N/A: *-* Estou muito feliz por vocês estarem gostando tanto da fic! Eu gostei muito de escrever esse capítulo ♥ e espero que vocês gostem dele também!
BOA LEITURA xD

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Meu peito queimava e eu sentia o sorriso dançar em meus lábios. As lágrimas em meus olhos escorriam por minhas maças do rosto e eu desejava que aquele sentimento nunca se esvaziasse de mim, gostaria de ser capaz de tornar aquela alegria, aquele quente em meu coração, presente para sempre em meu ser, mas algo dentro da minha cabeça tranqüilizou-me dizendo que eu sentiria aquilo e muito mais para sempre no lugar para aonde eu iria, depois que Ele voltasse para me buscar.

A certeza daquele pensamento me fazia querer pular de alegria e, eu acho que por alguns instantes, fora exatamente o que eu fiz, eu não me importei com quem estava ao meu lado, eu apenas expressei minha alegria de estar na Casa do Senhor e de saber que em breve eu estaria em um lugar onde não haveria nem dor e nem sofrimento, mas apenas alegria, essa alegria que eu estou sentindo agora multiplicada por um zilhão.

Ao abrir os olhos eu não podia me deparar com paisagem mais satisfatória!

Tony Stark estava de joelhos, com os braços abertos, olhos fechados e rosto molhado, perante o altar! Eu levantei as mãos para o Céu e glorifiquei a Deus! O prazer de ver Tony se entregando a Jesus alcançou meu coração e as lágrimas em meus olhos continuaram a transbordar. Muitos jovens se encontravam perante o altar, muitos se reconciliando com Deus e muitos outros aceitando Jesus como Senhor e Salvador da vida deles como, por exemplo, Tony!

Nosso líder, Natanael ou apenas Nat, começou a orar pelas pessoas à frente e por fim ele apresentou a elas a nova família deles, a família de Deus e então eles se viraram para trás e se encontraram com outros jovens que começaram a aplaudir e a bendizer o nome do santo do Senhor. Tony voltou até o seu lugar ao meu lado e eu o abracei.

— Como o Nat disse, o Céu está em festa por ter ganhado você! — Disse próximo ao seu ouvido para que ele escutasse, pois o Ministério de Louvor começara a tocar uma música.

— Todos nós. — Respondeu se virando para as pessoas que estavam na frente, mas que agora, assim como ele, retornavam para seus lugares. Eu sorri.

Depois que a reunião dos jovens terminou nós dois fomos comer alguma coisa na lanchonete da igreja.

— Foi algo tão forte que me moveu a caminhar até lá na frente, que a vergonha que eu senti por pouco período de tempo foi embora e não importava mais nada, apenas o fato de que... — Tony suspirou e assenti — Cara, eu ‘to tão feliz, essa alegria parece que não vai embora! — Ele riu.

— Eu sei exatamente como você está se sentindo e vai por mim, se você continuar alimentando o Espírito Santo com oração, leitura bíblica diária e jejum, essa alegria não vai te abandonar jamais! — Disse sorrindo.

— É o que eu mais quero. Eu preciso de Deus, eu preciso d’Ele! Finalmente as lacunas que eu sentia aqui — colocou a mão no coração — foram finalmente preenchidas e é como se agora eu tivesse uma razão pela qual viver. Jesus é a razão de eu estar aqui e é para Ele que eu dedico cada batida do meu coração.

Jesus faz isso mesmo com a gente. Cavalheiro como Ele é, Ele bate na porta e quando permitimos que ela seja aberta, para que Ele entre, tudo se transforma e você passa a ver que o que para você era certo, na verdade é errado e vice versa, nós passamos a ter um brilho especial nos olhos e suspiramos sempre que nos lembramos d’Ele. Até baixa o espírito shakespeareano em nós que faz com que digamos coisas a Jesus antes nunca imaginadas por nós que um dia diríamos a alguém. Afinal, só Jesus é digno de ouvir certas coisas como, por exemplo, o que Tony disse.

Já era noite de quarta-feira e eu estava de pijama e deitada de barriga para cima na cama dos meus pais. Eu estava com saudade deles, pois a última vez que eu havia falado com eles fora no dia em que chegaram à França. Então eu resolvi aplacar a saudade e peguei o celular pra ligar para eles. Brevemente mamãe atendeu.

— Querida! — Como era bom ouvir a voz dela.

— Estou com saudade. — Foi à primeira coisa que saiu dos meus lábios.

— Nós também.

— Duvido, nem me ligaram. — Fiz manha.

— Ok, você está certa, não estávamos com saudades. Estamos ocupados demais nos divertindo aqui.

— Agora magoou. — Disse a fazendo rir.

— Os dias passarão tão rápido que quando você menos esperar estaremos ai. — Sua voz soou otimista.

— Claro. — Suspirei, mas logo me recompus, pois eu não queria ouvir um “você não quis vir, agora fica ai”. Eu revirei os olhos e sorri comigo mesma. — Papai está por ai?

— Espera ai. — Houve silencio do outro lado da linha antes que a voz do meu pai soasse.

— Oi bebê! — Papai disse animado. — A casa ainda está inteira? — Brincou e eu ri.

— Por enquanto. — Foi a minha vez de brincar.

— Engraçadinha. — Ele riu. — O que você anda fazendo? Alguma coisa aconteceu?

— Não. Está tudo bem, sim. Só liguei por que estava com saudades.

— Também estamos, mas acho que você vai ficar feliz em saber que compramos muitas coisas legais para você.

— Hmm! “Legais” tipo um carro?

— Não, “legais” tipo um chaveirinho da Torre Eiffel.

— Há, há! — Semicerrei os olhos e meu pai voltou a rir.

De repente a campainha soou e eu olhei na direção da porta do quarto dos meus pais.

— Pai, tenho que desligar, a pizza chegou. — Anunciei levantando da cama.

— O que aconteceu com os armários e geladeira abastecidos de comida?

— Fiz um frevo aqui em casa ai a comida acabou.

— Você o que? — Desci as escadas rindo.

— Brincadeira pai. Só estava com vontade de variar hoje.

— Você quer dizer com preguiça, né?

— Se você compreende melhor assim, ok. — Sorri e ele riu.

— ‘ta bom filha, a gente te liga amanha.

— ‘ta. Benção?

— Deus te abençoe. Te amo! Beijos.

— Amém, fiquem com Ele também! Te amo, beijos. — Desligamos e eu abri a porta, encontrando a minha frente o imaginável. — Você?

Loki calçava um tênis marrom, vestia uma calça jeans clara, cinto marrom, blusa verde, jaqueta de couro preta e o cabelo estava penteado para trás, com os fios até acima dos ombros. Ele sorria e seu olhar era gentil, em suas mãos estavam um buque de flores amarelas e uma sacola cinza.

— Está de pijama, o que significa que você não tem programa para hoje à noite, pois bem, são para você. — Ele me entregou as flores e eu as aceitei, sorrindo.

— Obrigada. — Elas tinham um cheiro doce que me inebriava, mas não tanto quanto o perfume de Loki que bateu contra minha face quando esse último se aproximou e roçou seus lábios levemente sobre os meus.

— Lembro-me em uma de nossas conversas que você comentou que gosta de assistir a filmes franceses e comer bobagens. — Ele disse com o rosto ainda próximo ao meu, sacudindo o sacola em sua mão. — Espero que você goste de Pele de Asno. — Eu sorri bobamente.

— É meu filme favorito. — Ele riu e passou as costas da mão desocupada pelo meu rosto, acariciando-me singelamente.

— Acho que te conheço melhor do que pensei.