Entre Otakus escrita por Van Vet


Capítulo 33
Harry


Notas iniciais do capítulo

Simbora pra mais uma semana?
Acho que essa será bem produtiva para vocês, estou igualmente ansiosa pelas suas reações.
Vamos começar com Harry desnorteado pela irmã do amigo?
Beijos, beijos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452408/chapter/33

Quando Harry parou na frente da casa de Rony, Gina vinha chegando com uma cara de desligada. Assim que seus olhos se cruzaram, ela fez uma carranca e correu para abrir a porta de casa, antes que ficasse travada com ele na entrada.

Harry fechou o carro as pressas e tentou alcançá-la, pois claro que não haveria clima para se falarem quando adentrassem na casa com todos os Weasley presentes, mas a ligeira garota passou pela porta quase o fechando do lado de fora.

Deixou-o pra trás para fechar a porta.

— Gina... — tentou chamá-la em vão, já alcançara a sala.

Timidamente, com medo de que na sua constante infantilidade a ruivinha tivesse comentado alguma coisa sobre o desastroso almoço deles, entrou no recinto. A Sra. Weasley, que já havia retornado da casa da irmã, assistia tv com o Sr. Weasley sentados no sofá maior. Rony dormia atravessado na poltrona e Gina passava para as escadas em direção ao seu quarto.

Quando os pais de Rony o descobriram no canto da parede não esboçaram desaprovação. Isso o deixou mais calmo.

— Harry, querido! — Molly sorriu largamente.

— Olá, Tia Molly. Tio Arthur — era como os chamava na maioria do tempo, embora não houvesse nenhum parentesco.

— Como entrou? Não escutamos a sineta. — Molly o interrogou.

— Gina abriu a porta pra mim. — e ouviu uma risadinha engasgada da garota que subia as escadas.

— Como estão as coisas?

— Ótimas.

O amigo continuava num sono ferrado no sofá.

— Ele caiu no sono, pra variar. — anunciou Arthur risonho, apontando para o filho.

— Me pergunto aonde ele arruma tanto sono. — completou a esposa — Roniquinho já saiu da adolescência faz tempo, mas dorme como tal. RONY!

— Não se preocupa, Tia Molly. Vou subir ali para falar com a Gina e já volto pra dar um cutucão nele.

Sentindo as pernas pesarem por ter que encarar a fera, Harry subiu as escadas. A caçula Weasley abria a porta do quarto.

— O que você quer? — retorquiu carrancuda sem fitá-lo.

— Conversar como adultos. Pode ser? — segurou a mão dela para que não pudesse correr e se trancar no cômodo.

Gina lhe cedeu espaço para entrar em seu território, contudo não fechou a porta para criar alguma privacidade. Ele teve de fazer isso.

— Por que se comportou daquele modo no restaurante?

— Não acredito que quer falar comigo para me passar sermão! — ela jogou sua bolsa na cama e tirou a jaqueta.

O rapaz reparou em sua cintura estreita embaixo da blusa de lã.

— Nada disso. Só quero saber por que anda tão hostil comigo?

Ouviu-a rir agudamente e a viu se abaixar para pegar sapatos mais confortáveis embaixo da cama. Seu traseiro redondo virado para ele chamou a atenção de seus olhos. Tinha alguma coisa errada, porque a pirralha que conhecia era uma tábua reta.

— Por que acha que estou sendo hostil com você?

Ela sentou na cama para tirar as botas.

— Porque... — Harry ficou levemente hipnotizado com a pele branca da panturrilha sendo exposta.

— Ah! Deixa que eu respondo essa! — Gina o cortou — Porque não estou puxando seu saco! Sorrindo bobamente, aceitando suas patadas de bom grado e, principalmente, porque não estou suspirando cada vez que passa na minha frente.

— Tem alguma errada com você, definitivamente! — ele contra-argumentou, perturbado por estar admirando os atributos femininos da garotinha Weasley chata e insistente. — Antes a gente dava risada junto. O clima na casa quando vinha visitar seu irmão era mais leve.

— Pra você, com certeza. — lhe deu um sorriso amarelo e ia começar a tirar a calça jeans quando se deu conta de que era ele, Harry Potter, quem estava ali no quarto com ela.

— Gina... Se andei te magoando, desculpa, mas quero ficar numa boa com os irmãos do meu amigo. Proponho um jantar para selar nossa antiga amizade.

— Harry: vai pro inferno! — berrou. — E sai daqui que quero me trocar!

Com a dignidade ferida e nenhuma solução, ele acatou e saiu. Rony já subia as escadas com a cara gigante de sono.

— Tava fazendo o que trancado no quarto com a Gina? — perguntou bocejando.

— Hã... Que? Eu...? — riu nervosamente. — Só conversando, oras!

— Ela tá brava com você. O que fez, hein?!

Harry encarou a porta fechada, querendo esganar a ruivinha. Então ela tinha dado com a língua nos dentes para alguém.

— O que a pirralha te disse?

— Nada. Só ficou te xingando uns dias atrás.

Ele seguiu o amigo até o banheiro, onde foi escovar os dentes e jogar água na cara para acordar de vez. Voltaram a descer as escadas na direção do quarto dele.

— Gina é surtada, não tem nem o que argumentar. — desconversou.

Acompanhou ele para dentro da bagunça perpétua do quarto e Rony começou a lhe contar sobre seus encontros com Lilá.

— Essa menina é uma vagabunda mesmo! — exclamou sem papas na língua.

O ruivo concordou com um aceno de cabeça.

— Pelo menos recuperei meu boné. — falou risonho.

— E tá até com uma cara melhor. — o outro notou ligando o Playstation e pegando o controle.

— Que milagre, vai jogar! O que quer?

— Alguma coisa que me faça matar bastante pra abandonar esse meu estresse. — disse com convicção.

Rony levantou e consultou seu acervo dentro da cômoda. Optou por GTA V segundo as especificações sentimentais do amigo.

— E estou tão de bom humor que quero até dar uma volta. — prosseguiu o ruivo colocando o jogo no console.

— Ah é? Pra onde?

— Sei lá. Tem alguma conhecida sua pra me apresentar?

Harry encarou-o perplexo.

— Sério?

— Seriíssimo. — o rapaz sorriu jovialmente.

— Nada de curtir sua típica fossa ou ficar se imaginando com mulher comprometida?

— Nadinha.

— Sabe o que eu acho?

— Eu sei. — Rony o cortou. — Que Lavander estava me “amarrando” através daquele boné.

— Fiquei até com medo agora. — mas por dentro sentia-se feliz por ver um sorriso confiante e auto-oportunidade no rosto de seu amigo de infância. — E nem tá chamando essa garota de Lilá mais.

— A partir de hoje, não quero chamá-la de mais nada. Vamos colocar um ponto final nesse drama.

— É isso aí!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre Otakus" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.