Are You Mine? escrita por Clove Flor


Capítulo 22
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eu sei.
Cinco meses, é, eu sei.
Vou falar a verdade, gente: pra mim, o último capítulo abrangia tanta coisa que já servia pra mim como encerrado JFBJFBBHÇF SIM
Quando eu fui ver há um tempo atrás quanto tempo que eu não postava, levei um susto! Aconteceu tanta coisa, gente. Fui transferida de novo.
Mas dessa vez, pra perto de casa. Vou pra Campinas! To feliz, até. É difícil ficar recomeçando toda hora, mas podia ter sido bem pior.
ENFIM GENTE, esse é o meu epílogo. Um encerramento mais digno pra vocês.
/////
LEIAM AS NOTAS FINAIS POR FAVOR POR FAVOOOOOR



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Epílogo

POV Narrador

— Ok, então o que temos aqui?

Annie cruzou as pernas sobre o colchão de sua cama, arrastando os seus olhos verdes curiosos pelos pacotes de doces espalhados no lençol. As três garotas haviam comprado quilos e quilos de besteiras para comerem durante a madrugada que se estenderia naquela noite na casa da Cresta.

— Cheetos! – Clove gritou, agarrando o pacote azul em um abraço forte ao encontrá-lo em meio da bagunça. A mãe de Clove havia achado uma ótima ideia a tal festa do pijama e a deixou ir sem ponderações – antes de claro, verificar secretamente com a mãe da anfitriã se era mesmo esse o destino da saída da filha –.

As três se encontravam sentadas na cama de Cresta e já fazia algumas horas desde que riam e jogavam conversa fora. Tinha tempo em que não se reuniam para alguma diversão e, apesar dos acontecimentos passados, decidiram dar uma chance à amizade. Nunca era tarde demais para se reconciliarem, não é?

Elas pensaram que o clima seria estranho. Que iriam olhar uma para a cara da outra e pensar novamente se estavam no lugar certo com as pessoas certas. Mas como, no mundo todo, elas poderiam escolher qualquer amizade que não fosse a delas? Nada poderia separá-las. Elas se escolhiam todos os dias e não pretendiam deixar de fazer isso tão cedo.

Katniss encheu a boca com minhoquinhas de goma no exato momento em que seu celular começou a vibrar sobre sua coxa. Seus olhos se arregalaram e ela mostrou a tela bloqueada com o nome de quem a estava ligando. As duas amigas gargalharam e incentivaram:

— Engole logo essa merda e atende o telefone! – Clove a apressou.

— Não, não, deixa que eu atendo! – Annie agarrou o celular das mãos de Katniss e aceitou a chamada. A morena se desesperou, abanando as mãos na procura do aparelho de volta, mas Annie havia se levantado da cama e começado a andar pelo quarto. – Oláá, Mellark...

Clove riu ao ouvir a tentativa de voz sensual da Cresta.

Annie?

— Eu mesma. Escuta, a Kat esqueceu o celular aqui comigo, ela deu uma saidinha com o Gale, você sabe como é...

— Anabelle Cresta, devolva o meu...! – a morena correu até a amiga, se lançando em cima dela e arrancando o aparelho de suas mãos. Ao recuperar o celular, deu meia volta e tentou normalizar a voz – mas estava sorrindo: – Oi Peeta.

O loiro gargalhou do outro lado da linha telefônica. Clove riu também ao ter o retorno da amiga sobre a cama, lhe dando um tapa leve nas pernas:

— Cruela! – sussurrou para a Cresta. Annie deu de ombros, com um sorriso nos lábios enquanto enfiava alguns doces na boca. Estava se divertindo com a amiga em um provável relacionamento com o Mellark. Alguns meses atrás, nunca teria apostado neles. Talvez todos os acontecimentos tenham originado algum amor...

Amor. Era complicado para as duas amigas solteiras pensarem nisso. Como algo suposto para tranquilizar poderia causar tanta dor? As duas haviam sofrido tanto por conta disso... Não que a vida de Katniss nesse assunto tenha sido excepcional – aliás, Peeta estava sendo seu primeiro em tudo. Mas Cato? Finnick? Já tinham muita história.

Cato ainda tinha chance. Depois de tudo, como não teria? E Clove ainda nutria sentimentos especiais por ele.  No fim, saberiam que ficariam juntos.

Mas Finnick? Não era mais uma opção. Annie, por mais que amasse o garoto da praia, não iria conseguir carregar todo o seu passado sobre os ombros. Talvez não fosse pra rolar, mesmo. Tem horas que o amor não é suficiente.

— Voltei. – Katniss apareceu, sentando-se no colchão junto com as amigas. Tinha um sorriso bobo brincando nos lábios e seus cabelos estavam bagunçados, algumas mechas caindo sobre seu rosto - talvez pelo esforço em recuperar o celular. Havia tempo em que não a viam tão animada com determinada situação e rezavam para que essa felicidade permanecesse para o resto de sua vida.

Houve uma troca de sorrisos entre Annie e Clove antes das duas alcançarem seus travesseiros e baterem repetitivas vezes em Katniss.

— Gente! – a morena gritava em meio das risadas e travesseiradas que levava, tentando se esquivar para alcançar o seu também. – Vocês vão amassar todos os doces! – ela ria, mas não se importava com isso realmente.

Logo o quarto foi inundado pelas risadas e gritos das meninas.

[...]

— Garotas?

A voz baixinha de Clove inundou a escuridão do quarto às 4:30 da madrugada. As três amigas ignoraram seus colchões estendidos no chão e se apertaram na cama de solteiro de Annie, não querendo ser separadas. A noite era sempre quando os pensamentos as atormentavam e as lembranças voltavam, e era bom sentir que não estavam sozinhas. Era bom sentir que o aqui e agora era real.

— O quê? – Annie e Katniss sussurraram. Ainda não haviam dormido também.

Annie se encontrava entre as duas garotas, apertada, mas acomodada com o calor que vinha do corpo das amigas. Ela não queria que saíssem dalí. Podia sentir a respiração de Clove batendo em seu ombro enquanto a esperava falar.

— Obrigada. – começou, um pouco tímida. – Eu sei que... aconteceu muita coisa e... – a voz da mais baixa começou a embriagar. – e eu agradeço com todo o meu coração e alma pela amizade de vocês.

— O sol continua nascendo lá fora, Clo – Kat disse, carinhosa. – Não podemos viver cada dia com ressentimentos.

Annie se virou para Clove, a abraçando. Com isso, Katniss deitou de frente para as costas da mesma e esticou seus braços até encontrarem o corpo encolhido da mais baixa do outro lado.

— Eu amo vocês, não importa o quê – Annie sussurrou. – Sempre estiveram do meu lado quando precisei. Sempre me apoiaram a superar os meus problemas. E nunca, nunca nessa vida vou encontrar palavras suficientes pra agradecê-las.

Katniss fungou, tentando disfarçar os olhos que começavam a marejar.

— Boa noite, meninas – desejou ao fechar os olhos.

E, dessa vez, sabia que não teria pesadelos.


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Notas finais do capítulo

//
Eu quero agradecer, galera. Essa fanfic me acompanhou por muito tempo, muito. Eu me lembro quando pensei em criá-la e, realmente, faz MUITO tempo. Eu não acho que hoje em dia ainda esteja no momento "febre" das fanfics. Mas eu acho que o meu tempo escrevendo sobre Jogos Vorazes acabou, e me aperta o coração dizer isso.
Sempre foi mais fácil escrever fics de JV porque os personagens já estavam criados. Eu já tinha uma base. Mas agora vou me arriscar e tentar originais e, quem sabe, postar aqui.

Quero agradecer de novo. De verdade, parece que eu não to dando a mínima pra isso, mas eu realmente estou e eu amo cada um de vocês que tirou um tempinho do que estavam fazendo para ler. É muito precioso e importante pra mim.
Galera, eu espero encontrar com vocês de novo. De verdade. Me adicionem nos favoritos, se quiserem, para receberem notificações de novas histórias minhas!
Um beijo grande pra minha Katniss, meu Peeta, minha Clove, meu Cato, meu Gale, minha Annie, meu Finnick. E um beijo maior ainda pra vocês ♥

//
lembrem-se: todos merecem um final feliz.



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