Cidade dos Sonhos escrita por vulpiix


Capítulo 2
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo de presente de natal pra vocês ;) Hahaha, espero que gostem, beijos.



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Enquanto lutava, Jonathan sentia cada músculo trabalhar de forma acelerada, cada sentido mais aguçado que o normal e as marcas e runas fazendo efeito deixando uma sensação leve de queimação onde foram aplicadas. No entanto sempre tinha que lembrar a si mesmo, com certo esforço, que não poderia ir além de certo ponto com seu oponente, no caso, sua irmã. Tinha os treinos com sua mãe e treinava com Clary, portanto não poderia machucá-la. Já houve ocasiões em que acidentalmente feriu Clary, mas estava em momentos de batalha e não podia se conter. Em decorrência disso, os treinos passaram a ser supervisionados por Jocelyn. Ele e a mãe nunca tiveram a mais amável das relações entre mãe e filho e sempre ficou claro para Jonathan que a mãe tinha um carinho especial por Clary. No entanto, não era algo que o incomodasse. Jonathan nunca sentiu nada além de confiança ou respeito por alguém, mesmo por seu pai.

– Muito bem, por hoje está ótimo. Jonathan, querido, seu pai quer falar com você depois que se arrumar. No escritório. - Jocelyn anunciava o fim do treinamento e dava o recado com um sorriso leve no rosto. Com isso, cumprimentou Clary, que estava muito mais cansada que ele e foi para seu quarto. No meio da bagunça, pegou algumas roupas limpas e se dirigiu para o banheiro.

Como Valentim havia pedido, Jonathan foi encontrar o pai em seu escritório. Não sabia ao certo o que o pai quereria conversar mas esperava que fosse relacionado ao interrogatório de hoje mais cedo, a respeito do sonho de Clary. Pôde perceber claramente que aquilo havia preocupado os pais, mas não fazia ideia do porquê, mas não fazia sentido perguntar qualquer coisa para Jocelyn durante o treinamento.

Chegou ao escritório e abriu uma das portas para encontrar o recinto meramente iluminado pela luz do fim do dia que adentrava por entre as cortinas. Correu os olhos pela sala à procura do pai e não viu sinal dele, apenas viu a mesa que ele utilizava de escrivaninha cheia de livros abertos e papeis amassados e amontoados. Imaginando que não haveria problemas, silenciosamente se aproximou da mesa com as anotações e viu por cima do que se tratavam todos os livros e papéis: sangue de anjo e sangue de demônio e seus usos. Os títulos remetiam aos testes feitos em si antes de nascer e até os dez anos, com sangue de demônio. Ele sempre soube o que era e porque o era, e nunca sentiu nada em relação à decisão do pai. Jonathan havia sido treinado para ser um caçador de sombras diferente, com capacidades diferentes ou melhores do que os caçadores de sombras comuns. Também sempre soube que era o oposto da irmã, que tinha sangue de anjo e poderia ter dons especiais. E, enquanto ele sabia que tinha sangue de demônio, Clary não fazia ideia disso e nem que tinha sangue de anjo.

Pego em seus devaneios, Jonathan se assustou quando viu uma silhueta na porta do escritório o observando. Seu pai havia chegado e não sabia por quanto tempo, mas estava parado ali, sem dizer nada.

– Pai? Me chamou? - E Valentim finalmente se mexeu, ligando as luzes e indo em direção a filho.

– Vejo que está confuso. - Ele disse, ignorando a pergunta anterior. - Lembra-se que eu lhe disse que Clary possui sangue de anjo, não lembra?

– Sim lembro, mas o que...

– E lembra-se também o que lhe falei sobre Jace Herondale? Aquele garoto igualmente com sangue de anjo?

– Sim, você nos criou ao mesmo tempo e depois o prendeu na Cidade dos Sonhos, o que tem isso?

– Eu acho que há alguma possibilidade de ele estar se comunicando com Clary através do sonhos dela, e preciso fazer isso parar. Por enquanto, preciso que ocupe Clary para que ela não dê importância aos sonhos.

– Mas por que ele iria se comunicar com Clary? Sequer a conhece. - Jonathan não estava assustado nem surpreso, mas curioso.

– Os dois têm sangue de anjo, é capaz que haja alguma conexão.

– Mas de qualquer forma, qual é o perigo de Clary saber que Jace existe e se comunica com ela? Não há nada que ela possa fazer. - Antes que Valentim pudesse responder, Jocelyn abriu a porta que, Jonathan havia notado apenas agora, tinha sido fechada pelo pai, anunciando que o jantar ficaria pronto logo.

– Depois conversamos. - Valentim o disse, apoiando uma mão no ombro do filho e se afastando.

Por alguns instantes Jonathan procurou algo em meio às anotações que respondesse à suas perguntas, mas percebeu que o pai não deixaria nada muito à mão e desistiu, indo para a sala de estar.


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Notas finais do capítulo

Não foi dos melhores mas é o que eu consigo fazer hahaha



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