A Unificação Greco-romana escrita por Bruno Andrade
Notas iniciais do capítulo
Desculpe algum erro ortográfico: meu teclado está louco. Pediram para aumentar o tamanho dos capítulos, aí está! Capítulo bônus! Queria encaixar essa história em algum lugar da história mas não consegui... Mas ficou assim! Espero que gostem ;)
Assim que fugimos de casa, corremos em direção ao lixão, com a esperança de encontrar algo no mínimo mais confortável do que o chão mais frio do que o banco. Mas a única coisa de legal que lá encontramos foi um velho muito amigo.
–- O que crianças dessa idade fazem no lixão nessa hora da manhã?
Aquele lugar era horrível: era cercado por uma cerca de arame, e nela jaziam muitas coisas como sacolas plásticas e cascas de banana podres. O cheiro era tão agradável quanto nadar em um tanque cheio de baratas. O chão era praticamente coberto de lixo, e montes do tamanho do Everest feitos de detritos lá existiam. Era enorme: por volta de vinte metros quadrados de pura podridão. Para entrar existia um buraco pequeníssimo onde apenas formigas conseguiam passar sem prender alguma coisa nos arames.
Olhei em meu relógio, a única lembrança que trouxe da casa de Piper e Jason. Lembrei deles: eles deviam estar simplesmente desorientados, mas tentei tirar essa lembrança da cabeça. Mas logo vi as horas: 07:00. Provavelmente Jason e Piper ainda não estivessem acordados, mas novamente tentei tirar essa idéia, mas não conseguia. Tentei ao menos fingir que não estava pensando em nada de muito importante e respondi ao velho catador de lixo:
–- É mesmo bem cedo. Não olhamos no relógio antes de fugir...
–- Fugir? – perguntou o velho assustado.
–- Olhamos sim – contrariou-me Duda – lembra-se que...
Dei uma forte cotovelada nele. Ele entendeu o recado e parou de falar na hora...
–- Mas, enfim... – disse o velho, que provavelmente viu o que acabara de acontecer – Fugir de onde? Por quê?
–- Bem... – disse Duda.
–- Eu conto Duda! – respondi rispidamente.
–- Mas eu quero contar! – gritou Duda.
–- Não int...
–- Parem vocês dois! – disse o velho, provavelmente irritado – Você aí de vermelho, conte-me a história!
Olhei para a minha camiseta. PORCARIA, LARANJA! Dei uma espiadela rápida em Duda e em sua camiseta. Vermelha. Ele olhou para mim e me mostrou a língua. Nesse momento eu acho que eu deveria estar da cor da camiseta de Duda.
E ele começou: Contou a parte em que fomos encontrados em uma caçamba de lixo amarrados em um saco plástico. Contou também que fomos encontrados por uma gentil moça e fomos levados a uma casa com um humilde senhor. Duda ia continua sua longa história, até que foi interrompido pelo velho:
–- Desculpem-me por interromper mas...
–- Imagine! O que foi? – perguntei, tentando parecer gentil.
–- Vocês sabem qual é o nome daquela mulher e do homem? Eles eram um casal? Quantos anos eles tinham? Qual era a aparência física deles? Como vocês chamam? Porq...
–- Wow, wow, wow, espera aí! – Duda interrompeu o velho, que provavelmente iria fazer muitas perguntas além dessas – Uma pergunta de cada vez poxa!!
–- Oh, certo, desculpem-me... – o velho abaixou a cabeça, mas ainda parecia muito ansioso. – Bem, primeira pergunta: Qual é o nome da moça que ajudou vocês e qual é o nome do homem que morava com ela?
–- Mas são d... – tentei responder, mas era minha vez de levar uma cotovelada
–- Bom – respondeu Duda em meu lugar – O nome da mulher era Piper e do h...
–- McLean? – disse o velho, com os olhos quase saltando para fora de seu rosto.
–- Sim... – disse Duda, estranhando a reação do velho.
–- E o marido dela... É o Grace? Jason Grace? – agora os olhos do catador de lixos pareciam dançar no ritmo ragatanga, mas Duda não disse nada.
–- Sim? – respondi.
A reação do velho foi bastante anormal:
–- Sério? Bom preciso ir – o velho largou sua sacola no chão e correu como um boi furioso com um humano que acabou de roubar seu filhote, mas trinta segundos depois voltou para pegar sua sacola. Depois, saiu novamente correndo. Mas voltou novamente – Argo, Duda, prestem muita atenção no que irei dizer: Aqui eis um mapa. Ele deve ser levado a todos os lugares juntos a vocês. Nunca abram o mapa sem minha presença. NUNCA! E lembre-se de mim. Argo... Duda... Sempre que algo de estranho acontecer, grite meu nome o mais alto que puderem! Certo? Preciso ir? Até mais!
O velho saiu em disparada. Mas antes que pudesse sair daquele lixão, Duda gritou:
–- Qual é o seu nome?
–- Garruk! – berrou sem parar de correr.
Esperei com que o velho se afastasse e disse:
–- Ele deve ter algum problema – disse, bufando logo em seguida.
Pegamos os panos que ele havia nos doado e saímos daquela podridão.
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