Dragões: os guardiões da terra (livro 1) escrita por SpyroForever


Capítulo 19
Tirem-nos daqui!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452375/chapter/19

Visão de Draco

Meu Deus. Quando acordei o tiro ainda estava doendo muito. Ardendo. Eu choraminguei e toquei as gazes. “Maldito seja quem atirou em mim. Grrr...” Eu amaldiçoei fechando os olhos devido a dor.

“Está doendo muito, filho?” Ouço a voz do meu pai atrás de mim.

Eu olho para ele com as sobrancelhas franzidas. Não queria preocupa-lo. “Não.”

“Eu ouvi você choramingando filho.” Ele diz me acariciando, fazendo-me ronronar.

“Não precisa... se preocupar pai. Eu posso aguentar.”

“Sei que pode! Sei que você é forte, filho. Mas, fico preocupado, pois pode haver algum ataque. Se houver... Filho. ME ESCUTE! Se esconda!”anta

“Não pai. Eu...” Eu comecei a falar mas Willian me interrompeu.

“Eu não estou pedindo! ESTOU MANDANDO COMO SEU PAI!” Nunca senti tanta firmeza vinda do meu pai.

“P... Pai.” Eu fiquei com um pouco de medo dele. “Eu tenho...”

“Filho! Não ouse criticar! Quero que você se esconda caso algum ataque aconteça, você me ouviu?!” Ele me encarou nos olhos.

Eu olhava para seus olhos e comecei a sentir algo dentro de mim. Algo... estranho. Como se fosse um poder. Mas... Não me importei muito, pois estava com um tanto de... medo do meu pai naquele momento. “Sim pai...” Eu disse por fim, abaixando a cabeça, triste.

Eu queria ajudar. Queria lutar! Mas... se meu pai não queria que eu fizesse isso então... bem... Eu não faria!

Ele colocou sua mão no meu queixo e levantou minha cabeça. “Filho, não fique triste, por favor. Eu só não quero que você se machuque mais ou até...”

“Se for por você, pai, eu morrerei. Eu só te peço. Não me impeça de te proteger.” Eu disse olhando para meu pai com algumas lágrimas nos olhos.

Meu pai ficou me olhando por bastante tempo até que ele me abraçou. “Eu não quero te perder!”

Eu o abraço também e lambo sua nuca. “Você não irá.”

Nos mantivemos abraçados por algum tempo. Eu percebi que ele começou a chorar nas minhas costas. Eu me separei e lambi seu rosto, limpando as lágrimas.

Ele olhou para mim e sorriu. “Você mudou minha vida. Obrigado.” Ele aproximou seu rosto de mim, hesitante.

Eu, primeiramente, pensei que ele iria beijar a minha testa, mas o que ele fez me divertiu bastante. Ele estava muito hesitante então, depois que eu não conseguia mais ver seu rosto, eu senti ele me lamber na testa! “Pai? O que você está fazendo?”

“Eu... Bem..... hehe... queria saber como era.” Ele diz me acariciando na cabeça.

“Que legal! Sabia que quando nós lambemos algum outro dragão... ou... bem... outro ser significa que nós gostamos muito dele?”

“Disso eu sei! Por isso que quis te lamber, apesar de nosso jeito de demonstrar isso ser diferente.”

“Eu sei. Nós também abraçamos e beijamos.” Eu digo antes de ficar em silencio, pois havia escutado um barulho. “Pai... acorde os outros! Eu escutei alguma coisa!”

Meu pai arregalou os olhos e correu para acordar os outros. Eu fiquei olhando em volto, em silêncio, tentando ouvir o barulho novamente.

O terreno de lá não me ajudava nada, pois, na neve, eu quase não escutava nenhum passo. Eu comecei a tirar os agasalhos para conseguir me mexer melhor. Eu já estava sem a touca, pois eu não gostei de usá-la.

Conforme todos acordavam, se alongavam e pegavam suas armas.

A arma do menino que havia sido raptado era uma besta com entalhes magníficos. Suas flechas tinham pontas com serras o que fazia ficar quase impossível ser retirada sem operação medica.

Hadaliel, logo que levantou, correu para meu lado. “O que você ouviu, Draco?”

“Eu... Eu não sei. Pareceu um galho quebrando, mas sei que não foi um animal, pois não estou sentindo cheiro de animais. Na verdade, não sinto cheiro de nada!”

Hadaliel cheira o ar e se surpreende. “Estranho... Eu também não. O que está havendo?”

“Algo está errado. Espera um pouco...” Então uma coisa me cutucou na mente. Eu corri meio mancando para o dragão que havíamos resgatado. “Ei! Você! O que eles fizeram? Você sabe se descobriram alguma coisa?”

Ele olhou para mim e ficou meio confuso. “Uh? Err... Eu... não sei! Eles fizeram muitas coisas! Rasparam minhas escamas, cortaram meu peito, minha barriga. Fizeram testes com choque, e também me deram coisas para comer, cheirar e...”

Esse era o ponto que eu queria. “Cheirar? O que eles te deram?”

“Muitas coisas. Vários perfumes, comidas, produtos...”

“Você ouviu eles falarem alguma coisa?”

“Eu... acho que sim. Acho que ouvi um deles falar algo sobre um produto i... ino... inodora para nós.”

Eu arregalei os olhos na hora. “DROGA!”

“DRACO!” Ouvi Hadaliel gritar olhando adiante com os olhos arregalados.

Quando olhei para onde ele estava olhando eu vi um humano com um casaco branco do exército apontando uma arma grande que eu não consegui... não! Não quis decifrar qual era. Eu corri na mesma hora e saltei, empurrando Hadaliel bem na hora em que o homem atirou. Por um tris não nos pega.

Miguel agiu rápido e deu dois tiros no homem, matando-o instantaneamente.

Eu sinto uma dor tremenda quando caí no chão, pois meu ombro e minha barriga ainda doíam muito mesmo. Hadaliel saiu rápido de baixo de mim e ficou de atravessado, com as asas abertas, em posição de defesa, em cima de mim.

“Arr... Hadaliel. Não precis...”

“Levante e falaremos disso depois! Lá vem mais! Eles nos encontraram!”

Eu engoli em seco e fiz força para me erguer, esquecendo da dor, pois todos que eu amava estava em perigo. Pude ouvir mais tiros serem disparados, uns perto outros longe, o que aumentou ainda mais minha adrenalina. Olhei para os lados e vi todos escondidos atrás de pedras ou árvores. Rafael estava lançando bolas de fogo contra vários homens que não paravam de atirar. Eu e Hadaliel estávamos em um lugar péssimo, muito visíveis mesmo! Então eu me apressei em levantar e correr para junto de meu pai, que estava atrás de uma pedra, com a espada para cima, ricocheteando as balas de volta para quem as atirou, tendo menos sucesso que erro. Hadaliel saiu de lá assim que eu me levantei, lançando mísseis terrestres em um grupo que se aproximava por trás e correndo para junto de seu pai. Yvam lançava água escaldante em um soldado que estava mirando em Miguel, que atirava em vários outros.

Eu olhei em volta e percebi que estavam nos encurralando. “Droga, droga, droga! Estão nos encurralando! Vão nos pegar!”

Nesse momento o barulho de hélices ficou bem audível.

“CHEGARAM!” Meu pai gritou e olhou para cima.

Todos nós olhamos para cima para avistar o helicóptero de Erick e Richard vindo em nossa direção.

Nesse momento e olhei para Rafael que olhou de volta para mim. Nós dois acenamos um para o outro e corremos em direção um do outro. Assim que chegamos perto um do outro, nós saltamos e viramos, fazendo com que nossas patas se batessem, nesse momento uma grande onda de calor saiu de nós dois, derretendo instantaneamente a neve de vários quilômetros e fazendo todos os soldados tirarem seus casacos por não estarem conseguindo suportar o calor. Nesse momento nós atacamos com tudo que tínhamos.

Não durou muito mais de dois minutos para o helicóptero ficar bem acima de nós, próximo das copas das árvores. Uma porta se abriu ao lado do helicóptero e Erick saiu de lá disparando para baixo com uma escada. “DEMORAMOS MUITO?” Ele grita antes de abrir suas asas para reduzir sua velocidade e pousar. “Rápido! Eu darei cobertura! Subam!”

Eu olhei para a escada. “Rafael! Vá logo! Você primeiro! Rápido!” Então eu corri com a minha asa cobrindo meu corpo, com Rafael ao meu lado.

Um por um, todos começamos a subir, os dragões que conseguiam voar –Eu, Hadaliel e Erick- ficamos por último, dando cobertura enquanto Richard puxava a escada rapidamente, puxando todos.

Erick era incrível! Nunca vi um dragão tão hábil e veloz quanto ele. Talvez seja devido seu elemento ser eletricidade. Ele, sozinho, conseguiu matar mais de vinte soldados em apenas 3 segundos! Eu só conseguiria fazer isso se tiverem todos amontoados e eu lançasse uma bola de fogo explosiva.

Assim que vimos que a escada já havia sido totalmente puxada nós erguemos voo rapidamente para o helicóptero. Voávamos desviando para os lados para não sermos atingidos por nenhuma bala, mas, no meio do caminho eu ouvi Hadaliel gritar. “Droga!” Quando olhei para ele vi ele com os olhos fechados e com a pata sangrando. Ele havia levado um tiro, mas, felizmente, foi na pata, então continuamos até finalmente chegarmos no helicóptero, onde Richard fechou a porta bem quando atravessamos.

Hadaliel caiu no chão do helicóptero por sua pata estar doendo. Meu pai e o dele logo foram ajuda-lo. Richard e Erick correram para a cabine e se apressaram em sair de lá.

Quando achávamos que tinha tudo acabado, Richard grita da cabine. “DRACO! RAFAEL! PRECISO DA AJUDA DE VOCÊS!”

Corremos para a cabine e vemos o que eles queriam. Duas artilharias A.A. estavam posicionadas e mirando para nós, longe. Nós olhamos para os dois e assentimos. Nesse momento corremos para a porta e a abrimos, saindo e voando para frente do helicóptero, onde começamos a carregar a nossa mais poderosa bola de fogo. Demoraram alguns segundos até que conseguimos atirar as gigantes bolas de fogo nas artilharias, destruindo-as.

Me senti bem fraco com isso, mas conseguimos voltar para o helicóptero em segurança.

“Acabou! Ahhhh... Missão cumprida!” Eu disse deitando me esticando no chão do helicóptero.

“E muito bem cumprida, tenho que reconhecer!” Richard diz da cabine.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

WOW! FOI QUASE!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dragões: os guardiões da terra (livro 1)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.