Responsibility escrita por Soul


Capítulo 7
Alguns relacionamentos são mais complicados do que outros.


Notas iniciais do capítulo

Sem criatividade para título, como já é de se esperar.
Bem, pessoal. -q Esse é o penúltimo capítulo, finalmente estou finalizando alguma fic -q
Desculpem os erros e boa leitura



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—Última semana... Faltam apenas três dias... O que acha que vai acontecer depois que ele for embora? – Zetsu perguntou com a cabeça encostada no peito de seu parceiro, segurava Haru entre os braços, deixando que o bebê descanse após um dia longo de brincadeiras.

—Não sei. – suspirou Tobi. —Mas não quero deixar meu filhote ir embora.

Houve um breve silêncio entre os dois, aliás, entre os três; Haru tentava manter os olhos abertos, mas estava sendo difícil.

—Haru-chan deveria ficar conosco, não acha? – o Uchiha comentou. —Seriamos uma família feliz!

Zetsu riu baixinho, tentando entender como o outro podia ser tão alegre. Ele, aliás, não acreditava que os dois estavam juntos. Quer dizer, juntos mesmo! O namoro dos dois foi tão espontâneo que Zetsu às vezes pensava que estava sonhando.

Ele não queria que ninguém soubesse, pelo menos não por enquanto, porém, Tobi havia o surpreendido com um beijo repentino no intervalo, na frente de todo mundo, todo mundo mesmo! Até mesmo Deidara havia visto os dois.

Bem, depois de trocarem um beijo no pátio da escola, com a maioria da escola no local, declararam o namoro oficial.

Bem, ninguém ligou para falar a verdade.

“Já estava na hora!” disse Konan com Deidara concordando.

“Parabéns” Kisame dizia com a cabeça de Itachi em seu ombro.

“Hunf...” Kakuzu e Sasori como sempre, sendo os mesmos se sempre.

“Ai caralho, por essa eu não esperava!”

“Olha a boca Hidan!”

“Me empresta um espelho então!”

“Puta que pariu!”.

E com isso Hidan e Kakuzu começaram uma discussão, mas Zetsu não fazia questão alguma de lembrar.

Mas, agora que eles estavam juntos, estava tudo tão simples e fácil. Agora ele via Tobi de outra forma, tudo bem, o idiota barulhento ainda estava lá presente, mas de uma forma agradável, adorável...

Ele nunca havia se sentido tão bem perto de alguém. O Uchiha sempre o fazia ficar corado, dizendo coisas bonitas e românticas, fazendo gestos doces e apaixonados para si.

Ele se sentou no sofá, colocando Haru no pequeno berço improvisado no chão, se virou para o moreno e sorriu timidamente.

—Obrigado por vir me fazer companhia... – sussurrou com as bochechas levemente coradas.

Ele odiava esse efeito, era seu primeiro relacionamento e ele agia assim? Que deplorável.

—Isso não foi nada, eu amo sua companhia. – apertou-o entre seus braços.

Zetsu deixou sua cabeça pousada no ombro do moreno e fechou os olhos. Estava tão feliz, ele tinha Tobi e Haru consigo agora, o que poderia ser melhor?

Ah claro, o beijo que o moreno estava lhe dando agora, isso estava fazendo o momento ficar ainda melhor.

[...]

—Ei Deidara, que marca roxa é essa no seu pescoço? – Nagato perguntou terminando de tomar seu suco de uva.

O louro corou e engasgou como o lanche que comia, Hidan tentou o ajudar, batendo em suas costas.

—E-eu cai e me machuquei, hn. – claramente mentiu, mas ninguém comentou mais nada.

—Tenha mais cuidado, senpai. – como sempre, Tobi foi o único que não percebeu a mentira, Zetsu sussurrou algo em seu ouvido e ele sorriu. —Vamos indo. – saíram do refeitório com Haru no colo do moreno.

—O que será que eles foram fazer? – Hidan sorriu malicioso.

—Os deixe em paz, Hidan. – Konan repreendeu, encostando as costas na cadeira e sentindo o braço de Pain passar em volta de seus ombros.

—Vocês dois estão juntos, ou... – Kisame foi o primeiro a perguntar, estranhando o comportamento dos dois.

Konan e Pain se entreolharam.

—Não...

Ninguém ousou retrucar.

—Vou para a sala. – Sasori se levantou, sendo acompanhado pelo olhar do louro. O ruivo saiu do refeitório lentamente, deixando Akemi com Itachi.

Aliás, o moreno estava passando bastante tempo com a ruiva. Ele se dizia padrinho da mesma, nem Deidara e nem Sasori discordaram, o moreno precisava se distrair um pouco.

—O que houve com ele? – Konan questionou olhando diretamente para o louro.

Todos na mesa acompanharam seu olhar.

—Nada demais, hn... – ele deu de ombros, mas abaixou seu olhar cabisbaixo.

O grupo se entreolhou, e voltaram a comer em silêncio, não querendo se intrometer na vida dos dois artistas.

Aliás, a relação dos dois sempre foi muito estranha; às vezes estavam juntos, às vezes brigando, às vezes até mesmo observando um ao outro.

Deidara deixou o lanche de lado e se levantou, se despedindo e indo a saída do refeitório. Ele foi até sua sala, encontrando o ruivo em uma das cadeiras desenhando alguma coisa. Ele sabia que Sasori estaria ali, era o único lugar que ele poderia ficar sozinho numa hora dessas.

Aproximou-se, chamando a atenção do outro.

—Podemos conversar? – o ruivo assentiu. – Porque está me ignorando?

—De novo esse assunto?

—Danna, é sério, hn. – suspirou. —Depois que nós... Você sabe... Você começou a agir como se nada tivesse acontecido, eu quero saber o porquê, hn!

—Eu disse que queria um tempo para pensar, não disse? – parou de rabiscar a folha de caderno e encarou o louro.

—Mas eu pensei que... Depois daquilo, nós...

—Deidara, eu estou confuso sobre isso, ok?! – esclareceu Sasori, amassando a folha que desenhava. —Eu sei o que houve entre nós foi... – corou um pouco. —Apenas me dê um tempo, quero colocar meus pensamentos em ordem.

—Danna...

—É tão difícil me deixar sozinho, Deidara?!

O louro abaixou o olhar, afastando-se.

—Tudo bem...

Saiu da sala, deixando o outro sozinho, como o mesmo havia dito. Sasori era tão idiota! Ele dizia que Deidara era tapado, mas ele era o que? Estava claro que ele gostava do louro, e era correspondido, aquele dia no banheiro ficou bem claro, de todas as formas. Então, por que tudo isso? O que era tão difícil de assumir?

O loiro sempre nutriu sentimentos pelo Akasuna, então estaria disposto a fazer qualquer coisa pelo outro. Mas depois de tantos anos, estava sendo cada vez mais difícil aturar o temperamento do outro, e principalmente, estava sendo difícil segurar as lágrimas pelas magoas que ele aceitou de cabeça baixa.

Ele conheceu Sasori na oitava série, até lá, nada mais do que uma inimizade qualquer. Depois, os dois foram conversando melhor, sem brigas; foi ai que nasceu uma “amizade”. Foi no primeiro ano do colegial, que o louro descobriu ter sentimentos pelo Akasuna, após presenciar o mesmo junto com uma garota, aos beijos. Ele tentou negar, mas o ciúme e o aperto no coração só podia ser uma coisa.

Depois disso, ele começou a esconder os sentimentos nas brigas sobre arte, ou tentando se afastar um pouco. Mas não funcionou.

E agora, ver que o ruivo também nutria sentimentos por ele era a melhor sensação de sua vida, porém, não perfeita, já que Sasori não queria admitir.

Mas o que ele poderia fazer a não ser esperar pelo outro? Como sempre, é claro...

[...]

—Está melhor agora, Akemi? – Itachi perguntou balançando as perninhas pálidas da ruiva, que ria alegremente para o moreno, após ter a fralda trocada.

Ele se perguntava como um boneco de plástico conseguia ser tão parecido com Sasori e Deidara; quer dizer, a personalidade dos dois artistas era uma mistura no bebê, isso era assustador.

Mas ele se sentia grato aos dois por deixarem Akemi em seus cuidados, até por que, depois de Júnior, ninguém mais deixou seus bonecos perto do Uchiha. Itachi tentou uma aproximação com Megumi, e apesar de Konan não ver problema, Pain sempre arrumava uma desculpa; Kakuzu e Hidan deixavam Hikuzu (ou era Hikatsu o nome do bebê? Até agora Itachi não sabia...), ficar sozinho pelo pátio, correndo desajeitadamente entre as mesas, - aliás, ele ficava impressionado ao ver que o filho dos dois já sabia andar. Porém, eles não deixavam que Itachi pegasse o bebê no colo; Zetsu e Tobi não se desgrudavam de Haru, então nem se fala.

Deidara e Sasori eram as últimas pessoas do mundo que ele pensaria que o ajudaria, mas estava, de qualquer forma, muito grato aos dois.

Sem contar, que a ruivinha era bem inteligente também, já conseguia falar algumas coisas como “danna”, “katsu” (apesar de não conseguir falar a palavra direito, sempre saia um “kat’u”), ela não conseguia falar Deidara também, sempre saia um “Deida’a”. Itachi quase chorou quando ela falou “Tachi”, bem... Ele chorou literalmente.

—Itachi-san, está aqui? – ouviu a voz de Kisame, viu o maior entrar no quarto com um bicho de pelúcia. —Oi Akemi-chan, olha só o que o tio trouxe.

Akemi bateu as pernas na cama rindo alto.

—Ela é bem parecida com o Deidara... – o moreno observou. —Apesar de ser inteligente como o Sasori...

Suspirou, mexendo no cabelo ruivo da boneca, pegou um vestido azul claro que Deidara havia deixado consigo caso precisasse.

—Eu devia ter feito Júnior se aproximar um pouco mais dos outros bebês, igual como Tobi faz com Haru.

Kisame abraçou o moreno.

—Eu também sinto falta dele. – admitiu o azulado. —Mas devemos seguir em frente.

O Uchiha respirou fundo, pegando Akemi no colo.

—Daqui a pouco Sasori vai vir buscar ela, pode ficar aqui comigo?

Kisame sorriu, brincando com os dedinhos da pequena, que babou um pouco.

—É claro que sim. – beijou a testa do menor. —Acho que ela está com fome.

Os dois foram para a cozinha, era um pouco difícil cuidar de Akemi, era praticamente não chorava. Não sabia quando estava com fome, com sede, com sono e nem nada. Ela apenas chorava quando sua fralda estava suja, ou seja, quando era realmente necessário.

O que qualquer pessoa não daria para ter bebê assim? Itachi não daria nada, ele queria ter que ouviu o choro de um bebê, pois ele iria perceber que realmente estava com um novamente entre os braços, podendo dar metade do amor que queria dar a Júnior.

Deu um biscoito para a ruiva e a deixou sentada em uma cadeira, saboreando o recheio e sujando as mãos.

—Você está bem? – o maior perguntou tocando o ombro de Itachi, que sorriu tristemente.

—Estou. – mentiu. —É bom ser padrinho, não acha?

Kisame o puxou pelo braço, e o abraçou forte. O moreno enterrou seu rosto no peito do outro e soluçou, apertando os braços fortes de Kisame entre suas mãos.

—Está tudo bem... – sussurrou no ouvido do moreno. —Vai ficar tudo bem.

Kisame, na verdade, nem sabia o que fazer para Itachi se sentir melhor, nunca pensou em estar em uma situação tão delicada quanto. Ele respirou fundo, ainda sussurrando palavras de conforto para o moreno, abaixou-se na altura do Uchiha e tocou levemente e delicadamente os lábios do outro.

Itachi já estava tão abalado, que nem se importou de verdade com o beijo, apenas deixou que Kisame transmitisse o carinho, conforto e calor que queria.

Foi apenas um selar de lábios, nada muito comprometedor, mas isso não queria dizer que nenhum dos dois tenha gostado.

—Obrigado Kisame.

—Estou sempre disponível, Itachi-san.

[...]

—Ei Kakuzu, você não acha o Hikuzu-chan inteligente? Olha, ele já sabe andar! – Hidan dizia feliz da vida, ajoelhado em frente ao bebê, com os braços estendidos enquanto o mesmo andava em passos desajeitados até o pai.

—Óbvio, é meu filho. – Kakuzu respondeu observando a cena.

O moreno não queria admitir, mas estava tão feliz quanto Hidan ao ver o progresso do pequeno boneco. Era interessante o fato de estarem com ele há tão pouco tempo e ele já saiba andar; a boneca de Sasori e Deidara já sabia “falar”; a de Pain e Konan era quieta, sempre observadora. Apenas Haru não havia mostrado nenhum progresso ainda, pelo menos ele não sabia.

Mas estava, de fato, orgulhoso de seu bebê.

—Também é meu, porra!

—Hidan! – repreendeu o albino que franziu os lábios, tentando não rir.

—Foi sem querer.

Hikuzu começou a rir enquanto corria até Hidan, o albino o pegou no colo, balançando-o no ar.

—Quem é o menino do papai?!

Aquele tipo de cena para si era o cúmulo, mas acabou se acostumando. Ver Hidan tão dedicado quanto ele estava nesses últimos dias era algo de se reconhecer, talvez a ideia de Tsunade não tenha sido tão ridícula assim.

Kakuzu também estava um pouco apreensivo, daqui a dois dias, eles terão que devolver os bebês. Por isso ele nunca quis se apegar aquele boneco, por que um dia, ele sabia que a tarefa iria acabar.

Também estava assustado com a aproximação que ele e Hidan começaram a ter, quer dizer, com brigas, mas a convivência estava muito mais fácil e prática.

Ele estava gostando de ter o albino por perto.

Mas ele não iria admitir.

—Eu vou dar um banho nele. – subiu escadas a cima, indo para o quarto do moreno.

Novamente, a sala da casa de Kakuzu estava silenciosa, muito diferente de atualmente.

Levantou-se, indo em direção as escadas e indo para seu quarto, onde podia ouvir Hidan cantar uma música sobre banho, entrou e foi até o banheiro que havia no quarto, vendo o albino sem camiseta e cabelos molhados e um bebê sorridente e alegre na banheira.

—Kakuzu, me passa o shampoo. – pediu depois que percebeu a presença do maior.

O dono da casa deu o que o outro pediu, e se sentou na privada, observando Hidan terminar de dar banho em Hikatsu.

Ele viu quando Hidan se levantou com o bebê já limpo e com uma toalha no colo, com as costas molhadas e brilhando pela luminosidade do local, os cabelos estavam meio bagunçados, sem o gel que o albino costumava passar.

—Kakuzu, me ajuda aqui!

Ah, como essa tarefa estava ficando interessante...

[...]

—Eu estou com medo, Nagato. – Konan choramingou andando pelas ruas com um carrinho de bebê, o alaranjado estava ao seu lado, com duas mochilas nas costas.

—Não se preocupe, podemos pedir mais um tempo. – ele tentava confortar a garota. —Tenho certeza que Tsunade-sama não irá negar.

—Mas...

—Konan. – parou de andar, obrigando-a a parar também. —Vamos ser otimistas. – beijou a testa da garota.

Ela sorriu, pegando uma das mãos dele.

—Quando vamos contar para os outros que estamos juntos? – ela perguntou meio hesitante.

—Ora, por mim poderíamos ter falado ontem, mas você não quis.

Ele suspirou, apertando um pouco mais a mão fria de Nagato, que começou a acariciar a pequena e delicada mão da garota, com o dedo.

Os dois rumaram até a escola, tendo as três primeiras aulas como de costume e indo em direção à sala da diretora.

Kisame e Itachi já estavam lá, o moreno estava vestido de preto, bem melancólico. Kakuzu e Hidan chegaram logo após, discutindo e com Hikatsu (ou Hikuzu, Konan gostava mais de Hikatsu), em cima dos pés do albino, acompanhando os passos do mesmo; Tobi e Zetsu chegaram de mãos dadas, cumprimentando todos. Os últimos, Sasori e Deidara chegaram, Itachi pegou Akemi no colo e assim eles esperaram até que a diretora se pronunciasse.

Ela conseguia sentir a tensão de alguns, Deidara, Tobi, Hidan estavam tão nervosos tanto ela; os outros como Sasori, Zetsu, Kakuzu conseguiam disfarçar muito bem.

Para sua infelicidade, quando a diretora chamou, Nagato e ela foram os primeiros.

Ela pegou Megumi no colo, já com água nos olhos e entrou na sala, tremula e ansiosa.

—Bem... – começou Tsunade com um sorriso vitorioso no rosto. – Vamos começar.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar não demorar com o próximo, vamos ver...
xoxo! ♥