Pokémon Mystery Dungeon: Entre Dois Mundos 1 escrita por MarcosTiago210


Capítulo 2
1º Arco - O que aconteceu comigo?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/451523/chapter/2

O protagonista desta história é Bruno, um menino de 15 anos estudante do 8º ano de uma escola particular de São Paulo. Era o dia 9 de Novembro de 2012, quase no fim do ano letivo de seu colégio. Suas notas eram medianas e havia um grande risco de que ele fosse reprovado em Matemática. Na semana seguinte, ele faria a prova final de matemática, cuja máxima nota lhe garantiria o direito de fazer a prova de recuperação.

Bruno, apesar de prestar atenção às aulas, tinha dificuldades em Matemática e não estudava em casa, lugar no qual ele jogava videogames na maior parte do tempo livre. Apesar de ficar estressado facilmente e passar muito tempo jogando, seus pais não lhe repreendiam, por ele ajudá-los nas tarefas domésticas. Bruno também frequentava uma academia e saía com seus amigos, pelo menos duas vezes por semana. No dia 8, seus pais lhe ameaçaram tomar os videogames se ele fosse reprovado em Matemática. Pensando que agora seria tarde demais para aprender todo o conteúdo matemático marcado para a última prova, ele se sentiu muito triste e arrependido.

No dia 9, sexta-feira, no colégio, Bruno assistiu a várias aulas, inclusive a uma de matemática, na qual o professor Rafael deu uma revisão sobre o conteúdo da prova, que compreendia questões sobre funções do 1º e 2º graus e regra de três simples e composta. Bruno anotou tudo no caderno. “Vou fazer os exercícios em casa para estudar a matéria”, pensou ele. Só havia um problema: ele não conseguiria resolver essas questões sozinho, mas somente com a ajuda de alguém. Logo depois, ele se lembrou de uma colega que era sua vizinha, a menina Gabriela. Por morar tão perto dele, poderia oferecer sua ajuda em qualquer momento. Então, ele se aproximou e perguntou a ela:

– Gabriela, será que você pode me ajudar com esses exercícios ainda hoje?

Ela demorou um pouco para responder, mas logo acenou, dizendo que sim. Ele perguntou:

– Em que horário nos encontraremos hoje?

– Ah, pode ser às 13 horas e 30 minutos?

– Sim, claro que pode.

– É porque vou tomar banho e almoçar em casa, em primeiro.

– Está bem. Muito obrigado, tchau.

Os dois se despediram e saíram da escola. Bruno embarca num ônibus suplementar, geralmente às 11h55min. Suas aulas terminam às 11h50min, em todos os dias. Ele chega a casa às 12h50min, não porque ele morasse longe do colégio, pois ele mora perto. O motivo do atraso no percurso do ônibus era o congestionamento de veículos no trânsito do centro da cidade. Em casa, Bruno fica sozinho até às 17h00min, horário em que seus pais voltam do trabalho. Nesse dia, ele saiu do ônibus às 12h45min. O céu estava nublado e trovões foram ouvidos de longe. Uma tempestade viria mais tarde.

Enquanto ele andava na calçada de uma rua adois quarteirões de sua casa, seu celular tocou. Atendeu à ligação:

– Alô?

– Sou eu, Bruno.

– Oi, pai. Tudo bem?

– Tudo. Liguei para te avisar que hoje vou atrasar um pouco, pois ficarei por uma hora a mais no serviço e o trânsito deve ficar caótico com essa tempestade. O almoço está na geladeira. Não se esqueça de estudar matemática. Depois, conversaremos em casa.

– Não se preocupe. Combinei com a Gabriela de estudar com ela.

– Tudo bem, tchau.

– Tchau, pai.

Ao desligar o celular e guardá-lo, percebeu que havia algo que não era dele na sua mochila. Algo que ele não trouxe para a escola, mas que misteriosamente foi parar ali. Estava bem perto do prédio. Decidiu que olharia com calma quando chegasse a casa. Chegou ao prédio, abriu o portão, desarmou o alarme, não se esquecendo de armá-lo depois, e usou o elevador para ascender ao 3º andar. Entrou no apartamento de número 301 e o trancou. Abriu a mochila em cima da mesa e viu um pacote enrolado em papel de presente. O adesivo colado ao embrulho dizia: “De seu querido amigo, Tiago”. Ele abriu o presente. Havia quatro coisas: Um CD com as escritas: “Gates To Infinity + Emulador”; Uma calculadora, com o adesivo: “Guarde ela com você, pois precisará dela”; Um envelope de carta, contendo quase sete páginas de uma mensagem de Tiago a Bruno; E um mapa de uma ilha com algumas anotações coloridas. Tiago era um colega de classe de Bruno. Os dois eram amigos inseparáveis. Tiago avisara naquela semana que iria viajar para Belo Horizonte e moraria lá, desde então. Aquele presente seria uma lembrança da amizade dos dois. Bruno olhou as primeiras palavras da carta: “Antes de ler esta carta, jogue o jogo gravado no CD. E não se esqueça: Somente abra o jogo se estiver sozinho em casa, de outro modo, seria perigoso para você.”. Aquele era um horário oportuno para jogar videogames, pois seus pais não lhe permitiriam jogar enquanto estivessem em casa. Afinal, era 12h53min e ele estudaria com Gabriela somente meia hora depois. “Vou jogar esse jogo que ele me deu e ver se é legal. Mas não agora, pois estou morrendo de fome”, pensou Bruno. Foi almoçar e sete minutos depois, havia terminado de comer. Ligou o computador e inseriu o CD. Abriu o emulador e iniciou o jogo Pokémon Mystery Dungeon: Gates To Infinity. A tela agora estava negra. Vários pontos brilhantes na tela começaram a se ajuntar, até que formaram um grande ponto luminoso, que aumentou seu tamanho até cobrir toda a tela. E então, o logotipo do jogo apareceu e sumiu, logo depois. O jogo perguntou o nome do usuário atual. Bruno digitou seu nome. Veio outra série de perguntas, sobre o comportamento e o caráter de Bruno. Ele as respondeu com sinceridade, recebendo como resultado do teste esta mensagem: “Você é corajoso, obstinado, confia muito em si mesmo e em suas habilidades. Você prefere resolver os problemas por conta própria. Você se parece mais com o Pokémon... Riolu. Parabéns, você acaba de iniciar uma grande aventura. Boa sorte.”. A tela ficou branca, mostrando a palavra “carregando”. Bruno olhou ao redor. Todas as luzes de sua casa estavam apagadas. Somente a luz do monitor brilhava em seu quarto. Num clarão, a tela se apagou. Não se podia ver nada em volta. Depois de algum tempo, pensou que monitor podia estar desligado. Estendeu a mão direita para procurar o botão que o liga, mas acabou atravessando o lugar no qual o computador deveria estar. Num ambiente escuro e silencioso, Bruno começou a tatear em volta, mas não encontrou nada, o que foi estranho. Depois de algum tempo, ouviu algo. Parecia o som de pássaros cantando. Viu uma forte luz no seu centro de visão e percebeu que estava abrindo seus olhos. Era a luz do sol. “Será que eu dormi?”, ele se perguntou. Ao abrir completamente os olhos e olhar em volta, percebeu que estava num campo verdejante a céu aberto. “Estou sonhando?”, pensou consigo mesmo. Começou a se mover e se preparou para levantar. Foi mais difícil do que parecia. Ao completar o ato, pode ver de melhor o lugar em que estava. Analisando a posição do sol no céu, delimitou os pontos cardeais. Ao oeste, havia um penhasco muito alto e, logo à frente, o mar. Ao sul e ao leste, o campo se estendia por um grande planalto. Ao norte, entretanto, havia uma densa floresta. E para esta ele foi. Enquanto se aproximava, podia ver ou ouvir de melhor os pássaros e se assustou: “Não são animais de verdade, mas são... pokémons”. E então, olhou para si mesmo. Seus braços e mãos estavam azuis. Suas pernas, pretas. Estava com uma cauda curta azul e podia movê-la. “Que estranho. Será que eu também me transformei num Pokémon? O que aconteceu comigo?” Aí se lembrou do que ocorreu antes dessa estranha experiência: estava em casa, jogando um jogo. Qual era mesmo o nome? Pokémon Mystery Dungeon - Gates To Infinity. ”Então eu estou dentro do jogo? Ou estou apenas sonhando?” Tantas perguntas a serem respondidas. “O que eu deveria fazer agora? Como volto para o mundo real? Ah, eu não quero voltar ainda. Quero me divertir um pouco, enquanto estiver aqui. Depois eu volto, seja lá como for.” Entrou na floresta. “Tomara que eu seja forte e não morra na minha primeira luta.” Avançou um pouco. Não havia criaturas por perto. Chegou a um lago. Se aproximou da água para ver seu reflexo. “Virei mesmo um Riolu.” Reconheceu sua figura à primeira vista, pois já havia jogado diversos jogos da franquia Pokémon e conhecia o nome da maioria das espécies. Ouviu um ruído de passos.

– Quem está aí? – gritou Bruno – Lute comigo e veremos quem é o mais forte!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!