Ironias do destino escrita por roxy winchester


Capítulo 17
S.O.S Compras!!! -part 1


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei... devem estar com uma tremenda vontade de me tacarem uma pedra kkkkkkk mas peço mil desculpas, serio... sei que esse cap demorou ainda mais do que o ultimo. Mas é que ultimamente tenho andado tão sem tempo, provas e mais provas kkkkk E a autora aqui... ainda fica em quimica olha a sacanagem u.u kkkk eu sou um genio... sqn (quem me conhece sabe disso kkkkkkkk). Mas enfim, estou de volta baby's e vim pra ficar. Pretendo terminar logo ''ironias do destino'', pq quero me focar ainda mais no meu livro (sim estou escrevendo um livro)!!!! De qualquer forma, vou parar de prender vcs aqui!!!! Nos vemos lá em baixo...



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Batidas ressoam pela porta.

Levanto-me da cama ainda sonolenta, e caminho até a mesma. Bocejo, assim que a abro. A cabeça de Dean esta inclinada para baixo e ele parece por um instante olhar fixamente para o chão, suas mãos se encontram dentro do bolso da sua calça jeans. Assim que ele percebe que eu já havia aberto a porta, sua cabeça levanta calmamente para me olhar. Seus olhos se arregalam e ele solta uma lufada de ar pela boca, antes de soltar outra gargalhada.

–Por que esta olhando pra mim desse jeito? –Perguntei franzindo o cenho, um sorriso cafajeste estava estampado em seus lábios, calma ai... as engrenagens do meu cérebro começaram a funcionar. Meu espanto foi o suficiente para Dean soltar uma gargalhada ainda maior do que a primeira, eu com certeza teria ficado ali para apreciar sua risada em outras circunstâncias... mas a única coisa que fiz foi fechar a porta de imediato.

Procurei as roupas que eu havia usado ontem e rapidamente comecei a me vestir. Não me lembro de ter tanta dificuldade de vesti essa calça, comecei a pular feito uma louca tentando fazer com que minhas pernas adentrassem a calça, o que de fato não deu muito certo.

Acidentalmente pisei em uma das barras da calça e com um baque estrondoso –ta posso ter exagerado enquanto ao barulho -, cai no chão. Um gemido doloroso escapou pelos meus lábios.

–Carrie... você esta bem? – Ouvi Dean perguntar, não respondi. Caralho que dor. Ouço a porta ser aberta e logo um Dean com uma expressão preocupada aparece em meu campo de visão. Sua expressão muda assim que coloca uma mão na cabeça, sua risada foi alta e estridente.

–Seu idiota –esbravejo -, porra Dean, você vai ficar ai parado ou vai me ajudar a levantar?

Não demorou para que ele se abaixasse e passasse seus braços –calmamente, para que não me machucasse – ao meu redor. Ele me levantou do chão, com a mesma facilidade que levantaria um travesseiro de penas.

–Você é tão leve... –murmurou, mas acho que isso foi mais para si mesmo do que pra mim de fato. Ele se aproximou em direção a cama, e eu estava jurando que ele me deitaria nela. Porém ele não o fez.

–O-o-que –vo-cê pen-sa q-u-e –es-ta fa-zen-do? –gaguejei.

–Relaxa Carrie. Eu não vou te abusar nem nada não... a não ser é claro que você queira –assim que ele terminou de falar o soco que dei em seu braço foi inevitável. Mas que filho da puta.

–Cala a boca de Dean –falei. Então por que essa algazarra toda? O caso é que ele não me deitou na minha cama. Ele apenas sentou na mesma, e me colocou sentada em cima do seu colo, de frente pra ele. Ficar a pouco centímetros do seu rosto tirava toda a minha concentração.

Ele se inclinou pra frente e eu juro, que pareceu que ele ia me beijar. Minha decepção foi tamanha, quando pela segunda vez ele não fez o que eu havia pensado que faria. O fato é que eu queria que ele tivesse me beijado. Dean me segurou com mais força para que eu não caísse de cima do seu colo, e pegou a minha blusa que, no momento, se encontrava no chão. Ele voltou para sua posição inicial e me vestiu cuidadosamente.

Com certeza eu parecia uma criança sendo vestida pelo próprio pai. Assim que minha blusa se encontrava em meu corpo meus olhos encontraram os deles. Me perdi completamente naquela imensidão azulada. Desviei o olhar apenas quando ele quebrou o silêncio.

–Posso me acostumar com isso –disse -, te ver semi nua todos os dias... –ele assobiou -, seria uma visão e tanto –corei.

–O que faz aqui? –Perguntei mudando de assunto.

–Queria te ver –falou... porra, o que foi isso?

–E eu sou a batgirl... –ironizei. – Para de enrolar Dean, o que veio fazer aqui? –Perguntei novamente.

–Acredite no que quiser Carrie –me puxou para mais perto de si, para logo depois colar seus lábios na minha orelha -...mas eu lhe disse a verdade. –É impressão minha ou ta quente aqui? Okay, recomponha-se garota.

–Ahn... acho melhor você ir – falei me levantando do seu colo. Porém ele não fez nenhuma menção de se mover. Por isso balancei minha mão indicando a saída. Novamente ele não se mexeu -, anda Dean. –Puxei seu braço, mas como é obvio ele mal se mexeu, sim eu não sou lá muito forte. Coloquei mais força em meus braços e tentei puxa-lo de novo, senti que ele se deslocava um pouco, mas em um simples movimento com o braço que eu puxava... Dean me puxou em sua direção.

Sim eu cai em cima do garoto. Enquanto ele ria da minha cara e enlaçava minha cintura com os seus braços, me impedindo de uma nova fuga. Agora ambos se encontrávamos deitados na cama. Que. Constrangedor.

–Você fica bonitinha quando cora, sabia? – Ok universo já provou sua teoria, posso corar mais vezes do que uma pessoa normal... agora será que da para abrir o chão e me engolir? Ou ao menos algo parecido? Por que isso só pode ser sacanagem. Uma risada nervosa escapou pela minha garganta. Pronto agora fudeu de vez. Por que digo isso? Simples, junto com a merda da risada nervosa um som de porco sai da minha garganta. Logo Dean solta uma gargalhada.

–Para –peço, rindo. E com vergonha escondo meu rosto no seu pescoço. Ele apenas me apertou mais em seus braços.

–Olha pra mim Carrie –ele pediu, e assim eu o fiz. Dean tirou uma de suas mãos da minha cintura e retirou a mecha de cabelo que estava em meu rosto, colocando-a atrás da minha orelha. Ele acariciou o meu rosto e me encarou por um tempo.

–O que foi? –Perguntei sorrindo. Ele não me respondeu de imediato. Apenas continuou me olhando. –Dean?

–Namora comigo. – Seu pedido me pegou totalmente de surpresa, e pude sentir meus olhos se arregalarem.

–Você não pode ta falando serio... –sussurrei.

–E isso é serio demais pra você? – A principio eu não havia entendido a pergunta, até que sua mão –a que minutos atrás acariciava o meu rosto -, puxou minha nuca. Fazendo com que meus lábios fosse de encontro aos deles.

Esse beijo foi diferente de todos os outros que havíamos trocado antes.

Era calmo. Ao mesmo tempo que intenso. Sua língua explorava cada canto que havia na minha boca, não tinha apenas envolvimento carnal. Ele me beijava de uma forma possessiva e totalmente inebriante...

Quando enfim nos separamos, o ar estava em falta nos meus pulmões. O que me deixava totalmente ofegante e Dean não estava nenhum pouco diferente. Esse sem duvidas tinha sido o melhor beijo da minha vida.

–Eu não aguento mais essa situação Carrie... –ele disse -, estou loucamente apaixonado por você e quero que o nosso relacionamento se torne oficial. – Pude ver que os seus olhos brilhavam -, não quero mais esconder dos nossos amigos que estamos juntos... – calma ai, o que? Desde quando estávamos juntos? Que porra é essa produção? Tenho certeza que me lembraria de esta ficando com o garoto, por quem estou apaixonada! – Eu amo você Carrie...

De repente a música 4ever – The Veronicas, começa a soar pelo quarto. A música estava extremamente alta, por isso tapei meus ouvidos com minhas mãos. A expressão de Dean continuava a mesma, o sorriso que havia em seus lábios não havia desmanchado com o barulho. Na verdade ele mal parecia esta escutando.

–Não esta ouvindo? – Tentei gritar mais alto do que a música.

–Do que você esta falando Car? –Ele perguntou, caralho como ele não estava ouvindo aquela musica? Ta alta pra caramba.

Me mexi para o lado, até ter me libertado dos seus braços. Olhei para o teto, mas o mesmo parecia girar...

***

Que dor de cabeça maldita.

Por que estou sentindo o lugar, ao qual estou deitada, gelado? E... duro? Minha cabeça dói, levo minha mão em direção a mesma e calmamente abro os olhos. Encaro o teto por um tempo, e paro pra pensar no por que estou deitada no chão. Sim, eu estava deitada no chão. Devo ter caído da cama e como tenho o sono pesado nem percebi.

Levanto-me do chão e me jogo de bruços na cama. Que sono.

Abro os olhos ao ouvir o despertador do meu celular, 4ever- The Veronicas. Acabo me lembrando do sonho que tive essa noite... a decepção era quase palpável. Tudo havia sido um sonho.

Cada palavra...

Cada toque...

Cada pensamento...

Cada coisa que Dean havia me dito no sonho continuava a ressoar na minha mente e isso fez com que minha dor de cabeça piorasse. Droga. Levantei-me da cama totalmente frustrada. Peguei um comprimido para dor de cabeça – que se encontrava dentro da minha bolsa -, e sai do quarto, para buscar um copo com água.

Não ouvi barulho algum, por isso deduzi que estava cedo demais, para mais alguém estar acordado. Segui a paços lentos em direção a cozinha, minha cabeça estava baixa, por isso meus olhos se fixaram no chão. Quando levantei a cabeça para olhar para frente, dei um pequeno pulo para trás, colocando a mão sobre meu peito.

–Você me deu um susto –falei, tentando me recompor.

–Desculpe-me, esta não foi a minha intenção – Dean disse -, achei que todos estivessem dormindo –sua voz era baixa, e sua expressão não era exatamente de uma pessoa feliz. Ele estava sentado na bancada, usava a calça de um moletom cinza e uma blusa branca. Seus cabelos estavam desgrenhados.

–Eu só vim buscar um pouco d’água, já estava de saída –lhe disse, e caminhei até a geladeira. Peguei a jarra de água que havia lá dentro e despejei um pouco no copo, coloquei a mesma novamente dentro da geladeira e estava prestes a voltar para o quarto quando o ouvir suspirar. Parei quando estava perto da escada. Oh você não ira fazer isso... disse a mim mesma. Não dei bola alguma para os meus pensamentos, quando percebi já andava novamente para a cozinha.

Sentei na frente de Dean, e coloquei o copo e remédio em cima da bancada. Cruzei minhas mãos e o fiquei o encarando. Depois de alguns minutos –longos demais em silêncio -, consegui dizer alguma coisa.

–Você esta bem? –Perguntei. E logo os olhos de Dean pousaram sobre mim.

–Estou –suspirou novamente. Olhei pra ele de modo debochado -, o que foi?

–Acho que fiz uma pergunta idiota. Obviamente você não esta bem... então vamos voltar para o inicio. –Me levantei e sai da cozinha, esperei mais ou menos um minuto (sim eu contei) antes de voltar para onde eu estava. Ele me encarou de uma maneira engraçada, como se eu fosse doida. O que cai entre nos, não é lá muita novidade. – Eu estava passando por aqui e notei que você esta com uma expressão triste... o que aconteceu? –Tentei novamente tirar algo dele, mas Dean apenas riu.

–Sério morena, estou bem –ele disse e isso me fez corar. De qualquer forma as olheiras que haviam em seus olhos diziam o contrario.

–Sei que não esta Dean. Não precisa mentir pra mim. –Sorri gentilmente.

–Não é nada demais –ele começou -, só tive um sonho ruim.

–Então somos dois – disse baixinho, mas sei que ele ouviu.

–Teve um pesadelo? –Perguntou-me.

–Na verdade –sorri triste- ...o ruim mesmo foi acordar e perceber que tudo havia sido um sonho. E como foi com você? –Perguntei intrigada, o que teria lhe tirado o sono?

–Minha mãe –ele disse -, tive um pesadelo com ela...

–Sinto muito –lhe disse. – Quer me contar com que você sonhou? –Perguntei.

–Não quero, não – falou calmamente. – Será que... será que podemos mudar de assunto? –Pediu, apenas assenti com a cabeça levemente.

–Sobre o quer falar? –Perguntei batucando meus dedos contra a bancada.

–A gente bem que podia falar do amor que você sente por mim...

–Dean... –o repreendi envergonhada.

–Ok, ok... podíamos falar sobre... –ele coçou o queixo como se de fato pensasse em algo -, podíamos falar sobre como imaginamos o nosso futuro –propôs.

–Gostei, você começa garotão. O que espera para o seu futuro?

–Eu espero ser um fotografo famoso –disse -, na verdade sei que vou ser –afirmou.

–Muito modesto você –aplaudi de brincadeira. Ele riu.

–Não é querendo me gabar não, mas sou muito bom no que faço –completou. – Enfim, vou ser um fotografo famoso, e terei a garota mais linda ao meu lado –revirei os olhos, eu não acredito que ele vai começar a falar sobre aquelas p****, nem vale a pena citar -, ela será incrível, eu pretendo acordar com ela todas os dias sabe? Vai ser aquela garota firme mesmo, aquela que vai ser pra valer...

–Duvido –murmurei baixinho.

–O que disse? –Perguntou-me, e eu podia sentir o sorriso em suas palavras, sei que ele ouviu. – Bom isso não importa, quero me casar cedo –disse e isso me pegou de surpresa, tão de surpresa que eu comecei a rir feito uma hiena.

–Você? –Apontei -, Dean Miller? Se casar? Cadê as câmeras produção? – Perguntei olhando para os lados, aquilo era tão engraçado como um filme de comedia.

–Sim Carrie eu vou me casar –ele disse sério, me recompus e deixei que ele terminasse -, eu quero um compromisso que dure pra vida toda –terminou sincero.

–Sempre achei que você não levava nada a sério –falei.

–Parece que não me conhece muito bem... de certa forma você até que tem razão. Eu não levava nada a sério. Agora é diferente.

–E por que agora é diferente garotão? – Perguntei com uma sobrancelha erguida.

–Pelo simples fato de que agora eu encontrei a garota – explicou–se. O olhar que ele me lançou foi tão intenso, que meus Deus... como assim eu estou nua e não sabia disso? Era assim que eu me sentia no momento, nua. Meu rosto provavelmente esta tão vermelho que posso ser confundida facilmente com um tomate.

–Ahn... – sim entrei em estado vegetativo. O que eu ia fazer? Sabe aquele silêncio constrangedor que sempre aparece nos momentos mais inoportunos? Então, é esse o momento.

–Bom dia! – Escuto a voz de Marie, e logo a vejo aparecer na cozinha. Meu alivio é instantâneo. Obrigada Deus!

–Bom dia –respondi.

–Bom... –Dean falou fechando a cara.

–Atrapalhei algo? – Marie perguntou com um sorrisinho cínico nos lábios.

–Não – Respondi ao mesmo tempo que Dean disse: - Sim!

–Desculpa –ela deu de ombros -, mas estava ansiosa demais para ficar atrás da parede esperando vocês se resolverem. Vocês terão muito tempo para ficarem juntos amanha a noite – ela disse abrindo a geladeira. Ah é, a festa. – Só não esqueçam que temos vários quartos espalhado pela casa, então... – Marie nos encarou sorrindo -, não inventem de fazerem uma festinha particular no banheiro -, juro que na hora faltou apenas meu queixo cair. Eu vou matar essa vadia mais tarde.

–Pode deixar. No banheiro não, entendido. – Escuto Dean dizer, giro meu rosto 180° com uma expressão sanguinária.

–Eu não sou nenhuma das suas negas não Dean –eu disse irritada e ele riu. Só que ele cometeu esse ato, quando eu estava falando sério. – Eu não sou nenhuma das putas que você come a hora que quiser –esbravejei -, eu não sou aquele tipo de garota que você estrala os dedos e ela aparece com o rabinho entre as pernas. Eu não sou como a Joy, que esta sempre abrindo as pernas quando você pedir -, joguei os fatos em sua cara. – Eu não sou assim... – estava prestes a lhe dizer tudo o que estava entalado na minha garganta, mas paro assim que escuto um pigarreio. Viro-me em direção ao som e fecho os olhos, respirando profundamente os abro novamente. Puta merda.

–Bom dia pra você também Carrie – Joy esta parada na entrada da cozinha e me encara de braços cruzados.

–Por que essas merdas só acontecem comigo Deus? –Resmunguei -, será que eu não posso ter um dia normal? Um dia sem nenhuma confusão? Apenas um diazinho? – Fiquei conversando com Deus, até levar um maldito tapa na parte esquerda do meu rosto. Essa. Vaca. Não. Sai. Viva. Daqui. HOJE.

–Isso é por ter me chamado de puta –ela disse e depois se afastou. Opção sensata, por que no momento a única coisa que eu enxergava era vermelho, eu queria ver sangue.

Estava pronta pra partir pra cima daquela vaca maldita. E assim que o fiz, meu punho direito acerto bem no meio do seu rosto. Sorri pelo fato de que sangue escorria do seu nariz. Só que eu sou Carrie Cooper, eu não sou o tipo de garota que leva um tapa na cara e se senta satisfeita somente com um soco. Pulei em cima da vadia, e ambas caímos no chão.

Joy conseguiu enfiar suas unhas em meus braços. E isso me deixou ainda mais puta, por que ela não ficava quietinha e deixava que eu batesse nela? Ta claro, ninguém faria isso. Mas uma garota pode sonhar.

Ao longe eu podia ouvir os gritos histéricos de Marie, ela pedia para que o irmão interrompesse a briga. E isso infelizmente logo foi feito, fui tirada de cima da Joy (não antes de mim ter desferido pelo menos mais dois socos, um na barriga e outro na cara). Dean me arrastou para fora da cozinha e eu pude ver que todos os nossos amigos haviam decido para ver o que estava acontecendo.

Fui arrastada, carregada e enfim jogada na cama do meu quarto. Ta, eu não havia sido jogada. Mas esse fato foi o único que faltou na minha listinha.

–Qual é o seu problema garota? –Ele perguntou. – Não precisava daquilo.

–Meu único problema –sorri cinicamente -, foi não ter conseguido desfigurar o rosto daquela puta. – Dean balançou a cabeça em reprovação. E por um momento eu parei para pensar no que aquilo significava... – Olha Dean se você gosta tanto dela assim... sabe onde fica a saída, agora vai embora –lhe disse, não queria que ele começasse a defender ela. – Vai lá ver como ela ta e me deixa em paz –pedi e coloquei meus braços na frente do meu rosto.

Estou pouco me fundendo em relação a Joy, Carrie –disse -, você podia ter se machucado mais do que se machucou – para tudo. Esse tempo todo ele só estava preocupado comigo?

–Eu estou bem –lhe disse, desviando os olhos. – Será que você pode me deixar sozinha? –Pedi.

–Carrie... –o interrompo.

–Por favor – dessa vez ele não falou nada, apenas se virou e saiu do quarto. Suspirei.

Eu precisava pensar... e muito.

***

–Ah não Marie eu não quero sair do quarto –resmunguei -, muito menos para ir as compras.

–Eu não quero saber Car, você vai e pronto. –Disse decidida -, todas as garotas que estão nessa casa vão.

–Por favor Marie, não faça isso comigo –implorei, enquanto me ajoelhava na cama.

–Para de drama Car, são algumas comprinhas –justificou-se, olhei para a garota de braços cruzados que estavam a minha frente.

–Não são só umas comprinhas Marie. Esse era o passatempo favorito da minha mãe –logo que tais palavras saíram da minha boca, vi seu semblante mudar...

–Desculpe-me Carrie, eu não sabia – tentou amenizar. Mas já era tarde, as lembranças da minha mãe, já havia invadido minha mente. Eu não queria que Marie se sentisse mal, por isso tratei de colocar a minha máscara. A que eu tenho usado durante todos esses anos.

–Não tem porque pedir desculpas Marie. Como você mesma disse, você não sabia. Não esquenta com isso okay? Me espera lá embaixo, que eu já estou descendo.

–Você não tem que fazer isso Carrie, eu posso falar com as garotas...

–Não, tudo bem. Eu vou sim, uma tarde de garotas me fará bem – lhe assegurei.

–Ok, até daqui a pouco – despediu-se.

Logo que me encontrava sozinha no quarto, levantei-me da cama e segui em direção ao closet. Peguei um short jeans e uma regata azul escuro, troquei as minhas roupas. Calcei uma sapatilha e vesti um colete, também, jeans.

Passei uma maquiagem leve. Não usei sombra. Apenas rimel e lápis. Passei a mão em meus cabelos para que não ficassem muito certinho e logo que estava pronta, saí do quarto.

Já no batente da escada, deu para perceber que todas as outras se encontravam arrumadas. E bom só estavam me esperando. A primeira pessoa, ao qual meus olhos se desviaram quando cheguei no primeiro andar, foi a Joy. Por que? Digamos que eu queria ver a minha obra de arte.

O problema foi minha decepção, quase que palpável, ao ver o seu rosto completamente normal. Droga... esqueci que a vadia sabe usar os pinceis. Ela havia passado maquiagem no ferimento para que não ficasse visível.

Aproveitei que todas estavam conversando, nenhuma prestava atenção em mim de fato, e me esgueirei para o lado da Marie.

–Você não me disse que ela ia –sussurrei, para que apenas Marie pudesse me escutar.

–Na verdade eu disse sim –sussurrou de volta, franzi o cenho.

–E quando raios foi isso? –Perguntei tentando ao máximo não elevar meu tom de voz.

–A minutos atrás... eu disse "todas as garotas que estão nessa casa vão"- explicou-me. – Não me ouviu?

–Sim, eu ouvi. Mas isso ainda não explica o fato dela esta aqui –lhe disse.

–Não? –Perguntou-me confusa.

–Não... afinal vacas não vão as compras – a gargalhada que Marie soltou, foi extremamente alta e isso acabou chamando a atenção do pessoal pra nos duas. Ela parou de rir quase que de imediato, sua bochechas se avermelharam e ela se encolheu um pouco.

–Acho melhor irmos –murmurou apenas.

***

Várias sacolas se encontravam em minhas mãos no momento. E com as outras garotas a situação não era lá muito diferente. Estou exausta, caramba Marie gosta mesmo de fazer compras, por sorte segundo ela esta seria a ultima loja que entraríamos hoje. Espero que Marie não esteja mentindo.

Mal reparei na loja em que entramos, já havíamos deixado as sacolas no carro - eu realmente queria saber como coube tudo -, mas enfim, me sentei em um dos sofás que havia na sala de espera e bom... esperei.

Longos minutos se passaram até Lena sair de um dos provadores.

–E ai como estou? –Perguntou-me girando uma vez. Ela vestia um vestido que ia ate os joelhos, ele era rodado e totalmente preto. Era simplesmente lindo e ficava ainda mais bonito nela, era justo na cintura e fazia com que seus seios ficasse maior. Coloquei dois dedos em meus lábios e assobiei.

–Que isso garota, ta querendo conquistar quem? –Perguntei sorrindo.

–Não sei –piscou pra mim -, qualquer gatinho que aparecer na festa amanha.

–Pode apostar que vai conseguir –fiz um joinha com meu polegar direito.

–Ok vou levar –disse sorridente, e depois voltou para a cabine para trocar de roupa.

Tive que opinar em relação as roupas de Marie e Megan também, até que não foi tão ruim assim. Eu poderia dizer que foi algo bastante divertido, fiquei entretida o suficiente para começar a novamente experimentar algumas roupas junto com elas.

No final, escolhi apenas três peças de roupas, uma calça e dois vestidos. Passamos pelo caixa e pagamos o que havíamos pegado. Peguei a sacola juntamente com a minha bolsa, e saí com as garotas. Assim que atravessamos a saída, um barulho alto ressoou pelo ambiente... demorei uns instantes para perceber que era o alarme.

Logo um segurança estava parado na nossa frente. Pelo menos eu acho que era o segurança, ele tinha digamos... cara de autoridade.

–Será que eu poderia olhar a bolsa de vocês? –Perguntou com uma voz grossa.

–Não –falei de imediato.

–E por que não senhorita? –Seu tom era de alguém desconfiado.

–Por que eu não peguei nada, e não vou deixar que alguém que eu não conheço mexa nas minhas coisas –digo, fala serio né?

–Senhorita você terá que me mostrar sua bolsa ou me acompanhara até a delegacia –revirei os olhos.

–Mostra Car -, Megan disse – afinal não temos nada a esconder – assenti levemente com a cabeça e entreguei minha bolsa ao cara a minha frente. Ele vasculhou-a por um tempo.

–Ora, ora o que temos aqui... –vocês já devem imaginar o que aconteceu depois não é? Meu queixo quase foi parar no chão e lá vamos nos a uma maldita frase típica.

–Eu não sei como isso foi parar na minha bolsa –disse ao ver a blusa que ele havia tirado de dentro da minha bolsa.

–É o que todos vocês dizem –falou debochadamente -, vamos esvaziem as bolsas –ordenou.

Olhei para as minhas amigas que ainda se encontravam assustadas e as vi mostrar suas bolsas. Não havia nada da loja nelas. O segurança segurou meu braço com força.

–Ah então é só você a ladrazinha –me puxou novamente para dentro da loja.

–Eu não fiz nada –me defendi.

–Ela já disse que não fez nada, largue-a –Lena apareceu na nossa frente, o impedindo de continuar.

–Saía da minha frente agora mocinha.

–Não –ela disse cruzando os braços. Ele a afastou de lado e passou. –Seu desgraçado soltei-a agora -, o segurança parou e encarou ferozmente minha amiga. Enquanto apertava ainda mais o meu braço.

–O que disse?

–Eu disse para soltá-la. Seu desgraçado –repetiu pausadamente. Não se abalando.

–Sabe que isso é desacato não é? –Perguntou serio.

–Seria se você fosse um policial de verdade, e não um segurança maldito da porra de uma loja qualquer. – O rosto do homem que segurava meu braço estava extremamente vermelho no momento, e ele não poupou força ao apertar mais ainda meu braço. Um gemido doloroso saiu dos meus lábios. –Soltei-a não ver que a esta machucando?

–É –falei com raiva -...seu filho da puta não ver que esta me machucando – o olhar que ele me lançou... nossa ele ta muito puto no momento. Mas foda-se meu braço ta doendo pra caramba, provavelmente vai ficar roxo mais tarde.

–Chega –elevou a voz -, a duas estão presas.

–O que? –Escuto a voz de Lena -, e que autoridade você tem de nos prender? - Confesso que pensei em todas as possibilidades possíveis do que iria acontecer naquela hora, mas ver aquele cara tirar um distintivo do bolso... não passou na minha cabeça.

–V-o-c-ê é u-m p-o-l-i-c-i-a-l? – gaguejei.

–Sou –respondeu -, estava esperado minha noiva quando o alarme soou... mas isso não importa agora. Vamos vou leva-las para a delegacia.

***

O barulho da grade se fechando e nos prendendo dentro da sela, foi meramente familiar.

–Ótimo –falei, observei Lena se sentar no chão, da mesma maneira que eu havia feito da última vez, suspirei, me sentando ao seu lado.

Será que ao menos uma vez, meu dia não poderia ser tão ruim assim?


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Notas finais do capítulo

Então pessoal? Ficou bom, ruim? Critiquem... elogiem... opinem kkkkkkk Mas então é como eu havia dito lá em cima, pretendo postar mais rápido dessa vez ;) Então Tay, se chegou até aqui kkkkkk Bom, não vai mais precisar ficar me cobrando!!!!!kkkkkkk bjos e ate breve!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ps: eu queria agradecer a Tessah e a Angel por favoritarem minha fic, vlw mesmo!!!
Ps 2: Desculpem-me se houver erros ortográficos!!!



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