One and Only escrita por Jessie Austen


Capítulo 15
Décimo Quarto Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Dedicado à Thay Cumberbatch pela linda indicação. ;D E a você que ainda tem paciência de esperar pelas atualizações. *_* Muito obrigada.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452782/chapter/15

Quando Sherlock puxou John para perto este devolveu o gesto com um longo beijo, empurrando-o e sentando-se sobre ele.

Enquanto desabotoavam suas camisas se olhavam com ternura, mas ainda mais com desejo, aqueles olhares até então secretos.

Sim, finalmente estava acontecendo. O que parecia impossível, o que parecia bom demais para ser verdade, para ser recíproco. Era como se tudo tivesse ganhado uma atmosfera diferente, e sentiram que no lugar certo...com a pessoa certa.

– Eu resolvo isso. - Holmes resmungou impaciente quase arrancando os botões da camisa, o que fez John rir.

Este então soltou um suspiro nervoso antes de se livrar de suas calças. Sherlock o imitou, tirando com muita facilidade a sua, puxando seu cinto.

Entre mais beijos apressados, John sentou por cima, encaixando-se enquanto segurava seus pulsos contra a cama, imobilizando-o.

– Desse jeito é bom, pela primeira vez...essa visão de você de cima. Devo dizer que é...bem, interessante. – provocou.

– Confesse John, você desejava isso a muito tempo...em qualquer ângulo que fosse. – Sherlock sussurrou sentindo sua própria respiração falhar, seu coração acelerar pelo simples fato de sentir o médico assim, tão perto e com todas suas vontades expostas de uma só vez.

– Sim. Você não sabe como... – este sorriu fazendo o detetive levantar, abraçando-o forte.

– Bem, neste exato momento estou tendo algumas dicas... – Holmes piscou charmosamente e isso foi o suficiente para o loiro o beijar avidamente mais uma vez, segurando com força seu pescoço, mordendo seus lábios.

Com os olhos fechados agora, Sherlock se permitiu apenas sentir. E ainda assim podia detalhar minuciosamente a cada ação, cada segundo, absolutamente tudo. A temperatura de seus corpos, suas respirações que ficavam ainda mais descompassadas a cada beijo, os resmungos que John fazia involuntariamente e que ele acabara de descobrir que adorava.

Seus dedos pressionavam com força as pernas de Watson que estavam deliciosamente encaixadas sobre sua cintura, enquanto sentia leve mordidas deixadas em seu ombro direito.

– Eu quero isso de todas as maneiras...sentir você de todas as formas. – declarou quase sem ar fazendo John encará-lo. Este então mordeu levemente seus próprios lábios antes de responder em um sussurro que dizia “Eu também quero muito”.

Levantando-se então, tirou sua última peça de roupa e deitou-se por cima, beijando seu peito, descendo sobre seu abdômen. Trocando um olhar, eles quase podiam também tocar seus próprios medos, anseios, expectativas e dúvidas.

Apesar de toda certeza, tais sentimentos estavam também escancarados. John, que nunca havia experimentado tais sensações e Sherlock que nunca havia possuído aqueles sentimentos.

O loiro passou seus dedos por seus cachos castanhos antes de sentir a língua de Sherlock lambê-lo sobre sua cueca de maneira lenta.

– De todas as maneiras, John. E que toda vez que me olhar a partir de hoje, você lembre como de como eu te fiz sentir.

Os dois trocaram mais um longo olhar, antes de Holmes começar a chupá-lo de maneira lenta e entregue, fazendo John gemer baixinho e involuntariamente, perdendo-se naquela macia e quente, simplesmente deliciosa.

Sherlock, por sua vez, sentia-se poderoso sendo de certa forma completamente submisso. Ouvir os gemidos de John, sentir suas mãos apertarem com força seus ombros e segurarem com gentileza seus cabelos à medida que aumentava o ritmo o deixava ainda mais louco de vontade de mostrar o que era capaz e o que há muito tempo desejava fazer.

Olhando para cima viu que Watson tinha sua pele muito corada, sua boca levemente aberta e seus olhos fechados numa expressão de prazer e quase dor e aquilo, cena que ele descobriu ser sua própria versão do paraíso.

– Você é tão maravilhoso... - sussurrou, inclinando seu corpo e abraçando este que o encarava sem piscar. Segurando a mão do loiro, ele então o guiou por seu tórax, sua barriga, seu sexo, sua coxa - Diga-me, o quanto você quer isso. – continuou enquanto sentia agora as mãos firmes do médico abrindo suas pernas, enquanto se esfregavam bem lentamente.

– Muito. Pelo resto dos meus dias. – John respondeu beijando seu pescoço, mordiscando seu queixo.

– Então estamos combinados. Pelo resto dos nossos dias. – Sherlock sorriu e o beijou delicadamente, mordendo seu lábio inferior.

– E você vai ter que ter muita paciência e me ensinar tudo...- disse enquanto segurava seu rosto, acariciando seu queixo.

– Você fala como seu eu fosse experiente ou algo parecido.

– O fato de você ter vivido apenas uma vez algo já te dá uma boa vantagem em comparação a todas as outras pessoas. – brincou.

– Bem, isso é uma verdade. – Holmes riu enquanto os dois trocavam beijos.

Sentindo as mãos do loiro subindo por sua coxa, percebeu que sua expressão ficara séria, enquanto seus corpos se misturavam, não aguentando mais um minuto sequer.

– Todo esse tempo. Era tão óbvio. Eu e você...e esse seu jeito , e sua boca, sua pele...seu cheiro. Deus, como pude ser tão cego?

– Antes tarde do que nunca. Não é isso que falam, doutor? – Holmes respondeu tentando se concentrar com o prazer que as mãos de John agora lhe davam.

Watson ao perceber isso, sorriu de volta beijando-o de maneira apaixonada, enquanto o moreno continuava a sentir aquele misto de sensações aumentarem.

John ainda não havia nem começado e Sherlock já sentia-se assim, perdido.

Sim, definitivamente o médico era seu maior ponto fraco.

– Oh, Sherlock...você me faz querer implorar por isso. Diga-me agora, foi alguma coisa que você colocou no meu café, não foi? Desde o primeiro dia que em que te vi naquele laboratório?

O moreno abriu seus lábios, mas não conseguiu mais responder. Só conseguia observar os olhos do médico que pareciam enxergar sua alma, nos seus corpos em um sobe e desce delicioso e do ar quente que saia quase como uma provocação da boca do loiro a centímetros da sua.

– Sh...Sherlock...meu Deus...- John segurou com força em sua cintura quando este, encaixando-se completamente, começou a deslizar de cada vez mais rápido e de maneira quase que impiedosa.

– Oh...todas as noites...todas elas, John. Eu me imaginei assim...e você...desse jeito...oh! – respondeu enquanto segurava com força os lençóis e o que aconteceu em seguida exatamente, bem, nem mesmo Holmes conseguiria descrever.

Foi assim, enquanto se olhavam completamente envolvidos e entregues, trocando beijos e sorrisos, carinhos e confidências que eles pertenceram um ao outro. Gemendo de dor e prazer, por todo o tempo desperdiçado e por todas as alegrias que viveriam a partir daquele dia.

Apesar de alguns impasses de qualquer primeira vez, tudo foi amor. Em seu estado perfeito. Sem contestações nem dúvidas.

–------------------------------------------------------------------------------------

Sem notar que ao menos iria adormecer, Sherlock acordou só no dia seguinte ao sentir a mão de John passar sobre suas costas, enquanto seus lábios estavam no seu pescoço passando por sua orelha:

– Ei...bom dia. Você nunca tem fome mesmo? – este sussurrou e um arrepio gelado subiu sobre seu abdômen instantaneamente.

– Hm. Na verdade estou faminto. Bom dia. – respondeu virando-se e vendo o loiro ainda despido, mas com uma bandeja com torradas, geleia de manga e chá.

– Eu achei que estivesse. – esse sorriu enquanto Holmes sentava-se de frente a ele.

– Como viemos parar no chão? – brincou lembrando-se exatamente como havia sido.

– Nós não conseguiríamos passar dele, certo? – John riu lhe entregando uma xícara.

Sherlock sorriu de volta e tomou um bom gole enquanto John se aproximou, beijando seu ombro, acariciando seus cabelos, encaixando-se em um abraço desajeitado e gostoso.

– Hm. Como eu adoro a temperatura do seu corpo. – Holmes declarou fazendo-o rir – Bem, isso não foi uma piada, John. Eu quis ser agradável, naturalmente...mas além disso eu estava constatando um fato. Pelo jeito vou ter que melhorar e...

– E eu fico feliz que a temperatura do meu corpo seja satisfatória o suficiente para fazê-lo comentar sobre ela no café da manhã. Eu sou apaixonado por sua temperatura também. Que tal assim? – Watson interrompeu ao perceber que Holmes estava um tanto quanto sem graça com sua risada espontânea.

– Está perfeito. Assim como o chá. – Holmes relaxou ao perceber que o médico o assistia pacientemente com aqueles olhos gentis.

Ao terminar deixou sua xícara de lado, aproximou-se e o beijou puxando-o para mais perto. E assim ficaram por algum tempo, sem precisar dizer nada, tudo estava esclarecido enfim.

Pela primeira vez da vida o detetive se sentiu completamente perdido, sem saber o que fazer. Percebeu também que não tinha a mínima noção do que iria acontecer a seguir.

E adorou isso.

Sherlock Holmes estava amando. E sendo amado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "One and Only" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.