A Filha de Zeus em Forks escrita por James Fernando


Capítulo 2
Capítulo 1: Os Cullen


Notas iniciais do capítulo

Capítulo grande. Espero que gostem.



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Fim do mundo. Nossa, ate eu estou cansada de me ouvir praguejar essa cidade nos últimos minutos em que eu estava andando pela rua rumo a casa Charlie Swan. Sim ele é meu parente, ele é meu tio, irmão de minha mãe por parte de pai. Ele nasceu 20 anos depois de eu nascer, nessa época eu já era imortal. Meu avô, mesmo sendo velho, acabou se envolvendo com Sophia, mãe de Charlie. Sophia tinha na época 33 anos e engravidou de Charlie. Ele é um dos únicos vivos da minha família humana, e sim, ele sabe sobre eu ser filha de Zeus, ter nascido semideusa e ter infernizado a vida dos deuses para conseguir a imortalidade. Eu o considero como um... é difícil de dizer, já que eu sou mais velha que ele, ao mesmo tempo em que o considero um irmão, também o considero um segundo pai.

Então, aqui estou eu, de frente a mansão Swan. Ele pelo menos tem bom gosto. A mansão é de dar inveja em muitos ricos mundo a fora por aí. Deve ser de três andares, tem um jardim enorme, vários carros na garagem, inclusive a minha Ferrari preta de mais de 1 milhão de dólares. Com uma pequena ajudinha minha, minha família acabou se tornando rica, tipo, entre as vinte pessoas mais ricas do mundo.

Charlie tem um filho, Scott Swan, um semideus, sua mãe é Afrodite, então já sabem, ele arranca suspiros das barangas espalhadas pelo mundo. Scott namora Samira Dwyer, semideusa filha de Atena, uma sabe-tudo. Samira é linda, seu cabelo é um loiro ouro, seus olhos são cinzas, iguais aos da mãe, tem um ar de intelecto igual a Anabeth, namorada do meu primo cabeça de alga. Scott tem os cabelos pretos arrepiado rebelde, olhos azuis. Tem um físico normal, por assim dizer, ele é definido. Ambos tem 17 anos. Scott é como se fosse meu irmão, eu não o vejo de outra maneira e nem ele me vê de outra maneira. Apesar de ser filho de Afrodite, a deusa da frescura, ele é um dos melhores esgrimistas do Acampamento Meio-Sangue, mas ele é melhor com duas espadas gêmeas, também conhecidas como Swords Twin's ou Gemini Sword's, poucos utilizadores se arriscam a usa-las, baseadas apenas em golpes ofensivos e contra-ataques por isso não é muito recomendada para pessoas com pouca agilidade. Samira é também uma das melhores lutadoras do acampamento, ela usa como arma um cajado dourado. E ambos resolveram vir morar comigo em Forks. Eles chegaram ontem, sábado. Já esta tudo pronto, meu quarto, a matricula, a fofoca sobre os três novos alunos. Só tá faltando uma coisa: uma cidade decente, tipo, Paris.

Ao adentrar na mansão, fui abordada por um par de braços.

– Maninha... – exclamou Scott me abraçando e me tirando do chão.

Eu retribui seu abraço carinhosamente, sentia falta dele.

– Andou sumida. – ele disse me soltando.

– E o que você esperava? – disse Samira chegando por trás de Scott, o olhou feio e depois me fitou e um sorriso genuíno estampou seu rosto. – Bellinha...!

– Filhote de Einstein. – eu exclamei e nos abraçamos.

Samira é minha melhor amiga, somos quase irmãs. Geralmente os semideuses não gostam muito dos deuses, mas eu sou a exceção as regras desse conflito, todo mundo me ama, afinal, o que não tem pra mim amar? Eu sou linda (mais linda que Afrodite), inteligente, espontânea, rica, deusa, não ajo feito uma velha que nem muitos deuses por aí.

Charlie logo veio atrás e me abraçou. Passamos o dia colocando a conversa em dia. Charlie virou chefe de policia a uns meses atrás. Ele disse que estava cansado de viver só dentro de casa. Eu fiquei preocupa, mas aí ele me disse que essa cidade foi esquecida ate mesmo pelos criminosos, é claro que eu acredite, esse lugar é uó.

Samira, assim como Scott, vai fazer o segundo ano, como eu. Meu castigo é viver aqui e terminar de estudar. Ela estava cansada de viver lutando contra monstros, queria um pouco de calma, então, quando soube que eu fui sentenciada a essa espelunca de cidade, decidiu vir junto comigo, mesmo se Scott não viesse.

Scott ama Samira mais que tudo, então aonde ela for, ele vai. Nós três vamos entrar na escola já no segundo ano.

Desde que quarta passada foi anunciado que eu iria morar com Charlie e estudar na escola dessa cidade esquecida ate pelo sol, e na quinta, Samira e Scott anunciarem que viriam junto, a cidade toda só soube falar dos alunos novos, disse Charlie. Para todos os efeitos, eu sou filha do chefe de policia, irmã de Scott, filhos de mães diferente (pois é, todos acham que o chefe pegou duas mulheres, safado), e Samira é nossa irmã adotiva. Nós três vivíamos em New York em um internato, mas decidimos voltar e passar os dois últimos anos com nosso “pai” antes de ingressarmos em uma faculdade. Estou ate prevendo, e olhe que essa coisa de ver o futuro é coisa do desmiolado e hippie do meu irmão, Apolo, nós três seremos o centro das atenções. Que bom, pois eu adoro chamar a atenção, e isso não foi sarcasmo.

Samira me disse que depois de uns meses de calmaria, a paz foi embora sem dizer adeus no acampamento. Meu primo, Percy desapareceu. Esta todo mundo procurando ele. Bem, eu sei o motivo, mas não disse. Isso é para salvar o mundo, e por que eu fui proibida de dizer algo antes da hora, se não, ao invés de dois anos presa nesse fim de mundo, eu vou ficar um século. Hera, minha adorável titia (sim, eu não chamo ela de madrasta, afinal, ela é irmã de Zeus e isso é nojento) esta fazendo seus jogos novamente. Ela pegou meu irmão, Jason, do acampamento Júpiter e trocou ele de lugar com Percy, mas ambos estão sem memorias. Tudo para conseguir impedir o retorna daquela velhota, Gaia.

Mesmo sendo deusa e imortal, eu ainda faço coisas que humanos fazem, tipo dormir, o que eu não preciso, apenas faço isso por que é bom para passar o tempo, e foi isso o que eu fiz. E eu sonhei pela primeira vez desde que eu me tornei imortal.

Eu estava em um deserto, no meio da noite. O céu estava limpo de nuvens, e estava cheio de estrelas. Tudo estava em silêncio. Olhei em volta, só tinha areia e mais areia. Foi quando eu ouvi, uma risada sombria, maléfica e ela vinha do céu. Eu olhei para cima e vi as estrelas serem cobertas pela escuridão. E a risada continuava, era uma risada de homem, então a voz rouca, de gelar a alma, disse:

– Nada poderá salvar vocês de mim.

Acordei assustada e com o som do despertador. Me sentei na cama, olhei para o despertador que ainda tocava, já estava na hora de levantar e me arrumar pra ir para a tortura, vulgo escola.

Vesti uma calça jeans escura e justa de marca, uma blusa com ar de camisa de decote também de marca, de cor branca, salto alto, bolsa de ombro, e desci para o hall de entrada. Fui para a mesa de jantar ou café, sei lá que cômodo é aquele. Me sentei, todos já estavam lá, e me esbaldei. A comida humana é melhor, aqueles esquisitos do Olimpo só se contentam com o cheiro da fumaça que os filhotes deles jogam na fogueira. Sabe, as vezes eu acho que os deuses são um bando de idiotas. Você deve estar se perguntando: onde estão os trovões? Eu te respondo: o bando de idiotas estão ocupados discutindo a ameaça de Gaia no Olimpo.

Conversamos um pouco sobre como seria a escola, e logo em seguida fomos todos para os carros. Samira não tinha carro, então ela foi no carro do namorado. O carro de Scott é igual ao meu, mas o dele é vermelho. As vezes acho que nós somos realmente irmãos e gêmeos.

Achar a escola não foi difícil, apesar de nunca ter estado lá antes. Ela ficava, assim como a maioria das coisas, bem perto da estrada. Não era obviamente uma escola, foi o painel, onde dizia "Escola de Forks", que me fez parar. Parecia uma coleção de casas geminadas, construídas com tijolos marrons. Havia tantas árvores e moitas que não pude perceber seu tamanho logo no início. Onde estava o bom senso de arquitetura? Pelos deuses, tenho que parar de andar com as filhotes de Einstein e com a mãe Einstein.

Chegamos cedo, não tinha ninguém na escola. Paramos em um lugar que claramente era proibido, resolvemos pegar nossos horários e depois estacionar no local certo. Fomos ate a secretaria.

A Escola de Forks tinha o aterrorizante total de apenas trezentos e cinquenta e sete (agora trezentos e sessenta) alunos. Todo mundo aqui tinham crescido juntos - seus avós tinham sido bebês juntos.

Eu seria a garota nova da cidade grande. Uma curiosidade, uma deusa, assim como meus “irmãos”.

Meus olhos são de uma cor exótica, eles são castanhos claros, lembram chocolate derretido, é claro, suíço. Meu cabelo é um preto meio chocolate, que de vez enquanto em determinado ponto de vista por causa da luz, da a impressão de ser ruivo. Eu sou linda.

Lá dentro estava bem iluminado e bem mais quente do que imaginava. A secretaria era pequena, com uma pequena sala de espera com cadeiras dobráveis, carpete laranja, avisos e prêmios abarrotados pelas paredes e um grande e ruidoso relógio. A sala era partida ao meio por um grande balcão, cheia de cestas de arame repletas de papéis e anúncios coloridos colados na parte da frente. Havia três mesas atrás do balcão, uma delas ocupada por uma mulher ruiva e grande, usando óculos. Ela vestia uma camiseta roxa, que imediatamente me fez querer achar o banheiro mais próximo e dizer adeus ao meu café da manhã. O que diabos essa criatura esta vestindo? Ela não tem senso de moda não? A coisa parece uma berinjela com óculos e cabelo de espiga de milho. Notei pelo quanto do olho que Samira pensava o mesmo que eu. As vezes ela parece ser filha de Afrodite, mas só as vezes, por que na maioria do tempo ela é a Wikipédia em pessoa.

Scott parecia alheio a tudo. Ele mantinha um braço em volta da cintura da namorada.

A ruiva nos olhou. Nos apresentamos. Ela ditou todas as nossas aulas, mostrando-nos no mapa a melhor maneira de chegar até elas, e nos deu um papel para cada para que todos os professores assinassem, que deveria trazer de volta no fim do dia. Tínhamos a maioria das aulas junto, apenas biologia e alguma outra aula que eu não fiz questão de me lembrar.

Quando chegamos de volta nas Ferrari outros alunos começavam a chegar. Fomos atrás do tráfego, contornando a escola. Fiquei triste ao ver que a maior parte dos carros eram velhos, diferente dos nossos, nada e bom gosto. Pra nós três é comum ver um Mercedes ou Porsche novo no estacionamento dos alunos. Olhei em volta e vi que ainda poderia ter salvação, tinha um mais legal que os dos outros, era um brilhante Volvo, que se sobressaia, bom, isso era passado, pois agora são as nossas Ferrari que se sobressaem. Mesmo assim, logo que estacionei desliguei o motor.

Olhei para o mapa na Ferrari, tentando memorizá-lo agora, esperando que não fosse precisar andar com ele colado no nariz o dia todo, eu posso ser uma deusa, mas esqueço tudo que não seja interessante. Enfiei tudo dentro da mochila, coloquei a alça sobre o ombro e respirei bem fundo. "Posso fazer isso", menti muito mal para mim mesma. Tem que haver pessoas interessantes. Eu finalmente exalei e sai do carro, meus irmãos fizeram o mesmo.

Me juntei aos dois. A atenção de todos que ali estavam no estacionamento era em nós. Fiquei do lado esquerdo de Scott e Samira no lado direito. Ele colocou as mãos em nossa cintura e nos conduziu rumo a entrada do nosso inferno pessoal.

Assim que chegamos no refeitório era fácil de ver o prédio três. Um grande "3" estava pintado num quadrado branco no casto leste do prédio.

A sala de aula era pequena. As pessoas na nossa frente pararam assim que entraram na sala para pendurar seus casacos numa longa fileira de ganchos. Não fiz o mesmo pois eu não precisei usar casaco, mesmo estando chuviscando de manhã. Eram duas garotas. Uma loira com pele de porcelana, outra, também com a pele clara, tinha cabelos castanho claro. Meus irmãos e eu tínhamos a mesma aula.

Levamos o papel para o professor, um homem alto e calvo. Sua mesa tinha uma placa que o identificava como Sr. Mason. Ele ficou me olhando assim que leu meu nome (será que é pedófilo?) e lógico que fiquei com vontade de dizer: tire uma foto, assim dura mais. Na verdade, mesmo eu sendo mais linda, ele alternava entre olhar pra mim e Samira. Scott não gostou nada disso, ele pigarreou chamando a atenção do velho que provavelmente é um pervertido. Mas pelo menos ele nos mandou sentar num lugar vazio no fundo da sala sem nos apresentar à turma. Era mais difícil para meus colegas ficarem nos encarando enquanto estávamos no fundo da sala, mas de alguma forma eles conseguiam. Fixei meu olhar na lista de leitura que o professor tinha me dado. Era bem básica: Brontë, Shakespeare, Chaucer, Faulkner. Já tinha lido todos. Melhor, fui obrigada. Isso era frustrante... e irritante.

Quando bateu o sinal, um garoto meio desajeitado, alto, com problemas de pele e cabelo preto como carvão se encostou no batente da porta para falar comigo.

– Você é Isabella Swan, não é? – ele parecia do tipo muito prestativo, parte do clube de xadrez. Nerd.

Meus irmãos ficaram apenas olhando no lado de fora da sala. Provavelmente estavam querendo cair na gargalhada. Eles sabem como eu detesto ser cantada.

– Bella. – corrigi. Todo mundo em volta se virou para me olhar. O que foi? Disse alguma mentira? Bella, é isso o que sou. É a mais pura verdade. A modéstia passou longe de mim quando eu nasci.

– Onde é sua próxima aula? – ele perguntou.

Precisei olhar na mochila.

– Hm, Governo, com o professor Jefferson, no prédio seis.

Scott olhou para Samira com um sorriso cumplice.

– Nos vemos depois, maninha. Afinal, não temos essa aula agora. – o desgraçado disse e saiu com a namorada no encalço. Traidores.

Não havia para onde olhar sem encontrar olhos curiosos.

– Estou indo para o prédio quatro, posso te mostrar o caminho... – definitivamente

muito prestativo.

Eu queria é mandar ele para o inferno, mas como nãos ei onde fica a tal sala de aula, resolvi aceitar a ajuda.

– Sou Eric. – ele adicionou.

Sorri discretamente. Todos que eu conheci que tinha esse nome era gay. Hmm... será que ele é?

– Obrigada. – decidi tentar ser amigável, afinal, sempre quis uma amiga.

Ele pegou o casaco dele e fomos rumo a sala de aula. Poderia jurar que muitas das pessoas andando atrás de nós estavam perto o bastante para ficar ouvindo a conversa. Bando de abelhudos, vão cuidar de suas vidas.

Ele tentou puxar conversa com um papo furado. Eu usei sarcasmo, mas o possível fluflu não entendeu. Pelos deuses, vou acabar esquecendo como se usa sarcasmo se todos forem tão... lerdos como ele.

Andamos de volta ao redor do refeitório, em direção aos prédios que ficavam no sul, ao lado do ginásio. Eric me levou até a porta, apesar de estar bem claro que aquele era o prédio.

– Bem, boa sorte. – ele disse enquanto eu alcançava a maçaneta. – Talvez tenhamos outras aulas juntos. – ele soava esperançoso.

Sorri vagamente para ele, mas esperando profundamente que não, e entrei.

O resto da manhã passou da mesma maneira. Meu professor de trigonometria, o Sr. Varner, a quem eu detestaria de qualquer forma por causa da matéria que ensinava, foi o único que me fez ficar na frente da turma e me apresentar. Eu, é claro, dei uma de miss simpatia, e com um claro sorriso de: meninas morram de inveja, meninos babem que a perfeição em pessoa chegou, mas não criem esperança, pois o dia em que eu sair com um de vocês vai ser o dia em que eu vou esquecer que Grover se vestiu de noiva para salvar a própria vida, em outras palavras, nunca.

Depois de duas aulas, que compartilhei com meus irmãos, comecei a reconhecer muitos dos rostos em cada uma delas.

Sempre havia aqueles que eram mais corajosos e vinham se apresentar e me perguntar se estava gostando de Forks. Tentei ser diplomática, mas o que mais fiz foi mentir bastante, afinal, vou ter que viver nesse fim de mundo pelos próximos dois anos, não quero ser tachada de a Vadia de Forks, se bem que acho que esse titulo já pertence a uma tal de Jessileine. O nomenzinho do cão.

Uma garota sentou do meu lado em ambas Trigonometria e Espanhol, e foi comigo e meus irmãos até o refeitório na hora do almoço. Ela era bem baixinha, com vários centímetros do que os meus 1,65m, mas o cabelo escuro e encaracolado ajudava a balancear nossa diferença de alturas. Não conseguia lembrar o nome dela, então eu sorria e balançava a cabeça enquanto ela discorria sobre os professores e sobre as aulas. Não tentei acompanhar a conversa. Samira e Scott entraram em sua bolha para fugir da conversa nada interessante que a menina falava. É nessas horas que eu sinto falta do meu deus grego de sotaque britânico, Klaus. Mas aí me lembro que o infeliz foi botado pra correr pelo meu pai. Covarde.

Sentamos no final de uma mesa cheia dos amigos dela, os quais ela os apresentou.

Esqueci os nomes assim que ela os disse. Eles pareciam impressionados com a coragem dela para falar com nós. O garoto do Inglês, Eric, acenou para mim do outro lado do refeitório.

Foi ali, sentada no refeitório, tentando conversar com vários estranhos curiosos, que eu os vi pela primeira vez.

Eles estavam sentados num canto do refeitório, o mais longe possível de onde eu estava. Eram cinco. Não conversavam e não comiam, apesar de cada um deles ter uma bandeja intocada de comida na sua frente. Eles não estavam me encarando, como a maior parte dos outros alunos, então era seguro ficar olhando para eles sem ser pega no flagra, detesto quando isso acontece. Se bem que eu não tenho vergonha na cara mesmo. Mas não foi nenhuma dessas coisas que chamou, e prendeu, minha atenção.

Eles não se pareciam em nada. Dos três garotos, um era grande - musculoso como um levantador de peso profissional, com cabelo escuro e encaracolado, ele parecia uma armário ambulante. Outro era alto, mais magro, mas ainda musculoso, e com cabelo loiro escuro, tinha cara de emo que vive sofrendo de dor. O outro era mais magro, menos musculoso, com cabelo cor de bronze, meio bagunçado. Ele parecia mais jovem do que os outros, que pareciam que poderiam estar na faculdade, ou até mesmo serem professores ao invés de alunos. Ele tinha um o sorriso de convencido nos lábios. Ele era um topetudo. Parece que alguém da mesa disse algo, pois ele tirou o sorriso dos lábios e o vi se mexer desconfortável na cadeira.

As garotas eram opostos. A mais alta era ate que bonitinha. Ela tinha uma silhueta boa, do tipo que se vê na capa da revista Sports Illustrated, na edição de roupas de banho, e daquelas que fazem as outras garotas se sentirem mal consigo mesma só por estarem na mesma sala. O cabelo dela era dourado, gentilmente balançando até o meio das costas. Ela era bonita, mas eu era mais e infelizmente conheço uma certa horrorosa que é mais bonita que a loira aguada. Então ficaria assim: eu em primeiro lugar, a horrorosa em segundo, a mãe Einstein em terceiro e etc, a loira aguada ficaria, eu diria que em torno do vigésimo quinto lugar de beleza. O topetudo se mexeu novamente desconfortável na cadeira. Será que ele esta sentado em tachinha? Eu refleti, peguei um vislumbre dele me olhar meio... frustrado?

A outra garota era mais baixa e parecia uma fadinha, mentira, ela esta mais para um gnomo de jardim. Vi um sorriso brincar nos lábio do topetudo. Qual será o cabeleiro dele? Seja quem for, fez um péssimo trabalho. A garota era bem magra, com feições pequenas. O cabelo dela era totalmente preto, cortado curtinho e apontando para todas as direções. Ela ate que tem estilo, bem, pensando bem, todos eles tem. Parece que esta cidade não esta tão perdida assim.

E ainda assim, eles se pareciam muito. Todos eram muito pálidos, os mais pálidos de todos os alunos dessa cidade sem sol. Todos tinham olhos bem escuros, apesar da diferença na cor dos cabelos. Além disso, eles tinham olheiras - sombras arroxeadas, como machucados. Como se todos eles tivessem passado a noite em claro, ou quase se recuperando de ter o nariz quebrado. Apesar de seus narizes, de todas as partes de seus corpos, serem perfeitamente retos e angulares.

Mas não era por causa de tudo isso que não conseguia tirar os olhos deles.

Eu os olhava por que seus rostos, tão diferentes, tão iguais, eram todos devastadoramente, inumanamente... pálidos. Eram rostos que você nunca espera encontrar além de, talvez, nas páginas editadas de uma revista de medicina. Será que eles tem anemia?

Eu vi o topetudo que precisa urgentemente ir ao cabelereiro arrumar aquilo que ele chama de penteado se mover desconfortável. Ou é tachinha ou é fogo no... ah, você sabe.

– Então, Bella? Você tem namorado? – perguntou Jessineide.

Por alguma razão, eu senti que tinha mais atenção em mim agora do que antes. Isso tudo é pra saber se eu tenho namorado? Bando de abutres.

– Ate uns meses atrás eu tinha. – eu disse e o infeliz do meu irmão soltou um risinho. Ele ainda me paga por ter me deixado com o provável rouxinol. – Meu pai botou o cabra pra correr. Ele era o homem mais lindo e sexy que eu conheci. – tirando uns parentes, completei por pensamento. – Ele tinha um sotaque britânico irresistível. – eu disse suspirando teatralmente. As meninas na mesa suspiraram.

– E qual era o nome dele? – perguntou Laurinta (eu acho que é esse o nome dela) curiosa. Isso tudo é falta de homem?

– Niklaus Mikaelson. – eu suspirei. – Ou como ele gosta de ser chamado, Klaus.

– Esse nome é tão... – disse Ângela Weber. Eu gostei dela, parece a única menina decente no meio desse galinheiro que eu vou fazer questão de evitar nos próximos dias.

– Vampiro. – eu completei. Estranho, senti que uma atmosfera tensa surgiu atrás de mim. Dei de ombros, estou pouco me lixando com isso.

Decidi finalizar o assunto pegando meu ipod e colocando os fones no ouvido. Escutei uma musica muito boa. Estou pensando seriamente de fazer isso com o meu futuro namorado. Desliguei o ipod e tirei os fones de ouvido e os guardei. Olhei novamente para trás e depois em volta. O refeitório todo estava em silencio. Todas as meninas tinham sorrisos sonhadores no rosto, já os meninos estavam chocados e om medo.

Estavam todos olhando para longe - longe um dos outros, longe dos outros alunos, longe de qualquer coisa em particular que eu pudesse ver, mas tinha uma coisa estranha, enquanto as meninas mantinham um sorriso alegre no rosto, os meninos tinha um ar preocupado, ate parecia medo.

Foi então que eu me toquei. Olhei para Scott que também estava com ar de medo, Samira ao seu lado de um sorriso sonhado.

– Er... por acaso os meus fones de ouvido não funcionaram, não é mesmo? – perguntei.

As meninas acenaram sorridentes. É, parece que o refeitório todo ouviu a musica que eu estava escutando. Dei de ombros, e voltei minha atenção para os cinco anêmicos lá atrás.

Enquanto eu olhava a garota mais baixa levantou com a bandeja - o refrigerante fechado, a maçã inteira – e foi embora com um passo rápido e gracioso que deveria estar em uma passarela. Eu fiquei olhando ela largar a bandeja e sair pela porta de trás, mais rápido do que eu imaginava ser possível. Notei que o topetudo ficou tenso. Cara estranho.

– Jestenila, quem são eles? – perguntei à garota da aula de espanhol.

Ela me fuzilou com olhar. Essa loira de farmácia acha que mete medo em alguém?

– É Jessica. – não vi diferença nenhuma entre o nome dela com Jessineide.

Enquanto ela olhava para ver de quem eu estava falando - apesar de já saber, provavelmente, por causa do meu tom de voz - de repente topetudo olhou para ela, ele tinha um sorriso nos lábios. Esse cara parece ser bipolar. Ele olhou para a garota do meu lado por só uma fração de segundo e então seus olhos escuros se dirigiram aos meus.

Ele olhou para longe bem rápido, mais rápido do que eu conseguiria, normalmente, uma pessoa com vergonha na cara iria baixar os olhos para parar de encarar eles, mas como a vergonha passou longe de mim quando eu nasci, continue encarando os anêmicos.

Naquele pequeno instante, seu rosto não aparentou interesse - era como se ela tivesse chamado o nome dele, e ele olhara numa resposta involuntária, já tendo decidido que não ia responder. Sem educação.

A garota do meu lado riu envergonhada, olhando para a mesa, assim como eu. Aparentemente ela esqueceu que eu tinha trocado o nome dela.

– Aqueles são Edward e Emmett Cullen e Rosalie e Jasper Hale. A que foi embora é Alice Cullen. Todos vivem juntos com o Dr. Cullen e a esposa dele. – ela falou isso meio entre os dentes.

Olhei meio de lado para o garoto topetudo (ele ate que é bonito), que agora olhava para a bandeja dele, picando um pãozinho com dedos pálidos e longos. Seus lábios se moviam rapidamente, seus lábios mal se abrindo. Os outros três ainda olhavam para longe, ainda assim eu sentia que ele estava falando com eles.

Nomes estranhos e pouco populares, eu pensei. Os tipos de nomes que avós tinham. Mas talvez fosse moda aqui - nomes de cidade pequena? Finalmente lembrei que a garota ao meu lado se chamava Jessica, um nome perfeitamente comum, assim como ela.

– Eles são... muito bonitos. – lutei em soar verdadeira. Bom, considerando as pessoas daqui desse fim de mundo, eles devem ser deuses da beleza. Mas pra mim e meus irmãos, eles são completamente normais.

Meus irmãos também estavam interessado neles pelo o que eu notei. Sei lá, eu tinha uma sensação que iria me meter em confusão por causa dos... Cullen.

– Sim! – Jessica concordou dando outro risinho. Esse riso dela parece uma hiena. – Mas eles já estão juntos. Emmett e Rosalie, e Jasper e Alice. E moram juntos. – a voz dela continha todo o choque e reprovação de uma cidade pequena, pensei criticamente. Mas se eu fosse honesta, teria que admitir que até em New York algo assim seria motivo de fofocas.

– Quais são os Cullens? – perguntei. – Eles não se parecem...

– Ah, mas não são. O Dr. Cullen é bem jovem, tem uns 20 ou 30 e poucos. São todos adotados. Já os Halle são irmão e irmã, gêmeos, são os loiros, e vivem com eles.

Isso esta muito confuso, então vou chamar todos eles de Cullen.

– Eles não são um pouco velhos pra isso? – tem alguma coisa de errado nessa história e eu vou descobrir o que é.

– Agora sim, Jasper e Rosalie já têm dezoito anos, mas vivem com a Sra. Cullen desde que tinham oito. Ela é tia deles ou algo assim.

– Isso é bem legal, deles cuidarem de todas essas crianças assim, sendo tão jovens.

E eu estava dizendo a verdade. Seja quem for essa Sra. Cullen, ganhou o meu respeito. Notei que meus irmãos concordavam comigo, mesmo não falando telepaticamente. Nós meio que, conseguimos decifrar o que o outro pensa.

– Acho que sim. – Jessica admitiu relutantemente, e fiquei com a impressão de que ela não gostava do doutor e da esposa dela por algum motivo. Com os olhares que ela dava na direção deles, imaginei que o motivo fosse inveja. – Mas acho que a Sra. Cullen não pode ter filhos. – ela disse, como se isso diminuísse a bondade deles.

Durante toda essa conversa, meus olhos iam e voltavam para a mesa onde a estranha família estava sentada. Eles continuavam olhando para as paredes e não comendo.

– Eles sempre moraram em Forks? – perguntei. Espero que não, pois eles parecem ter algum bom senso para morarem a vida toda nesse lugar onde Judas perdeu as botas.

– Não. – ela disse num tom de voz que implicava que isso era óbvio, até alguém recém chegado como eu deveria saber. Eu vou é acabar enfiando a mão na cara dessa baranga. – Eles vieram para cá dois anos atrás, vindos de algum lugar no Alasca.

Enquanto eu os analisava, o mais novo, um dos Cullen, o topetudo, vulgo Edward, olhou para mim e nossos olhos se encontraram, dessa vez com uma expressão evidente de eu-sei-o-que-você-esta-pensando. E eu dei meu olhar de e-eu-com-isso?

– Qual deles é o garoto de cabelos castanhos avermelhados? – perguntei. Espiei com o canto do olho e ele ainda me encarava, mas não como os outros alunos tinham feito durante todo o dia - a expressão dele era meio você-é-estranha. Se foi isso mesmo, eu mato esse cabra. Notei um sorriso querer se formar. Sabe aquele tipo de sorriso que o cara quer dizer quero-ver-você-tentar-eu-sou-imortal-baby, bem, é esse sorriso. Mas acho que eu estou sendo só paranoica.

– Aquele é Edward. Ele é maravilhoso, lógico, mas não perca tempo. Ele não namora. Nenhuma das garotas daqui são bonitas o suficiente para ele, aparentemente. – ela desdenhou, um caso claro de rejeição. Fiquei me perguntando quando ele tinha rejeitado ela.

Mordi o lábio para não cair na gargalhada, assim como mus irmãos e algumas pessoas na mesa que estavam ouvindo a conversa entre mim e a fofoqueira. E então olhei para ele novamente. Seu rosto estava virado para o outro lado, mas me pareceu, pelos músculos do rosto, que ele sorria também. Esse cara é estranho.

Após mais alguns minutos os outros quatro deixaram a mesa juntos. Todos eram notoriamente graciosos - até mesmo o grandalhão. O que tem a juba do pica-pau não olhou para mim novamente.

Fiquei na mesa com meus irmãos, Jessica e seus amigos mais tempo do que ficaria se estivesse sozinha ali. Estava ansiosa para que acontecesse algo para nos mandar pra casa, tipo: um incêndio, um meteoro caindo na escola, um raio (olhei para o céu implorando). Mas não teve jeito, o sinal tocou e eu fui junto de Ângela rumo a sala de aula que seria Biologia II, já que meus irmão não tinham essa aula no mesmo horário que eu. Fomos em silêncio, ao que parece, ela é tímida.

Quando entramos na sala de aula, Ângela foi sentar-se numa mesa de laboratório, com tampa preta. Ela já tinha um par. Na verdade, todas as mesas estavam ocupadas, com a exceção de uma. Ao lado da fileira do meio, reconheci Edward Cabelo de Porco-Espinho Cullen por seu cabelo ridiculamente ridículo, sentado ao lado da única cadeira vazia. Se ele tirasse o topete, cortasse um pouco o cabelo e o deixasse com um arrepiado selvagem, eu o catava. Não iria ser um Klaus ou um Damon Salvatore, mas dava para o gasto. Que foi? Praticamente todos que eu conheço tem um parceiro, ate mesmo meu primo cabeça de alga tem a filhote de Einstein, e eu aqui, segurando vela. Só preciso informar o cara que se ele quiser me levar pra cama, primeiro vai ter que colocar um diamante no meu dedo, logo depois de ter se ajoelhado, e uns meses (ou dias) depois, dizer aceito na frente do juiz. Isso mesmo, eu sou virgem e só vou perder minha virgindade na lua de mel do meu casamento.

Enquanto fui até o professor para me apresentar e pedir para que ele assinasse meu papel, secretamente observava Edward. No momento em que passei, ele ficou rígido de repente. Estranho. Ele me encarou novamente, seus olhos encontraram os meus com a mais estranha das expressões em seu rosto - era hostil, furiosa. Fiquei chocada. Para o mundo que eu quero descer! O que foi que eu fiz para esse aprendiz de traveco me olhar desse jeito? A não ser que ele leia pensamentos, não vejo razão alguma para ele me olhar daquele jeito.

Tinha notado que os olhos dele eram negros, como carvão.

O Sr. Banner assinou meu papel e me entregou um livro sem o besteirol das apresentações. Pude prever que nos daríamos mal. Obviamente, ele não tinha escolha a não ser mandar eu me sentar no único lugar vazio no meio da sala. Mantive meu olhar de tédio enquanto ia sentar ao lado dele, por dentro eu estava confusa com o olhar maldoso que ele tinha me dado.

Não olhei diretamente para o futuro defunto se ele continuasse a me olhar daquele jeito enquanto colocava o livro na mesa e me sentava, mas vi, com o canto do olho, sua postura mudar. Ele estava se inclinando para longe de mim, sentado bem na ponta da cadeira e virando a cara como seu eu tivesse cheiro ruim. Acho bom não ser isso, pois se não a cobra vai fumar para o lado desse idiota.

Discretamente, cheirei meu cabelo. Tinha cheiro de morangos, que era o perfume do meu xampu preferido. Parecia um cheiro inocente o bastante.

Infelizmente a aula era como todas as outras: te dava vontade de estourar os miolos. Fui fazendo anotações mesmo assim. Não conseguia me conter e, de vez em quando, olhava de soslaio para Edmundo, o garoto estranho ao meu lado. Durante a aula toda ele não relaxou de posição, sentado na ponta da cadeira, o mais longe possível de mim. Pude ver que sua mão sobre a perna esquerda estava em punho, os tendões se destacando sob a pele clara.

Também não relaxou a mão sequer uma vez. As mangas da sua camisa branca estavam puxadas até os cotovelos, e seu braço era surpreendentemente... normal, quer dizer, é claro que tinha músculos, ele parecia ate ser definido e tudo, mas nada como um Damon e um Klaus da vida.

As devo admitir, ele não era tão frágil quanto parecia quando comparado com o irmão dele, o armário ambulante, vulgo Emmett.

A aula parecia se arrastar mais do que as outras. Será que era por que o dia estava finalmente acabando ou por que esperava que seu pulso fosse relaxar? Ele nunca o fez. Ele estava tão imóvel que parecia que não respirava. Qual era o problema dele?

Será que isso era o comportamento normal dele? Me questionei sobre o que tinha pensado sobre a amargura de Jessica durante o almoço. Talvez ela não fosse tão rancorosa como eu pensava.

Não poderia ser comigo. Ele nunca tinha me visto na vida.

Espiei de novo e me segurei para não marcar meus cinco dedos na fuça desse zé mané. Ele estava me olhando novamente, seus olhos negros cheios de repulsa. Mantive meu olhar de tédio (coisa que eu aprendi com Damon, ele é um bom amigo, apesar de ser o que é).

Naquele momento o alarme bateu alto, e eu me segurei para não pular de alegria, e Edvaldo Cullen já tinha se levantado. Ele era muito mais alto do que tinha imaginado, e de costas para mim ele se foi fluidamente. Antes que qualquer um dos outros estivesse de pé, ele já tinha saído pela porta.

Nem liguei pra isso, se ele queria agir feito uma mulher de TPM, problema dele. Eu vou é me mandar daqui antes que eu seja abordada por um idiota que acha que vai se dar bem comigo.

Comecei a juntar minhas coisas.

– Você não é Isabella Swan? – perguntou uma voz masculina.

Pensei em responder: depende de quem quer saber. Se for o Brad Pitt, sou ate Angelina Jolie, se for pra você, sou apenas uma ilusão de ótica.

Olhei para ver um garoto seboso, com cara de bebê, o cabelo loiro claro cuidadosamente moldado com gel, sorrindo para mim de um jeito bizarro. Esse cara parece ter uma tendência a se tornar um psicopata. Resolvi tentar ser gentil.

– Bella. – corrigi com um sorriso mais falso que Chanel comprada na 25 de Março.

– Sou Mike.

Filho do Michael Jackson?

– Oi, Mike.

– Precisa de ajuda pra encontrar sua próxima aula?

– Na verdade, estou indo para o ginásio. Acho que consigo achá-lo.

Em outras palavras: vaza daqui paspalho!

– Essa é minha próxima aula também. – ele parecia extasiado, apesar de não ser

muita coincidência numa escola tão pequena. Isso só pode ser karma.

Fomos para a aula juntos. Ele era um conversador - ele falava bastante, o que o fazia ser um par perfeito para Jessica. Meus ouvidos queriam sangrar ate ficarem surdos.

Mas enquanto entrávamos no ginásio ele perguntou:

– Então, você fincou o lápis no Edward Cullen ou o quê? Nunca o vi agir assim.

Então não tinha sido só eu que notara. E, aparentemente, não era assim que ele se comportava normalmente. Ah, mas isso não vai ficar assim, eu vou descobrir o motivo disso, e acho bom ser um bom motivo, pois senão: diga adeus ao mundo, Edmundo. Ate rimou. Decidi bancar a desentendida.

– Era o garoto sentado do meu lado em biologia? – perguntei ingenuamente.

– Sim. – ele disse. – Parecia que ele estava com dor ou algo parecido.

Definitivamente deve ser TPM.

– Não sei. – respondi. – Nunca conversei com ele.

– É um cara estranho. – disse Mike. E você é o que? Eu o olhei, ele ficou por ali ao invés de ir para o vestiário. – Se eu tivesse tido a sorte de sentar do seu lado, teria conversado com você.

Sorri falsamente para ele. Isso era pra ser uma cantada? Esse cara esta com vários problemas se era pra ser uma cantada. Fui para o vestiário das meninas.

O professor de Educação Física, Treinador Clapp, me deu um uniforme mas não me fez vesti-lo para a aula. Forks literalmente era o meu inferno na Terra.

Assisti a quatro jogos de vôlei ao mesmo tempo.

O sinal tocou finalmente. Fui lentamente até a secretaria para entregar minha papelada. Ate agora não tinha encontrado meus irmãos. Parece que não temos Educação Física juntos, ou eles estão em algum armário aprendendo a fazer filhos.

A chuva tinha parado, mas o vento estava mais forte e mais frio. Me enrolei mais nas roupas.

Quando entrei na quente secretaria, quase me virei e saí de novo.

Edmilson Cullen estava parado à mesa logo na minha frente. Novamente reconheci aquele cabelo cor de bronze e desarrumado. Ele pareceu não perceber a minha entrada. Me encostei na parede, esperando a recepcionista poder me atender.

Ele estava conversando com ela numa voz baixa e atraente. Hipnose? Logo peguei o motivo da conversa: ele queria trocar o período da aula de biologia para outro horário, qualquer outro.

Não podia acreditar que era por minha causa. Tinha que ser outra coisa, algo que acontecera antes de eu entrar na sala. A expressão em seu rosto tinha que ser por outro motivo. Era impossível que esse estranho tivesse me detestado tanto assim, tão subitamente. Parece que não é hipnose, pois não parece estar funcionando, já que berinjela ambulante esta quase babando nele.

A porta abriu novamente, e o vento frio entrou de repente, levantando os papéis sobre a mesa, jogando meu cabelo sobre meu rosto. A garota que entrara simplesmente chegou na mesa, colocou um bilhete na cesta de arame e saiu novamente. Mas Edkrei Cullen ficou rígido e se virou lentamente para me olhar com olhos fulminantes e cheios de ódio. Por um instante senti esta olhando para o meu titio quando ele descobriu que fui eu que destruí as obras de artes dele, mas não senti medo. Mantive meu olhar de tedio, mas eu queria mesmo era mandar ele direto para o Tártaro. Ele levantou a sobrancelha por apenas um segundo mostrando parecer estar duvidando. O olhar só durou um segundo. Ele se virou novamente para a recepcionista.

– Deixa para lá, então. – ele disse apressadamente com uma voz aveludada. – Vejo que é impossível. Muito obrigado pela ajuda. – se virou sem olhar para mim de novo e saiu pela porta.

Fui calmamente até a mesa, meu rosto ilegível, e entreguei o papel assinado.

– Como foi seu primeiro dia, querida? – a recepcionista perguntou, maternalmente.

Parece que ganhei um inimigo, tirando isso...

– Bem. – respondi.

Quando cheguei na Ferrari, meus irmãos já se encontravam encostados na Ferrari vermelha, eram praticamente os últimos carros no estacionamento.

Respirei fundo e tirei minha mascara de tedio e mostrei que estava furiosa. Scott iria perguntar o que ouve.

– Lá em casa eu digo. – respondi secamente e fui direto para a minha Ferrari.

Sentei lá dentro e pisei fundo rumo a mansão Swan, lutando com o forte desejo de mostrar para Edmilson Cullen que não se deve irritar uma deusa, ainda mais uma deusa que nasceu semideusa, filha de Zeus, assim herdando alguns poderes do pai, podendo ser facilmente nomeada como a deusa da tempestade.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo será POV Edmundo... ops, quer dizer, Edward.
O proximo capítulo será enorme, um pouco mais de 10 mil palavras. Eu divido o capitulo, ou eu posto ele inteiro? Vocês decidam.
Só é praticamente igual ao livro no começo, depois vou começar a mudar ao poucos.
Alguma ideia de quem é a voz com a qual Bella sonhou?

Desculpem os comentarios que eu não respondi. Eu li e agradeço sinceramente pelo apoio de vocês.

O que acharam? Devo continuar?

Gente, passem nas minhas outras fics: Arte e Desejo
http://fanfiction.com.br/historia/432809/Arte_e_Desejo/

E: A MUTANTE EM FORKS
http://fanfiction.com.br/historia/406001/A_Mutante_em_Forks/

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Meu exemplar do livro que publiquei acabou de chegar, e modestia parte, ficou incrivel. E se não gostarem da capa, existe mais três disponiveis no site. O livro contém magia, aventura, ação, mistério, suspense, mutantes (não os x-mens), dragões, vampiros, uma guerra a caminho. Eu arrisco afirma que pode ser uma mistura de Harry Potter, Percy Jackson, Dragon Ball (no sentido das lutas), e é claro, o nascimento de um romance.
https://clubedeautores.com.br/book/146998--O_Ladrao_de_Vidas#.UpFurMRwrKp

Proximo capitulo ate sabado, sexta, terça ou quarta, não sei, mas pode acabar sendo postado antes.

Ate o proximo capitulo...