When I Was Your Man escrita por Mell Annie


Capítulo 2
My Pride... My Ego...


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhhh não aguentei... Tive que postar mais um capítulo... kkkkkk

Mas não se acostumem... A quantidade de reviews e recomendações determinará quanto tempo vou demorar pra postar.. rsrs
Mas como podem ver, estou doidinha pra postar rapidinho pra vocês...

Bjão até o próximo capítulo... Espero que gostem...


Fics que recomendo...

http://fanfiction.com.br/historia/344335/Confie_Em_Mim/

http://fanfiction.com.br/historia/419767/Last_Kiss/

http://fanfiction.com.br/historia/351303/Meu_Primeiro_Amor/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452142/chapter/2

— Oi Pai, tudo bem? 

— Eai filhão tudo e você? – meu pai diz num tom de voz que me parece de preocupação. Conto a ele sobre minha promoção no trabalho, e através da sua voz, sinto que ele se animou com a notícia.

— Parabéns meu filho você tem trabalhado tanto pra isso, fico muito feliz que esteja realizando o seu sonho. – Ele me parabeniza, e continuamos conversando sobre o meu trabalho, pergunto como vão as coisas na padaria, ele diz que está tudo tranquilo, a padaria está maior contratou mais funcionários, ou seja o negócio estava crescendo, fico feliz com isso, pois é o negócio da família do meu pai há muitos anos, e o sonho do meu pai sempre foi dar continuidade a isso.

— Fico feliz pai, o Sr. verá a padaria ainda crescerá muito mais... E a vovó como esta? – meu pai soltou um longo suspiro, então a ficha realmente caiu, ele me ligou pra falar dela.

— Filho sua avó não está nada bem, a idade não ajuda muito... Mas você sabe como sua avó é... Teimosa que só ela. – Sim eu sei como minha avó é teimosa... e sei como meu pai deve estar passando um “doce” com ela.

— Sim pai eu sei como ela é teimosa, mas o que exatamente esta acontecendo? – pergunto.

— Ah você a conhece, não para quieta... Sempre tem que estar de um lado para o outro ajudando todo mundo, conversando com os vizinhos, arrumando a casa, e depois que ela caiu e acabou fraturando a bacia, piorou muito, ela sabe que tem que ficar em repouso, que não pode abusar nos afazeres da casa, mas ainda assim fica andando pela cidade toda, e em pé o dia inteiro.

****

"Flash back"

Lembro-me bem desse episódio, foi no inverno há quase um ano atrás, ela tentando limpar a neve do quintal, quando o telefone começou a tocar, era eu ligando pra ela, ela correu pra atender o telefone antes que caísse na caixa postal e acabou escorregando, um tombo bobo, mas na idade dela, trouxe muitas preocupações, o mais preocupante foi a pequena fatura na bacia, que a impossibilitou de andar normalmente por alguns meses, mas ela nunca reclamou de dor, pelo contrário dava uns perdidos no meu pai e em mim... Eu quase enfartei quando soube pelo meu pai que ela estava no hospital e precisava ser operada, mas no único hospital da região, não tinha recursos para o tipo de cirurgia que ela necessitava, não fui até eles, ao invés disso, pedi a meu pai que a transferisse pra cá, ela não gostou nada da ideia, mas nem eu, nem meu pai permitimos que ela opinasse. Uns três meses depois quando ela já estava conseguindo andar sem ajuda de bengalas, numa manhã ela disse...

— Se vocês não me levarem pra casa agora, eu vou fugir e vocês nunca mais irão me ver.

A nossa reação na hora, foi rir, mas nós sabíamos que ela estava falando sério, e que ela era capaz de fazer isso, então naquela mesma semana, eles foram embora... Esses foram os melhores meses que tive em tempos... Ter meu pai e minha avó, aqui na minha casa, perto de mim, recebendo cafuné e sendo mimado pela vovó, e o companheirismo do meu pai, realmente me fazia falta e só percebi isto quando me permiti conviver com eles novamente, então quando eles foram embora, eu me senti sozinho, como nunca me senti em toda a minha vida.

****

— Sim pai eu sei de tudo isso, eu a conheço tão bem quanto o senhor, mas o que você está querendo me dizer exatamente? Ela não está bem é isso? — pergunto já assustado com a possibilidade de ela estar doente, ou ter que operar novamente.

— Ela não fala nada, mas eu sei que ela está com dor, as vezes a pego tomando remédios no meio da noite, e há alguns dias ela teve uma febre muito alta, que está sendo controlada com remédios. Ela maneirou um pouco, de tanto pegarmos no pé dela, mas mesmo assim não o suficiente. Ela está um pouco fraca e se recusa a tomar a maioria dos remédios.

— Pai traga ela pra cá imediatamente, vamos cuidar dela aqui... Aqui temos mais recursos e... – Eu começava a me desesperar, e meu pai me interrompeu.

— Eu até queria filho, mas ela não quer, disse que não quer passar o resto da vida dentro de um hospital, com pessoas que ela não conhece que ela não ama, e não a amam... Ela disse que se ela piorar quer ser tratada pelas pessoas daqui... Filho eu não quero levar sua avó pra um lugar contra a vontade dela, enche-la de tubos, submetê-la a tratamentos médicos ou até a novas cirurgias, eu não sei se ela aguentaria.

 Ah então o senhor prefere vê-la morrendo em casa? É isso?... – Disse irônico, sei que fui duro e petulante, mas eu não iria permitir que isso acontecesse. — Pai eu não vou permitir que isso aconteça.

— Você é engraçado Peeta Mellark, há quantos anos você não aparece em casa, se não fosse sua avó e eu irmos vê-lo, você não viria até nós... Há quantos anos mesmo?... 7 anos é isso?... Então não venha me dizer que eu quero ver minha mãe morrendo, muito menos insinuar que eu quero isso, dizer que não vai permitir que isso aconteça então... Por favor Peeta cresce e aparece, você esteve longe por 7 anos e agora quer fazer valer sua vontade acima da sua avó. – Ele não falava e sim gritava, e para mim estava insuportável ouvir aquelas... aquelas... aquelas... Verdades.

Passou um milhão de coisas pela minha cabeça, pensei em lembrá-lo do motivo o qual fui embora, pensei em fazer birra igual quando era criança, pensei em desligar o telefone na cara dele, pensei em todos os xingamentos possíveis que vieram à minha mente, mas o que falar quando a pessoa está certa e você errado... Eu os abandonei no momento em que eles mais precisavam de mim e eu deles. Uma lagrima corre pelo meu rosto e um nó se instala na minha garganta. Meu pai solta um longo e pesado suspiro.

— Filho quando você foi embora, eu te entendi, eu mesmo queria fazer o mesmo, mas não podia... Tive que ficar aguentar as pontas, por sua avó, e por todas as pessoas que a amavam assim como nós... Eu não te julguei filho, sabia que você precisava de um tempo pra você, porque eu mesmo precisava de um tempo pra mim, queria que você realizasse seu sonho, mas principalmente o sonho da sua mãe, que você queria tanto orgulhar, mais do que já orgulhava... Mas depois de um tempo você se afastou tanto, que tive certeza que você não voltaria mais, mas ainda assim não te julguei, respeitei sua decisão... Então respeite a decisão da sua avó, é claro que faremos o impossível para que ela fique com a gente por muito tempo... Mas o faremos aqui, na casa dela, onde ela amou o único homem de sua vida, onde criou a mim e a você também. – Eu sabia que ele estava chorando, pela histeria em sua voz, mas somente quando ele termina de falar, percebo que eu também estou chorando copiosamente. E novamente senti a necessidade de pedir perdão...

— Me perdoe pai... Sei que estava errado, este tempo todo, quis fugir por pensar que assim eu não sentiria tanta falta da mamãe, meu orgulho, meu ego, minhas necessidades e meu jeito egoísta me fez perder e afastar as pessoas que eu mais amo da minha vida, e algumas eu nem sei mais se vou conseguir recuperar algum dia. – Digo isso me referindo a garota, minha garota, minha morena, que há muito tempo não é mais minha. — Então pai tudo que posso pedir é que me perdoe, novamente, sei que não vai recuperar os 7 anos que estive ausente, mas é o que eu consigo fazer neste momento.

— É claro que te perdoo filho, já te perdoei há muito tempo, eu te amo, muito... Você e sua avó são a única família que tenho, não quero perder os dois nunca.

— Também te amo pai, eu também não quero perder vocês, jamais... – conversamos por mais um tempo enquanto minha mente me leva a ter a melhor e pior ideia ao mesmo tempo.

— Pai, você se importa se eu for passar o fim de semana aí com vocês? – ele fica mudo do outro lado da linha, ou será que a ligação caiu. – Pai, o senhor está aí?...

— Desculpa filho, estou aqui sim, é que sua pergunta me pegou de surpresa... – ele se cala novamente.

— Então, não é boa ideia eu passar o fim de semana com vocês? – pergunto já prevendo um sim.

— Claro que não é uma boa ideia filho... É uma ótima ideia, sua avó vai ficar tão feliz que vamos ter que amarrá-la na cama pra ela não sair pela cidade toda contando que você está vindo. E aqui é sua casa, sua verdadeira casa – sorrio com o comentário do meu pai, pois é a mais pura verdade.

— Então não fala pra ela pai, me deixa fazer uma surpresa pra minha velhinha. – Ah se ela desconfiar que estou chamando-a de velhinha, ela me mata, ela detesta quando me refiro a ela assim.

— Pode deixar que eu não falo, mas ela vai notar a minha alegria, e me alugar até eu contar o motivo, mas fica tranquilo que eu não vou contar filho... Então venha logo. – Não contenho o sorriso, e algumas lagrimas que insistem em cair.

— Ta bom pai vou arrumar algumas roupas pra levar e já estou a caminho. – Nos despedimos e desligamos o telefone.

Ok preciso organizar minha cabeça, há mais ou menos uma hora atrás eu estava acordando na casa de uma estranha, cheguei em casa, tomei um banho relaxante e estava prestes a dormir e agora estou arrumando minhas coisas pra passar um fim de semana em casa... Casa... Minha casa de verdade, onde fui criado pelos meus pais, e por minha avó, onde aprendi a cozinhar com meu pai, e a pintar com a minha mãe, e com a minha avó, com ela eu aprendi a aperfeiçoar tudo, mas principalmente a generosidade, a dedicação, a devoção, o bom humor, e a me relacionar com as pessoas, era incrível como neste ponto eu era muito parecido com ela, pois também falava com quase a cidade inteira, minha avó seria capaz de sacrificar a própria vida por alguém que ela ama.

E onde foi parar aquele garotinho que aprendeu tudo isso... Eu sinceramente não sei... Mas ainda não é só isso, a pior parte de estar de volta é ela, a garota que comecei a amar aos cinco anos de idade e acredito que a amo até hoje, mas a magoei demais, principalmente no momento em que ela mais precisou de mim... Não sei se ela ainda está na cidade, há muito tempo que meu pai e minha avó não falam dela, acredito que a pedido dela e porque eu também não pergunto... Não tenho coragem.

Termino de arrumar uma mochila com algumas roupas e alguns itens de higiene pessoal enquanto ligo na CIA Aérea... Milhas.... Milhas é a minha salvação... E acho que finalmente a sorte está a meu favor, tem um voo para daqui a 1h30 para Kentucky, é uma viagem de apenas 2 horas, então chegarei a casa de meu pai depois do almoço... Corro para o aeroporto que não é muito longe do meu apartamento e logo estou a caminho de Union, cidadezinha pequena, e muito aconchegante... Durante a viagem passa mil coisas por minha cabeça, e ela está em tudo... Nos Conhecemos desde crianças, eu sempre fui apaixonadinho por ela, coitado de mim, sempre fadado a ama-la, nunca nem olhei, muito menos beijei outra garota, por que só tinha olhos pra ela... Ao que me parece ela também tinha uma quedinha por mim, pois nunca se envolveu com nenhum garoto, até que quando tínhamos 13 anos ela me deu uma brecha, que apesar de não ter experiencia alguma no assunto, eu aproveitei e a beijei. A partir daquele dia começamos a namorar, e nos amar de verdade.

Permito que minha mente vague mais um pouco, e me lembro de tantas vezes que meu pai pediu para que eu voltasse, no início era dor de voltar ao lugar que absolutamente tudo me lembra minha mãe, depois a faculdade e os trabalhos, logo após comecei a estagiar, e quando fui efetivado, meu pai desistiu de tentar me convencer a voltar, pra mim foi ótimo não era mais necessário pensar em tantas desculpas... E agora aqui estou eu, indo em direção aquele lugar onde tenho as melhores e piores lembranças da minha vida.

A viagem é curta e logo chego ao aeroporto de Louisville, desembarco e alugo um carro para ir até Union, o percurso até Union não é muito longo, mas a ansiedade em que estou para ver meu pai e avó, minha casa, alguns amigos que ainda moram aqui e talvez ela, me faz querer ter alugado um jatinho ao invés de carro, assim que começo entrar na cidade um misto de emoções me invade, desde a saudade e a paz que este lugar sempre me dera, até a dor vê-la em tudo, minha mãe e a única mulher que amei. Passo pela padaria e vejo o que meu pai já havia dito uma vez, que mudara o nome da para "Elisabeth" nome da minha mãe, quando meu pai me disse pensei que não me sentiria bem em ver a nova fachada da padaria tanto que ele nunca me mandou uma foto, mas não foi isso que senti, ao ver senti um conforto, é como se minha mãe estivesse por perto de alguma forma, foi uma maneira de meu pai homenageá-la.

Chego a minha casa e estaciono em frente a ela, um turbilhão de emoções percorrem por todo meu corpo enquanto desço do carro, sinto minhas pernas ficarem fraquejarem e minhas mãos soarem, acho que nunca estive tão nervoso e ansioso em toda minha vida. Como de costume em cidade pequena não há portões ou cercas, apenas um jardim em frente à casa, paro na porta e não sei o que fazer, se bato, se toco a campainha, ou se abro direto, é provável que a porta não esteja trancada então assim, giro a maçaneta lentamente e a porta se abre, não tem como mais voltar atrás, estou aqui, estou em casa, onde tenho as melhores e piores lembranças... Caminho pela casa em busca do meu pai ou minha vó e não encontro ninguém, até ouvir a risada estridente da minha vó vinda do andar de cima da casa, então subo correndo a seu encontro, ao chegar a porta de seu quarto vejo que está entre aberta e também posso ver o reflexo dela sentada na cama, abro um largo sorriso involuntário, enquanto termino de abrir a porta.

— Vovó...

— Aí vó Mags... – eu e ela dizemos ao mesmo tempo, mas o que ela pensava em dizer morre assim que me vê entrando no quarto.

Ficamos ali nos encarando por um tempo, e em seus olhos há surpresa, mas também há dor, meu coração bate descompassado, minhas pernas não sustentam meu corpo, e até respirar fica difícil, mas eu continuo encarando aqueles lindos olhos cinzas, olhos que carregam tanta história, olhos que já me levaram a lugares e sensações que ninguém nunca me levou, é impossível não desviar meus olhos para seus lábios, que estão entreabertos, acho que devido a surpresa de minha chegada, vejo que a respiração dela está acelerada pelo movimento que seu peito faz, acredito que eu esteja igual ou pior que ela.

— O que foi? O gato comeu a língua de vocês dois? – minha vó interrompe meus pensamentos, ela desvia o olhar para a vovó, mas eu não consigo tirar meus olhos dela, aproveitando que ela não me olha mais, passo a encarar seu corpo, ela sempre foi linda, perfeita, mas agora... Ela é uma mulher, e que mulher, suas curvas ficam mais sinuosas com a legging que usa, e apesar de usar uma blusa um pouco larga é impossível não notar sua cintura fina e seios fartos. — Peeta meu filho, o que está fazendo aqui? Quer matar sua avó de susto é?... – Ela diz e finalmente consigo tirar os olhos da morena.

— Eu queria fazer uma surpresa vó, falei só com meu pai... – digo enquanto passo por ela e vou até o lado da cama que minha vó está sentada e abraço. — Senti sua falta vó.

— E eu a sua, meu filho... – ela diz afagando meus cabelos...

— Então vó... É... Mags – A Everdeen se corrige — Já que não está mais sozinha, eu vou indo... Depois passo aqui pra conversarmos mais. – Ela diz e passa por mim para cumprimentar minha vó.

— Venha sim querida, temos muito o que conversar... – ela diz me encarando... Preciso falar com ela, e digo a primeira idiotice que vem na minha mente.

— Obrigada Everdeen... – digo, e ela me encara confusa e pergunta.

— Pelo que?

— Por fazer companhia a minha vó... – ela me encara incrédula, mas como sempre não diz o que realmente pensa, ela sempre foi assim, sempre guardou tudo para si, no máximo dividia comigo, porque eu já a conhecia e sabia ler cada expressão sua.

— Não tem o que agradecer, não é nenhum esforço pra mim, nunca foi... Na verdade acho que é o contrário, eu que tenho que agradecer a Mags por me aturar... – ela diz um tanto áspera, algo que eu conhecia bem, ela está na defensiva e não vai facilitar as coisas... Percebendo que sei o que se passa por sua cabeça, ela alivia a expressão. — Então eu já vou indo... Boa tarde Mellark. – Ela diz e sai do quarto, conosco sempre foi assim, não precisávamos de palavras, eu sempre fui falante e ela a quieta de personalidade forte, mas nunca precisávamos disso, sempre foi como se lêssemos a mente um do outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaaaaaaai?? A Everdeen apareceu... hehe

Mereço reviews???.. E recomendações???...

Bjão