Histórias Cruzadas escrita por Ana Lynassimo


Capítulo 3
Segredos e Amizades


Notas iniciais do capítulo

Heyhey fofoletes lindos, tudo bem cocêis ?

Aqui é a tia Miss K e o novo capítulo, yey !

Espero que gostem ^-^

Mil Kissus procêis *3*



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Ery

Quero morrer. Por que eu continuo viva ? Por que justo esse monstro é meu pai ? Eu não pensei muito, logo depois que ele me largou, sai de casa correndo e chorando. Para onde eu fui ? O único lugar que eu conseguia pensar. A casa do Kentin.

Cheguei lá e toquei a campainha, fiquei um tempo esperando alguém atender.

Kentin - Já vai - disse enquanto eu ouvia um barulinho de chave abrindo a porta. A porta abriu e ele ficou meio surpreso em me ver - E-ery ?

Não disse nada, meu rosto já estava coberto pelas lágrimas. Apenas abracei o Ken o mais forte que conseguia, não tinha também a mínima vontade de soltá-lo. Ele me abraçava passando segurança, eu podia ouvir seu coração acelerado. Ficamos assim durante alguns minutos, até que fui me soltando aos poucos

Kentin - Eu estou aqui, não se preocupe, tudo bem ? - secou uma lágrima que ainda corria sobre meu rosto - Se você quiser, pode dormir aqui, meus pais não estão em casa.. Eu durmo no quarto deles e você no meu, tudo bem ? - assenti com a cabeça

Érica - O-obrigada Ken.

Kentin - Não tem nada pequena - sorriu de leve para mim - Hm, quer um cookie ? - assenti com a cabeça - Beleza, vou lá buscar. Pode ligar um filme se quiser, amanhã é a nossa suspensão mesmo - riu e eu sorri de volta

Eu peguei um filme de comédia que eu adorava e o Ken também. Nós conversamos um tempo, ele ajudou a me destrair. Ele não fez perguntas, o que foi bom, eu não queria falar sobre aquilo com ninguém. Acabou que nós acabamos dormindo no sofá mesmo, abraçados. Era bom estar com o Kentin.

No dia seguinte acordei cedo, por mais tarde que tivesse ido dormir. Fui até a cozinha e peguei uma maçã para mim e comi, também preparei uma omelete para o Ken. Eu vi colada na geladeira uma foto minha e do Kentin pequenos. Nós devíamos ter uns 8 anos, era o aniversário dele.

Naquela época ele ainda tinha cabelo tigelinha e óculos fundo de garrafa. Era muito fofinho. Aos 15 anos ele passou seis meses na escola militar e mudou bastante. Ficou mais forte, mudou o corte e agora usava lentes, menos em casa. Era realmente bonito. Infelizmente isso me fez lembrar do que meu pai havia me dito

Flashback ON

Sr. Foster - Nunca mais vire as costas para mim mocinha ! Quer saber? Já chega, eu te proíbo de ver esse tal de Kentin

Érica - Quê? O Kentin não fez nada! - gritei e ele me bateu de novo

Sr. Foster - Você anda muito rebelde depois de falar com esse petulante! Você está proibida de falar com ele! Você sabe muito bem o que eu posso fazer com ele e a familiazinha dele

Flashback OFF

Engoli uma lágrima e escrevi um bilhetinho para o Kentin avisando que eu já havia saido. Era melhor eu fazer o que meu pai tinha mandado, eu preciso proteger o Ken. Resolvi dar uma volta pelo parque, para conhecer a cidade.

Eu andava por uma floresta que havia por lá, meio solitária por sinal. Era meio suspeita, mas eu não estava tão preocupada assim. De repente ouço um choro e vou atrás, para ver o que é. Uma garota loira chorava sozinha ela estava desesperada. Ela estava toda sangrando, toda ferida. Não aguentei e fui lá ajudá-la

Érica - Calma calma, está tudo bem. Deixa eu te ajudar - estendi minha mão para ela, ela apesar de um pouco desconfiada, segurou em minha mão e me acompanhou.

Peguei um pano úmido e passei em seus machucados para aliviar as feridas. Eram realmente muito fortes. Passei uma pomadinha, já estava melhor que antes

Érica - Isso ajuda por enquanto. Você está melhor ? - ela assentiu com a cabeça - Eu sou Érica, prazer - sorri solidária para ela, que retribuiu - Qual é o seu nome ?

Ambre - Meu nome ... É Ambre - falou baixinho

Érica - Gostei do seu colar - tentei distrai-la

Ambre - .. - ficou calada alguns instantes - O-obrigada pela sua ajuda, de verdade

Érica - Que isso, não foi nada. Fiz só o que qualquer um faria

Ambre - Não ! Ninguém me ajudaria.. Não a mim

Érica - Suas amigas poderiam te ajudar

Ambre - Hmpf, duvido também.. As garotas que andam comigo são só para serem populares. Duas falsinhas - ela se silenciou alguns instantes - Eu nunca tive uma amiga de verdade - falou cabisbaixa

Érica - Olha.. Se você quiser, eu posso ser sua amiga de verdade - sorri - Se você aceitar ..

Ambre - É assim que você começa uma amizade ? Sério ? Que brega ! - zombou

Érica - Você parece bem melhor.. Que bom - sorri e ela devolveu um sorriso sincero

Ambre - Olha, eu posso até ser sua amiga, mas você vai ter que me aguentar, eu sei que posso ser insuportável - disse sarcástica

Érica - Tudo bem, eu acho - nós rimos e conversamos um tempo. Acabou que eu nem perguntei para ela sobre o que havia acontecido, mas isso também não me importa muito agora.

Ângela

Acordei com o barulho de meu despertador, já estava me levantando quando me lembrei da briga e da suspenção. Quando iria voltar a dormir abrem a porta do meu quarto e as cortinas, sento na cama e vejo minha mãe de pé na frente da cama de braços cruzados.

Angel- Me deixa dormir em paz...

Annie- Não, caso você tenha esquecido o motivo de não estar indo para escola nesse exato momento, deixe que eu refresque sua memoria : você se meteu numa briga e levou suspensão. Então não ache que está de férias e vai ficar o dia inteiro deitada dormindo.

Angel- Mas mãe... - ela me encarou seriamente e eu resolvi que era melhor levantar.

Na cozinha Diana fazia panquecas e quando me viu indicou uma cadeira para eu sentar, colocou a panqueca no meu prato e sentou na minha frente. Pela expressão dela imaginei que mamãe e papai tinham contado para ela da minha briga na escola.

Diana- Por que você fez isso Ang?

Angel- Porque um babaca estava me provocando e eu me irritei

Ela me dirigiu um olhar de repreensão

Diana- Olha a linguagem...

Revirei os olhos e bufei me levantando

Angel- Você não é minha mãe, Diana!

Corri até meu quarto e deitei em minha cama na esperança de ter mais algumas horas de sono, até que ouvi baterem na minha porta e mandei a pessoa entrar. Ikuto entra em meu quarto sem expressão e deita do meu lado calado. Estranho a maneira que ele está agindo, porque meu irmão é geralmente alegre e sarcástico, não sério e reservado.

Angel- Ta... cansei do competição do silencio, agora fala logo o que diabos aconteceu.

Ikuto- Nada da sua conta, Angela.

Angel- Foi mal, eu estava tentando ajudar, mas se quer ficar assim é problema seu.

Ikuto- E por que você ta interessada?

Angel- Porque você simplesmente chegou no meu quarto parecendo uma pedra de gelo e eu estou tentando entender o motivo de sua vinda a meus humildes aposentos.

Ele suspirou

Ikuto- Eu vi algo chocante...- quando eu ia perguntar o que era, ele me cortou- e eu não posso te contar o que é, então desiste.

Desviei o assunto

Angel- Você acha que a mamãe e o papai me deixam sair com Nathaniel hoje?

Ele da uma risada sarcástica

Ikuto- Ah claro Angel, e eles ainda vão te emprestar o carro e dizer divirta-se.

Revirei os olhos e dei um soco no braço dele

Angel- Me encoberta?

Ikuto- Qualquer coisa pra acabar com esse tédio.

Sorri e abri a janela, considerando se eu conseguia descer sem ir parar no hospital. Amarrei o edredom na janela e confirmei se estava resistente, falei para Ikuto recolher o edredom quando eu terminasse de descer para meus pais e Diana não descobrirem.

Consegui descer e disquei o numero de Nathaniel, ele atendeu no terceiro toque e o chamei para irmos em alguma lanchonete porque eu estava com fome. Ele aceitou e fui andando até a lanchonete perto da casa dele, onde o encontrei sentado lendo um livro. Sentei na frente dele e li o titulo do livro.

Angel- Desde quando você gosta de livros de ação?

Nathaniel- Na verdade não gosto, uma amiga que indicou.

Não sei o motivo pelo qual senti meu coração apertar quando ele disse sobre a tal amiga. Desviei meus olhos dos dele e chegou uma garçonete gordinha provavelmente um pouco mais velha que nós. Ela ficou olhando pro Nathaniel e me ignorou como se eu não existisse.

Garçonete- Já decidiram o que vão pedir?

Angel- Eu quero um pão de queijo e de bebida um suco de laranja sem açúcar. Ela olhou para mim com uma expressão entediada e perguntou com aquela voz nasal dela.

Garçonete- Vai querer adoçante?

Dei um sorriso falso e aproximei minha mão da de Nathaniel, para mostrar que ele era meu... amigo...isso, amigo.

Angel- Claro.

Nathaniel fez seu pedido e eu fiquei discretamente observando-o, cada detalhe de seu rosto , os olhos, o cabelo, os músculos que ele escondia por trás daquela camisa que ele usava.

Desviei os olhos dele e comecei a lembrar dos momentos que passamos juntos, de como viramos amigos, também lembrei do dia que conheci o idiota do Castiel e ele e Nathaniel brigaram por que o cara de cabelo preto, atualmente vermelho, tinha feito um comentário ofensivo pra mim. Comemos e fomos embora de mãos dadas conversando e rindo de coisas bobas que falávamos. No caminho eu vi minha vizinha e resolvi a seguir para tentar descobrir o que meu irmão tinha visto que o chocou tanto, e se tinha algo a ver com ela.

Segurei a mão de Nathaniel e o puxei na direção que a menina estava indo. Chegamos em um parque, onde eu desisti de tentar descobrir algo e eu e meu melhor amigo fomos dar uma volta pelo parque. Sentamos em um banco e continuamos a conversar, distraída e involuntariamente eu entrelacei meus dedos nos dele cada vez que ouvi sua voz e deitei minha cabeça em seu ombro.

Quando estávamos indo embora vi uma cena chocante, a minha vizinha estava conversando e rindo com a irmã do Nathaniel, Ambre.

Angel- Nathaniel, aquela não é a sua irmã?

Ele seguiu meu olhar e ficou chocado quando viu a irmã. Resolvi ir para casa com o intuito de dar privacidade para ele conversar com a irmã e também para fugir, pois não estava com a mínima vontade de falar com minha vizinha, e muito menos com a Ambre. Nos despedimos com um abraço e eu o dei um beijo na bochecha.

Enquanto o via se afastar, corei pelos pensamentos que estava tendo com Nathaniel e pelo que eu estava começando a sentir por ele. Me afastei lentamente, enquanto sentia minha boca formigar, pois não queria perder a visão de meu melhor amigo. Ao me aproximar de casa ligo para Ikuto por número desconhecido e peço para que ele distraia papai e mamãe.

Quando ele me manda uma mensagem dizendo para eu entrar, ando lentamente em direção a porta, com cuidado para não passar na frente de nenhuma janela. Abro a porta lentamente, e subo as escadas em direção ao meu quarto o mais silenciosamente possível. Entro em meu quarto e tranco a porta. Mas ouço uma voz que definitivamente não era de Ikuto.

Diana- Onde você estava?

Arregalei os olhos quando vi minha irmã e mentalmente amaldiçoei Ikuto por não ter distraído-a.

Angel- Diana, por favor não conta pra mamãe e pro papai...

Ela pensa por um instante, e assente hesitante. Pulo em cima dela a abraçando com força e quase derrubo nós duas no chão. Ela retribui o abraço firmemente e depois de um tempo nos afastamos.

Angel- Obrigada, obrigada, obrigada...

Ela fica séria novamente

Diana- Eu não vou contar dessa vez Ang, mas se você fizer isso de novo eu vou garantir que você fique de castigo durante um bom tempo.

Assenti e descemos para almoçar, chegando lá Ikuto olha para nós duas e pergunta silenciosamente se ela sabia de minha pequena fuga, assenti discretamente e sussurrei um obrigado por ter me ajudado.

Fiquei o dia inteiro estudando, graças a meu pai, que disse que se eu não estava estudando na escola eu teria que estudar um casa, pois hoje é dia de aula, etc.

Acordei um cima do meu livro de História e vi o horário no relógio, 23:00. Ikuto tinha saído e ouvi vozes na sala. Minha irmã abriu a porta do quarto e eu fingi estar dormindo, ela pegou meu livro e me ajeitou na cama, me cobrindo com um cobertor e beijando minha testa.

Diana- Bons sonhos, Angel...

Quando ela saiu esperei alguns minutos, até eles voltarem a conversar. Desci silenciosamente e fiquei no topo da escada, onde eles não conseguiam me ver e dava para ouvir o que diziam.

Annie- Angela está dormindo?

Diana assentiu e me inclinei para ouvir o que eles estavam dizendo.

Rick- Diana, eu sei que você quer contar a verdade, mas vai ser ruim para ela.

Annie- É meu amor, vocês não se veem a muito tempo, e provavelmente ela irá aceitar mais facilmente se conhecer você um pouco melhor e...

Parei de prestar atenção e fiquei pensando sobre quem eles falavam, mas me choquei ao ouvir o que Diana falou:

Diana- Mas ela é minha filha, mamãe! Eu só queria que tudo tivesse sido diferente e eu pudesse ter ficado com ela, mas já que não posso, apenas quero que ela saiba sobre tudo...

Minha expressão era de completo choque. Filha. Minha irmã tinha uma filha de qual eu nem sabia a existência até agora, e que dependendo deles eu não iria saber. Voltei ao meu quarto silenciosamente e deitei sem conseguir pensar em algo que não fosse as palavras de minha irmã.

“Ela é minha filha”

Minha irmã tem uma filha,

“Eu pudesse ter ficado com ela”

Ela não ficou com a criança,

“Apenas quero que ela saiba de tudo”

E a garota não sabe sobre algo, provavelmente sobre Diana


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Notas finais do capítulo

Oioi fofoletes, gostaram do capítulo ? Sim ? Não ?

Comentários, sugestões e afins abaixo

Eu e a tia Ana mandamos kissus procêis *3*

~ mentira, eu tô mandando, mas quero fazer ela pagar de fofa u.u