When I Was Your Man escrita por Mell Annie


Capítulo 7
Beginnings


Notas iniciais do capítulo

Amores e Amoras...

Desculpem a demora em postar, é que eu fiquei tão feliz pelas 3 RECOMENDAÇÕES QUE RECEBI, ISSO MESMO 3 RECOMENDAÇÕES, que eu tinha que escrever algo a altura, ou pelo menos tentar...

As minhas queridas Ana, Sarah e Brenda... Amei cada recomendação, cada palavra, individualmente falando... Com certeza esse capítulo é dedicado a vocês que me inspiraram, muito obrigada mesmo, quase tive um "heart attack" quando os li... rsrs

Quero agradecer também a cada review, poxa vocês são lindos e me emocionam com seus comentários, adoro ler cada um, adoro quando dão opiniões e dizem o que mais gostaram, este capítulo também é dedicado a cada um vocês...

Bom como eu havia adiantado este é o último capítulo :,( - Foi bom enquanto durou - escreverei um epílogo, só não prometo datas Ok? Mas quero encerrar essa Fic com um epilogo bem lindo!! hehe

E agora chega de enrolação pq eu demorei muito pra postar.. hahaha

Boa leitura!!!



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A noite mais longa da minha vida, depois de literalmente abrir meu coração para Katniss e lhe dizer tudo que estava guardado, ouvi-la dizendo “eu te amo” para namorado enquanto estava atrás da porta foi definitivamente a pior parte, ao menos ela me ouviu e não brigamos, ao menos desta vez eu não fugi, e talvez possa seguir em frente, o cansaço logo me pegou de jeito e eu apaguei. Assim que acordei Katniss continuava dormindo encolhida na poltrona, não tive coragem de acordá-la apenas fiquei admirando minha doce e tímida menina, apesar de ostentar uma postura firme e séria.

***

Em uma semana a vovô já estava totalmente recuperada e teria alta, e como as coisas já estavam bem eu teria que voltar a minha vida normal, as coisas da vovô já estavam prontas para irmos embora do hospital e ela mal sabia o que a esperava em casa, a galera preparou uma festa de boas-vindas pra ela, e o que dizer da surpresa pra minha veinha, seus olhos encheram d’água e ela não parava de abraçar, beijar e agradecer a todos presentes. Tive duas surpresas uma foi Cato que não era mais tão surpresa assim, já que sempre que podia estava aqui cercando Clove, a outra foi Madge nossa melhor amiga da faculdade. Mad era quem nos colocava na linha, ao menos tentava, lembro-me do primeiro dia de aula, Cato e eu já nos conhecíamos pois éramos colegas de quarto e logo que viu Mad entrar na sala, disse que ela seria a primeira de muitas, e ele tentou e muito, o que me rendeu muitas risadas, ela o colocava em seu devido lugar, ou seja gostei dela logo de cara, e em pouco tempo nos tornamos amigos e Cato cara de pau também, desde então nos tornamos inseparáveis.

A festa estava boa, mas a vovó precisava descansar e logo se despediu do pessoal que começou a ir embora também, somente a galera de sempre permaneceu, e a sala de estar da minha casa se tornou novamente nosso ponto de encontro, como era na nossa adolescência.

— Mas eai Madge como você conheceu Cato e Peeta? – Uma Clove muito curiosa e desconfiada perguntou, com certeza a baixinha planejara este interrogatório desde que Madge e Cato chegara, pois mesmo Cato estando a seu lado a noite inteira, ela não tirava os olhos da loira, e todos passaram a prestar atenção em Mad inclusive Katniss e Gale se interessaram.

— Foi no primeiro dia de aula... Cato sempre foi muito sociável. – Ela diz ocultando parte que ele deu em cima dela até dizer chega, mas a baixinha entendeu as entrelinhas.

— Qual é Madge, pode falar a verdade. – Ela disse, e Cato congelou onde estava, por essa ele não esperava, mas eu sim.

— Desculpe amigo, acho que ela já te conhece... – Mad disse para Cato e depois se virou para Clo. — Clove ele deu em cima de mim até não querer mais, no início eu o achava chato e inconveniente, depois passou a ser engraçado principalmente quando Peeta e eu passamos a ser amigos e dávamos boas risadas as custas do Cato. – A loira ria ao falar, e Clove também, mas logo ela lançou um olhar irônico para Cato.

— Bom saber. – Ela disse ameaçadora.

— Qual é Clo... Eu tinha 18 anos e estava deslumbrado com a faculdade e com o que os caras diziam a respeito das garotas. – Ele tenta se explicar e ela revira os olhos, com certeza já são um casal.

— Mas e o Peeta... Ele era tão terrível quanto o Cato? – dessa vez foi Glimmer a perguntar e eu a me apavorar.

— Não o Peeta sempre foi sossegado, super na dele. – minha amiga me defendeu e eu fiquei aliviado, não que eu tenha algo a esconder, só prefiro que não seja revelado assim, muito menos na frente de Katniss.

— Ah nem vem com essa de sossegado não... O Peeta era muito pior que eu, logo que o conheci achava até que ele era gay, mas depois meu garotão aqui se revelou. – Cato diz e me puxa bagunçando meus cabelos já bagunçados, e eu não sabia onde enfiar a cara, enquanto Madge me encarava preocupada pois ela sabia exatamente quem era Katniss Everdeen, e dava um soco no braço de Cato.

— Que foi? – ele perguntou pra loira, sem entender o motivo do soco.

— Conquistador... – Clove disse me encarando, com certeza se lembrou do primeiro dia que Cato foi ao hospital.

— Apelido carinhoso que ganhei do Cato na faculdade. – disse dando de ombros, não havia mais o que esconder é claro que eu não continuaria o assunto, mas também não ocultaria se alguém perguntasse algo.

Pra minha sorte ninguém mais tocou no assunto, e todos foram embora me deixando a sós com Mad e Cato. Acomodei Madge em meu quarto e ela me abraçou desculpando-se por não ter vindo antes, Cato sempre me apoiou muito e sabe toda minha estória, mas Mad me entendia, somos muito parecidos sempre dizíamos que ela era a versão Peeta de saia. Fomos embora no dia seguinte, mas meu coração e mente permaneceram em Union, com minha vó, meu pai e Katniss.

Demorei a estabelecer uma rotina, havia muito trabalho a ser feito e minhas primeiras semanas foram basicamente o dia inteiro na empresa, e eu não me importava, quanto mais trabalho, mais minha mente ficava ocupada e eu não tinha tempo de pensar em Katniss. Tive que abrir o jogo com a estagiaria, a Tori, ganhei um tapa na cara e uma mulher furiosa comigo, o que não a impediu de dar em cima de mim novamente em outros eventos da empresa, mas eu soube me portar como o esperado para um vice-diretor e me esquivei gentilmente de todas as investidas da garota, ela não dava sossego, algo que já estava me irritando bastante. Até que um dia ela me viu com a Mad andando de braços dados em um final de semana de calor, e logo deduziu que fosse minha namorada, o que eu não fiz questão de desmentir, isso a deixou um pouco mais retraída, infelizmente foi só um pouco. É estranho o fato de não me incomodar que as pessoas pensem que ela é minha namorada, antes era algo inconcebível, entretanto agora é algo que eu penso com bastante frequência. Ela é minha melhor amiga, me entende, sempre está a meu lado, me faz rir e ri das minhas piadas, mesmo as mais idiotas, é a única que eu quero ver em dias tristes, e a única que além da Katniss me viu chorar, me sinto bem com ela, sinto segurança, e sinto que ela sente o mesmo sobre mim. Acho que ela seria a única mulher que eu namoraria, que eu abriria meu coração, que seria capaz de tirar Katniss do lugar que ela vem ocupando há muitos anos.

Sempre que posso vou a Union visitar a vovó e meu pai, ela já se recuperou totalmente e agora está cuidando mais de sua saúde, o que nos deixa muito mais tranquilos uma vez que não precisamos mais ficar sempre no pé dela, tento ir ao menos de 15 em 15 dias, e agora tenho uma companhia inseparável. Cato sempre me acompanha em minhas viagens até Union, e quando demoro a ir, ele vai sem mim mesmo, ele e a baixinha estão namorando sério, nunca vi um cara tão bobo e apaixonado como ele. Ele literalmente beija o chão que ela passa, e ela é dominadora quer sempre saber onde ele está, com quem está, para onde vai e com quem vai, o que acaba sobrando pra mim pois quando ela não consegue falar com ele liga para mim, as vezes ela vem pra cá também passar uns dias na casa dele. Mad também me acompanha sempre que pode, o que tem gerado um certo burburinho pela cidade, o que não me incomoda mas a Madge sim. Mal vejo Katniss e tudo que sei a seu respeito é que os outros comentam, principalmente Cato devido à proximidade de Clove.

— Eai meu irmão... Como está hoje? – Cato pergunta e eu desconfio de seu tom nada convencional.

— Eu estou bem. Já você não pode dizer o mesmo. Está estranho cara, o que aconteceu? – pergunto desconfiado enquanto preparo algo para comermos.

— Eu estou bem também, é que fiquei preocupado com você, só isso. Mas estou vendo que você está bem, então fico mais tranquilo. – Não compreendi uma só palavra que ele disse, porque ele estaria preocupado comigo, eu estou bem, como não estive em anos e agora Cato vem com essa estória, o que ele está sabendo que eu não estou.

— Não entendi, porque está preocupado comigo? Como assim fica mais tranquilo que eu esteja bem? – pergunto confuso enquanto desligo o forno e me viro para encara-lo, vejo que ele está mais confuso que eu e passo a ficar preocupado.

— Você não está sabendo? Quer dizer... Ninguém te contou nada? – ele me encara questionador, algo em seus olhos denuncia que ele não deveria ter entrado em tal assunto, e tudo se confirma quando ele vacila e desvia seu olhar.

— Cato, o que você está sabendo que eu ainda não estou? – pergunto já com pouca paciência.

— É que... – ele começa sem jeito, olhando para os lados e esfregando as mãos uma na outra.

— Fala logo Cato. – Digo com vontade de arrancar as palavras de sua boca, pois sinto que não é nada bom.

— Cara eu não queria te dar essa notícia, mas como já tem uma galera sabendo, pensei que alguém já haviam te contado... – Cato enrola e eu que já estava impaciente passo a ficar nervoso. Ele percebendo meu estado vai direto ao ponto. — A Katniss vai se casar. – Ele solta a bomba e o ar me falta, um imenso desconforto começa a crescer dentro de mim, e um nó a se formar em minha garganta. Eu sabia que isso um dia iria acontecer, mas na verdade nunca esperava que fosse verdade, ela finalmente seguiu em frente, ela deu o primeiro passo, não que eu tivesse esperança de voltar com ela, mas agora é realmente definitivo, não tem mais volta, Katniss se foi e é pra sempre. Cato permanecia ao meu lado, parecendo uma estátua, seu olhar preocupado e seus lábios entreabertos, com certeza ele tentava formular algo para me falar, para me consolar, mas não sabia como.

— Quando você soube? – perguntei e minha voz saiu quase um sussurro.

— Há alguns dias. – Ele responde e permanece na mesma posição.

— Quem mais sabe? – acredito que todos já saibam, por isso ele pensou que eu já soubesse, acho que ninguém teve coragem de me contar, como ele mesmo não teve.

— Além de Union inteira, somente a Mad e eu sabemos. – Ouvir aquilo era ainda pior, todos sabiam menos eu e ninguém teve coragem o suficiente para me contar o que estava acontecendo.

— Cato, você pode me deixar sozinho. – Peço encarando o chão.

— Peeta, não acho uma boa ideia te deixar sozinho.

— Me deixa sozinho Cato. – Dessa vez peço encarando-o.

— Ok, mas não faz besteira tá... Me liga se precisar de algo. – ele diz ainda me encarando e eu assinto com a cabeça, o sigo até a porta e a tranco assim que ele sai do apartamento.

Vou até a varanda do meu quarto e sento na poltrona que há muito tempo está aqui mas eu nunca tive tempo de sentar-me para admirar a vista da cidade que tenho da minha varanda. Milhares de pensamentos passam por minha cabeça, e em todos eles estava ela, linda, sorrindo, me encarando com aqueles olhos cinzas, onde habitam segredos, alegrias, temores. Ela dançando, a forma como seu corpo falava as palavras que não saiam de seus lábios, seu sorriso do mais tímido ao mais sedutor, e o mais ingênuo. Suas lagrimas, como eu a fiz chorar ao longo desses anos que nos conhecemos, tanto de alegria como de tristeza. Pensar que eu nunca mais poderia apreciar nenhum de seus olhares ou sorrisos, fez meu coração doer, enquanto o sol já estava se pondo e o vento gelado do outono não me incomodava ainda, não sei quanto permaneci ali, mas meus dedos começaram a congelar e me vi obrigado a entrar no meu quarto ao menos para pegar um cobertor.

Assim que entrei, pude ouvir o toque do meu celular, eu já o havia ignorado o dia inteiro, não seria difícil ignora-lo uma noite também. Só que então lembrei-me das palavras de Cato, dizendo que eu não fizesse nenhuma besteira, e penso que pode ter apavorado a todos com o jeito dramático dele, e a vovó deve estar desesperada com a falta de notícias minhas, como se eu fosse capaz de fazer algo tão estupido que pudesse magoar mais alguém, já magoei tantas pessoas por tanto tempo, que mesmo se achasse que fosse o certo e não tivesse temor a Deus, não seria capaz de atentar contra minha vida por causa deles, para não faze-los sofrer ainda mais.

Pego o celular e o visor denuncia que é Madge quem me liga, desligo sem me preocupar em ser educado, e vejo que há mais de 20 ligações perdidas somente dela, de Cato deve ter umas 30, pelos menos não tem chamadas perdidas da vovó ou do meu pai, sinal que Cato não abriu o bico para eles, assim que termino de checar as chamadas perdidas recebo uma mensagem de Madge.

“Estou na portaria do seu condomínio, não sairei daqui enquanto não permitir que eu suba, congelarei até a morte!” escreve uma Madge dramática, como é de costume.

“É sério, aqui esta o maior frio, e não sairei daqui enquanto não falar comigo” recebo outra mensagem em seguida.

Se bem a conheço, ela não vai sair daqui enquanto não falar comigo, então ligo na portaria e autorizo sua subida. Poucos minutos depois ela toca minha campainha, abro a porta e ela entra sem nenhuma cerimônia.

— Você poderia ter me atendido antes, não? Eu realmente estava congelando lá embaixo, fale com o síndico para colocar um aquecedor lá, ou ao menos cobertores. – ela disse sentando-se toda encolhida no sofá, esfregando as mãos nas pernas para esquentar.

— Pode deixar anotarei sua reclamação. Mas acredito que o síndico não levara em conta já que você não é moradora. – digo divertido com a cena dramática que ela faz. — E outra você não tinha nada que vir aqui. – continuei a falar no mesmo tom, mas minhas palavras a tocaram e logo ela levantou-se para me abraçar.

— Você esta bem?... Me desculpe não era minha intenção te esconder isso, eu só não sabia como te contar, você estava tão mexido por voltar a vê-la com tanta frequência que tive medo de acabar te afastando da sua avó e seu pai.

— Estou bem sim... Essa notícia só me pegou de surpresa, não esperava que fosse tão depressa assim... Sei lá...— digo ainda abraçado a Madge.

— Eu sei, não precisa falar sei que ainda a ama, não tem como esconder. Eu queria poder te fazer sentir-se melhor, mas os homens são diferentes da mulheres, se você fosse uma mulher eu te daria um pote de sorvete e uma barra de chocolate e assistiríamos uma comédia romântica.— Mad diz agora me encarando e eu sorrio, não tem como não rir da lógica das mulheres, se elas estão mal, atacam os doces e assistem filmes que vão fazê-las se sentirem piores ainda.

— A lógica das mulheres é engraçada, vocês se entopem de besteiras e depois reclamam que engordam, levam um fora e assistem filmes românticos que só fazem que se lembrem do fora que levaram. — digo enquanto caminho até a cozinha com Mad a meu encalço.

— Pois é, na hora você se sente bem... Comer besteira é sempre bom, e ninguém te condena quando se entope de chocolate quando está na foça, e os filmes românticos é pra você se iludir que ainda existem homens lindos, românticos e sensíveis na face da terra, e que dariam a vida por você... No dia seguinte que é pior, pois se lembra que homens assim só existem em filmes, e que provavelmente engordou uns cinco quilos das besteiras que comeu, daí então você culpa o cara.— ela termina de falar assim que entrego um pote de sorvete e uma colher para ela.

— Teoria bem simples. — digo enquanto me sirvo do sorvete.

— Nós mulheres somos simples, vocês homens que complicam tudo. — ela diz me lançando uma piscadela.

— Uhum sei, mas se eu estou na foça porque você está se entupindo de sorvete?

— Porque amigas são pra essas coisas... Vocês homens dizem que não somos unidas, mas somos sim, quando uma sofre todas sofremos. — ela diz categórica como se estivesse proclamando a independência dos USA.

— Mad você não existe... - digo rindo.

— Existo sim, e para isso se tornar uma foça completa precisamos assistir a uma comédia romântica.— ela diz me puxando para a sala de estar.

Mad coloca um filme depressivo onde o “mocinho” abandona a mocinha da estória e depois de muitos acontecimentos eles ficam juntos no final, qualquer semelhança é mera coincidência, mas ainda assim não é meu caso, na minha vida não há um “final feliz”, pois a minha garota vai se casar com outro cara, e isso vai além das minhas forças, minhas vontades, não há mais nada a ser feito. Katniss seguiu o caminho dela, é minha vez de seguir o meu. Mad segue com a tortura e vamos para mais uma sessão de romance, é incrível como ela não se cansa, chorou horrores no primeiro filme e acabou com um pote de sorvete. Não prestei muita atenção no primeiro filme, pouco provável que eu dê atenção a este também, há algo que me chama mais atenção que o filme, Madge, ela é linda, extrovertida, amiga, carinhosa e eu nunca havia me permitido ver isto nela. Continuo encarando-a quando começa a tocar uma música em uma cena do filme (Daughters - John Mayer), a música fala sobre pais e mães serem bons com suas filhas, pois um dia elas amaram como eles se amam. Madge me encara e ficamos perdidos um no olhar do outro enquanto a música continua a tocar “Eu conheço uma garota, Ela coloca a cor dentro do meu mundo; Mas ela é como um labirinto onde todas as paredes mudam continuamente completamente; E eu fiz tudo que eu posso, para estar em seus passos com meu coração em minhas mãos, Agora estou começando a ver, talvez não tenha nada a ver comigo... Oh, você vê essa pele? É a mesma que está de pé, Desde o dia que ela o viu indo embora Agora ela partiu, Limpando a bagunça que ele fez”. Mad tem colocado cor nos meus dias, ela é minha melhor amiga e tem estado do meu lado durante esses anos, nunca me cobrando mas sempre me apoiando, apesar de linda nunca a vi com outros olhos, ela sempre foi especial demais para que eu tivesse qualquer tipo de envolvimento com ela, agora posso ver com mais clareza, talvez seja só amizade mesmo, mas não vou permitir que isso nos afaste, e nunca vou magoa-la, não quero que ela parta para limpar a bagunça que eu fiz, assim como aconteceu com Katniss.

— Sabia que eu me apaixonei por você assim que te vi. – Ela diz ainda me encarando, e eu congelo.

— E agora? – consigo perguntar, mesmo não sabendo minha própria reação a sua resposta.

— Você é meu melhor amigo, eu nunca estragaria o que nós temos por um sentimento que eu não tinha certeza se era real ou não. – Ela diz dando de ombros.

Depois disso tive que trocar de filme por um de ação, o que gerou uma breve discussão com Mad. Aquele clima que começou entre nós logo se dissipou e voltamos a ser nos mesmos, o que me trouxe grande alivio, sentiria-me um lixo se a magoasse.

Conforme os dias foram passando ocupei-me de mais e mais trabalho, não queria passar um minuto sequer com a mente vazia, pois quando o fazia, meus pensamentos me traiam me levando direto a Katniss e os preparativos de seu casamento, algo que apesar de estar acontecendo a quilômetros de distância, estava próximo demais de mim, Madge contou a meu pai e a vovó que eu já estava sabendo da notícia, logo eles não tocaram no assunto, mas uma vez ou outra escapava alguns detalhes, tais como, meu pai fora convidado para leva-la até o altar, a vovó rejeitara ser madrinha, alegando que senhoras da idade dela não devem fazer este papel deixando isso para as mais novas, Cato e Clove seriam padrinhos, assim como Treash e Fox, Finnick e Annie... Sim meus melhores amigos serão padrinhos de casamento da mulher que eu amo com outro homem.

— Cara eu to indo nessa. – disse Cato as vésperas do casamento, era uma sexta-feira à noite e o casamento seria domingo pela manhã, ainda estávamos no escritório e Cato iria direto de lá.

— Tudo bem, boa sorte. Fala pra minha vó que no próximo final de semana estarei lá. – disse sem saber o que falar ao certo, na verdade não tinha muito o que falar.

— Falo sim, falei com a Mad ela disse que iria pra sua casa hoje ou amanhã. – Faço cara de tédio para ele, eles estão insuportáveis com essa estória de não me deixar sozinho, é sempre bom estar com eles, não penso besteira, mas por outro lado é um “saco” eles não me deixam em paz um segundo sequer.

— Sim senhor meu babá. – Digo debochado.

— Esse é meu garoto. – Ele diz bagunçado meu cabelo, como meu pai faria. Isso já está passando dos limites.

Vou para casa, e a primeira coisa que faço assim que chego é tomar um banho longo e demorado, assim que saio do banho ouço a campainha tocando, só pode ser Madge, como ela e Cato vem com frequência a meu apartamento, já deixei autorizado a entrada dos dois, penso em colocar ao menos uma roupa para atender a porta mas a insistência dela em tocar a campainha é tamanha que posso deixar isto para depois. Assim que abro a porta me deparo com a pessoa que definitivamente não esperava, ficamos nos encarando por um tempo até que o silencio é quebrado.

— Eu encontrei a Madge lá embaixo, ela conversou com o porteiro que permitiu que eu subisse. – A morena, cabelos negros e olhos cinzas diz, e eu tento encontrar minha voz.

— Ah desculpe, entre. – Digo me afastando, assim que ela entra tranco a porta. — Eu vou colocar uma roupa, pode ficar à vontade. – Digo percebendo que estou somente com a toalha, visto uma bermuda e camiseta rapidamente com medo que minha inusitada visita vá embora. Quando volto à sala, lá está ela parada no mesmo lugar encarando meus moveis, essa cena não me é estranha, já estive na mesma situação, imóvel em seu quarto.

— Quer beber alguma coisa? – pergunto sem jeito e ela nega com a cabeça, e dessa vez eu fico sem palavras.

— Peeta você sabe que não sou boa com palavras, nunca fui... – ela começa a falar sem jeito. — Mas quando você me disse tudo aquilo no hospital, eu fiquei sem reação e sinto que eu fiquei te devendo uma resposta. — ela inspira profundamente tentando encontrar as palavras -  Eu também nunca mais tive um dia de paz desde que você foi embora, você era meu porto seguro, meu ponto de referência, alguém que eu podia me apoiar, eu me sentia segura a seu lado, e eu era verdadeiramente feliz quando estávamos juntos e isso me foi tirado bruscamente, você foi embora e levou meu coração junto com você, por muito tempo estive fechada pra tudo e pra todos, vivia apenas para cuidar do meu pai, e quando ele se foi... – ela fez uma pausa, sua voz embargada, tive vontade de abraça-la, de consola-la mas sabia que não tinha esse direito — Tudo perdeu o sentido pra mim, eu não tinha mais você, eu não tinha mais ele, ainda tinha minha mãe e a minha irmã, mas eu não tinha mais forças para consola-las, pra ser forte por elas, e quando o Gale apareceu, eu precisava de um apoio, eu precisava ser cuidada, eu precisava que alguém me colocasse no colo e me dissesse que ficaria tudo bem, e ele fez isso ao longo desses anos, e eu descobri que o amava. – Ouvir tudo isso não estava sendo nada fácil, mas era necessário. — Quando ele me pediu em casamento eu fiquei sem reação, foi no meu aniversário e todos estavam presentes e a pressão do lugar me fez pensar que era exatamente aquilo que eu queria, mas suas palavras ficaram martelando em minha mente, Gale era tudo que você falou mas eu o amo por gratidão ele me deu tudo quando eu achava que não tinha mais nada, mas eu não sou perfeita, e percebi que eu não quero alguém perfeito a meu lado, eu quero alguém que erre e que tenha a capacidade de se arrepender, assim como eu de perdoar, alguém que me faça pagar o maior mico na frente dos meus amigos somente para me ver corar, alguém que realize meus desejos mais absurdos mesmo contrariado somente pra me ver sorrir, alguém que ria em momentos inapropriados e chore nos momentos certos, alguém que mude de assunto do nada só porque se lembrou de algo importante, eu quero sentir aquele frio na barriga que se sente toda vez quando alguém que se ama está chegando, eu quero perder o folego com um beijo, sentir meu coração palpitar e minhas pernas bambear com um toque. – Assim como eu havia feito naquele dia em seu quarto, Katniss fez o mesmo ao aproximar-se lentamente. — Eu quero meu Peeta de volta. – Ela sussurra em meus lábios antes de me beijar. Nosso beijo era cheio de saudade, cheio de sentimentos, cheio de desejo, logo estávamos ofegantes, mas eu me recusava a parar de beija-la, como consegui ficar tanto tempo sem seus beijos, sem seu toque, sem seu cheiro. O ar já se fazia necessário a ambos, interrompemos nosso beijo enquanto eu puxava Katniss para mim, sentindo seu cheiro, seu calor, seu gosto que ainda estava em meus lábios.

— Eu te amo Peeta Mellark. – Ela sussurrou para mim.

— Eu te amo Katniss Everdeen, você é minha vida. – Me declarei a ela, e pude ver um sorriso se formar no canto de seus lábios, a soltei um pouco a fim de encarar seus olhos, e neles havia perdão. — Você me perdoa? – quis confirmar o que acabara de ver em seus olhos.

— Esse beijo foi um enorme eu te perdoo. – Ela diz sorrindo seus olhos brilhando, há quanto tempo eu não via isso, e como senti falta. — Mas se você quiser posso continuar a te beijar até você se convencer. – Ela diz com ar sapeca, atiçando meu desejo que já não era pouco.

— Acho que nunca vou querer me convencer. – digo já colando nossos lábios em um beijo voraz, enquanto a puxava até meu quarto, eu não era o único saudoso, as mãos de Katniss percorriam por toda a extensão das minhas costas e meus braços, enquanto as minhas permaneciam em sua cintura fina conduzindo-a, tê-la novamente é muito mais do que sonhei, pensei que nunca mais a teria em meus braços, a tocaria ou beijaria seus lábios.

POV Katniss

Quando dei por mim já estava em um avião, voando para NY, ansiando encontrá-lo, ansiando abraça-lo, ansiando lhe dizer que eu o perdoo e que é a seu lado que quero passar o resto de minha vida, mas o caminho percorrido até aqui foi longo demais. Peeta havia ido embora novamente, mas não foi como da última vez, ele sempre voltava, as vezes demorava mais as vezes menos, mas sempre estava aqui, evitava ao máximo vê-lo, quase sempre era impossível por sermos vizinhos, mas eu sempre buscava evitar um encontro.

Meu aniversário chegou e recebi um cartão cortês de aniversário de Peeta, algo que me surpreendeu e fez meu coração palpitar, mas eu não estava preparada para o que vinha a seguir, um pedido de casamento que me desconcertou pois estávamos todos reunidos em minha casa e ele me pegou de surpresa, e o que todos esperavam de mim? que eu aceitasse o pedido e foi o que eu fiz, mesmo não tendo tanta certeza se era o que eu queria, Gale sempre foi bom pra mim, tenho certeza que será ainda melhor como marido. E assim seguimos com os preparativos e cada vez mais um nó se formava em minha garganta, havia dias que eu queria simplesmente sumir ou adoecer para ter motivos de não sair da cama, quando a vovó recusou-se a ser minha madrinha, as coisas pioraram um pouco, sabia que havia algo de muito de errado comigo, mas recusava-me a aceitar o que estava tão óbvio a minha frente. Os meses se passaram e sentia-me cada vez mais sufocada, era o dia da última prova do vestido de noiva, eu me casaria em uma semana, eu havia emagrecido mais nos últimos dias, e culpava a ansiedade, Prim e mamãe estavam comigo na loja.

— Nossa Katniss para... eu não aguento mais isso.— Prim falou enquanto eu me encarava no espelho.

— É a última prova Prim, para de ser chata.— disse a ela.

— Não to falando do vestido.— ela diz impaciente e eu a encaro através do espelho.

— Tá falando do que então?— pergunto.

— Dessa sua cara... Nem parece que é seu casamento, cadê a alegria, a euforia, o brilho nos olhos... Eu já vi algumas noivas rumo ao altar e com certeza você é a pior delas, você está aí toda séria e de cara fechada, enquanto deveria estar dando pulos de alegria. Você tem certeza que quer se casar com Gale? – Prim pronunciou a pergunta que eu tentava a todo custo fugir.

Desvio meus olhos do olhar questionador de Prim, e me encaro no espelho, vejo uma mulher com um belo vestido de noiva, mas não encontro certeza em seus olhos, vejo olhos arregalados como de uma menina assustada, uma menina confusa, sempre fui tão decidida, tão fiel e firme em meus propósitos, e agora mal consigo ser sincera comigo mesma.

— Filha... – vejo que minha mãe está a meu lado. — Ainda dá tempo de desistir do casamento. – Ela diz simplesmente como se fosse a decisão mais fácil do mundo.

— Não mãe, não posso fazer isso com o Gale, eu não posso... – Pronunciar essas palavras me fez perceber que era exatamente o que eu queria, desistir do casamento, mas não o faria por causa de Gale.

— Não filha, o que você não pode fazer é se casar e daqui alguns meses se arrepender, com certeza o fara sofrer ainda mais. — Ela tem toda a razão, ainda assim como eu faria isso?

— Você tem razão mãe, mas o que eu faço? – pergunto abraçando-a e as lagrimas começam a escorrer pelo meu rosto.

— Perdoe. – Ela diz.

— Perdoar? Como assim? – pergunto confusa.

— Eu vi como ficou mexida com a volta do Peeta, você ainda o ama, o amor de vocês é maior que qualquer distância, que as decepções, que as perdas sofridas por ambos. Você nunca será feliz com uma pessoa amando outra, desejando outra.

— Eu não consigo perdoa-lo mãe, ele me fez tanto mal. – digo e sinto Prim me abraçar também.

— Você já o perdoou, só não quer admitir por orgulho. – Prim diz. — Só o fato de você não conseguir se casar com Gale já prova isso.

— Será? – me permito questionar.

— Certeza, sai faísca de seus olhos quando o vê, e o mesmo acontece com ele. – Prim dá uma risadinha satisfeita por estar certa.

— E o que eu faço agora? – pergunto confusa.

— A primeira pessoa que deve saber é Gale.

Minha conversa com Gale não foi nada fácil, as palavras não saiam, e as lagrimas não paravam. Cada palavra que saia da minha boca me feria e sabia que era ele quem mais sofria com minhas palavras, porém ele as aceitou, e rompemos nosso relacionamento. Senti-me responsável pelos gastos que tivemos, apesar que seria um casamento simples, ainda assim não queria que ele assumisse, me sentia culpada já eu havia rompido nosso noivado. Mas como o cavalheiro que é, não permitiu que eu devolvesse um centavo que fosse. Em nenhum segundo mencionei o nome de Peeta, mas tanto eu quanto ele sabíamos que ele era um dos motivos do nosso rompimento, talvez o maior. Ao longo da semana desmarquei os compromissos que teríamos, e avisei a maioria dos convidados e a todos os padrinhos, Clove disse que só falaria com Cato quando ele chegasse na cidade, e eu a agradeci pois com certeza ele falaria para Peeta que não haveria mais casamento, o que ainda me deixava desconfortável. A Sra. Hazelle ficou desolada e muito chateada comigo, sempre que nos víamos ela me cumprimentava por educação mas eu sabia que ela estava muito magoada, não só ela como Gale também, que aceitou uma missão que recusara antes pois teria que viajar dias antes do casamento e passaria no mínimo seis meses fora, agora ele não tinha mais a mim para prendê-lo aqui e se foi.

Já estava tudo resolvido desmarquei o casamento na igreja com o pastor, desmarquei com o buffet, Gale já havia partido e começava a preparar cartões de agradecimento para entrega-los junto com os presentes que devolveria. Eu não havia parado ainda para pensar no que havia feito, eu não havia somente cancelado o casamento, eu rompi um relacionamento de mais de 3 anos, com um homem que havia feito de tudo por mim, se fosse outras circunstancias com certeza gostaria que fossemos amigos, pois ele sempre me ajudou, sempre esteve presente nos momentos que precisei e eu serei eternamente grata a ele por tudo, sinto-me aliviada por ter declarado tudo isso a ele, e estranhamente mais aliviada ainda por não ter me casado.

— Eai muitos presentes pra devolver? – Prim pergunta entrando na sala com Darius.

— Sim, muitos... E o pior que não sou nada criativa para me desculpar e agradecer ao mesmo tempo, e nem individualmente. – Digo sem graça em meio a presentes de perder a conta.

— Eu e o Darius podemos te ajudar. – Eu quase saltei de felicidade ao ouvir suas palavras. — Mas você terá que fazer algo. – Ela me olhava de maneira maliciosa.

— Desembucha, o que eu preciso fazer pra vocês me ajudarem? – pergunto bufando.

— Ir atrás da sua felicidade! – Prim falou categórica, e eu compreendi perfeitamente o que queria dizer com aquilo.

— Prim não... – eu não sabia o que falar.

— Não o que Katniss? Vocês vão esperar mais sete anos? Depois de tudo que ele te disse, você ainda tem dúvidas? – havia contado a ela tudo que ouvira de Peeta, assim que ele partiu. — Kat, o medo, e podemos dizer que a covardia também o manteve longe por sete anos, não cometa o mesmo erro que ele. – Prim me pedia carinhosamente, olhando no fundo de meus olhos.

***

Olhei para aquele condomínio e tive que respirar fundo algumas vezes antes de entrar, mas toda a certeza foi embora assim que entrei e vi Madge na recepção, em Union todos diziam que Peeta e ela tinham um relacionamento instável, hora estavam juntos hora terminavam, sempre tentei ignorar tais comentários, afinal eu era comprometida mas sempre me incomodou, e agora vê-la aqui me fez ter certeza eles estão juntos e o que eu estou fazendo aqui???

— Katniss? — Assim que me viro ouço alguém me chamar, tento disfarçar e continuo caminhando. — Hey Katniss... – dessa vez a voz está mais próxima e não há como ignorar e me viro. — Oi acho que não se lembra de mim, sou a Madge amiga do Peeta. – Madge se apresenta, mas sabendo que me lembro dela.

— Oi Madge eu me lembro de você sim, como está? – pergunto tentando ser educada.

— Estou bem, e você? – ela me pergunta, seus olhos analisando minha expressão

— Estou bem também. – Respondo e não sei mais onde essa conversa vai parar.

— Você veio falar com Peeta? – ela pergunta um pouco animada demais, pra quem supostamente tem um relacionamento com ele.

— É vim. – Não tem como negar.

— Pode subir direto, eu conheço o porteiro peço pra ele te deixar subir. – Ela não esperou que eu respondesse, logo avisou ao porteiro que eu iria ao apartamento do Peeta, e ele acenou concordando.

— Obrigada Madge. – Agradeci sem reação.

— Imagina, é o mínimo que eu posso fazer pelo meu amigo... Katniss eu não sei porque veio, mas estou feliz que esteja aqui, espero que se acertem. – Me surpreendi com suas palavras que me soaram tão sinceras, e logo o elevador chegou e nos despedimos com um abraço.

Paro em frente a porta e a encaro, cheguei longe demais pra desistir agora, aperto a campainha e por nervosismo acabo apertando mais de uma vez. No início fiquei um pouco travada, ao vê-lo somente de toalha meu corpo inteiro reagiu, mas ele logo me deixa na sala enquanto veste uma roupa e volta poucos minutos depois me deixando sem tempo para pensar no que falar. Logo começamos a falar coisas banais e finalmente tomo coragem para lhe dizer o que estive guardando somente para mim mesma nesses últimos meses.

Acho que estava guardando e ensaiando por tanto tempo que as palavras saem da minha boca sem ao menos eu pensar em dize-las, quando me dou conta já estou me declarando a ele e beijando-o. Como senti falta dos seus lábios, dos seus beijos que me tiram o fôlego, de suas mãos firmes em minha cintura, de seus músculos, de cada pedacinho do seu corpo que me leva a insanidade quando estou em seus braços, enquanto ele me aperta contra seu corpo, me fazendo sentir a intensidade de nossos sentimentos reprimidos por tanto tempo, ele começa a conduzir-me a algum lugar enquanto me beija com voracidade e logo chegamos a seu quarto. A cada peça de nossas roupas que caia no chão era uma nova sensação, um sentimento de completude me invadia, a cada toque tudo parecia novo de novo, o som de nossa respiração ofegante era uma música suave aos meus ouvidos, e nossos corpos se moviam no mesmo compasso, não nos cansávamos de nos amar.

Peeta me olhava com devoção, e seu sorriso torto nos lábios, como tive saudade desses momentos. Eu acariciava seu rosto redecorando cada expressão, cada marca que não estava ali há sete anos atrás, enquanto ele enrolava uma mecha de meus cabelos em seus dedos, logo peguei no sono.

POV Peeta – (Se puderem deem o play - We Both Know)

Zelei pelo sono de Katniss enquanto mexia em seus cabelos e a admirava dormir, minha menina, minha mulher, jamais poderia imaginá-la aqui comigo como estamos agora, olhei pela fresta da cortina da varanda e pude ver os primeiros raios do sol nascendo.

— Acorda dorminhoca. – Sussurrei em seu ouvido, ela abriu os olhos preguiçosa e sorriu para mim.

— Você não dormiu é? – ela perguntou e eu neguei com a cabeça, o que parece tê-la surpreendido.

— Vem... Vem ver o sol nascendo. – Digo levantando e estendendo a mão para ela, ela sorri timidamente enquanto levanta e se enrola no lençol, pego o edredom me cobrindo com ele, e a abraço por trás envolvendo-a com o edredom também e seguimos abraçados até a varanda, onde somos recebidos por um vento frio e um lindo nascer do sol.

— Kat, imagino que essa não seja a melhor hora de fazer qualquer pedido oficial, mas quero que saiba que eu quero passar o resto da minha vida com você. – Digo em seu ouvido. Ela aperta meu braço que a envolve.

— E eu não vou te deixar ir embora, nunca mais...


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Notas finais do capítulo

Eai gostaram???
Espero que sim, escrevi com muito carinho e amor pra vocês, ouçam a música "We Both Know" é liiiindaaaaaaa...

Este não é um adeus, é um até logo, pois ainda teremos o epílogo... E quero a opinião de vocês, POV Peeta ou POV Katniss?

Bjão até o epílogo!!!