A Vampira, A Loba E A Bruxa escrita por Emily Longbottom


Capítulo 13
Capítulo 13: Ivory & Silvermoon




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Vitória's Point Of View:

–- Como é? - perguntei a Leo, desentendida. Ajudei-o a ficar de pé. Emily e Gleyce olhavam feio para Leo.

–- Ele é um vampiro. - repetiu Leo, retribuindo o olhar das duas. Peguei a mão de Leo. Se ele estava nos protegendo, eu ficaria do lado dele. Gleyce entendeu, mas parecia que Emily entendeu errado. Ela agarrou a mão de Dante. Olhando feio para mim também.

–- Do que é que você está falando? - Emily perguntou.

–- Nós viemos até aqui para ajudar você, e... e você não percebeu? Este feitiço atinge vampiros! Ou seja, ele é um vampiro!

–- É? - Emily perguntou, olhando para Dante. Ele não respondeu nada, estava olhando para o céu. A Lua estava cheia.

–- Droga! - Gleyce falou olhando a Lua também. - Lobisomens nas montanhas! Meu irmão é um deles.

–- Seu irmão? - eu e Emily perguntamos juntas.

–- Não temos tempo para eu explicar, vamos dar o fora daqui.

–---- Capítulo Especial ------

Paloma's Point Of View:

As famílias Ivory e Silvermoon, sempre foram inimigas, essa briga começou há muito tempo, hoje já não sabemos o por quê. Bem, eu sou a úlltima e única Ivory. Minha mãe me trouxe para essas montanhas, que é onde vivem os lobisomens, mas nós ficamos mais, na maior parte do tempo, na base da montanha. Acampamos, mais especificamente. Enfim, minha mãe me trouxe para cá quando eu ainda tinha onze anos, para que os outros lobisomens pudessem cuidar de mim. Mas era muito perigoso, pois quando eles assumem formas de lobos, ficam fora de controle, então eu tive que matar alguém para eu ativar a Maldição. E assim foi.

Naquele momento ela pôde fugir de um ataque dos Silvermoons. Bem, a partir de quando eu matei, minha vida continuou normal, mas eu cresci até o auge da beleza, e depois parei, aos dezesseis, hoje eu tenho trinta e dois. Que bom! Juventude eterna! Voltando à minha história, quando minha mãe voltou para lá, fiquei sabendo através de outros lobisomens que minha mãe foi morta por Angus Silvermoon. Há vinte anos atrás, ele se suicidou. Um dia vingarei minha família, mas por enquanto estou caçando a oportunidade. Sei que ainda há herdeiros dos Silvermoon, mas ainda não os achei. E me matriculei em uma escola, soube que um dos herdeiros tem dezessete de idade.

***

Eu estava sentada, encostada à uma árvore alta, fumando, quando olhei para o lado e vi um garoto loiro de olhos azuis subindo para cá, pelo cheiro que senti de longe, ele era lobisomem também. É assim que diferenciamos humanos e lobisomens, através do cheiro. Os humanos têm cheiro adocicado e os lobisomens cheiram a uma erva chamada verbena, dizem que esta erva machuca vampiros, assim como a luz do Sol. Porém, a luz do Sol mata o vampiro se exposto por alguns segundos.

Me levantei lentamente. Peguei minha garrafa de cerveja do chão.

–- Você é um lobisomem, certo?

–- Como sabe?

–- O cheiro. Qual é o seu nome?

–- Augusto - ele disse um pouco desconfiado

–- Paloma - sorri, estudando-o. - Já se transformou alguma vez?

–- Ah, sim, é horrível...

–- Com o tempo você se acostuma - dei uma tragada no cigarro. Eu sorri, quando eu notei que ele estava me observando enquanto eu tragava. - Mas, sim, dói muito. Eu já matei pessoas enquanto estava transformada.

–- Como você sabe? Não dá para lembrar do que acontece quando está transformado.

–- Eu sei, é que eu achei uma pilha de corpos desmembrados quando eu acordei, tivemos que queimar para apagar os rastros.

–- Foi um grande choque para você?

–- Não. - balancei a cabeça indiferente. - O que faz aqui?

–- Procurando um lugar para ficar. Um lugar longe das pessoas.

–- Quer ficar aqui?

–- Posso?

–- Pode, é um lobisomem.

–- Tem líder?

–- Não. - eu ri. - Por que teríamos?

–- Não sei. Talvez para que fique organizado. - Ele deu ombros.

–- Ficar organizado?! - eu ri mais ainda jogando meus cabelos cacheados para trás. - Nós não temos controle sobre nós mesmos quando assumimos a forma de um lobo.

Pelo visto ele ficou um pouco sem jeito. Acho que exagerei na risada.

–- Bem, se posso ficar aqui mesmo, vou ter que voltar, para poder deixar uma carta para Gleyce, minha irmã.

–- Ok! Vou junto. - Eu saí na frente dele, continuei andando. Parei e me virei. - Você não vem? - perguntei escondendo o riso.

Ele veio até mim e continuamos andando.

–- Como chegou até aqui? É um pouco longe da cidade.

–- Eu sei. Peguei... Emprestada a moto do meu pai

–- Sério? Que coragem... Onde está a moto?

Eu o segui até o fim da floresta, ainda eram seis horas da manhã. Isso significava que dentro de duas horas eu teria que ir à escola. Eu nunca imaginei que eu voltaria...

Ele subiu na moto e eu sentei atrás dele, enlacei-o, para que eu pudesse me segurar.

–- Qual é o seu sobrenome? - eu perguntei, enquanto ele ligava a moto.

–- Silvermoon - minha garganta ficou "apertada''.

–- Como é sua irmã mais velha?

–- Alta, olhos e cabelos castanhos e mechas loiras em seus cabelos. Por quê?

–- Nada... Uau! Ela é diferente de você.

–- Eu sei...

Ao chegarmos na casa dele, descemos da moto, e nos dirigimos à entrada da casa.

–- É aqui?

–- Sim.

–- Olha, você poderia me deixar em frente à escola?

–- Claro. Eu só vou deixar a carta e já volto.

–- Ok, vou esperar aqui fora, mesmo.

Me sentei nas escadas da varanda. Finalmente havia encontrado os Silvermoons, mas seria o certo eu matá-los? Acho que não fazem ideia do que aconteceu naquela noite. Ou talvez saibam...

–- Oi! Voltei. Vamos? - ele chamou.

–- Ok.

Ele me levou para a escola, quase todos chegaram.

–- Você pode me buscar depois?

–- Claro.

Bem, eu era aluna nova, então formou um aglomerado em volta de mim.

–- Oi, novata! Qual é o seu nome? - perguntou uma delas.

–- Oi! Meu nome é Paloma. - eu disse isso repetidas vezes para muitas pessoas, mas nenhuma era Gleyce. Nem tinham as características dela.

Depois que o aglomerado se afastou, vi três garotas aproximarem.

–- Qual é o seu nome? - a garota que tinha o meu tamanho perguntou.

–- Paloma. - sorri.

–- Emily. - a garota parecia extremamente chata e mandona. Tinha longos cabelos castanhos claros acobreados e olhos verdes escuro acinzentados.

–- Vitória. - uma garota alta e morena falou desta vez, indiferente.

–- Gleyce. - AHÁ! Achei quem eu procurava. Ela empinou o nariz ao me responder, como se eu fosse algo desprezível.

–- Seja bem vinda. - uma delas falou.

As aulas se passaram como o vento, e cada vez menos, eu gostava daquelas três chatinhas.

Na hora de ir embora, esperei Augusto no mesmo lugar que ele me deixou.

–- Oi! - eu olhei para trás e vi um garoto alto, de cabelos castanhos e olhos cor de mel.

–- Oi!

–- Aluna nova? - ele sorriu lindamente. - Meu nome é James. - Ele estendeu a mão para me cumprimentar.

–- Sim! Paloma. - sorri e cumprimentei-o.

Naquele exato momento, Augusto chegou.

–- Tchau! Até amanhã. - eu sorri para ele.

–- Tchau.

Subi na moto, atrás de Augusto. Ele me levou embora para a montanha do outro lado do Lago. Ficamos conversando a tarde inteira. Ele era muito divertido. Olhei para o céu. A Lua estava surgindo, meus amigos saíram de suas barracas para se transformar. Ana fez um "chá" com wolsfbane, para que nossas forças ficassem reduzidas. Cada um tomou um gole, quando Augusto bebeu, ele vomitou sangue.

–- Você vai se acostumar. Não se preocupe. - Ele tentou beber outro gole. Esperamos mais um pouco, e ouvimos barulhos de ossos se quebrando, os meus também começaram a se quebrar. Passamos horas, e a dor aumentava. A última coisa que vi foi a Lua nítida no céu, e ouvi meu uivo, mas foi só...


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