Amor Eterno Amor escrita por AMariCA


Capítulo 3
Capítulo 2 - Malditos três anos


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Olha aí, nem demorei! Tô sendo muito motivada pelos reviews, e espero que continue assim porque como eu disse, não custa nada e não gosto de leitores fantasmas. :p Aproveitem o cap!



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“E, enquanto alguns os veem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam” (Jack Kerouac)

Ponto de Vista: Edward Cullen

Para a minha surpresa eu e minha filha Claire estávamos de cadeira de rodas, eu era desnecessário e ela simplesmente preferia a cadeira a muletas. Sua cadeira amarela, cheia de desenhos rosa, parecia mais um brinquedo que cantava músicas e andava só. É não parecia uma cadeira de rodas. Isabella empurrava minha cadeira como se eu fosse um deficiente físico e mental ao mesmo tempo. E Claire andava na sua cadeirinha automática. Eu me levantei, coloquei Claire no banco do carro, e fui no banco do carona (Isabella ia dirigir). Cadê minha masculinidade?

Finalmente chegamos a casa e claro que Isabella ficou impressionada com o tamanho. Eu não havia dado ordens a ela pra ir ao apartamento onde eu Claire morávamos, porque já que eu ia me ausentar um pouco da empresa e Claire da escola, pedi pra ela parar numa casa que eu tinha um pouco mais longe. Era enorme.

– Bom, eu vou em casa pegar umas coisas, e Claire? – disse carinhosa.

– Sim? – Claire ficou envergonhada.

– Fique no sofá com o seu pai e não o deixe sair, está bem?

– Sim!! – minha filha respondeu empolgada eu ri.

– Ok, entendeu né, sr. Cullen?

– Sim, Isabella a minha enfermeira. – ela riu novamente.

– Talvez eu possa demorar um pouquinho, é meio longe... – eu assenti. Ela insistira que estava trabalhando e ia continuar com o seu uniforme, mas eu como seu paciente pedi a ela pra vestir roupas normais e era por isso que ela estava indo em casa. Além de ir pegar algumas coisas necessárias, claro. Afinal eu insisti que ela ficasse aqui, porque seria um tanque de gasolina da casa dela pra cá todo dia. E também porque eu queria ela perto.

Estava quase quicando de felicidade porque ia ter alguém aqui e isso era muito bom. Nem que fosse por um tempo.

Passou-se duas horas, a Isabella minha enfermeira ainda não havia chegado. Eu consegui que Claire me deixasse ir pegar alguns doritos e refrigerantes de cola, porque eu sabia que ela amava doritos, então ela cedeu. Isabella (minha enfermeira, eu já disse isso?) chegou e estreitou os olhos pra nossa comida. Claire surtou se escondendo debaixo do meu braço. Claro que ela estava com vergonha porque me deixou levantar. Eu ri alto.

– Foi por uma boa causa, Isabella. – eu justifiquei.

– Tudo bem, só estava olhando quantas porcarias... Pode me chamar de Bella, sr. Cullen – assenti, não ia dizer “Pode me chamar de Edward” porque sr. Cullen era tão... sexy na voz dela. Mas, pensei que “Edward” seria ainda mais sexy. – Você pode me chamar de Edward, Bella.

– Ok, Edward.

– Claire, meu amor, você não quer descansar um instante? Como foi essa queda?

– Não posso contar. – ela se assustou de repente.

– Claire, eu sou seu pai. Você vai esconder do seu pai? – fiz voz de ressentido.

– Não. – ela baixou a cabeça. Minha garotinha dava vontade de apertar.

– Então conte.. – ela demorou um pouco.

– Eu estava no escorregador, daí é uma filinha pra subir as escadas do escarregodor – ela errou a palavra – e então, era a minha vez e tinha crianças atrás de mim esperando. Só que ai quando eu ia descer, uma menina me empurrou e eu caí fora do brinquedo. – Bella abriu a boca em “O”. Seus olhinhos castanhos estavam mais brilhosos do que nunca e suas sobrancelhas juntas, como se estivesse com pena.

– Quem foi essa maldita menina, Claire? – me descontrolei. É claro que Bella ia censurar a minha frase, mas ela ficou calada porque achava que não tinha direito disso.

– Deixa pra lá, pai...

– Por enquanto – dei ênfase – eu vou deixar, agora você vai dormir. – peguei ela no braço e não olhei para Bella. Dessa vez sabia que ela censuraria. Coloquei minha filha na cama, e dei um beijinho na testa.

– Boa noite meu amor.

– Boa noite, papai.

Como todos os dias, fechei a porta cuidadosamente e fui para a sala. Bella havia sentado no sofá agora.

Não sei o que estava dando em mim. Eu só queria puxar Bella, abraça-la e dizer-lhes “obrigado”.

– Por que você sempre está assim? – fui direto e nem pensei quando fiz a pergunta. Merda.

– Assim como?

Ela parecia uma bonequinha assustada, triste, magoada. Era tão bonita. Raramente via uma mulher assim. Quase sempre eram mulheres feitas, corpulentas, que queriam pisar em todos os homens, que se achavam superiores. Bella não. Bella era frágil. Parecia tão pequena diante das pessoas, tão... quebrável. Ela era como um diamante. Brilhava com sua beleza diferente, mas ela era frágil, e sensível.

– Tão... frágil. – e quando eu disse isso, tinha a certeza que ela ia se levantar, dar um tapa na minha cara, me chamar de todos os nomes possíveis, dizer que eu tinha que arranjar outra enfermeira e “como eu pude ser tão idiota?” típico das mulheres.

– Eu... Não sei. – ela ficou mexendo nas mãos, olhando para baixo. Oi? Nenhuma tapa? Nenhum insulto?

– Sabe, Bella, vai ficar tudo bem. – me aproximei.

– Eu não sei se vai. Já faz tanto tempo que sou assim... Posso me abrir pra você? – Ok, eu levei a frase em duplo sentido. Porém ela podia se abrir de qualquer jeito, se é que você me entende.

– Claro. – tentei ficar com uma expressão compreensiva.

– Bom, quando eu tinha dezessete anos-

– E quantos anos você tem agora? – interrompi. Merda.

– Vinte e quatro. – meus olhos saltaram das órbitas.

– Hmm, ok, prossiga.

– Eu namorava um cara, Peter. E eu continuei namorando ele, ele era carinhoso, legal, atencioso... Até meus dezenove. Nos meus dezenove, minha mãe me aconselhou a casar com ele, já que estávamos há muito tempo bem, e não tínhamos nenhum problema. Quase não tínhamos. A gente casou. Ele sempre era bem humorado, e a gente não transava muito. Tipo, que homem fica bem humorado o tempo todo sem sexo? Homens são máquinas de sexo. – ela disse descarada. What? - Eu estava grávida aos vinte, grávidas são espertas, nunca duvide disso. E comecei a desconfiar dele. “Trabalhava” demais. Como eu ainda estava nos quatro meses, ainda podia trabalhar. Eu desconfiava mesmo dele, estava começando a achar que não conhecia o homem com quem eu morava, com quem havia me casado. Cheguei do trabalho, naquela noite havia um plantão, mas eu estava com muitos enjoos e então eu tive que ir pra casa. Era isso, ele tinha aproveitado o plantão pra ficar com a casa só pra ele. E quando eu abri a porta, lá estava ele, com uma loira incrivelmente peituda, e muito artificial enroscando-se nele, enquanto ele roncava. Deu nojo. Eu não o amava de verdade, mas me deu nojo. Nojo porque até mesmo antes do meu casamento com ele, ele me traia. Nojo porque ele teve coragem de quebrar regras de matrimônio, e o que acabou comigo foi o simples fato de eu sofrer um acidente, e perder o bebê. O meu bebê. E ver tantos no hospital, sua filha, me lembra tanto ele... – ela chorava silenciosamente, só via as lágrimas no seu rosto. Tive que abraça-la.

– Bella, sinto muito. Não fique triste. Não vale a pena sabe. Um dia você vai arranjar outro marido, vai descobrir e achar alguém que te ama, e então como ele amará você de verdade, vocês poderão criar um filho. Ter um. E vai ser perfeito. – não sei porque eu imaginei eu, Claire, Bella, e um bebê. Tentei tirar a imagem da cabeça, mas era perfeita demais.

(...)

Bella e eu ficamos horas conversando, rindo, chorando de rir, com a barriga doendo. Parece até que somos amigos há anos, cara. Bella estava um pouco mais feliz e eu cantava vitória com isso. Era 1h da manhã e a gente tava no sofá, meio sentado-deitado.

– Tá com sono, Bella?

– Um pouquinho. – ela bocejou.

– Vem, vou te levar até teu quarto.

Oh, merda. O quarto dela era provavelmente no outro lado do mundo. Ok, não seja exagerado. Do outro lado da mansão. Subi muitas escadas com ela, e aleluia, chegamos ao quarto dela.

– Bom, boa noite.

– Boa noite. – não sei se era intimidade demais, mas depois de tanto conversar, senti que devia fazer alguma coisa. Um beijo na bochecha ou sei lá. Mas só mantive a mão no seu braço e saí, indo pro meu quarto.

(...)

Toc toc toc.

Toc toc.

Acordei. Sério que Claire queria algo às... Olhei pro lado meu relógio no criado-mudo. 3h da manhã? Fui abrir a porta.

Puta merda.

Claire não queria nada. Porque não era a Claire. E sim a Isabella, de roupa de dormir. Um vestidinho branco com rendas, e bolinhas pretas. Era tão infantil e tão... sexy. Quantas vezes eu já disse sexy?

– Oi? – falei um pouco confuso. Será que ela queria me estuprar? Caralho, to com sono mesmo. Mulheres não estupram.Ela estava com seu lençol um pouco agarrada, sei lá.

– Eu tô com medo. Eu ouvi um barulho. Essa casa é muito grande... Tem algum quarto aqui mais perto?

Realmente, uma mulher dormir sozinha praticamente numa pequena rua, era horrível.

– Bom, aqui perto não tem, ma-

– Tudo bem, voltarei a dormir. – ela saiu rebolando. Mas ela não rebolava por querer, o andado dela já era assim e era meio... fofo. Dei dois passos rápidos e segurei o braço dela.

– Você pode dormir aqui.

– Aqui onde? – quase quis revirar os olhos. Ela era muito inocente.

– No meu quarto.

– Ah, nã-

– Isabella, seu psicológico irá cada vez mais escutar coisas e pensar coisas se você for para aquele quarto.

– Tudo bem. – ela aceitou sem hesitar andando rápido pra dentro do meu quarto. Awn. Controle-se, você é um homem. Ela se aninhou de lado na minha cama e colocou um pouco do lençol abaixo da cabeça, e um pouco entre as pernas. Awn. Merda.

Deitei na minha cama e fiquei de lado também. Oh, cara, eu estava a três anos sem uma mulher na minha cama. Três anos! Isso me deixava meio... Merda.

Controle-se, Edward. Controle a porra dessa sua vontade de fazer sexo, ainda mais com Isabella, sua enfermeira.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Acharam que deveria ter algo? Ou tá certo assim mesmo? Acham que Edward está indo devagar? E isso é certo? Contem a opinião de vocês! Comentem o que acharam, e suas críticas, é bem aí abaixo e não vai cair sua mão!
Beijos leitores, até a próxima!