Megumi Honma (HIATUS) escrita por Manu


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

A inspiração veio do nada. Se gostarem, por favor, peço que comentem! ^-^



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Sempre que vejo olhos azuis me lembro dela. Impossível não se lembrar daqueles cabelos de cor extremamente clara... Aquele branco acinzentado que era distribuído por todos os fios de cabelo dela, fios estes que ficavam suspensos e mais lindos a cada vez que ela rodopiava, sorrindo e brilhando, sempre iluminada pela luz do sol... É inesquecível. Ah, o sol... Até ele me faz lembrar dela. Menma. A mais bela flor do meu jardim, que teve de partir e deixar seu grupo, os Super Peace Busters, vivendo sem ela.

Ainda lembro quando ela se tornou um espirito, apareceu justamente para mim, me “atormentando” a cada dia que passava. Meu pesadelo de verão me chamava várias vezes, e mesmo depois de tanto tempo, sete anos exatos, continuo com a lembrança da voz dela na minha mente chamando meu nome “Jintan! Jintan! Jin-tan!”.

— Jintan! — Gritou Naruko no meu ouvido, acordando e retirando-me dos meus devaneios. — A aula já vai começar! Poxa, quantas vezes vou ter que te chamar?

— Ah, me desculpe Anjou. — Falei limpando os olhos. — Eu só... Acho que estou um pouco sonolento.

Ela suspirou.

— Um pouco sonolento? Jinta, você tem estado assim à semana inteira... Tem certeza que não tem trabalhado demais?

— Tenho...

— Tem dormido cedo?

Ela já ia começar...

— Tenho...

— Certeza?

— Sim... — Soltei um riso. Anjou sempre faz perguntas demais quando está preocupada, é incrível como ela consegue ser gentil, sempre. — Juro que estou bem, Anjou... É só fraqueza matinal.

O professor entrou na sala, colocou suas coisas na mesa e logo partiu para a lousa.

— Ok alunos, abram seus cadernos e comecem a copiar, porque hoje temos muita matéria para rever...

Eu e Naruko colocamos nossos cadernos na mesa. Estamos fazendo pós-graduação na mesma área, curso e classe. Até hoje não tenho certeza se ela gosta mesmo do que estudamos ou só faz o curso para que fiquemos juntos. Ela é muito boa em todas as matérias, por isso eu não faço o custo de me questionar sobre isso.

— Tem mesmo certeza? Será que finamente aquele monte de besteiras que você come todos os dias não estão fazendo efeito?

— Mas é claro que não! — Afirmei sorrindo. — Se fosse para elas fazerem tanto “efeito” assim como você diz, não acha que isso já teria acontecido?

— Ainda não aconteceu nada, mas tenho quase certeza que um dia vai. E quer saber? Nem espere que eu omita o meu “eu te disse”, porque esta será a primeira coisa que eu direi. — Disse, fazendo um bico maior do que o de qualquer pato.

Fiz uma careta, simulando que eu estivesse pasmo com o que ela disse e, segundos depois, nós dois rimos baixinho.

— Jintan, Naruko... — O professor chamou atenção.

— Tá, tá... — Falei abrindo meu caderno e começando a escrever.

Na hora do intervalo, jogando Nokemon e com um pirulito de framboesa entre os lábios, esperei Naruko por alguns minutos no corredor, ela tratava no momento de alguns assuntos escolares com o professor Yoshida.

De repente uma garota que corria com vários livros nas mãos esbarrou em meus pés e tomou o maior tombo. Abaixei-me para ajuda-la a pegar seus livros.

— Não deveria correr assim por ai... O piso dessa faculdade é liso demais, derruba qualquer um por livre e espontânea vontade. — Falei brincando.

Ela riu e eu olhei para ela. Então foi ai que eu percebi. Percebi que ela usava óculos, um vestido branco, era magrela, muito branca e... Tinha olhos azuis.

— Minha mãe sempre me diz para não sair correndo por ai, mas não tem jeito. Isso já virou uma mania minha... — Ela deu um sorriso torto coçando a cabeça.

— É... — Falei distraído. Percebi então a cara de bobo que estava fazendo e balancei a cabeça. — Digo... Você... Você deveria tentar mais fazer o que sua mãe diz. — Entreguei os livros a ela. — Quero dizer... Mães sempre sabem o que dizem, o que pensam, fazem... A minha mãe costumava fazer ótimos biscoitos antes dela... Bem, os biscoitos eram ótimos, uma pessoa que eu amava muito que já partiu deste mundo uma vez tentou fazer igual, mas não deu muito certo, o gosto ficou horrível e... Desculpe-me a falta de educação, esqueci-me de perguntar, qual é seu nome?

A menina riu e então percebi que eu estava falando rápido demais. Na verdade, um sentimento estranho tinha tomado conta de mim naquele momento, acelerando meus batimentos cardíacos de tal modo que as palavras saiam emboladas da minha boca, uma atrás da outra. Eu não entendia muito o porquê, mas aquela garota... Algo nela me fazia voltar a agir como antigamente, nos meus dias de infância. Talvez... Talvez fossem aqueles olhos.

— Honma Me...

Fiquei paralisado por um segundo.

— Menma? — Chamei instantaneamente.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura ♥.



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