She'd Fly escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 25
Epílogo — Se ele tivesse voltado.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Sei que demorei para postar o epílogo, mas tive alguns problemas em casa e a escola estava me matando. Sinto muito mesmo! Então... sobre o capítulo anterior, mesmo eu tendo colocado nas notas finais que, se fosse para fazer críticas, que estas fossem construtivas, algumas pessoas ignorantes não entenderam. De qualquer jeito, não me importa, PORQUE EU TENHO AS MELHORES LEITORAS DO MUNDO! Fiquei muito feliz com os comentários que recebi no último capítulo de sdf (não todos, mas a maioria, é claro). Vocês são lindas demais!!! Sei que não respondi, MAS EU VOU, PROMETO. Me desculpeeeeemm mesmo, eu vou responder até o final da semana. Se vocês estão no último ano do e.m, vocês compreendem a correria que é e a pressão para passar numa Universidade Federa, então, por favor, só preciso de um tempinho livre e aí venho correndo responder!
Obrigadaaa a todos que leram. Falei um monte ainda nas notas finais, não deixem de ler!
E, ah sim, comentem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/450868/chapter/25

Abril de 2009.

Bella.

O clima de Seattle estava péssimo, afundando cada vez mais na depressão que pareceu assolar essa área de repente. Minha mãe se espelhava nele, o rosto tão tempestuoso e escuro quanto as nuvens e o quarto, sempre sombrio. Eu não estava surpresa por isso. O final era tão iminente que a minha mente já alertava que eu não tinha o direito de ficar triste, já havia sido avisada com antecedência.

Mas eu estava bem. Mesmo. Nenhuma tristeza sobre-humana me atingia. Em compensação, fazia um tempo que eu não sorria por vontade própria. Todos os sorrisos que eu soltava eram para Esme ou Alice que tentava me animar da melhor maneira possível. Funcionava de vez em quando, no entanto existiam horas que eu simplesmente queria me isolar em meu quarto e ficar o resto do dia com o rosto enterrado dentro de um travesseiro qualquer.

Eu não estava deprimida. Só cansada.

O horário da Universidade era esmagador e tudo que eu conseguia desejar quando chegava a minha casa era dormir pela tarde toda e estudar de noite, após ter feito o jantar que eu forçava Renée a comer. Ela sempre rebatia me perguntando o porquê de eu não estar comendo também. Eu apenas dava de ombros e dizia que iria comer mais tarde.

Eu não estava tentando me matar de inanição, a fome simplesmente me fugia de vez em quando. Acho que foi essa falta de fome que fez minhas costelas começarem a aparecer, assim como o osso de meu ombro. Quando me vi no espelho pela primeira vez desde que emagrecera, tudo que eu consegui pensar era que Edward detestaria esse corpo. Mas quem se importava para o que ele pensava? Não eu. Ele tinha ido embora. E iria embora dos meus pensamentos o mais breve possível também — pensar nele doía, eu sempre me lembrava do nosso bebê. Não, meu. Meu bebê.

Eu me revirei na cama, choramingando pra mim mesma ao perceber que não podia procrastinar. Estava atrasada para a universidade e eu certamente não queria ouvir pela milésima vez o sermão que a professora de Literatura Nacional me daria. Ela era uma ótima pessoa e dizia que se preocupava comigo, por isso falava tanto sobre a hora em que eu chegava toda segunda-feira — o pior dia para se levantar cedo.

Antes de sair, chamei Renée, observei-a tomar café da manhã e bebi uma xícara de café quente apenas para estar mais desperta. É claro que minha mãe reclamou do meu apetite — ou da falta dele, nunca se sabe —, mas ela não se prolongou no assunto, apenas suspirou e disse que eu deveria me cuidar. Eu deveria me cuidar como ela não fizera consigo — ela acrescentou para ela mesma. Fingi não ter escutado, abaixando-me para dar um beijo carinhoso na cabeça de Dean que abanava o rabo em expectativa.

— Desculpe-me, garotão. — Disse para ele. — Agora não dá. Que tal de uma hora da tarde? — Propus.

Seus olhos brilhantes não se tornaram mais opacos de decepção, então presumi que a resposta era positiva.

Eu conhecia o caminho para a Universidade de Seattle decorado, por isso meus pensamentos voaram enquanto eu dirigia para fora da estrada, voltando para minha casa e deitando-se na minha cama. Estava tão cansada! Apesar de ter dormido nove longas horas, eu me sentia mais enfadada do que antes. Talvez fosse a minha alimentação negligente, mas o que eu poderia fazer? Eu não sentia nem um pouco de vontade de me forçar a comer.

Angela estava sentada no nosso lugar de sempre e seus olhos ansiosos e sorridentes me diziam que tinha alguma grande novidade que ela estava querendo me contar e mal podia se conter para isso. Era bom, sabe, ter amigos mais animados que você. Ela e Alice eram as pessoas que mais me fazia sorrir ultimamente ao contar as suas aventuras românticas que me arrancavam sorrisos incrédulos. Embora eu também sentisse falta desses tipos de aventuras, não sentia inveja delas. Ao contrário: ficava feliz que elas tivessem alguém que não iria embora.

Eu me ressentia por Edward ter ido embora. Eu me ressentia como o inferno. Quero dizer, no último dia em que ele esteve aqui, eu sorri ao lhe dizer que estava tudo bem. Eu ficaria bem. Mas as coisas tomaram um caminho que eu não previa, eu fiquei assustada quando comecei a ter náuseas, indagando-me como eu iria cuidar sozinha de um bebê. Foi nessa hora que o meu ressentimento tomou níveis inimagináveis.

Fiquei revoltada que ele tivesse ido embora e mesmo assim estivesse ainda tão presente em mim. Dentro de mim. Mas depois, fiquei feliz que ele tivesse ido embora. Porque o bebê era meu. Somente eu teria a dádiva de ver seu rostinho e saber que aquela coisinha pequena tinha o meu material genético. Ele nunca saberia como era segurar um filho seu em seus braços… Talvez tenha sido esse egoísmo que me fez perdê-lo.

Eu nunca saberia.

O dia foi normal e eu estava exausta assim que acabou. Para acabar mais ainda comigo, caía um chuvisco grosso e constante sobre Seattle e eu havia esquecido o meu guarda-chuva. Tinha como ficar pior? É claro que tinha. Sempre há um jeito de piorar coisas. Melhorar, por outro lado, é diferente.

Edward estava lá, na saída. Perto do meu carro quando eu saí para o estacionamento, encolhendo-me debaixo do casaco e espirrando. Eu parei no meio da chuva, estatelada e pensando que tinha enlouquecido de uma vez por todas. Edward estar em Seattle era tão inacreditável! E, por incrível que parecesse, eu não estava feliz. Tudo que eu conseguia sentir era a dor esmagadora ao ver aqueles olhos pressionados por causa da chuva — do mesmo jeito que, no meu sonho, ficava os de Henry quando ele sorria. E o cabelo… Era demais para mim.

Dei-lhe as costas, os soluços já reverberando dentro de mim. Eu queria me trancar dentro do banheiro feminino e ficar lá até ele ter desistido de me esperar sair. Eu não queria vê-lo, eu não queria escutar a voz. Eu não queria nada de Edward Cullen.

— Não! — Ele exclamou e eu pude escutar os seus passos pesados no chão molhado. — Bella, eu preciso falar com você. Por favor!

Pus-me a correr mais rapidamente. As lágrimas que caíam quentes por meu rosto, porém, impediam que eu fosse mais rápida que ele.

— Bella! — Ele agarrou o meu pulso.

— Me solte! — Gritei.

Meu cabelo ficou úmido de água da chuva, colando-se ao meu rosto e a minha roupa.

— Olhe, eu só preciso que você me escute por um minuto. Só isso. Só estou te pedindo um minuto.

— Eu preciso que você me solte e me deixe em paz. — Eu deveria ter soado exasperada, mas a minha voz não passou de um sussurro patético.

— Eu sei sobre o bebê. — Ele disparou.

Edward comprimiu os lábios e pressionou os olhos, tentando protegê-los dos chuviscos violentos da chuva. Eu não tinha escutado o que ele tinha dito, eu não queria assimilar as suas palavras que haviam sido tão claras.

— Me deixe em paz, Edward. Eu só preciso disso.

— Você não quer conversar ou saber como sei sobre isso?

— Não. — Sussurrei. — Sinto muito.

Ele soltou o meu pulso e tencionou o seu maxilar. Eu hesitei antes de passar por ele, erguendo meus olhos só mais uma vez para apreciar o seu rosto que parecia incrivelmente mais másculo. Embora quisesse chorar por meu bebê em seus braços, o meu orgulho era maior que isso e não me deixava realizar tal proeza.

— A gente pode se falar depois? — Ele perguntou.

Respirei tremulamente e disse:

— Sim.

A primeira coisa que eu fiz ao chegar a minha casa foi encher a banheira com água quente e me afundar nela quando ela estava completamente cheia. Chorei tudo o que eu tinha de chorar, o rosto encostado nos meus joelhos. Chorei mais do que deveria, é verdade, mas eu estava muito melhor quando eu decidi sair. Meu rosto estava vermelho e meus olhos estavam inchados, no entanto as lágrimas tinham secado. Eu não teria uma crise de choro na frente de minha mãe.

Eu estava bem. E ficaria mais ainda quando Edward fosse embora.

Prendi meu cabelo em um rabo-de-cavalo assim que ele enxugou e me revirei na cama por duas horas. Até decidir que eu não conseguiria dormir naquele dia. Culpa de Edward. Era incrível como tudo era culpa dele.

Troquei as cortinas de todos os quartos, passei aspirador na casa e a minha inquietação fez Renée sair do quarto para dizer que faria o nosso jantar. Seria macarronada. Eu sorri largamente e assenti. Pelo menos uma coisa boa havia acontecido no dia que tinha tudo para ir de água abaixo.

Eu simplesmente não entendia o porquê de Edward ter voltado! Ele deveria ter ficado na Califórnia já que gostava tanto de lá, não precisava ter voltado apenas por causa do meu bebê. A sua presença ou as suas palavras não mudariam nada! Tudo já tinha acontecido. Era impossível que houvesse algum conforto em sua presença. Eu não via nenhum, pelo menos.

Mas é claro que ele não sabia disso. Edward nunca soube muito bem respeitar as minhas decisões — ele sempre vinha atrás de mim depois de alguma burrada, ele nunca me deixava respirar e ir procurá-lo. E isso me irritava profundamente. Eu queria pensar com clareza, longe de todos os efeitos mentais que ele me causava.

Eu estava terminando de lavar a louça enquanto minha mãe procurava algum filme para assistirmos, então a campainha tocou. Um sorriso involuntário nasceu em meu rosto, já que era Alice quem costumava me visitar naquela hora, trazendo consigo novidades de tirar o fôlego sobre Jasper e o namoro saudável que tinham. Ela parecia tão feliz com ele que eu não conseguia ver algum defeito em sua ida para Paris.

Eu estava sorrindo ao abrir a porta, mas o sorriso morreu imediatamente quando notei que Alice nunca cresceria tanto de um dia para o outro. Era o seu irmão que estava parado à minha porta e ele carregava uma coroa de flores em sua mão. Hesitei, sem saber o que falar. Detestava o quanto eu me sentia desconfortável perto dele naquela hora.

— Você ainda tem aquela que eu te dei no segundo ano? — Ele perguntou, estendendo a coroa azul e branca em minha direção.

Eu assenti.

— Pegue. — Edward estendeu mais uma vez.

— Edward, eu… — Passei uma mão pelo meu cabelo, suspirando.

— Eu sei que o seu “depois” não é agora. — Disparou. — Eu apenas… Eu apenas preciso falar com você, por favor. Só falar. Não aguento saber que…

— Eu já estava superando isso sem você. — Falei.

— Mas eu não.

Eu o olhei, sem saber o que falar mais uma vez. Desviei os olhos para os meus pés e hesitei antes de levantá-los para olhar Edward que se balançava em seus próprios tornozelos. Ele parecia tão nervoso e perdido que quase ergui minha mão para tocar o seu rosto que estava tão próximo. Era só se inclinar um pouco, esticar os meus dedos… Não, eu não podia.

— Eu não vou voltar para Califórnia, Bella. — Ele disse, por fim. — Eu não quero passar mais tempo algum longe de você. Preciso de você, esse tempo fora foi insanidade.

Eu desviei meus olhos mais uma vez.

— Sinto muito por nosso bebê. — Sussurrou ele e estendeu a mão para tocar o meu rosto. Deixei que ele o fizesse, já derretida.

O jeito que ele falava “Nosso bebê” fez os meus olhos marejarem e em milésimos de segundos ele me puxou para o seu peito, quase adivinhando que eu estava prestes a ter uma crise de choro. Edward me segurou firmemente, afundando seu nariz em meu cabelo. Eu envolvi meus braços com tanta força ao seu redor que fiquei surpresa por ele não ter pedido para que eu amenizasse a pressão.

Desde o começo, era aquele abraço que eu ansiava para ficar bem. Não importava se ele tinha ido embora. Quando se ama alguém como eu amava Edward, não é necessário nenhum esforço hercúleo para deixar no passado tudo de mal que tinha nos acontecido.

— Sinto muito por não ter estado aqui quando você mais precisou de mim. Sinto muito, Bella. Eu sinto muito. — Repetiu.

Eu assenti e solucei, apertando meus olhos para que eles parassem de liberar as lágrimas descontroladas.

Apesar de ter tentando ser resistente, eu conhecia Edward. Eu sabia quando ele era sincero e quando não era. E, naquele momento, sua voz nunca esteve mais franca. E ele estava me abraçando com tanta força. Eu nunca queria sair daquele aperto consolador e confortável. Sentira tanta falta e agora não podia soltá-lo. Nunca mais.

— Eu não vou mais embora, eu prometo. — Sussurrou avidamente. — Me perdoe.

— Sim. — Apertei-lhe ainda mais em meus braços. — Sim.

Ele beijou os meus cabelos e pegou meu rosto entre as suas mãos firmes, erguendo-o até encontrar os meus lábios. Aquele foi um dos melhores beijos que ele tinha me dado.

Edward me explicou que pedira transferência para Seattle e que demorou um pouco até conseguir. Ele lera a carta que Alice o mandara, relatando de minha gravidez e de meu aborto involuntário. Desde então, ele fizera de tudo para conseguir vir a Seattle o mais rápido que conseguia com uma culpa que mal lhe deixava respirar.

— Mas não se preocupe. — Ele sussurrou para mim, alguns dias depois de ter voltado, o rosto enterrado em meus cabelos, sua voz preguiçosa soando clara perto de meu ouvido. —, nós ainda teremos outros. Encheremos toda uma casa de filhos.

Eu sorri.

— Você pensa que eu sou o quê? Uma coelha?

— Não, só minha futura esposa.

Edward se afastou para conseguir me olhar nos olhos. E ele estava tão certo…

— Quero que seja minha noiva. — Disse ele, colocando uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha e sorrindo ternamente para a minha expressão chocada. — Não ache que essa decisão é impulsiva, porque não é. Pensei muito sobre isso ultimamente.

Ele tateou seu criado-mudo até achar uma caixinha branca de veludo. Meu coração disparou quando eu a avistei.

— Diga alguma coisa, Bella. — Ele pediu. — Estou começando a achar que você vai negar e sair correndo do quarto.

Eu sorri, abaixando meus olhos.

— É bobagem sua pensar isso. — Murmurei. — Eu aceito, Edward. É claro que eu aceito.

O anel que ele me deu era de prata com pequenas pedras em toda a sua extensão fina. Era lindo e eu nunca sorri tão largamente quanto eu fiz quando ele o encaixou em meu dedo anelar da mão direita, inclinando-se para me beijar logo em seguida.

Eu não queria nunca me separar dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beeem, é isso. Eu poderia escrever sdf pra sempre e nunca iria me cansar, porque, sabe, eu nunca me apeguei tanto a uma fanfic quanto aconteceu nessa e... e... é isso. Acabou. Obrigada quem acompanhou e comentou e foi linda nos reviews! Vocês não sabem o quanto eu sorri na frente do pc por culpa de vocês!
Um obrigada especial a Briane que sempre foi minha incentivadora pra postar tudo que eu escrevo! Bibs, vc é a melhor amiga ever! Todo mundo deveria ter uma amiga como você! Srsly, e eu não tô falando isso porque é o final do meu bebê e tô super sentimental... ok, talvez seja, mas ISSO É SÉRIO, OK? Desculpa por estar sem tempo! Te amoooooo, sua b do gaylor! hahah.
E, vocês, leitoras, sem vocês eu não estaria aqui. Obrigada A TODAS . Mas eu queria deixar uma observação especial e grata para a Lana Alice Stile que enxergou sdf com tanta perfeição e clareza... Você, sem dúvida, conseguiu descrever tudo quando falou "E sabe qual é o problema de matá-los? As pessoas os amavam.". Obrigada pelo review, sua linda! Eu não sei nem o que falar.
E também quero deixar uma observação para as pessoas que foram ignorantes e até chegaram a me xingar: era melhor não ter comentado nada, sabe? Não que eu me importe com as palavras, mas, sinceramente, ninguém é tão frio para não se sentir, no mínimo, ofendido. E... SDF ainda é MINHA. Eu que passei meses escrevendo, nada mais justo que colocar o final que eu queria (e que se ajusta melhor, obviamente).
E, ah, sim, eu sei que algumas pessoas falaram que não iriam ler mais nada meu (HAUSHAUSHAUSH), mas acho que vou postar uma próxima fanfic. Somente talvez. Nada muito certo.
ENFIM, OBRIGADAAAA POR TUDO, VOCÊS SÃO LINDAS E EU VOU SENTIR FALTA DE POSTAR PRA VOCÊS! BEIJOS, até breve, sim?
Se alguém quiser falar alguma coisa que não dê por comentário, pode vir na MP.
Comentem, sim?