seus corpos, será que aquela sensação nunca iria desaparecer?

John beijou o queixo, mordendo-o de leve enquanto esse tentava encontrar uma posição mais confortável para os dois. Apoiado na cama com um de seus cotovelos, ele então finalmente se encaixou perfeitamente no loiro que agora tinha seus olhos fechados e sua boca levemente aberta.

– Sh-Sher...lock....- gemeu baixinho enquanto suas mãos seguravam com força os quadris do moreno.

¨Tão maravilhoso...” este pensou enquanto aumentava bem devagar os movimentos, conforme John ia relaxando.

– Oh...meu Deus...- este gemeu mais alto pressionando com força seus dedos sobre a pele pálida de Sherlock, deixando-a vermelha – Isso...assim é uma delícia. Hmm...

Sherlock então aumentou ainda mais o ritmo fazendo John abrir os olhos, e com um sorriso safado, beijá-lo de maneira completamente entregue e apaixonadas

Seus olhares se encontraram e John viu um Sherlock hipnotizado, com sua pele levemente suada, com as bochechas coradas, observando-o com todo o cuidado, devoção e prazer que poderiam existir.

– Para compensar todo o tempo perdido, agora que teremos que ficar assim para sempre...- o loiro brincou com um sussurro.

– Nada foi perdido, John. Ou errado na nossa história. Só se tornou mais especial quando finalmente aconteceu. – Sherlock respondeu aumentando o ritmo entre seus quadris novamente, quase enlouquecendo ambos.

– Eu te amo tanto...Sherlock. – Watson declarou com um gemido e Sherlock descobriu que aquele era o som que ele amava mais em todo o mundo. O gemido de prazer de John.

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Quando John e Sherlock avistou Victor, este estava com o seu namorado italiano e com provavelmente quinze malas ao seu redor.

Ele tinha o olhar apreensivo sobre as pessoas que passavam apressadamente por ele no aeroporto de Londres, batendo levemente as passagens na palma de sua mão.

– Ah não acredito que vieram! – abriu um imenso sorriso assim que os avistou.

– Viemos assim que pudemos, voltamos ontem de Bath por conta de um caso. – Watson sorriu apertando sua mão.

– Ah, espero que caso resolvido! Estou feliz que tenham vindo. De verdade.

– Era o mínimo que podíamos fazer, Victor. E eu não perderia por nada. – Holmes sorriu.

– Bom, então...Itália agora! Vou conhecer os pais de Giovanni....ele está tão nervoso, mas eu tenho certeza que meus sogros idosos e católicos fervorosos vão amar o meu jeitinho discreto. – Trevor brincou beliscando o namorado que falava agora no celular animadamente e cumprimentou os dois com um aperto de mão apressado e alegre.

– Não tem como não gostar de você, Victor. – John respondeu e isso fez os dois trocaram um sorriso.

– Posso pegar seu médico emprestado, Sherlock? Dois minutos? – este pediu.

– Claro. – Sherlock deu um meio sorriso e se afastou dizendo que pegaria um café para eles.

– Então...vocês dois. Juntos...e agora que não se desgrudam mesmo. – Giovanni piscou para o loiro que pigarreou e concordou com a cabeça.

– De verdade, Victor. Obrigado por tudo e desculpe mais uma vez...por, você sabe...seu nariz.

– Oh, de maneira alguma! Agora posso dizer que tive meu nariz acertado por um soldado.

Os dois riram e olharam para onde Sherlock estava, uma lanchonete, esperando seu pedido. Trevor então encarou John e disse:

– Eu tenho certeza que você vai cuidar direitinho do Sherlove. Só pelo jeito que você olha para ele.

– Sherlove? Ele sabe desse apelido? – Watson sorriu.

– Não, é segredo nosso a partir de agora.

– Sem segredos. Eu vou ter que contar...eu até que gostei pra dizer a verdade!

– E aposto que vai usar nas horas certas...

– Não abuse, Trevor. – John brincou mostrando os punhos.

– Eu sempre torci pelo Sherlock, sabe? Sendo meu amigo, eu sempre esperei o melhor para ele, naturalmente – Victor disse muito sério – Mas honestamente, houve momentos que eu duvidei. Porque, John...sabemos como ele é. E como ele pode ser...

– Sherlock é digno de todo amor e toda atenção. Mesmo que ele não ligue, não queira, não acha que isso exista. Ele merece...ele viu coisas, sentiu coisas...eu, eu nunca vou deixa-lo ou partir o coração dele. Eu prometo.

– É...eu sei. – Trevor sorriu – Eu tive minhas dúvidas caídas por terra quando os vi juntos. É sério...é tão certo e tão perfeito vocês dois. Chega a ser engraçado saber o tempo que vocês demoraram para perceber que se pertenciam.

– Se não fosse por você, talvez isso não acontecesse nunca.

– Oh que horror. Já pensou? Apenas abraços demorados em aniversários e Natais “O que isso no seu bolso, Sherlock? Meu Presente?!”...oh, graças a Deus eu existo. Nunca se esqueçam disso. Vocês devem tudo que tem a uma pessoa, no caso, eu. – Trevor brincou fazendo John rir.

Sherlock voltou, tentando saber o que os dois falavam, enquanto entregava um cappuccino para o loiro.

– E é isso, John. Meia xícara só de açúcar...e dois ovos. Bata bem antes de jogar na massa. Qualquer coisa me liga.

– Pode deixar. – John sorriu.

– Já estão até trocando receitas? Ótimo. – Holmes se aproximou de John, fazendo Trevor sorrir.

– Bem, é isso. Eu vou indo...eu tenho que ir...o avião parte em quinze minutos e o Giovanni não fez o check in dele. E provavelmente eu começar chorar em dez minutos...vocês não vão querer ver essa cena.

– Nos poupe disso, Victor. – o detetive disse de uma maneira amigável e eles encararam e o primeiro avançou abraçando-o muito forte.

– Holmes...viva uma vida maravilhosa. Agora, mais do que nunca, você mil motivos para isso.

– Você também, Victor. E não demore tanto para voltar, nem para mandar notícias. – Sherlock o abraçou de volta de maneira desajeitada, sentindo-se verdadeiramente triste pela nova partida do amigo.

– Eu tenho mil motivos para voltar, Sherlock. Cuide-se, seu teimoso. E do John. Ele te ama desesperadamente, mas acho que isso você já deve saber, certo?

– Victor...eu, sabe...- Holmes tentou dizer enquanto ajeitava seu sobretudo. Aquilo era difícil.

– Sherlock, eu te amo...e você sabe o por quê? Porque você foi meu amigo quando ninguém mais queria ser. E hoje, somos adultos...o que foi, já passou. Tá certo? E não precisa dizer nada. Eu sei que você é louco por mim também. – Trevor sorriu e o abraçou de novo.

– Obrigado por tudo. Obrigado. – Sherlock sussurrou, abraçando-o fortemente.

John se despediu da mesma maneira amistosa com Victor e Giovanni.

Sherlock, por fim, antes de cumprimentar Giovanni, disse:

– Ei, sei que você entende muito de inglês, mas escute: eu sou detetive...e eu tenho o seu celular, seu endereço em Milão. Meus contatos de lá estarão de olho se caso você quiser passar para trás o meu amigo, ou magoar ele. Ouviu bem?

Giovanni concordou, falando rapidamente e bem alto em italiano mesmo que amava Victor e que jamais partiria seu coração.

– Estamos entendidos assim então. Victor, qualquer coisa me avise. – Holmes piscou.

– Pode deixar. Esse italiano aqui tá fisgado. – Victor piscou de volta para John e Sherlock – Você ao menos sabe o sobrenome dele? – perguntou baixinho.

– Não tenho nem idéia. – Sherlock respondeu.

– Tudo bem...nem eu!

Os três se olharam com um sorriso. Victor piscou mais uma vez para Holmes e bateu continência para John antes de se virar, seguindo o corredor à frente, ajudando Giovanni com as malas que estavam num carrinho trazidos pelo namorado. Antes de sumir pelo saguão, Trevor gritou:

– E Sherlock, diz pro seu irmão que nunca é tarde para sair do armário também!

Sherlock riu e John, segurando sua mão, puxou seu rosto, surpreendendo com um beijo escandalosamente apaixonado.

– Então...para a casa, doutor? – perguntou em seu ouvido.

– Oh Deus, sim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado? Eu amei ter postado essa fic apesar da demora por conta da falta de tempo e inspiração que me tomou completamente nos últimos tempos. Um beijo a cada um de vocês e espero encontrá-los em minha nova fic Johnlock "For The First Time". ;D



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