A Rainha Athenodora e os quatro irmãos Pevensie passaram o resto do dia armando um plano: Edmundo e Lúcia iriam vigiar a princesa Annie, mesmo não estando em combate a missão deles era a mais importante, Susana e Pedro protegeria o castelo e lutariam se necessário. Edmundo não gostara muito de saber que ficaria de babá, mas concordara sem questionamentos pois sabia que era por um bem maior: Nárnia.

– O Justo e a Destemida irão embarcar em um de nossos navios até a ilha onde a Princesa está escondida, a viagem durará em torno de um dia e meio. O Magnífico e a Gentil ficarão aqui e nós todos vamos esperar uma visita de Aslam. - disse a Rainha e os quatro concordaram com a cabeça.

Edmundo e Lúcia foram orientados a ir até o Porto, onde estaria um dos navios, a viagem demorara o tempo estimado e eles finalmente chegaram à ilha onde está Annie.

Aquela ilha era um verdadeiro labirinto com várias florestas, no coração da ilha está um castelo onde vários criados cuidam dos desejos da Princesa. Os dois irmãos demoraram 2 horas para chegar até o Coração, pois sabiam muito bem como se orientar.

– Princesa, por favor saia do quarto! - gritava uma das criadas, mas a Princesa não saía.

– Não vou sair até uma notícia boa chegar! - repetia a princesa.

Os dois irmãos ficaram horrorizados, a Princesa estava realmente deprimida.

– Oh, pobrezinha! - exclamara Lúcia. - Quantos anos ela tem?

– Anne tem 13. - disse a criada, apenas amigos tinham o direito de chamá-la de Anne ou Ann.

– A mesma idade que eu! - exclamou Lúcia, Edmundo concordou com a cabeça. - Vou falar com ela! A ajuda chegou!

– Lúcia, calma! - Ed tentou parar a irmã, mas ela já estava correndo até a porta do quarto da Princesa.

– Annie! Annie! A ajuda chegou! - ela gritou. - Aslam me mandou pra Nárnia! Sou eu, a Rainha Lúcia e o meu irmão Rei Edmundo!

A porta se abriu ruidosamente para revelar uma menina de cabelos dourados e encaracolados, olhos verdes e pele cor de creme.

– Reis e Rainhas? Vocês parecem ser muito novos. - ela disse, mas sorriu. - Os Reis e Rainhas da lenda do Príncipe Caspian também eram novos, a Rainha Lúcia devia ter uns 10 ou 9 anos.

– Eu tinha dez. - sorriu Lúcia. - Nós iremos te fazer companhia e te proteger, pode ficar tranquila, você está a salvo.

– Exatamente. - Edmundo disse, sorrindo minimamente. - Tudo vai ficar bem, Princesa.

Annie sorriu animadamente.

– Obrigada Rainha e... - ela olhou de relance para Edmundo e enrubesceu. - Rei.

– Pode me chamar de Lúcia. - a garota sorriu.

– Pode me chamar de Edmundo. - o garoto sorriu.

– Vocês são bem parecidinhos. - a Princesa riu. - Mas tudo bem. Pode me chamar de Anne.

Os dois irmãos foram para fora do Castelo, alguns navios passavam, mas não pareciam demonstrar perigo nenhum. Eles voltaram para o castelo onde estava a Princesa e escolheram um quarto para cada. Agora Lúcia e Edmundo estavam no quarto que fora lhes dado, conversando sobre a Princesa.

– Ed, você tem que conquistar a confiança dela. - disse Lúcia.

– Por que eu? - Edmundo perguntou, descrente. - Você é uma garota, é mais fácil de conquistar a confiança de outra garota.

Lúcia riu.

– Eu já conquistei. Nós conversamos um pouco e já posso considerá-la minha amiga, agora só falta você.

Edmundo suspirou e dirigiu-se até o quarto da Princesa.

– Annie, abra a porta. - ele disse, a garota abriu a porta e sorriu.

– Olá Edmundo! Como vai? - perguntou.

– Muito bem, obrigado. E você?

– Assustadoramente melhor. Quer entrar?

Edmundo concordou com a cabeça.

– Princesa, minha irmã já conquistou a sua confiança e eu sinto como se eu ainda não tivesse o feito, sinto muito por isso e saiba que eu vou te proteger até mesmo com a minha vida.

– Isso não vai ser necessário, Ed, mas é bom te ter aqui. - Annie sorriu. - E eu já disse, me chame de Anne.

Os dois sorriram e Edmundo saiu do quarto com seu dever cumprido.