"E então, eu beijei Fred Weasley pela segunda vez."

Desta vez nada interrompeu, nada nos impediu. Era como se ninguém estivesse olhando, como se o mundo não existisse, e estivéssemos em uma dimensão inteiramente nossa.

Depois de um tempo, nós paramos, mas os corpos continuaram na mesma posição. Abri meus olhos lentamente, e os de Fred ja estavam abertos. Soltei o seu pulso e me encostei no encosto do sofá, ele se ajeitou a meu lado, sem tirar os olhos de mim.

Ficamos sem dizer uma palavra por uns 3 minutos.

–O meu continua estando melhor que o seu. - disse ele com aquele sorriso que só Fred e Jorge Weasley tem.

Não pude evitar sorrir e dar um tapa em seu braço.

Senti ele engolir em seco - Talvez o seu irmão tenha razão...

– Em que, exatamente?

– Nada..Nada não. - ele riu.

Eu de queria sair correndo naquele momento, gritando "EU AMO FRED WEASLEY SEUS VIADOS" mas eu não o fiz, so fiquei sentada ofegante.

– Eu tenho que ir dormir agora, Fred. - Era mentira, so queria sair dali.

Ele levantou e saiu me puxando pela mão ate a escada do dormitório. O Salão Comunal estava quase vazio e so entao eu dei falta de Jorge, onde será que ele foi?

Me senti na liberdade de apoiar meus braços em seus ombros e lhe dar um beijo na bochecha, mas ele segurou a minha cintura e virou o rosto, nos beijamos de novo.

Sorri - Hm..Boa Noite. - disse, saindo lentamente de seus braços e subindo as escadas do dormitorio.

Estava ansiando pelo dia seguinte, para ver Fred novamente.

Draco

O que estava acontecendo comigo? Eu, Draco Malfoy, dando ideia para uma sangue ruim podre?

Eu precisava por logo um fim naquilo. O que meu pai pensaria em saber que eu me perco em seus olhos cor de chocolate, e fico desejando ser tocado por aqueles dedos finos e longos, acariciar os cabelos macios...? Ele me deserdaria.

Chega, ela vai pagar. Vai pagar por me fazer apaixonar por uma sangue-ruim ao ponto de lhe elogiar.

Eu so precisava de um bom plano, e ja tinha ele em mente. Amanhã mesmo começo a destruir a vida da Madison.

Madie

Fred e Jorge estavam fazendo cosquinhas nos tentaculos da Lula Gigante e eu estava passeando pela escola. Tinha deixado a Kaytlin com a amiga dela, Kristine, pois tinham assuntos a resolver no qual eu não estava incluída. E Hermione e Summer estavam com Rony e Harry na biblioteca pesquisando de assuntos só entre eles e o Hagrid.

Estava andando naquela manhã de domingo quando esbarro em alguém, quando olho para cima dou de cara com Draco Malfoy e seus capangas, Crabbe e Goyle. Me levantei rapidamente, com cara de desdém.

–Ora ora ora. Vejamos se não é a sangue-ruim traidora.... - disse ele e os capachos riram como porcos.

Tentei ignorar os xingamentos e continuar andando, mas ele me agarrou pelo braço.

–Me.solta! - eu disse pausadamente, respirando fundo, e ele apertou mais forte.

–Eu vou acabar com a sua vida. - ele disse num sussurro.

– O que eu te fiz? - eu disse, tentando recuar mas Malfoy era muito forte.

– Entrou na minha vida e a destruiu. Está na hora da vingança. - ele disse com uma cara que fez o medo correr nas minhas veias.

Eu disse novamente um "Malfoy me larga" e ele me apertou muito forte mesmo, minha manga saiu do lugar revelando os meus cortes. Ele olhou pra eles, depois pra mim, então eu lhe dei um soco na cara de fazer o nariz sangrar.

Saí correndo, com Crabbe e Goyle no meu encalço. Eu sabia que, se eles me pegassem, iam me quebrar em pedaços.

Virei em um corredor, depois no outro, tentando despista-los, mas não estava adiantando.

Até que subi em uma escada, eu não sabia aonde estava indo, mas do nada ela começou a se mexer e eu caí sentada, agarrada no corrimão. Pensei "é agora que eu morro espancada" mas notei que Crabbe e Goyle não conseguiram subir na escada, e ela estava mudando. "cuidado com as escadas, elas mudam" lembrei do que Percy, o irmão de Fred e Jorge, disse no primeiro dia em Hogwarts. É, não era hoje que conseguiam me bater até a morte.

A escada parou e eu subi naquele andar mesmo, quanto mais longe de Crabbe e Goyle eu ficasse, melhor. Notei uma porta, a entrada estava restrita. Só então me toquei do discurso do primeiro dia de aula " o 6 e o 3 andar estão proibidos, a não ser que queiram ter uma morte bem dolorosa", eu estava no sexto andar, o andar proibido, puta merda!

Ouvi passos apressados e entrei porta adentro, assustada.

Me escondi nas sombras, atrás de uma pilastra, tentando controlar a minha respiração. Os passos pararam, ficaram ali uns 4 segundos, ate eu ouvir "acho que ela não está aqui, Goyle" "Vem, vamos procurar no de baixo", e eles foram embora.

Saí de trás das sombras e me deparei com uma porta no final do corredor, eu sabia que deveria sair do sexto andar rapidamente, mas a curiosidade não deixou.

Tinham varias portas naquele corredor, mas aquela me chamou a atenção. Quando cheguei nela, estava trancada. Tirei a minha varinha do bolso e disse "alohomora" e entrei.

A sala parecia um losango, e no centro tinha uma mesa com um caldeirão estranho. Fechei a porta, a maçaneta do lado de dentro tinha a forma de um olho, e ele piscava! Estava tudo escuro, mas uma luz avermelhada saía do caldeirão.

Andei lentamente até ele. Meu cérebro dizia "saia já daí, quer morrer?" mas era como se eu estivesse hipnotizada pela luz vermelha. Cheguei mais perto do caldeirão e lá dentro tinha um frasco pequeno. Dentro deste frasco havia um líquido vermelho meio rosa pink, e brilhava muito, cerrei os olhos para poder ver melhor. Era identico ao frasco do meu sonho.

Tinha um rotulo escrito "não beba" com uma letra garranchuda, estiquei a minha mão direita para tocar o frasco, ainda em estado de hipnose. Mas quando meu dedo indicador chegou á 2 cm do frasco, um grito ecoou e meu dedo ficou quente, bem quente.

Recuei a mão e tapei meus ouvidos, o grito estridente ecoava na sala em forma de losango. Aposto que o colégio todo estava ouvindo.

Corri para a porta, a fim de abri-la, mas ela estava trancada, que idiota que eu fui de fechar a merda da porta! A sala estava um forno, e neste ponto eu estava esmurrando a maçaneta, tentando fazer ela ceder, e o olho ja estava ate esmagado.

O grito fez meus olhos pesarem, e o calor estava muito, quase uns 70 graus la dentro. A ultima coisa que senti foram gotas de suor embaixo dos meus olhos, soltei a maçaneta e caí do chão, logo após apaguei.