The One - continuação A Elite escrita por Duda W


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,
quanto tempo



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Acordei em uma cama, meus braços e pernas estavam presos, eu estava com uma dor de cabeça horrível, olhei para o lado e havia uma menina sentada me observando, ela aparentava ter dezessete anos, tinha cabelos loiros e olhos azuis, a única coisa que consegui perguntar foi:

–Sulistas ou nortistas?

Ela pareceu surpresa com a pergunta e respondeu:

–Nortistas, mas não vá pensando que aqui todo mundo é bonzinho queridinha, porque não são.

–Qual o seu nome? – perguntei, minha cabeça doía a cada vez que eu dizia alguma coisa.

–Abby, mas não importa – ela respondeu com desdém.

–Porque eu estou aqui? – perguntei.

–Pare de me fazer perguntas, eu não sou obrigada a responde-las – ela me disse.

Ela se virou para ir embora do quarto, quando estava abrindo a porta me disse:

–Olha, eu não sou a favor do que estão fazendo com você, mas minta, você precisa mentir, se não mentir as pessoas do palácio estarão em perigo, e você também – ela me disse e saiu do quarto.

Estava presa em um quarto pequeno, havia uma cama (onde eu estava presa), uma escrivaninha e uma cadeira, minhas mão e pernas estavam presas por algemas presas na cama, eu não conseguiria sair dali, a não ser que alguém me soltasse.

Fiquei olhando para o teto, pensando em como Maxon estava, se a Seleção estava continuando ou se estavam me procurando, se estavam todos bem, enquanto estava perdida em meus pensamentos não percebi que um homem entrou no quarto e se sentou na cadeira ao meu lado.

–Olá America – ele me disse, eu levei um susto.

–Hm... olá – falei.

–Eu vou te fazer algumas perguntas – ele me disse.

–Ãhn... ok – respondi.

–Primeiro, você tem que me dizer onde é o abrigo real – ele me falou.

–O QUE? – gritei – EU NÃO VOU TE FALAR ISSO.

Ele tirou uma faca de sua calça e a colocou perto de meu pescoço, senti ele me cortando e tentei me afastar.

–Vai dizer ou não? – ele me perguntou sério.

Lembrei das palavras de Abby e demorei um pouco para responder.

–Sim, eu vou dizer – falei.

–Ótimo – ele me disse.

–Bom, o abrigo real ... fica perto do quarto dos empregados – falei.

–Você está mentindo! Porque fariam o abrigo real perto do quarto dos empregados? – ele gritou.

–Exatamente por isso, você algum dia imaginou procurar perto do quarto dos empregados? – perguntei.

–Bem... não... – ele respondeu.

–Exatamente – falei.

–Obrigada – ele me disse e se retirou.

Logo depois Abby entrou e me falou animada:

–Que ótimo, você conseguiu mentir muito bem! Isto é ótimo, eles me deram permissão para te levar ao outro abrigo, é mais longe daqui e não tem nenhum guarda lá – ela me falou – mas você não pode fugir, se fugir você vai estragar tudo – assenti. – ótimo vamos.

Ela começou a me soltar e me deu a mão, fui atrás dela, eu estava planejando uma fuga, mas por outro lado eu confiava em Abby e não entendia bem o porquê disso, é ridículo eu confiar nela mas ela parecia tão aliviada por poder sair e me ajudou a fugir, e eu confiava nela.

–Você gosta deste lugar? Quer dizer... você gosta de ser uma rebelde? – perguntei, quebrando o silêncio.

–Bem... na verdade não, eu nasci aqui, não tive escolha – ela me respondeu.

Saímos da casa, o local tinha apenas uma casa, onde eu estava, os outros locais eram tendas e barracas, eu continuei andando, sendo puxada por Abby, evitando os olhares curiosos.

Entramos na floresta e Abby me disse:

–Olha, a gente não vai para o abrigo que eu te falei, finalmente consegui permissão para sair daquele lugar horrível, eu não vou voltar, não mesmo – ela me disse – mas temos que ser espertas America, se um dos líderes nos pegarem, bom lá não tem muitas mulheres.

Quando ouvi aquilo senti calafrios mas assenti.

–Eles vão me matar se nos pegarem, e nem eu nem ninguém sabe o que vão fazer com você – ela continuou – eu tenho uma posição elevada por lá, apesar de ter apenas dezessete anos, eu e minha amiga Addie nascemos aqui, portanto temos uma posição elevada apesar de termos dezessete anos – assenti.

–Você se chama Abby e sua amiga Addie? – perguntei – Ou são apelidos?

–São apelidos, meu nome é Abigail e o nome de Addie é Adeline – ela me disse.

Ficamos em silêncio por um tempo, Abby me puxava e eu ia atrás dela, até ela parar e se abaixar me puxando junto com ela.

–O que foi? – perguntei.

–Ai meu Deus, como eu esperava, tem guardas no abrigo – ela disse, e eu vi uma casa com dois guardas na porta – temos que passar por ali, logo eles vão avisar que nós não aparecemos, mas que droga, Addie está lá, precisamos chama-la.

–Certo, então entramos e fugimos pela janela – falei.

–É podemos fazer isso – ela me disse, se virando para mim – mas você precisa ser discreta, consegue sair sem fazer barulho?

–Ah... é minha especialidade – falei sorrindo, lembrando de quando saia a noite para encontrar Aspen na casa da arvore.

–Ótimo, vamos – ela disse e se levantou puxando meu braço.

Fomos até a pequena casa, e passamos pelos guardas.

–Bom dia – Abby falou para eles.

Passei e não encarei os guardas, entramos na casa e fomos até um quarto. Quando Abby abriu a porta ouvi um grito e vi uma garota abraçando Abby.

–Abby que bom que você veio! Pensei que ia me deixar aqui, nós não vamos conseguir sair – ela disse.

–Calma Addie, olha vamos conseguir sai – Abby disse e se virou para mim – Ah Addie, essa é America, America essa é Addie.

–Prazer – falei.

–Prazer – ela me disse sorrindo.

–Vamos Addie, precisamos sair, abra a janela – Abby falou.

Addie se apressou e abriu a janela do quarto, Addie saiu primeiro, depois eu e logo depois Abby.

Senti um ardor no pescoço e percebi que estava sangrando, tinha me esquecido que aquele homem tinha me cortado.

Saímos andando sem fazer barulho para os guardas não nos perceberem, quando estávamos um pouco mais longe começamos a correr, e meu pescoço ardia. Depois de algum tempo correndo Addie me puxou e eu caí.

–Vamos, levante, ali tem uma caverna, vamos entrar ali – Addie me disse.

Eu levantei e assenti. Corremos até a caverna e Addie desatou a chorar, fiquei observando-a sem saber o que fazer, Abby abraçou-a e Addie falou:

–Abby, CONSEGUIMOS! Finalmente CONSEGUIMOS! – ela gritou, e depois se virou para mim –graças a você nós conseguimos America! Obrigada!

Ela soltou Abby e me abraçou, retribui o gesto e sorri.

–Porque vocês desejavam tanto sair de lá? – perguntei.

–Eles estavam... bem... estavam nos obrigando a casar com pessoas que não queríamos, eu já te disse que lá não tem muitas mulheres, enfim, nós precisávamos sair- Abby me falou, e uma lagrima rolou em seu rosto.

–E onde vocês esperam ficar? – perguntei.

–Realmente, não sabemos – Addie respondeu.

–E eu vou voltar ao castelo? – perguntei.

–Claro que vai! – Addie me disse – O príncipe te ama! Todo mundo sabe disso, quer dizer, bem ... tem gente que espiona o palácio – ela falou sem graça – mas não voltará hoje, o castelo é muito longe e nós desviamos o caminho para chegar aqui.

–E como vamos nos alimentar? – perguntei, e então percebi que Addie trazia uma mochila.

–Bem ... não é muito, mas eu trouxe uma mochila cheia de barrinhas de cereal e agua – ela me disse, e eu assenti.

–Vamos sair daqui ainda hoje? – perguntei.

–Não! –Abby falou – já está escurecendo, vamos amanhã, Addie, de para mim e para America uma barrinha de cereal e vamos dormir – Addie assentiu e jogou uma barrinha para mim e uma para Abby, e depois pegou uma e comeu.

Comi em silencio e depois me deitei no chão de pedra da caverna, e peguei no sono.

–---------“----------“----------“----------“-----------

Acordei bem cedo com a luz do Sol me cegando, levantei e vi que as outras estavam dormindo, olhei para minhas roupas, eu estava de vestido ainda, fui até a mochila de Addie e vi uma faca, peguei a faca e comecei a cortar a saia do vestido, deixando ele mais curto para conseguir correr.

Abby acordou e me viu cortando o vestido, ela foi me ajudar e olhou para o meu pescoço.

–America! Meu Deus, seu pescoço está inchado! O que aconteceu? – ela perguntou.

Coloquei a mão no pescoço e vi que o corte estava inchado.

–Bem ... aquele homem me perguntou uma coisa e no começo me recusei a responder e então ele me cortou – eu disse.

–Ai Deus, tudo bem – ela falou – vamos comer, beber agua e ir em direção ao castelo.

Assenti e acordamos Addie, depois comemos cada uma duas barrinhas de cereal e demos um gole na garrafa de agua. Me levantei e percebi que meu corpo estava um pouco dolorido, estava tão acostumada com o aconchego do castelo que passar uma noite dormindo em uma superfície dura é horrível. Caminhei até a entrada da caverna, o Sol iluminava a entrada e me cegava, fui até a luz e abaixei a cabeça por causa do Sol, ouvi um barulho ao meu lado, do lado de fora da caverna, me virei para ver se Abby e Addie estavam dentro da caverna, as duas estavam sentadas dividindo uma barrinha de cereal, entrei em alerta, corri até elas pegando-as pelo braço e puxei-as para o fim da caverna.

–Tem alguém aqui – sussurro para elas, Addie fica assustada e abraça Abby.

Ouço um barulho, Addie e Abby estão abraçadas, com os rostos enterrados no ombro uma das outras, vejo alguém entrando na caverna, um garoto, ele aparenta ter vinte anos. Eu cutuco Abby que levanta a cabeça e olha por cima do meu ombro, ela fica boquiaberta, se solta de Addie e sai correndo na direção do garoto, pensei que ela ia bater nele, mas ela se joga nos braços dele chorando, eu olho para Addie confusa, ela se aproxima de mim e sussurra:

–É o namorado dela, Travis.

Ouço os dois conversando:

–Abby, eu estava tão preocupado! Vamos voltar? – ele perguntou.

–Não! Travis, meu Deus, não! Eu não vou voltar – ela fala e ele olha para ela confuso.

–Mas... mas porquê? – ele pergunta, ela solta ele e o encara.

–Trav, eu... eu... eu não posso voltar, eles... eles querem que eu me case... com... com o general – sua voz falha, ele fica boquiaberto e ela desata a chorar abraçada nele.

–Abb, mas então como vamos fazer? – ele pergunta, seu tom de voz demonstra que está em choque e está triste.

–Você pode vir conosco – ela fala.

–Conosco? – ele pergunta confuso.

Eu saio da escuridão da caverna e ele me vê por cima do ombro de Abby, e se eu olhar demonstra confusão e está boquiaberto, ele solta Abby e deixa as mãos em seus ombros.

–America Singer – me apresento para ele.

–Eu sei quem você é, meu nome é Travis – ele me olha por cima do ombro de Abby, seu tom de voz mudou ao me ver, ele soa irritado.

–Hm, ok, vamos embora? – viro para Addie e pergunto para ela, ela assente e se levanta, Travis solta Abby e dá um abraço em Addie.

–Que bom te ver Addie – ele diz.

–É bom te ver também Trav – ela responde.

Eu saio da caverna e sento, apoiando as costas em uma arvore, começo a pensar em Maxon e percebo só agora a tamanha saudades que sinto dele. Fico pensando nisso pelo que parecem horas, estou com a cabeça apoiada nos joelhos e lágrimas correm pelo meu rosto quando alguém me sacode, é Abby, eu me levanto e seco as lagrimas com as costas das mãos.

–Está tudo bem America? – ela me pergunta.

–Sim, está – respondo.

–Ótimo, vamos?

–Vamos – respondo.

Temos agora mais uma pessoa no “time”, Travis, mas ele aparenta não gostar de mim. Adentramos a floresta, Abby e Travis vão na frente de mão dadas, eu e Addie vamos atrás, seguro a mão dela e paro, quando estamos a uma distância segurado dos dois.

–Porque ele não gosta de mim? – sussurro no ouvido de Addie.

–Ele não gosta de ninguém que apoia o sistema de castas e de nenhuma das selecionadas, e sinceramente, de todas acho que você é a que ele menos gosta, afinal você é a preferida do príncipe – ela sussurra de volta.

–Acho que não mais – respondo, e olho para meus pés.

–America, realmente... Isso é ridículo, é claro que ele te ama – ela sussurra para mim.

Concordo com a cabeça, mas eu tenho grandes dúvidas em relação a isso. Qual será a reação de Maxon quando ver que eu estou salva? Será que ele está bem? No ataque rebelde ele estava tão perto... Esses pensamentos invadem minha mente, se tiver acontecido alguma coisa com Maxon, a culpa será minha, e eu nunca me perdoaria se alguma coisa acontecer a ele por minha causa, me lembro da última vez que o vi, eu estava furiosa, a última vez que conversei com ele, estávamos brigando, Maxon deve preferir Kriss a mim, ela é gentil e bondosa, diferente de mim, eu só sei brigar com ele, fico triste e com raiva de mim mesma, continuo seguindo Abby e Travis, minha mente vai sendo invadida por pensamentos ruins a respeito de tudo.

Abby e Travis param do nada, e eu esbarro em Abby, e nos duas caímos no chão, ela começa a rir e eu fico vermelha, e me levanto.

–Err... desculpa, eu estava... distraída – eu digo para ela.

–Deu pra perceber – ela diz em meio as risadas e eu sorrio para ela.

–Onde estamos? Quer dizer... porque paramos? – pergunto.

–Aqui tem mais um abrigo nortista, olhe – Travis soa irritado e aponta, a algumas centenas de metros vejo uma pequena casa e uma fogueira.

–Então daremos a volta? – pergunto.

–Não – ele responde – vou pegar um pouco de água.

–Ah que ótima ideia em – falo ironicamente, já estou irritada com o tom de voz dele – aproveitamos e fugimos enquanto isso tá? Devem ter guardas lá dentro esperando que algum de nós faça uma burrice como essa, já pensou nisso? Mas eu que não vou fazer isso, se você quiser ir, divirta-se. – meu tom é alto e irradia fúria, ele vem sendo rude e hostil comigo, é a minha vez de revidar.

–Bem... não – ele responde, envergonhado.

–Deu para perceber, vamos dar a volta – eu digo, Addie e Abby estão boquiabertas, Travis assente e damos a volta pelo abrigo.

Addie está do meu lado e Abby e Travis na nossa frente.

–Admiro o que você fez America – Addie sussurra – ninguém nunca discute com Travis e nem levanta a voz para ele, é... ridículo.

–Com certeza. – respondo e ouço um barulho atrás de nós.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem :)
Comentem oque estão achando
Beijoos



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