Como você me encontrou? escrita por Kethy


Capítulo 4
Merda, preciso comprar mais Nuttela.


Notas iniciais do capítulo

Não me matem... Não vão eu sou diva demais para isso. Disse que ia postar sexta, mas não deu até por que... Vocês não precisam saber o motivo u.u Mas bem esse cap vai ser menos entediante talvez posto o proximo quer saber não direi nada por que pode dar errado, aproveitem e o Hiato não vai rolar não só um susto... tava até pensando em exclui-la ontem.



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Levantei-me e consegui me equilibrar. Jack agarrou minha cintura e me puxou de volta para o banco. Eu não tinha muita opção a não ser sentar, caso contrario estaria com a cara enterrada no chão.

–Onde pensa que vai? – disse calmo, mas me olhava furioso. Astrid cruzou os braços e bateu a ponta do pé no chão repetidamente. – Olha Astrid não sei se você entendeu então serei claro. Eu não quero conversar com você nunca mais. – disse como se explicasse para uma criança.

Astrid comprimiu os lábios e trincou as dentes. Jack passou o braço por meus ombros e sorriu sarcastico.

–Agora poderia nos dar licença? Está atrapalhando. - disse ainda com o sorriso.

Ela olhou para mim furiosa se virou e correu de volta para o prédio. Se fizesse isso com certeza teria minha cara gravada na pedra ou ficaria sem meus dentes. Estão se perguntando por que eu não uso um suporte de outro material?

Bem encomendamos um de plástico: Congelou, trincou e por fim quebrou. Um de madeira: Empenou. Metal com Antiderrapante: funcionou por uma semana até acumular neve entre elas e congelas me fazendo cair mais facilmente. Não era só eu que caia alguns desafortunados também escorregavam, mas não com tanta frequência.

Então acabei por usar o de metal tentava me equilibrar, o que dava certo quando eu me lembrava de fazê-lo. Eu sempre me esquecia disso e caia inevitavelmente.

–Sem duvida ela é irritante. – disse ele tirando o braço de meus ombros. Não sei, mas até tinha esquecida que o braço estava ali.

–Ela parece querer me matar. – disse. – Mas nem fui eu que brinquei com a Barbie dela.

Ele riu, sim odeio essa garotas de colégio que acham que tem idade para dar pro mundo todo. Fala serio, vá pedir sua mãe uma boneca nova e pare de me encher o raio do saco.

–Quer nada. Ela só é fresca e além do mais se ela tentar eu te protejo. – disse ele brincando com os flocos de neve que ainda caiam.

–Isso se ela não te matar primeiro. – ironizei. Ele sorriu.

–Gostei de você, Hic. – disse aumentando o sorriso.

Eu senti meu rosto esquentar e sorri de volta. O sinal desnecessariamente alto tocou e ele se levantou em um pulo. Ficando de pé e esticando os braços como se espreguiçasse, se virou pra mim com um sorriso largo.

–Quer ajuda? – perguntou esticando o braço em minha direção.

Pensei em recusar, mas eu já havia caído hoje. Resmunguei um “hum” e segurei sua mão. Andamos devagar e meio afastados, mas eu me apoiava em sua mão. Cambaleei o que chamou atenção dele.

–Você não tem jeito mesmo. – disse e soltou minha mão e a passou pela minha cintura me juntando a ele. Eu até iria resistir, mas apenas devo ter ficado rosa.

Soltei-me dele assim que entramos no prédio. Péssima ideia o chão perto da porta ainda era escorregadio então andei devagar, já conseguindo andar normalmente. Ele riu e caminhou do meu lado. Começou a falar algo sobre eu comer, não prestei atenção.

Todos já encaminhavam para as salas. Alguns olhares indiscretos nos seguiam, e ele não calava a boca, não estava acostumado com aquilo. Era muito desconfortável na verdade. Chegamos à sala depois de sobreviver ao corredor. Astrid me fuzilou com os olhos depois sorriu maliciosa e voltou a conversar, não entendi aquilo.

Me sentei e Jack também, ele brincava com um palito de gelo que por incrível que pareça não derretia em contato com seus dedos. Por falar nisso me lembrei e tirei as luvas o choque térmico foi ruim, mas era preciso.

~*~

No final da aula ele me pediu meu numero de celular e também me deu o dele. Pode parecer estranho, mas ele era a primeira pessoa que não era parente meu em meus contatos: Mãe, pai, cafeteria e Jack. Lobo solitário, com orgulho tá? “Mentira...” Calada voz interior.

Estávamos do lado de fora e ele sorria eu não sei por que, mas acabei sorrindo também. Ele se virou e começou a andar.

–Te chamo mais tarde. – disse sem olhar para trás.

Virei-me e comecei a andar de volta para casa meio atordoado. “Então é assim que é ter um amigo?”. Entrei em casa e fui recebido calorosamente por Banguela que com certeza queria comida. Eram 15:30h Nancy chegaria em uma hora.

Acho que não preciso dela, afinal era só para ver se eu estava bem não era? “Estou vivo agora vá embora!” Me livrei dos agasalhos. Estava com fome, deixei o caderno em um canto e me dirigi para a cozinha. Comi um pedaço de torta de cereja que estava ali.

Minha mãe costumava trazer pra casa o que sobrava da cafeteria então sempre tinha algo assim. Era legal isso por que eu sempre chegava com fome do colégio. Sentei-me no sofá e Banguela sentou ao meu lado e tentou pegar minha torta. Me levantei e coloquei comida para ele e desci outra vez.

Comecei a comer a torta passeando pelos canais da TV até chegar a um que me interessasse. Parei em um que falava sobre os perigos de ficar soterrado no gelo, mas troquei rapidamente já entediado escolhi um filme qualquer. Comia o pedaço de torta sem prestar muita atenção ao filme.

Depois de um tempo chequei o relógio no cano esquerdo superior da tela já eram 16:45h. Banguela desceu ruidosamente e começou a latir. Gritei algumas vezes para que ficasse quieto o que não adiantou nada. *Ding-Dong* a campainha tocou ele latiu mais alto ainda.

Me levantei a contra gosto e acariciei Banguela que parou de latir. Abri a porta e uma garota meio gordinha com os cabelos vermelhos e volumosos e um sorriso bobo, os olhos verdes mais pra marrom.

–Oi! – disse sorrindo calorosamente. – Ethan não é?

–Sim, mas pode me chamar de Hiccup. – disse tentando sorrir. Ela franziu o cenho.

–Está bem. Vim ficar com você. – disse animada.

–Sim, entre. – disse abrindo espaço para ela passar.

Ela entrou e tirou o casaco e o cachecol colocando eles no porta casaco. Olhou em volta.

–Bela casa. – disse ela. – Então o que quer fazer? – disso se virando para mim.

Serio isso produção? Será que disseram a ela que eu tenho 8 anos? Mas acho que ela perceberia por que ela é apenas alguns centímetros mais alta que eu.

–Acho que você já notou que eu posso-me se virar bem sozinho e que você está aqui por que meus pais se preocupam demais. Então vou ficar no meu quarto. – disse acho que fui grosso e Banguela lambeu minha mão. –Ah e este é Banguela. – disse indicando o cachorro.

–Ai que lindo, é um Terra Nova não é? – disse se agachando e acariciando atrás de suas orelhas.

–É sim. – respondi.

–Nunca tinha visto um com os olhos desta cor. – comentou.

–Heterocromia. – disse.

–Ah entendi. Bem se acha que ficará bem. – disse se levantando.

–Sim e pode ficar a vontade na cozinha e na sala. – disse indicando o sofá e a estante de livros e a TV é claro. Ela se sentou no sofá cama que estava aberto. – Então vou pro meu quarto.

–Está bem. – disse dando mais uma olhada em volta e suspirando. – A tenho que me preocupar com visitas? – perguntou.

–Não, eu não tenho amigos, Nancy. – disse. Ela me olhou por alguns segundo e depois sorriu tristemente.

Subi as escadas devagar e Banguela veio logo atrás de mim. Quando cheguei ao meu quarto que estava um tanto bagunçado com roupas e sapatos no chão. E a cama desorganizada pensei em dormir, mas liguei o computador. Olhei o preço de um livro que queria, depois abri meu deviantart.

Responder aos comentários era a coisa mais social que eu fazia. Não tinha dito, mas desenho e na maioria das vezes Banguela, mas desde que me mudei para cá comecei a desenhar paisagens e coisas relacionadas tipo neve e arvores cobertas com ela.

Logo pensei em desenhar a garota que estava na sala. Peguei o que precisava e desci, ela estava ainda sentada no sofá cama, mas agora mexia no telefone quando me viu sorriu e abaixou o celular. Quando reparou no Ipad franziu o cenho.

–Oi, eu queria saber se posso te desenhar. – disse me sentando na poltrona ao lado do sofá cama.

–Me desenhar? – perguntou.

–Isso. –respondi abrindo meu álbum no Ipad e lhe entregando. Olhava cada imagem sorrindo largamente.

–Desenha muito bem Hiccup. – disse me devolvendo ele. –Você pode me desenhar. Eu tenho que fazer alguma pose? –perguntou.

–Não, apenas continue o que estava fazendo. – disse.

–Está bem. – disse reerguendo o celular.

Comecei a desenhar, o cabelo foi um tanto complicado os cachos caiam sobre os ombros, mas não passavam deles. (Pense no cabelo dela como o de Merida de valente, só que mais curto e vermelho cereja.) Os olhos ficavam mais claros com a luz do aparelho, e notei que ela tinha sardas mesmo que poucas. Terminei em aproximadamente 20 minutos.

Quando mostrei a ela disse que amou e me pediu para envia-la e também pediu meu numero de celular, passei e pegando o seu numero também e enviando para ela o desenho. Conversamos até as 17:40h mais ou menos. Levantei-me e preparei o jantar macarrão com queijo e carne moída.

Comemos juntos. Um tempo depois de me ajudar a lavar e guardar a louça disse que tinha que ir.

~*~

*Na Porta*

–Então te vejo amanha Hiccup. – disse me dando um beijo na bochecha. Tomara que meu rosto não esteja rosa.

–Até. – consegui dizer.

Começava a escurecer. Fechei a porta. Me lembrei que tinha dever de casa, maldito Bocão era química, sou péssimo em química. Se você acha que por não ter amigos eu era um nerd aplicado está muito enganado. Era um aluno normal ou quase eu não era idiota como eles "Ah não, vai nessa.". Enquanto fazia lembrava a conversa com Nancy.

Ela tinha 20 anos, morava sozinha, namorava um cara chamado Spencer (Estava assistindo Icarly.com U.U) E trabalhava de meio período na cafeteria dos meus pais. Fazia faculdade de psicologia. Ela era legal, minha mãe disse que ela era irritante, mas eu não achei.

Então pensei que por ela fazer psicologia meus pais iam querer que ela conversasse comigo. Pois saiba que de mim não vai conseguir nada. Eu realmente nunca contei aos meus pais sobre nada, nunca pensei que talvez eles se preocupassem, mas nada de importante acontecia que podia ser noticiado.

Quando terminei já era 20:00h , três deveres em uma segunda ninguém merece. Peguei o Ipad e olhei o desenho de Nancy, ela era muito bonita, ela não era gorda, mas também não era magra, era fofinha. Meu telefone tocou atendi sem nem ver quem era.

–Alô? – perguntei.

–Oi, querido! – exclamou a voz do outro lado da linha que eu reconheci ser da minha mãe. – Está tudo bem ai?

–Sim está. – disse fingindo animo.

–Desculpe não ter ligado antes, problemas com o hotel, mas agora já nos ajeitamos aqui. Nancy veio? – mudou de assunto.

–Veio, eu até desenhei ela e ela não é irritante mãe. – disse me jogando no sofá cama e Banguela se deitando ao meu lado.

–Ela é sim, fala igual pobre na chuva, e sempre pergunta coisas sobre Nova York. – disse. Eu presumi que minha mão respondeu todas às vezes. “Eles falam inglês também querida.”

–Você não acha que ela está apenas interessada em saber como é a vida lá? Dê um tempo para a menina. – Disse.

–Ela que me dê um tempo. Ah querido tenho que ir, beijo. – disse apressadamente a ultima frase e desligou.

Que tedio, Liguei a TV e voltei a passear pelos canais é até engraçado que nada em 130 canais me interessa. Acabei parando em um filme com neve, como se já não bastasse toda que eu via por dia. “Um resgate abaixo de zero” era o nome, sabe aqueles filmes de cachorro para te fazer chorar.

Abracei banguela e sussurrei “Não morra nunca amigão”. Sinceramente só de pensar nisso já me dava vontade de chorar, mas me contive. Meu celular vibrou no meu bolso o que me chamou atenção, ele não costumava fazer isso. Peguei e o encarei. Nova mensagem: Jack. Estava na tela. Desbloqueei.

Oi : De Jack 21h25min

Oi : Para Jack 21h26min

Tenho péssimas noticias... : De Jack 21h27min

O que houve? : Para Jack 21h27min

Astrid está interessada em você... : De Jack 21h27min

Como assim? : Para Jack 21h28min

Ela quer seu corpo nu com Nuttela. : De Jack 21h29min

Merda terei de comprar Nuttela. : Para Jack 21h29min

... : De Jack 21h29min

Você que começou. : Para Jack 21h30min

Mas eu não estava brincando. : De Jack 21h30min

Hum... : Para Jack 21h31min

Você não acredita não é? : De Jack 21h31min

Não. : Para Jack 21h32min

Você é teimoso. : De Jack 21h32min

Só um pouco. : Para Jack 21h32min

Tenho que ir, boa noite. : De Jack 21h33min

... : Para Jack 21h33min

Esse palhaço, a primeira pessoa que fala comigo em meses é ele mereço. Argh os deuses me odeiam, enterrei a cara em uma almofada fria.

“O que eu estou fazendo voz interior?”.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo já falei com vocês más bem oque e ia dizer? Vesh esqueci, então sobre a troca de mensagens eu nunca mais faço isso é um saco, mas bota saco nisso, bem espero que tenham gostado, próximo sai... Se tiver no minimo 10 comentários (aprendi com a Kahekili hahahaha) mas bem deve de ter no ultimo teve... eu acho. Como sei que vocês não leem isso aqui xau pra quem leu.