Falling in Love escrita por Susannah Grey


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Ooiee amores!!!! Desculpem a demora, sei que deixei vocês curiosas, mas como alguns já sabem tive que viajar e minha agenda ficou um pouco corrida... Mas já voltei com mais um capitulo fresquinho pra vocês!!! Espero que gostem, as emoções de verdade ainda vão chegar...
Bom, como não vamos nos ver antes da virada de ano... Feliz Ano Novoo!!!! Muita alegia, amor e paz nesse ano que começa!!!
Capitulo dedicado a Mellany Scot, Amy Collins (amore, quero saber sua opinião sobre minha fic, não mordo, e prometo responder seu comentário), Estrela Guia e Miss Gabs, obrigada por favoritarem!!!
Boa leitura!!



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Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto. Tirei a sapatilha, joguei a bolsa em cima da cama e fui procurar minha mãe. A achei sentada no sofá da biblioteca lendo O Morro dos Ventos Uivantes. Bati na porta antes de entrar pra chamar a atenção dela, quando viu que era eu sorriu, marcou a página em que estava e apontou para o lado dela enquanto se sentava. Sentei-me onde ela indicou.

– Mãe, er... – eu não fazia a menor ideia de como começar essa conversa com ela, mas pareceu que ela entendeu, porque começou a falar.

– Acho que você vai gostar dos Estados Unidos. É um país muito bonito sabia? Quando eu fui morar lá estava odiando essa ideia. Me mudar pra outro país e deixar todos os meus amigos pra trás? Eu realmente não queria isso. Deixar tudo de lado e me mudar por tempo indeterminado pra um país com uma língua e cultura totalmente diferente da minha.

– A língua e a cultura não tem tanto problema, já sei falar inglês e a cultura posso me acostumar. – falei quando ela fez uma pausa

– Acho que nunca te contei isso, mas seu avô era de lá. Ele conheceu minha mãe em uma viagem de intercâmbio que ele fez, foi amor a primeira vista. E antes dele voltar ele a pediu em casamento. Ela me disse que todos os dias eles se falavam por telefone, e que a distância só fazia com que o amor entre eles aumentasse. Quando meu pai finalmente conseguiu um visto para morar no Brasil ele se mudou pra cá e pode reencontrar sua avó.

“A mãe dele não aceitava esse amor, dizia que era loucura duas pessoas se apaixonarem e resolverem se casar em um ano. Mas foi o que aconteceu, e meu pai não estava disposto a perder isso por nada. Quando ele voltou pro Brasil, ele tinha em mente provar a todo custo para a mãe que o amor deles era real, e que valia a pena lutar por ele. Depois de muito tempo ele conseguiu a benção da mãe para o casamento deles. Dois anos depois que eles se casaram minha mãe descobriu que estava grávida de mim, quando eu estava perto de nascer, minha vó veio visitá-los.

“Ela já aceitava muito bem o relacionamento dos meus pais, e até simpatizava com minha mãe. Ela ficou aqui no Brasil por seis meses. Depois disso ela nunca mais voltou. Minha mãe disse que ela e meu pai tinham discutido, e que eles simplesmente pararam de se falar. Meu pai tinha um gênio muito forte, e um pavio curto, ele se estressava com qualquer coisa, e seu orgulho não permitiu que ele perdoasse minha vó.

“Então quando eu completei dez anos, recebemos uma notícia dela, até então eu nem sabia que minha vó por parte de pai estava viva. Mas infelizmente a notícia não era das melhores.

“Era uma carta de um hospital, dizendo que ela estava internada e correndo risco de vida. Meu pai mesmo sem falar com ela decidiu que deveríamos ir ver como ela estava. No outro dia ele foi pros Estados Unidos, eu e minha mãe ficamos, ainda estava estudando e minha mãe tentava tirar uma folga do trabalho.

“A noite meu pai ligou, e disse que ela estava muito mal, com uma espécie de câncer, ele disse que tinha conversado com o médico e ele disse que seria muito bom se alguém morasse com ela pra cuidar dela e poder levá-la ao hospital frequentemente para fazer os exames necessários.

“Ele e minha mãe conversaram por horas a fio, e no final eu fiquei sabendo que nos mudaríamos pra lá no final de semana, ou seja, em 3 dias.

“Acabou que moramos com ela durante cinco anos, quando ela, infelizmente, morreu. Meu pai ficou arrasado, e até pensou em ficar de vez nos Estados Unidos, só que lembraram que eu gostava muito do Brasil, e que eu tinha muitos amigos lá, então voltamos.

– Então a senhora não queria ir? – perguntei quando ela parou pra beber um pouco de água

– As vezes temos que fazer coisas que não queremos para o bem dos outros. Mas não, logo no início eu não queria ir, mas não tinha escolha. Nós fomos e eu sinceramente, gostei muito de todo o tempo que passamos lá, foram os melhores 5 anos da minha adolescência. – ela disse me olhando nos olhos com um sorriso meigo nos lábios. – Pode ser que você não esteja gostando dessa ideia, você tem seus motivos, assim como eu tinha os meus. Agora o que eu quero de você é que você faça tudo conscientemente para que no futuro você não se arrependa de nada que você fez. Você ainda é muito nova, mas já pode tomar suas decisões por si própria. – ela estendeu os braços para que eu abraçasse ela, foi o que eu fiz. Ela começou a acariciar meu cabelo, eu me segurava para não chorar na frente dela. – Se você não quiser ir, tenho certeza que seu pai vai entender, não se sinta obrigada a ir só por causa dele. Se você quiser ficar, nós podemos comprar um apartamento menor pra você morar perto da faculdade, quando você for fazer.

– E vocês?

– Nós vamos de qualquer jeito, e não sabemos quando voltaremos.

– Eu vou com vocês. – as palavras saíram automaticamente pelos meus lábios que eu nem acreditei no que estava dizendo, mas mesmo assim eu sabia que era o certo a ser dito. Assim como meus pais nunca me abandonariam, eu não iria abandoná-los. Minha mãe sorriu docilmente e me soltou, levantando-se.

– Tenho algumas coisas pra fazer agora, mas sempre que precisar conversar você sabe que estou aqui, não é?

– Sei sim mãe, obrigada.

Ela beijou minha testa e saiu. Fiquei um tempo sentada no sofá pensando no que ela tinha me dito. Eu tinha a opção de ficar e fazer minha faculdade longe dos meus pais por tempo indeterminado, ou ir, continuar a escola e viver com meus pais e longe dos meus amigos. Mas sendo sensata eu tinha apenas uma escolha, e foi a que eu escolhi. Sei que talvez eu possa me arrepender, mas no momento isso é a única coisa que eu penso que está certo. Não me imagino vivendo longe dos meus pais por mais do que um final de semana.

Me levantei do sofá, peguei um livro sobre a história dos Estados Unidos e fui à cozinha, peguei uma maçã e comecei a comer enquanto lia um pouco sobre o lugar onde seria minha nova casa.

Meus olhos começaram a pesar e decidi subir para o meu quarto, deixei o livro na biblioteca e subi. Peguei meu celular, ainda era 20:47, mas meus olhos pesavam como se já fosse de madrugada. Decidi que seria melhor se eu tomasse um banho e fosse dormir, e foi isso que eu fiz. Depois do banho, eu deitei em minha cama e meus pensamentos começaram a vagar.

A primeira pessoa que me veio em mente foi Isabelle. Hoje ela me pareceu muito frágil, quando soube da notícia chorou muito, ela realmente estava sofrendo, mas ela teria que superar, aprender a viver sem me ver todos os dias. Depois veio a imagem de Liam à minha mente, acho que ele seria o que teria mais dificuldade de superar minha mudança. Dava pra perceber que ele me amava muito. Eu também o amava, mas só que como meu melhor amigo, e não queria perder nossa amizade.

O que eu mais queria naquele momento é que eles fossem comigo pros Estados Unidos, mas cada um tinha seus planos de férias, e seria quase impossível que eles fossem comigo. Uma lágrima silenciosa caiu em meio a escuridão do meu quarto, sequei-a e virei pro outro lado da cama, tentando afugentar as mais lágrimas que ameaçavam voltar. Meu celular soltou um bipe, peguei ele de cima da cama, era outra mensagem de Isabelle.

“Boa noite amigah!!! Te Amo muito!! Durma bem e até amanhã!!! :D”

Ela parecia melhor do que pela tarde, resolvi então a partir daquele momento não comentar mais sobre a mudança e aproveitar ao máximo o último mês que tinha com meus amigos.

“Também Te Amo d++++!!! Até amanhã!!!”

Enviei a mensagem e virei-me para dormir. Não deixei meus pensamentos vagarem mais, sabia que se isso acontecesse iria chorar de novo. Dentro de poucos minutos já estava entrando na inconsciência dos meus sonhos.


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Notas finais do capítulo

Iai gente, gostaram? Deixei esse levinho, a agitação vai começar pra valer quando ela chegar nos Estados Unidos...
Gentee!!!! Estou com 11 acompanhamentos e 166 acessos!!! Estou muito feliz!!! Nunca imaginei que tanta gente leria minha fic.. *----* É por isso que amo vocês.. haha'
Bom, até ano que vem!!!



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