Entre Segredos e Bonecas escrita por Lize Parili


Capítulo 60
Vestindo as luvas - parte 6/10 - Alter Ego I


Notas iniciais do capítulo

Nathaniel já estava mais que acostumado com os excessos do pai e nem reclamava mais das cintadas que levava, embora se magoasse. Mas Ambre nunca se quer levou uma bronca, quanto mais uns tapas. Será que seu pai vai chegar a este extremo, sendo ela o seu xodó?



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CONTINUAÇÃO DO FLASBACK

Durante todo o caminho de volta Ambre chorou quietinha, pois nem mesmo seu choro o pai queria ouvir, mas sua mente não parou de maquinar, tentando encontrar uma forma de se safar.

Ao chegar em casa ele ordenou que os filhos o esperassem no escritório enquanto estacionava o carro. Sua esposa, pela primeira vez, participaria da conversa dele com os filhos. Ela tinha esperança que sua presença fizesse o esposo lembrar de sua promessa e assim não perder o controle com Nathaniel novamente; mas seu medo maior era dele ser agressivo com a filha, mesmo que apenas em palavras. Ela sabia o quanto as palavras de um pai podiam magoar e deixar marcas profundas. Ela não queria isso para sua filha.

Enquanto Ambre esbravejava com o irmão dizendo que a culpa era toda dele e que se ela ficasse de castigo ou apanhasse ele ia se arrepender amargamente, ele olhava pela janela do escritório. O cheiro do pão de iogurte que Clara sempre fazia para o chá da tarde já havia tomado conta da casa, como todos os dias. Já passava das 15 horas e ele não tinha almoçado, mas apesar do seu estômago reclamar, ele não tinha vontade de comer nada; nem mesmo o pão da Clara que sempre fazia sua boca salivar lhe apetecia naquele dia.

— Não sei por que você está tão estressada, Ambre. Na certa vai dar um jeito de se safar, como sempre fez. No máximo o papai vai te passar um sermão e eu vou levar a culpa de tudo. — referiu Nath que de tão acostumado a levar a culpa pelo que a irmã fazia e por sempre vê-la se safar, não acreditava que daquela vez pudesse ser diferente.

— Acho bom que seja assim, seu idiota. Ou eu vou transformar a sua vida num inferno! — ameaçou, mas Nath nem ligou, porque ela já fazia aquilo.

Ao ouvir os passos dos pais na direção do escritório, Ambre começou a reclamar com Nath, falando alto, chorosa e com ar de vítima, para o pai ouvir.

— Por que você bateu daquele jeito no Guilhermo, Nath? Nós só estávamos conversando! Eu não posso chegar perto de um garoto, nem se for amigo da família, que você já chega ameaçando eles e me maltratando. E eu nem ligo para os garotos. São todos uns bobos, igual a você.

Nath continuou olhando para a janela. O teatrinho da irmã era para seu pai ouvir e não ele, então se fez de surdo.

O Sr. Chevalier foi o primeiro a entrar no escritório, sentando na sua cadeira de couro de búfalo, atrás da sua mesa de mogno polido. Nath que já estava acostumado com aquelas conversas no escritório ficou de pé à frente da mesa do pai, a diferença foi que daquela vez ele não abaixou a cabeça.

Quando a Sra. Chevalier entrou Nath ficou surpreso. Ela nunca esteve junto quando o pai o repreendia. De certa forma aquilo o chateou, pois no entendimento dele ela só estava ali por conta da Ambre.

"Se a conversa fosse apenas entre o papai e eu ela não estaria aqui." pensou desviando o olhar para baixo. Aquilo o fez fraquejar.

Ambre tentou se agarrar a mãe, mas esta não deixou, parando ao lado do marido. Ambre teve que sentar na cadeira ao lado do irmão. Ela tremia e chorava sem parar, mas sem fazer drama, pois o medo que estava sentindo era grande demais.

— Nathaniel. Eu quero ouvir da sua boca o que aconteceu hoje, e porque! E não se atreva a mentir para mim! — ordenou o pai, que não precisava elevar a voz para se fazer entender e temer pelos filhos.

— EU JURO, PAPAI, EU NÃO FIZ NADA! EU NÃO FIZ NADA! — disse Ambre elevando a voz, levantando da cadeira. Para a Sra. Chevalier aquela atitude da filha já era prova o suficiente de que a garota tinha culpa no cartório. Seus olhos avermelharam, mas permaneceu ao lado do esposo, pois queria ouvir o que o filho diria. — É TUDO MENTIRA DO NATH...

— CALE A BOCA, AMBRE! — bradou Jhonatan e ela sentou novamente na cadeira, encolhida, engolindo o choro para não tomar outro esporro.

— Diga-me, Nathaniel. Por que você bateu no Guilhermo? — perguntou novamente.

Embora sentisse o corpo inteiro tremer Nath levantou o rosto novamente e para conseguir manter seus olhos fixos no pai, suas mãos se apertaram tanto que parecia que ele queria quebrar os próprios dedos. E depois de respirar fundo e engolir a saliva para ajudar a empurrar o nó para baixo, relatou aos pais o que tinha acontecido. As mãos de seu pai ficaram pretas de nanquim, pois sua raiva foi tanta que quebrou uma de suas canetas tinteiro. Enquanto a limpava com uma flanela que mantinha na gaveta da mesa, respirava forte para conter-se, pois sua vontade era dar uma surra na caçula, que se pudesse se esconderia debaixo do tapete persa que tinha abaixo dos pés deles, ou então atrás da estante de mogno que guardava os livros e documentos de seu pai.

— E-Eu sei que errei, pai. Eu tinha que ter me controlado. Mas... — titubeou e respirou fundo. — Quando eu vi a Ambre beijando o Guilhermo, eu fiquei cego. Ela é minha irmã. Eu não posso deixar que qualquer um se aproveite dela! — justificou-se. — Aquilo bastou para a mãe dele sentir o coração apertar, numa mistura de desapontamento e tristeza. Ambre só tinha 11 anos e já estava gastando seu tempo com os garotos e mais velhos que ela.

Nunca aquele pai se sentiu tão humilhado, pois saber que a filha de 11 anos estava sendo apalpada por um garoto de 15 anos foi para ele uma humilhação, mais que isso, uma afronta, como pai, como homem e até como presidente do Volstis, pois Guilhermo era filho de um dos membros e sabia quem era Ambre, pois eles se conheciam dos eventos familiares que o clube realizava todos os anos em datas como Natal, Páscoa, entre outras.

Ele levantou da cadeira, caminhou até a estante atrás dele, tentando controlar sua ira e num impulso descontrolado socou a pequena porta de mogno fazendo ecoar pelo cômodo sua raiva sobre a madeira maciça, e o medo de sua filha que gritou e se agarrou ao irmão, que a abraçou.

— Jhonatan. Por favor. Acalme-se. — interveio Nicole, surpresa com aquela reação, pois ele não era agressivo ao ponto de querer socar ou quebrar alguma coisa. Jhonatan estava demasiadamente estressado e isso a deixou apreensiva, com medo dele perder a cabeça.

Ele olhou para ela por alguns segundos, respirou e voltou os olhos para os filhos, que de pé aguardavam pela punição. Ambre não levantava o rosto por nada. A única coisa que vinha a cabeça de Nathaniel era proteger a irmã. Se seu pai pensasse em bater nela como costumava fazer com ele, receberia as cintadas por ela, nem que para isso se agarrasse a ela e não deixasse brecha para a tira de couro preto a tocar. Por pior que ela fosse, ele não queria que ela passasse por aquilo.

— Ambre! — chamou a filha, ordenando que olhasse para ele, mas ela fechou os olhos, apertados, e se agarrou mais ao irmão, com medo de encarar o pai, que se irritou. — OLHA PRA MIM, AMBRE!

Ao mesmo tempo em que a garotinha arregalou os olhos para ele, sentiu seu medo escorrer por suas pernas, que apesar de quente gelou sua espinha. Nath percebeu que ela se urinara, mas não a soltou. Ele mesmo já tinha passado por aquilo uma vez, sendo no dia em que quebrara sua boneca; a diferença é que naquele dia ele se urinou enquanto sentia o chinelo marcar suas pernas pela primeira vez. Depois daquele dia ele se acostumou e por mais medo que sentisse, não chegava a entrar em pânico, como Ambre naquele momento.

Nicole, querendo proteger a filha, mas sem se opor ao esposo, que até o momento não havia feito nada fora do aceitável, colocou a mão no braço dele.

— Jhonatan. Por favor. — sussurrando seu nome, querendo assim tentar lhe passar alguma tranquilidade.

Nathaniel olhou para ela e no mesmo instante lembrou da irmã lhe dizendo que seus pais gostavam mais dela que dele. Tantas e tantas vezes o pai brigara com ele, muitas vezes sem que merecesse, por culpa da irmã, mas sua mãe nunca se manteve presente, tampouco tentou acalmar o esposo para evitar que o castigasse ou lhe desse umas chineladas. Nem mesmo o fato de depois dela sempre ir até ele para consolá-lo e cobri-lo de afagos não o fizeram deixar de pensar que a irmã estava certa; ele não era tão importante quanto ela. Novamente seus olhos buscaram o chão.

— Só vou dizer uma vez, Ambre, então preste atenção, porque se você me desobedecer, a nossa próxima conversa será diferente. — alertou-a — Você está proibida de se aproximar do Guilhermo ou qualquer outro garoto daquela escola, ou fora dela. Se eu souber de um deslize seu em relação a isso, te mando para um colégio interno feminino! — ameaçou-a.

Ambre não abriu a boca para dizer nada.

— E a partir de hoje você vai almoçar com o seu irmão e ficar com ele até o término do horário de almoço. E só sai de casa na minha companhia, de sua mãe ou dele. Estamos entendidos? — ela assentiu com a cabeça, cheia de manha. — ESTAMOS ENTENDIDOS, AMBRE? — perguntou novamente, querendo mais que um simples movimento com a cabeça.

— S-Sim, p-pa-p-pai. — gaguejou a jovenzinha.

Embora chateado Nathaniel estava morrendo de dó dela, não pela punição, pois seu pai estava pegando super leve, afinal, ela era a garotinha do papai, mas pela situação em si; ela nunca havia passado por aquilo.

— Você também entendeu, Nathaniel? — indagou ao mais velho. — A partir de hoje sua irmã é responsabilidade sua. Tudo o que acontecer com ela enquanto estiverem na escola é de responsabilidade sua, que como irmão mais velho deve cuidar dela, zelar por sua segurança e principalmente, por sua integridade.

— S-Sim senhor, pai.

Ambre, além do medo, estava incomodada por ter se urinado, envergonhada, louca para sair correndo dali e se trancar no quarto, mas o medo não deixou. Nicole, ao ver a filha cruzando as pernas, como se quisesse esconder algo, percebeu que ela estava com a calça molhada.

— Posso levá-la para o quarto dela agora, Jhonatan? — perguntou ao esposo. Ela não podia deixar a filha ali, daquele jeito.

Jhonatan olhou para a esposa e depois para a filha, ordenando que ela fosse com a mãe e que não saísse mais do quarto, mas por perceber a situação dela, do contrário a garota ainda ficaria naquele escritório por algum tempo. Ela ainda tinha muito que ouvir.  

— Clara levará seu jantar. E até que eu esqueça tudo isso, mocinha, você está de castigo. Esqueça celular, computador, passeios ao shopping, visitinha das amigas. Você só sairá de casa, acompanhada, para ir a escola. Agora suba para o seu quarto com sua mãe. Vocês duas tem muito que conversar!

Nicole abriu a porta do escritório e saiu com a filha, sentindo-se pesada, pois não imaginou que teria que ter aquele tipo de conversa com a filha tão cedo. 

— Quanto a você, Nathaniel. — falou caminhando na direção do filho, que ao ter o pai diante dele, imponente, olhando-o nos olhos, não conseguiu mais manter seu olhar erguido, desviando-o para baixo. — Por mais que eu aprecie o fato de você ter defendido a honra da sua irmã, eu não estou te criando para que se torne um delinquente, que resolve tudo trocando socos, ao invés de agir de forma civilizada.

"Sozinho com o papai, como sempre." Foi o pensamento que vagou por um instante na mente dele, afinal, sua mãe havia ido embora com Ambre, pois ele, ao contrário da irmã caçula, "não precisava do apoio dela" em momentos como aquele.

— E-Eu sei, pai. E sinto muito por isso.

— Você tem que entender que homens de valor resolvem suas pendências através das palavras e não das mãos, com diplomacia. — disse ao filho, tentando ter uma conversa de pai e filho, coisa que nunca fez antes, nem com o próprio pai; e por não estar familiarizado com aquele tipo de conversa, falou com o garoto como se estivesse falando com seus colaboradores na empresa.

— Quando utiliza as mãos para resolver os problemas, está dizendo a si e aos outros que é fraco, que não tem controle da situação, e desta forma se torna vulnerável àqueles que querem de derrubar. — completou parado ao lado do rapaz, com as mãos para trás, quase que de costas para ele, olhando-o de lado.

Nath entendeu o que o pai quis lhe dizer, mas não se sentiu a vontade. Era diferente quando ele conversava com Guerin. Seu professor sabia usar as palavras, falava na "língua" dele e num tom acolhedor, já seu pai estava falando como se ele fosse um de seus funcionários, usando frases de efeito, e sua voz não era acolhedora, ela era imponente, altiva, voz de quem manda para aquele que deve apenas obedecer. Fora o fato que era estranho ouvir seu pai dizer tudo aquilo, tendo ele perdido o controle tantas vezes e usado um chinelo para puni-lo por pouca coisa. Como podia seu pai tentar lhe ensinar algo que ele mesmo não havia aprendido? Mas mesmo assim o rapaz ouviu, pois como Guerin havia lhe dito: "seja reflexo de si mesmo!"

— Você consegue entender isso, filho? — perguntou, virando-se para olhá-lo de frente, apesar de Nath estar de lado.

— S-Sim, pai. Eu entendo. Enquanto eu esperava pelo senhor na inspetoria, o professor Guerin conversou comigo sobre isso.

Nath não podia ter dito coisa pior. O copo daquele pai já estava pela boca. Primeiro viveu o estresse do filho sumir, depois ouviu uma senhora de cabelos grisalhos lhe dizer que ele não estava sabendo educar este filho, que o desobedeceu e aprendeu técnicas de luta na escola, incentivado por um professor, que por sinal, ele idolatrava, e como resultado trocou socos com outro garoto na escola, correndo o risco de ser expulso, pois tal comportamento, dependendo da situação e do resultado final do incidente acarretava em expulsão. E pra completar descobriu que a filha, a garotinha do papai não era mais tão inocente como ele pensava e nem tão comportada, ao ponto de ficar de beijos embaixo de uma arquibancada com um garoto mais velho.

— É CLARO QUE ELE CONVERSOU COM VOCÊ SOBRE ISSO! A CULPA DE VOCÊ TER AGIDO COMO UM MOLEQUE DE RUA, SEM PAI, É DELE! — vociferou tomado por um conjunto de sentimentos negativos, ampliados por outro igualmente ruim, o ciúme. Nathaniel se assustou ao ouvir o pai bradar ao seu lado. Ele apertou o próprio braço como sempre fazia quando estava com medo dele. — MAS VOCÊ TEM PAI, E ESTE PAI SOU EU, ENTENDEU NATHANIEL?

— S-Sim s-senhor.

— Amanhã mesmo eu vou à sua escola e conversarei com a Sra. Sermansky. — falou contendo-se para não se exaltar novamente. — Ou ela afasta aquele professor de você, ou eu te tiro daquela escola! — avisou indo em direção a sua mesa. Ele precisava se sentar. Infelizmente o garoto estava recebendo, junto com a sua própria dose de estresse do pai, a dose da Ambre.

— N-Não, pai... P-Por favor... E-Eu não vou brigar mais... eu juro... — disse temendo ser transferido do S.A., chorando, mas o pai não se compadeceu daquelas lágrimas.

— A questão não é mais esta, Nathaniel. Eu não quero aquele professor perto de você! — preferiu grosseiramente, sentado-se novamente na sua cadeira de couro de búfalo. — E se for preciso te enviar para outra escola, eu farei isso! — enfatizou.

— O s-senhor não pode fazer isso comigo, pai!

— SIM, EU POSSO! E SABE POR QUE NATHANIEL? PORQUE EU SOU SEU PAI! OUVIU BEM? EU E NÃO AQUELE PROFESSOR! — exaltou-se, levantando da cadeira e batendo as mãos sobre a mesa, deixando claro seu ciúme para todos daquela casa, que puderam ouvir seus brados.

Ambre se encolheu no box enquanto a água do chuveiro caía sobre suas costas, temendo que a ira do pai ainda recaísse sobre a ela. Pela primeira vez ela ouviu o pai brigar com o Nath de tão alto que ele gritava. Na cozinha Clara e Gina estavam aflitas, com pena do filho dos patrões, além de confusas, pois o patrão nunca havia se exaltado daquela forma com o menino. A mãe do garoto, ao ouvir os brados do esposo, deixou a filha sozinha, sem cabeça para ter determinada conversa, e foi ao auxílio do mais velho, porém, ao chegar na escada, travou. Ela não sabia o que fazer, como agir diante do esposo estando este tão alterado. A lembrança da mãe sendo rechaçada pelo pai por não concordar com algumas atitudes dele nas raras vezes que se manifestou sobre algo foi maior e mais forte que a certeza que tinha que o esposo não era igual ao seu pai. Suas lágrimas não bastaram para acalmar seu coração inseguro; e para fugir daqueles sons que vinham do escritório, foi para seu quarto, fechando-se lá dentro. O que ela não via e não ouvia não podia lhe afligir; mas daquela vez, a porta não a protegeu. A voz de Jhonatan estava elevada demais.

— Pois eu preferiria que fosse ele. — pensou alto aquele garoto, e embora aquelas palavras tenham saído de sua boca como um murmuro choroso, seu pai ouviu e sentiu cada palavra como uma enorme agulha grossa e sem ponta atravessando seus ouvidos até alcançar seu coração. Nathaniel só dissera aquilo, sem pensar, porque estava chateado, sem nem imaginar o poder que aquela frase teria sobre seu pai, muito menos na reação que se seguiria.

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Notas finais do capítulo

Alter ego (por vezes grafada alterego) = significa "o outro eu",(alter: outro / egus: eu). O "alter ego" é a outra personalidade de uma mesma pessoa.
Psicologicamente esta expressão refere-se a um 'eu' que jaz na inconsciência. Este conceito está relacionado à face secreta, ao ângulo desconhecido da identidade de uma pessoa, enquanto o ego, em contraposição, é definido como a fração rasa da mente, povoada por idéias, raciocínios, emoções.


Você se encantou com a tia Maitê, chorou com os medos do pai do Kentin, compreendeu os motivos de Cast e se emocionou com a força da vó Cecília. Agora, eu pergunto: Esta preperada(o) para o pai de Nath?