Responsibility escrita por Soul


Capítulo 6
Querido Júnior...


Notas iniciais do capítulo

Ei gente ^-^ Mais um capítulo e um aviso: a fic está acabando ;u;
Só... -q
Desculpe os erros e boa leitura. ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452596/chapter/6

Itachi estava na sala de sua casa, com Júnior no chão brincando com alguns brinquedos que eram de Sasuke. O moreno lia um livro sobre bebês enquanto esperava Kisame chegar. Os dois haviam decidido sair com Júnior, passear e poder se conhecer melhor.

O bebê batia os bonecos no chão enquanto resmungava em palavras tortas e incompreensíveis para o moreno.

—Cala boca dobe, quem te chamou para vir aqui?

—Nossas mães saíram e disseram para eu ficar aqui, teme!

Não levantou os olhos para saber quem era. Sasuke e Naruto entraram na sala, com o louro segurando um prato de comida.

—Pensei que ia sair. – murmurou Sasuke sentando-se ao lado do irmão.

—Kisame não chegou ainda. – olhou para o relógio e franziu o cenho.

—É seu bebê, Itachi-san? – Naruto sorriu, deixando o prato de lado e se aproximando de Júnior que o olhou intrigado. —Parece de verdade, dattebayo.

—Júnior é bem real mesmo... – os olhos de Itachi brilharam e Sasuke se afastou.

—Seria bem legal uma tarefa dessas, né teme? – Sasuke não se deu o trabalho de responder.

O loiro começou a brincar com o bebê, fazendo cocegas, mexendo nos bonecos e até tentando conversar com ele. Itachi estava achando aquilo muito legal, Sasuke nem ligava para Júnior e com Naruto o bebê parecia se divertir.

Naruto o pegou no colo, o suspendendo no ar fazendo o bebê rir.

—Cuidado Naruto! – Itachi alertou meio inseguro com o loiro segurando seu filho.

—Não se preocupe, terceiro nome é “cuidado”. – sorriu o Uzumaki para o moreno mais velho.

Nesse momento Sasuke já estava assistindo televisão, nem um pouco interessado ao seu redor.

Decidiu deixar Naruto ficar com o boneco no colo, brincando de aviãozinho, e, ou o jogando para cima e pegando antes de cair, Júnior apenas ria.

Itachi estava pegando seu celular no momento em que Naruto foi para a cozinha com o bebê, foi quando Kisame atendeu o celular dizendo que já estava próximo que ele ouviu um barulho alto vindo de onde Naruto havia ido, e foi correndo deixando celular de lado.

Entrou no local se espantando; o louro estava caído no chão, meio tonto resmungando que deixaram o chão molhado, seus olhos procuraram por Júnior e foi quando o viu em um canto da cozinha e não gostou nada do que viu.

—J-Júnior...?

[...]

Estava ventando naquele jardim, fazendo as folhas das árvores fazendo um som baixo, trazendo um ar melancólico para o momento.

Konan e Nagato estavam sentados na primeira fileira, com Megumi sentada no colo do ruivo; logo atrás estavam Kakuzu e Hidan com Hikuzu (ou Hikatsu, que seja), dormindo no colo do moreno; Sasori e Deidara estavam ao lado dos dois, com Akemi chupando uma chupeta rosa e brincando com os dedos do louro; Zetsu e Tobi estavam na última fileira, Haru estava dormindo também, se remexendo no colo do Uchiha.

Kisame estava em pé, ao lado de Itachi que chorava rios de lágrimas, ajoelhado em frente a um pequeno caixão preto com o símbolo da família Uchiha.

Sasuke estava ao lado do moreno também, com um Naruto chorando e algemado.

—Querido Júnior... – começou Itachi, ainda aos prantos. —Sua vida não foi tão longa quanto eu queria que fosse, sonhava com você crescendo, correndo pela casa e me chamando de pai, me mostrando seu primeiro dez em um trabalho escolar, sua primeira briga com Sasuke, sua primeira namorada... – ele fungou, junto com Konan, Nagato a olhou perplexo. —Sei que você está em um lugar melhor, brincando com bebês de sua idade, saiba que... Que eu... E-eu vou sentir a sua falta, meu amor. Você foi uma das coisas mais importantes da minha vida! Meu filho e sempre será! – levantou-se jogando uma rosa em cima do caixão. —Eu te amo Júnior, estará em meus pensamentos em todo segundo que me resta de vida, e em breve, nós nos veremos novamente.

—Quanto drama... – sussurrou Nagato, levando uma cotovelada de uma Konan de olhos inchados.

—Seja mais sensível Nagato!

—Que desperdício de dinheiro. – Kakuzu resmungou vendo as rosas encomendadas, o caixão de luxo e uma grande foto de Júnior com um arco de rosas vermelhas ao redor.

—Cala a boca Kakuzu, porra!

—Danna, acorda! – o louro empurrou o ruivo de leve, percebendo que o mesmo havia dormido no discurso do moreno.

—Ahn? Ah sim... Pobre Júnior.

—Tobi pára de chorar... – Zetsu suspirou.

—O Júnior nunca mais vai poder brincar com o Haru-chan, Zetsu-san. – fungou limpando as lágrimas com um paninho branco.

Itachi se virou para o grupo, a azulada foi a primeira a ir até seu encontro e o abraçar, chorando junto com o Uchiha.

—Eu sinto muito Itachi... – ela abraçou Kisame. Nagato os cumprimentou com um aceno de cabeça.

Deidara abraçou o moreno, deixando que ele chorasse em seu ombro.

—Vai ficar tudo bem, Itachi, hn. – o louro apertou mais o maior. Sasori apertou a mão de Kisame e pegou Akemi no colo, que andava cambaleando no chão.

Hidan e Kakuzu cumprimentaram os dois e Tobi começou a chorar junto com Itachi, foi preciso que Zetsu e Kisame afastassem os dois.

Foi um velório curto e simples, - ou quase -, todos se despediram e foram embora incomodados com ar melancólico do dia. Sasuke e Naruto saíram também, com o moreno puxando o louro que ainda chorava desesperadamente tentando se soltar.

Kisame se aproximou de Itachi, tocando seus ombros.

—Itachi-san? Eu sinto muito, a culpa é minha.

O moreno encarou o maior, seus olhos estavam tão apáticos como sempre. Ele soluçou, descendo os olhos para o chão, encarando suas mãos tremulas.

—A culpa é toda minha, Kisame. – sussurrou com um fio de voz. —Eu fui irresponsável e não pensei nas consequências de deixar com Naruto...

Kisame o abraçou, deixando que o Uchiha chorasse em seu peito, molhando sua blusa preta.

—Vai ficar tudo bem! Eu não vou deixar você. – anunciou o maior, acariciando os cabelos do moreno.

—Por favor, Kisame... Não me deixe... E-eu não vou aguentar.

Beijou o topo da cabeça do moreno.

—Não vou, prometo.

[...]

Era segunda-feira e Konan estava preocupada. Desde que Júnior faleceu, ela começou a pensar como seria se estivesse na pele do Uchiha. Ou pior, como seria a próxima segunda, a qual teria que entregar sua Megumi para Tsunade novamente.

Não tinha parado para pensar nisso, e agora não conseguia mais tirar os pensamentos da cabeça.

Pensava seriamente em pedir para a diretora para ficar com o bebê, era sua filha, sua!

Também de Nagato, mas isso não vem ao caso.

Aliás, Nagato estava estranho esses últimos dias; o que era bem anormal, o resto do grupo também estava, mas o ruivo nunca foi de deixar se abalar.

Talvez ele estivesse com os mesmos pensamentos que a azulada, já que não largava de Megumi um segundo. Como agora, os dois haviam saído para um passeio de pai e filha, deixando-a sozinha, não por muito tempo.

Deidara foi até sua casa com Akemi, alegando que Sasori havia saído com sua avó. Ele parecia meio cabisbaixo, e não queria tocar no assunto; mas estava tão óbvio que ela nem se importou tanto.

—Você falou com o Itachi, esses últimos dias? – saiu de seus devaneios ao ouvir a voz grave do amigo.

—Infelizmente não, ele também não foi à escola hoje, não é?!

O louro balançou a cabeça negativamente.

Estava preocupada com o moreno, Kisame era o único que continuava com contado com ele, mas nunca tocava no assunto. Itachi estava muito abalado, não é para menos, ver seu filho ser destruído em sua própria casa...

Ninguém imaginava que Júnior iria ter um fim tão desagradável. Aliás, Itachi era tão cuidadoso... Pensar nisso lhe dava mais medo por Megumi.

—Eu soube que Tobi e Zetsu estão juntos, hn. – comentou o louro brincando com os dedinhos delicados de Akemi.

—Como assim juntos?

—Eu vi os dois se beijando, acho que estão juntos. – deu de ombros ajeitando-se melhor na cama para Konan ter mais facilidade em mexer no seu cabelo.

—Puxa... – mostrou surpresa. – Já estava na hora.

—É, agora só falta você e o Pain, hn. – riu levando um soco leve na cabeça. —Ai, hn!

—Nagato e eu não somos nada, apenas amigos! – ela deu graças a Kami por Deidara não poder ver suas bochechas coradas. —E você e o Sasori? Vão se assumir quando?

O louro ficou em silêncio, Konan pensou que havia dito algo errado.

—O danna está tão distante de mim... – comentou com a voz baixa. —Parece estar me evitando, apenas dirige a palavra para mim por causa da Akemi-chan, hn.

—Tente falar com ele. – sugeriu.

—Eu já tentei. – se levantou, vendo que a garota havia feito uma trança em seu cabelo. —Estou preocupado, será que ele vai pedir divórcio?

—Deidara, vocês não são casados de verdade, lembra?

Ele corou, pegando a bebê ruiva no colo.

—É melhor eu ir, hn. – pegou a bolsa do bebê e foi até a porta, sendo acompanhado por Konan.

—Boa sorte com o Sasori.

—Obrigado.

Observou o outro andar pelas ruas e fechou a porta. Foi até seu quarto, tentando fazer alguma coisa para diminuir seu tédio.

—Ei Konan! – abriu os olhos, se dando conta que havia dormido. Ela se sentou na cama, vendo Nagato com uma mamadeira vazia em mãos. —Eu liguei para você, mas como não atendeu entrei sem permissão, desculpe.

—Ah, não tem problema. – bocejou. —Onde está ela?

—No berço.

Ela olhou para Megumi que dormia tranquilamente.

—Eu estava pensando... Como seria se acontecesse a mesma coisa de Júnior com ela. – o ruivo começou, dando calafrios na azulada.

—Não quero falar sobre isso. – ela sussurrou. —Tenho medo.

—Não se preocupe, nada vai acontecer com nenhuma das duas enquanto eu estiver aqui. – declarou fazendo a garota corar.

Ela sorriu e sentiu ser abraçada pelo maior. Nunca havia passado por sua cabeça que os braços de Nagato eram tão quentes.

[...]

—“Nana neném” – Hidan bocejava de madrugada, tentando fazer Hikuzu dormir. —Como é o resto da música?

O bebê começou a chorar.

—Ai não. – começou a chorar junto. —Quero dormir!

Abraçou Hikuzu forte e sentou-se na cama, cantarolando em seu ouvido.

Quando o bebê foi se acalmando, o albino suspirou. Estava muito cedo para ligar para Kakuzu e pedir ajuda, ele sentia que seu filho estava com dor, não sabia explicar.

Não estava com fome, nem sujo... Ele choramingava em seu ouvido e fazia seu coração partir.

Quem diria, alguém como Hidan tendo o coração tão mole com um bebê.

Ele mandou uma mensagem para o moreno, não importa se estava dormindo ou não, o bebê era mais importante.

Ele nem percebeu a hora passar, não percebeu quando o moreno bateu na porta de sua casa, apenas quando o boneco voltou a chorar ele acordou se dando conta.

Desceu correndo, abrindo a porta e vendo seu bebê ser puxado de seus braços. Kakuzu estava com a roupa toda amassada e uma cara de sono impagável.

—Calma, calma. – sua voz grave estava rouca de sono.

—Ele está com dor.

— É um boneco Hidan, não pode sentir dor.

Não retrucou, fazia sentido.

—A velhota disse que era como um bebê de verdade, porra, ele caga! – indignou-se. —Pode sentir dor!

—Tsc.

Hidan tocou a cabeça do bebê, acariciando de forma paternal. Kakuzu estava até estranhado a relação de Hidan com esse bebê.

O bebê foi parando de chorar aos poucos, apenas apertando os ombros de Kakuzu; ele começou a acreditar que o boneco estava sentindo dor.

Quando se deu conta, ele dormiu em seus braços. Suspirando e choramingando no sono.

—Finalmente- bocejou Hidan.

Entregou o bebê com cuidado para o menor, e foi até a porta.

—Espera, você vai embora? – questionou baixo. —E se ele começar a chorar de novo?

Kakuzu o olhou revirando os olhos.

—Cuide você dele! Não posso ficar sem dormir.

E abriu a porta, mas foi parado por Hidan novamente, sugerindo algo que ele nunca pensou em ver sair dos lábios do albino e que também, não pôde recusar.

—Dorme aqui.

[...]

—Danna! – Deidara correu até o ruivo que não parou de andar pelo corredor. —Sasori!

Segurou o braço do ruivo, obrigando-o a encará-lo.

—Por que está me evitando?

—Não estou.

Os azuis encararam os castanhos, e assim, Deidara puxou o ruivo para um lugar mais afastado. Algumas pessoas olhavam os dois de forma estranha, entraram em um banheiro vazio e fechou a porta, cruzando os braços.

—Eu preciso ir para a aula Deidara. – se irritou o mais velho. —Aliás, onde esta Akemi?

—Eu a deixei com o Itachi. – suspirou. —Ele estava muito triste, hn.

Ficaram em silêncio, um bem constrangedor.

—Não vai me responder? – Deidara questionou de repente.

—Como?

—Por que está me evitando? – franziu o cenho. —Danna, qual é o problema.

—Não tem nenhum problema, hunf.

—Você não fala mais comigo, nem me olha mais! – descruzou os braços, indignado. —Tem algum problema, sim!

—Eu vou perder a aula, Deidara!

—Que se foda, hn!

O ruivo recuou um pouco, suspirando pesadamente.

—Apenas quero um tempo para pensar. – comentou indiferentemente.

—Em que? – o louro franziu o cenho, curioso.

—Não é da sua conta. – desviou o olhar.

O louro bufou, se aproximando do ruivo, fazendo que o mesmo recuasse para trás.

—Danna, me diz, por favor.

Os olhos castanhos do ruivo começaram a observar todo o cenário, suspirando pesadamente e achando tudo aquilo muito ridículo.

Deidara era tão tapado!

Ele não podia simplesmente perceber que o motivo era ele mesmo?

—Você é um idiota!

Deidara não se ofendeu com a fala do mais velho.

—E muito tapado!

Novamente não se ofendeu.

Ele percebeu que, a cada insulto, o ruivo se aproximava.

—Lento e praticamente cego!

O louro foi recuando os passos, até sentir suas costas baterem na parede do banheiro.

—Principalmente burro!

Ele não retrucou, apenas sorriu de lado, provocativo.

Sasori pousou os braços em cada lado de seu rosto, aproximando-se.

Você é o motivo, seu idiota!

O loiro corou, dando-se conta de que o ruivo se afastara logo depois da cena na sorveteria.

—Danna...

Sentiu seus lábios serem pressionados pelos do ruivo; e admitiu para si mesmo que aquela era a melhor sensação que havia sentido na vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Luto, Júnior ;-; -q
No próximo vai ter todos os casais, sem falta ;u;
Até mais ♥
xoxo!