Quem Somos escrita por Daniella Rocha


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

IOOOOO! O/ Cês tão joinha? Espero que sim! Fico feliz em eu ter leitoras tão fofas e lindas como vocês nhaww ;33 Ah, sim! Frases em itálicos, da parte da Terry, significa que ela está se comunicando com linguagem de sinais, já outros personagens significa palavras em francês. ou outro idioma. BOA LEITURA xD



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Eu não esperava que eles tirassem falsas conclusões do motivo de eu estar triste, quer dizer, um motivo a mais, mas tudo tinha haver com Christine, então o fato de eu ter saído rapidamente da sala de estar havia deixado Clint e Natasha confusos, eu sabia que sim, mas também sabia que eles iam somar um mais um.

Ao chegar ao jardim deparei-me com Thor e Jane dançando, eu não pude deixar de ficar feliz por eles, mas logo atravessei o jardim e fui para uma parte afastada, onde não havia quase ninguém, e subi em uma árvore, que particularmente era minha predileta na mansão dos Stark, pois ela era a mais alta e aos meus olhos a mais forte e bela, ela não dava frutos, mas flores lilás com branco.

Saquei meu celular e abri um documento que eu havia salvado desde que ganhara o aparelho. Era um livro chamado O Rei de Ferro, fascinava-me livros ou qualquer coisa relacionada a príncipes, reis ou coisa do tipo, eu sonhava em viver meu próprio conto de fadas, mas às vezes esse sonho era destruído quando eu percebia que a cada dia que passava eu perdia Steve por não ter coragem de lhe relatar meu verdadeiro sentimento por ele. Mas havia tanto em jogo, não apenas nossa amizade, mas a amizade de todos no grupo, não era fácil como Natasha e Clint, para inicio de conversa ambos eram... falantes. Suspirei. Poxa! Eu pegara o celular para ler o livro exatamente para esquecer-me do que meus olhos presenciaram, mas parecia que tudo me levava até o Steve.

Olhei no relógio e estava quase dando dez horas, eu estava em cima daquela arvore há quase vinte minutos e meu corpo já estava reclamando de dores musculares, então eu desci e pude colocar a sola da sapatilha que calçava na grama verde do jardim. Eu tinha a esperança de encontrar a sala de estar vazia, pois não queria me encontrar com mais ninguém aquela noite, queria apenas ir para casa, tomar algum remédio para dor que me desse sonolência e por fim dormir um sono sem sonhos, mas como nem sempre a vida é cor de rosa eu acabei me encontrando com Tony assim que saia da mansão.

— Onde pensa que a senhorita vai à uma hora dessa sozinha? Perdeu a noção do juízo? — Ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.

Natasha era minha melhor amiga mulher, mas meu melhor amigo homem era o Tony e se havia alguém que conseguia me ler tão bem quanto Natasha esse alguém era ele, então foi inevitável meus olhos não enxerem d’água pela pergunta recordar-me do ocorrido na escada.

— Oh, Cherry! — Ele me puxou para seus braços e me apertou fortemente. — Shhh! — Ele beijou o alto da minha cabeça e depois de alguns segundos me fez olhar para ele. — Quer que eu te leve para casa? — Eu assenti e ele me levou até a garagem, entramos em seu carro e saímos da propriedade dos Stark.

Talvez eu devesse esquecer de uma vez por todas Steve, não tinha jeito, não tinha como ele querer ficar com alguém como eu, afinal ele já nutria sentimentos por Christine.

— Clint me contou que você ficou mal depois de ver Christine. — Comentou. Talvez Clint e Natasha não tenham somado um mais um, talvez, afinal, eu tenha conseguido esconder bem meus sentimentos por Steve, mas era melhor assim. — Olha, esquece o que ela disse. Ela é uma idiota e se eu não fosse homem teria dado uns tapa na cara dela depois do que ela fez. Em pensar que eu cogitei a ideia de chamá-la para o baile. — Ele bufou e eu olhei para ele com uma sobrancelha arqueada.

Assim que foi possível ele olhou para mim rapidamente e riu da minha expressão, pois todos sabiam que Steve gostava de Christine.

— É, eu sei o que você está pensando, eu só ia a chamar pra irritar ele mesmo, mas no fim eu ia acabar deixando o caminho livre para ele, sabe? Ia dá um jeito de juntar os dois no baile. — Eu travei meu maxilar.

Se Tony soubesse o quão chateada aquela revelação havia me deixado. Suspirei desgostosa.

— O que? Ah! Ele é um idiota se você quer saber a minha opinião, eu o achava idiota apenas por que, cara, o Steve é meu melhor amigo apesar de todas as brigas, mas essa é a primeira vez que eu o acho realmente um idiota, como ele ainda pode estar correndo atrás da Christine como um cachorrinho mesmo depois do que ela te disse? Era pra ele ter pelo menos caído na real do quão cascavel é essa guria. — Tony apertou o volante com as mãos.

Será que dava para ele parar de dizer tão nu e cru o que eu não queria enxergar?

— Hei, por que você está chorando? — Só depois que ele perguntou que eu me dei conta de que as lágrimas haviam aparecido para darem um ar da graça novamente. — Eu já disse pra você não ligar para o que a Christine disse e... — Ele se interrompeu e arregalou os olhos. — Oh, não! Não! — Ele estacionou o carro e me olhou em choque. — Você não ficou assim por que viu a Christine, mas por que você viu a Christine mais o Steve. — Concluiu e eu olhei para a paisagem através da minha janela.

Não era para ninguém nem ao menos suspeitar dessa possibilidade, pois eu iria me esforçar para esquecê-lo, então passaria a ser algo inútil, um sentimento inválido.

— Não brinca Terry! Mon Dieu!

Não suportando a reação dele eu perguntei:

Qual o problema? Só por que sou muda, uma garota destinada ao fracasso e ele um atleta com um futuro brilhante? Não se preocupe, eu sei das minhas limitações e eu vou esquecê-lo!

— Qual é Terry? Não foi isso o que eu quis dizer. E você não é uma garota destinada ao fracasso, não se esqueça que não somente Steve, mas todos nós teremos um futuro brilhante, pois juntos abriremos um Resort.

Não importa se eu terei ou não um bom ou mau futuro por conta da minha mudez, o que eu estou dizendo é que eu vou esquecer o Steve.

— Eu não acho que você deva fazer isso, sabe? Me perdoa pela minha reação, eu só fiquei surpreso, mas eu não estou dizendo que você deva desistir dele, só — ele capturou minhas mãos — tenha cuidado, não quero que você se machuque.

Tarde demais. Eu quero ir para casa. — Finalizei sem mais delongas, pois se continuássemos naquele assunto eu voltaria a chorar e eu já estava cansada de chorar na frente das pessoas.

— Terry eu não quis...

Por favor! — Virei o rosto e encostei a testa no vidro da janela. Escutei Tony soltar a respiração pesadamente ao meu lado e depois ligar o carro.

Não demorou muito e já estávamos em frente a minha casa, eu não suportava mais segurar as lágrimas.

— Terry eu realmente não... — Eu não consegui terminar de ouvir o que Tony dizia, pois eu já havia aberto a porta do carro e saído correndo em direção ao aconchego da minha casa, do meu quarto... da minha cama.

Era domingo e eu estava preguiçosa na cama, procurava algo que pudesse fazer naquele dia, eu precisava descansar minha mente, pois a semana passada havia sido terrível para mim, primeiro o comunicado na segunda-feira de que na quinta-feira eu teria consulta, o que fez com que terça e quarta eu apenas me preparasse mentalmente para tal ocasião, então na sexta-feira Christine me aparece com sua meiguice e sábado, para fechar com chave de ouro, encontro Steve com ela, descendo a escada da mansão do Tony que levava para os quartos. Ah! Como pude esquecer-me? Tony havia descoberto que eu gosto de Steve mais do que apenas amigo.

Eu estava acabada, mas eu precisava acreditar que aquela semana seria melhor. É! Pensamento otimista e coragem! Eu conseguiria, pois sou uma Flaubert e Flaubert não desistem. Animei-me e pulei da cama, saindo do quarto e indo para o toalete com minha necessarie. Ao retornar para meu quarto de roupão fui até meu closet e me troquei, penteie meu cabelo, perfumei-me e coloquei bijuterias. Certo, eu estava pronta e nada iria abalar meu domingo.

Desci as escadas e encontrei meus pais na copa, tomando café da manha.

Bonjour! — Eles disseram em uníssono e eu senti um arrepio atravessar minha espinha. Nunca era bom sinal quando eles me cumprimentavam em francês, prova disso foi semana passada, na segunda-feira quando eles me disseram que eu teria consulta na quinta-feira.

— Relaxa filha. — Minha mãe disse sorrindo enquanto se aproximava e me empurrava pelos ombros até a canhota do meu pai, na cadeira, em seguida ela deu a volta e se sentou a destra dele.

Bom dia! — Respondi. — O que houve? — Perguntei arqueando uma sobrancelha e meu pai riu.

— Nada, querida. — Respondeu.

Meus pais não possuíam sotaque, pois há quase dez anos morávamos nos EUA e eles já haviam se acostumado com o inglês, às vezes eu me pegava imaginando caso eu conseguisse voltar a falar, eu só falei inglês dois anos da minha vida e nem era tão bem assim, não tive tempo o bastante para praticar o idioma, talvez, na verdade com toda certeza, eu teria muito sotaque caso voltasse a falar, mas bem, aquilo era algo que só o tempo poderia me dizer, disse a mim mesma para direcionar meus pensamentos para coisas mais felizes, pois não seria eu que estragaria o meu primeiro dia da semana.

— Sabe, filha... — Mamãe começou e eu olhei para meu pai com uma sobrancelha arqueada.

Nada? Sei. — Sorri sem graça e ele jogou de ombros, rindo.

— Eu e seu pai estávamos conversando sobre nenhum tratamento seu dar muitos resultados, pelo menos aqui nos Estados Unidos. — Opa!

Como assim “pelo menos aqui nos Estados Unidos”? — Não estava gostando daquele papo.

— É melhor sermos diretos, amour. — Papai interveio e eu assenti, concordando com ele.

— Ok, ok. — Ela segurou a mão do meu pai e sorriu. — Que tal tentarmos algum tratamento fora do país? — Arqueei uma sobrancelha ainda confusa e meu pai foi quem respondeu:

— Vamos para a França, querida.

Que mané lá começar a semana bem.


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Notas finais do capítulo

Hmmm... e ai? Aprovaram? Em breve aroma de romance no ar ;) Beijoos e fiquem com Deus ;**