Octoni escrita por Oni


Capítulo 1
Deniu Walker: Bonecas sempre me assustaram....


Notas iniciais do capítulo

Sinceramente, eu espero que te agrade. Essa é a apresentação do personagem Deniu Walker, que foi baseado em um personagem que um verdadeiro ídolo meu criou, até mesmo o sobrenome foi roubado. O primeiro nome é o apelido de um outro grande amigo meu. Eu gosto muito da personalidade dele, espero que eu saiba interpretá-la até o fim do livro. Se é que vai haver um fim. É isso aí, o livro é contado do ponto de vista do personagem.



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– Ah, então você quer um relatório, não é? Tudo bem, todo maldito policial ou homem que defende a lei sempre quer a droga do relatório. Se eu fosse alguém como você, eu acho que eu também iria querer relatório... Argh! Como eu odeio relatórios.''Se eu tivesse a minha espada, enfiaria ela na bunda dele. Aaahh.. Como seria legal falar ''Quer um relatório disso também?'' '' Muito bem, vamos lá. Eu me chamo Deniu Walker, tenho 17 anos trabalho limpando a privada de uma empresa cheia de riquinhos engomadinhos. Eu vivia no mar antes, sabe? Eu era... hmm.. Um.. Como é que se diz? Era um Exportador de Produtos Legalmente Exóticos... É, eu era isso. Mas... Houveram alguns problemas com a minha passagem de volta a Pentairo, minha terra natal, e aqui estou eu, olhando para a sua cara feia e careca. Aaaahhh... Tá, você quer saber a história do começo não é? Sobre aquela garotinha incrivelmente fodástica e pirada e os troços verdes, certo? Ok... Vamos lá.

''Eu estava andando por uma rua escura, estava voltando do meu trabalho e estava irritado por ter tido de limpar privadas para gente rica o tempo todo. Bem.. Você sabe como é, não é? É como a cadeia alimentar, em cima, está o dono de tudo, abaixo estão os chefes, coordenadores, gerentes... Em baixo de todos eles, alguma hora, vai ter de estar a privada. E eu sou o merda que limpa ela. Ok, ok... Revoltas para depois.. Eu andava por uma rua escura, estava fazendo um frio dos infernos ali, eu sentia o frio atravessar o meu casaco negro forrado internamente com pele de lobos. Isso, esse que eu estou usando. Eu sempre estou com ele. Eu andava pelas ruas de saco cheio com a neve, com o vento frio me torturava de vez em quando e com a maldita distância da minha casa até o trabalho. Ah, e também tinha um cheiro, era como quando um dos meus companheiros de navio resolvia esvaziar a latrina comunitária no mar, eu ria dele naquela época. Bem... Se algum dia eu encontrar o Karma por aí eu enfio minha espada na bunda dele. Ah é, eu não tenho espada.

Resolvi virar em um beco escuro depois de ter andando uns malditos 20 quilômetros, eu acho.

Porquê eu tive de fazer isso? Bem.. Você sabe como é, não sabe? As pessoas não costumam entrar em becos escuros de noite, não costuma ser saudável. Assim que eu entrei naquele beco, eu entendi o real desgraçado motivo daquele cheiro. Olhei para a frente, e bem ali, diante dos meus olhos, caída no chão, estava uma mulher. Ela tinha cabelos longos e negros que iam até a sua cintura, olhos verde-escuro e maçãs do rosto bem redondas. Ela tinha uma pele branca, ou é o que pareceu ser. Pois, além de tudo isso, abaixo de seu vestido verde e rasgado, ela tinha mais um acessório.

Sua barriga estava partida ao meio com um corte profundo, vísceras estavam congeladas no chão ao redor dela, o corpo dela estava tão pálido que começava a ficar roxo por causa do frio, seus olhos apontavam para o céu, e sua boca estava aberta em desespero. Parecia que a sua última feição antes de morrer fora aquela, sabe; Medo.

Me perguntei que diabos tinha matado ela. Olhei ao meu redor naquele beco escuro e não vi nada, só sentia o cheiro de latrina, que na minha opinião, não devia ser tão forte assim no frio.

Andei na direção dela com passos lentos, ela estava havia o quê? Uns cinco metros? Me curvei na frente dela para olhar o seu rosto melhor, e como ela era gosto.. E como aquela cena era grotesca. Mais grotesco do que isso, foi o que aconteceu comigo logo em seguida.

Eu tive a impressão de ver algo verde passar na minha frente enquanto eu olhava para baixo. Descurvei a minha coluna rapidamente e olhei para a frente, pus a mão no peito com uma expressão de terror, uma perna minha foi pra trás involuntariamente e a da frente se flexionou.

Eu me sentia uma bichinha assustada.

Vi de novo.

Aquela coisa passou na minha frente, uns 12 metros. Eu não vi direito, mas era algo completamente verde, e não tinha necessariamente uma forma. Era como névoa, ou vapor, mas só que verde. Devia ter 1,65 de altura, possuía vestidos grandes e uma cabeleira enorme. E ah, ele tinha garras. Ou ela, não sei. Aquela coisa passou muito rapidamente por mim, eu não pude vê-la direito. Ela atravessou uma parede na minha frente e meu coração congelou. 1,65, vestido, cabelos longos... Um pensamento estranho me ocorreu. Olhei para baixo, e a mulher abaixo de mim devia ter cerca de 1,63.

Meus olhos simplesmente se arregalaram e minha boca se abriu em uma expressão ainda mais assustada quando eu comecei a raciocinar e entendi a merda em que eu havia me metido. Olhei para a frente de novo, ainda na mesma posição e vi a criatura passar. Dessa vez, quatro metros mais próxima. Dessa vez eu a vi chegar em câmera lenta, um vulto verde. O rosto se virou para mim, e eu vi uma expressão com olhos que olhavam para o céu, maçãs redondas, boca aberta. Era como se aquilo demonstrasse a sua última expressão e o meu pensamento atual; Medo.

Aquela coisa entrou na parede, e eu tinha certeza de que não era um ser vivo. Não mais.

''Logo logo aquela coisa vai sair da parede de novo'' Pensei assustado. Era só eu correr, não era? Não.. Eu não conseguia mover as minhas pernas. Acho que além do meu coração, do meu olhar, e dos meus culhões, o frio também tinha congelado os músculos da minha perna.

Ela passou na minha frente de novo, e o frio levou o ar dos meus pulmões. Eu percebi bem as garras dela agora, elas deviam ter 40 centímetros, e eu, sinceramente, não estava disposto a descobrir se elas eram afiadas.

Ela começou a doze metros de mim, se aproximou quatro metros, e então, mais quatro. O que significava que... A próxima vez que ela passasse perto de mim, provavelmente seria o momento em que eu descobriria se as garras eram afiadas.

Ela afundou na parede.

Era aquele o momento em que o Deniu esperto correria, mas o meu maldito corpo não queria responder. Eu só queria estar no mar naquele instante. Olhei para a direita, de onde ela provavelmente sairia, e vi enquanto ela se aproximava de mim.

O frio congelou o tempo enquanto eu via aquele fantasma maldito com cabelos negros como os meus voando na minha direção com os braços estendidos para os lados e para trás, a boca aberta em uma carranca que me permitia ver a língua dela lá dentro, e os olhos mortos olhando para cima, agora, estavam ávidos por.... Mim.

Não tinha nada que eu pudesse fazer, aquele era o fim de Deniu Walker. ''O frio vai congelar a mim, também''

– WOOOOOOOOOAAAAAAAAAAAAAHHHH - Gritou uma garotinha de cerca de oito anos, no momento, o seu corpo estava coberto por uma roupa branca, com as bocas das mangas bem largas e uma camisa de seda coberta por flores vermelhas, e um longo vestido vermelho. E seu pé, ah, que lindo pé. Ele calçava uma alpercata marrom, provavelmente de madeira. Bem, o material não importava muito, o que importava, era que a face dessa alpercata estava pisando no rosto da Corner Bloody Mary, enquanto a garotinha estava voando na horizontal, com uma perna dobrada encaixada na cara da fantasma, em um movimento que certamente, foi a voadora mais fodastica que eu já vi na minha vida. - YUUUUPIIIIII - Ela esticava a perna e voava para trás, enquanto o rosto contorcido da fantasma era empurrado longe uns 30 metros, e a garotinha girava em torno de si no ar em uma cambalhota. Ela caía em pé e dobrava um cotovelo na frente do corpo, na horizontal, na altura do nariz e esticava o outro braço para trás, dobrando também os dois joelhos em uma posição de guarda, dobrados. - Meu nome é Lina, Lina Bors. Quer ser meu amiguinho? Eu acho que vou pegar a sua boneca emprestada.

E, nossa, era claro que eu queria ser o amiguinho dela.''


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Notas finais do capítulo

Esse é o primeiro capítulo, sinceramente, espero que eu tenha forças de vontade e tempo pra continuar, Muito obrigado por ler essa chatice até aqui



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