Magic Mirror escrita por Juliet Rivers


Capítulo 5
Felizes Para Sempre


Notas iniciais do capítulo

Hehehe, esse é o último capitulo da fic gente! Espero que tenham gostado bastante porque pra mim foi bem legal escrevê-la!
Enjoy~~



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– Não. – Minha voz saiu estrangulada. – Não! Len! Leeen! – Eu bati repetidamente no espelho, chorando e gritando até perder o fôlego. – Len! – Bati novamente e o espelho rachou. Meu choro parou no mesmo minuto e meus olhos se arregalaram. – Não... Por favor... Mesmo que você não tenha mais magia, eu não preciso de nada disso. Volte...

– Rin-sama! – A governanta irrompeu pela porta e veio até mim. – Encontrei você. Venha, você tem aula de violino hoje. – Ela disse como se nada tivesse acontecido.

– Espere. Você não estava preocupada? – Indaguei confusa.

– Com o que?

– Eu sumi por dias.

– O que? – Ela riu. – Rin-sama, acho que seus remédios estão fortes demais. Vamos.

– Eu não quero. Não estou me sentindo bem. Quero dormir. – Ordenei e ela assentiu, suspirando.

Permiti que ela me levasse até o meu quarto e deitei na cama de dossel, sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto, adormecendo rapidamente.

***

– Rin-sama, você deveria se arrumar para o baile. – A governanta entrou lentamente no meu quarto, apoiada em uma bengala. – O que está fazendo? Desenhando?

– Sim. – Respondi sem mover meus olhos do rascunho.

– Quem é o garoto? – Indagou e um sorriso se formou em meus lábios.

– Meu primeiro amigo. E meu primeiro amor. – Declarei e ela riu levemente.

– Imaginei que fosse, você o desenhou várias vezes. – Ela pegou alguns dos meus desenhos antigos, todos ilustrando o mesmo garoto loiro de olhos azuis e roupas medievais. – Mas você deveria estar se aprontando.

– O baile só será à noite. – Reclamei, finalmente me virando para a senhora de setenta anos à minha frente.

– Mas será uma ocasião importante! Seu aniversário de dezoito anos! Imagine quantos pretendentes poderão estar aqui hoje! – Contra argumentou e eu fiz uma careta.

– Nenhum me interessa.

– Mas você precisa se casar logo. Ou quer manchar o nome de sua família?

– Tudo bem! Eu já volto. – Saí correndo do quarto e desci as escadas, andando pelas ruas movimentadas em direção à praia.

Seis anos se passaram desde o dia em que tudo acabou. E desde aquele dia eu continuo polindo o espelho, sem nunca conseguir consertar a rachadura. E desde aquele dia eu nunca mais vi Len.

“Escreva seu desejo em um pedaço de pergaminho, coloque-o em uma garrafa e jogue-a no mar que ele se realizará.” Me lembrei de suas palavras e repeti o mesmo desejo que fazia todos os anos, colocando a garrafa na água e observando enquanto ela ia embora, empurrada pela corrente.

Me sentei na areia e fiquei olhando as ondas até o sol se pôr.

– Que boba. É claro que não iria se realizar. – Falei para mim mesma, me levantando e voltando para casa.

Deixei que me banhassem e que arrumassem meus cabelos, agora muito mais longos enquanto eu continuava com a expressão vazia e os olhos tristes, olhando para o mar.

– Rin-sama. – Ouvi me chamarem e me virei. – Azul ou verde? – Uma das criadas me perguntou.

– O azul marinho. – Respondi apontando para meu vestido preferido, uma réplica quase perfeita do vestido que eu usei quando dancei com Len pela primeira vez.

– Muito bem. – Ela me vestiu e colocou o colar de pérolas que combinava com meus brincos, no meu pescoço, sorrindo para mim. – Você está linda.

– Obrigada. – Agradeci fingindo um sorriso.

Saí do quarto e desci as escadas, cumprimentando meus pais e alguns dos membros da alta-sociedade com quem eu já estava familiarizada.

– Com licença senhorita, me concede uma dança? – Um homem de aproximadamente vinte e quatro anos me cutucou e eu o cumprimentei, permitindo que ele me conduzisse até o centro do salão, onde alguns casais dançavam uma valsa lenta.

Eu sabia muito bem que ele era um dos meus pretendentes, um dos preferidos do meu pai, aliás. Rico, vinha de uma família que era dona de uma relojoaria famosa. Não havia nada de errado com ele. A não ser pelo fato de que ele não era Len.

A valsa acabou e logo outra começou, senti suas mãos se soltarem das minhas e ouvi uma voz estranhamente familiar chegar até meus ouvidos.

– Posso interromper? – Ergui os olhos e meu coração perdeu uma batida.

– É claro. Com licença. – Ele se foi e um rapaz alto de cabelos loiros o substituiu.

– Me concede a honra desta dança? – Ele fez uma leve reverência e eu o imitei. Eu não conseguia ver seus olhos, mas ele parecia...

– É claro. – Respondi e ele colocou sua mão em minha cintura. Começamos a girar em círculos pelo salão e eu sentia como se estivesse voando.

– Você melhorou. – Ele comentou e minha mente ficou branca. A dança acabou e eu fiz uma mesura breve. Estava quase me virando quando ouvi alguém se aproximar.

– Príncipe Len! É um prazer enorme e uma honra para nós por você ter vindo até aqui. – Meu pai disse. Eu congelei no lugar e ouvi uma risada atrás de mim.

– O prazer é meu. – Ele respondeu. Eu me virei e encarei os olhos azuis que se pareciam com os meus.

– E hoje é seu aniversário também! Isso é uma feliz coincidência. – Minha mãe comentou e ele sorriu.

– Concordo plenamente.

– Bem, se nos der licença... – Meu pai fez uma rápida reverência e se foi, acompanhado de minha mãe. Eu continuei congelada no lugar com os olhos arregalados e a boca aberta.

– Você voltou. – Eu disse com lágrimas nos olhos.

– É claro que eu voltei. – Len riu e eu joguei meus braços em seu pescoço. Ele retribuiu o abraço e beijou minha testa.

– Mas espere... como? Eu pensei que... Como você conhece meus pais? – As perguntas saltaram da minha boca e ele sorriu.

– Eu explico depois.

– Com licença, posso ter a atenção de todos? – Meu pai pediu no alto da escadaria, ao lado de minha mãe. – Eu e minha esposa estamos extremamente felizes de anunciar o casamento de nossa filha, Rin com o Príncipe Len.

Todos bateram palmas e começaram a dizer parabéns para nós dois. O choque foi tão grande que eu não conseguia nem responder. Ergui os olhos e vi seu sorriso.

Len me guiou até a sacada, onde ele me explicou tudo o que tinha acontecido. Quando eu quebrei o espelho, de algum modo a maldição foi quebrada e ele foi transportado para esse mundo também. De algum modo, todos conheciam ele e o reconheciam como príncipe. Depois de alguns meses até ele me encontrar, ele e meu pai tiveram uma rápida conversa, na qual ele disse que me amava e pediu minha mão em casamento. O que meu pai obviamente concordou no mesmo segundo. A festa era, na verdade, para anunciar o noivado.

– Mas porque você nunca me contatou nesses anos? – Eu perguntei.

– Porque eu tinha várias coisas para resolver antes que pudesse vir até aqui.

Eu ri alto e ele me abraçou.

– Mas agora você está aqui. Isso é o que importa. – Declarei e ele beijou meus lábios.

– Eu amo você, Rin.

– Eu também amo você.

*

Em algum lugar distante, em uma praia quase vazia, uma garrafa com uma mensagem dentro chegava à areia. Um pescador abriu o objeto e pegou o pedaço de pergaminho dentro do mesmo, lendo o que estava escrito em voz alta.

Desejo ver Len mais uma vez.”


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Notas finais do capítulo

Ficou mais curtinho, mas eu já sabia que a fic ia ser pequena, espero que vocês tenham gostado.
Comentem o que gostaram e o que não gostaram para que eu possa melhorar okay?
Arigatou gozaimasu minna!
Kisussssssssss