Cold Heart escrita por Autora desconhecida


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiie gente, muito obrigada pelas reviews, vocês são demais!
Mais um capítulo fresquinho, fotos dos personagens no final.
Espero que gostem, nos vemos nas notas finais :)



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Olhei em volta e estava no sofá da sala, passei a mão em meus cabelos tingidos de vermelho e levantei-me ainda com a visão turva. Dei de cara com a janela, batendo o nariz no vidro. Gemi de dor e vi a escuridão da noite nublada.
Subi as escadas tropeçando em tudo no caminho, entrei em meu quarto e joguei-me na cama.
Pensamentos.
Virava pra lá e pra cá.
Perdi o sono.
Xinguei-me mentalmente por isso e fui tomar um copo de leite quente. O relógio da cozinha marcava 04h50min da manha. Abri a geladeira e não encontrava o leite.
Desisti.
O jeito é contar carneirinhos mesmo.
E quem disse que adiantou?
Já eram 09h00min da manha e eu não havia pregado os olhos...

**

– Emma acorda o café ta na mesa! - vovó bateu com força em minha porta fazendo-me dar um pulo de susto e bater a cabeça na estante.
“A vida é ótima comigo" - penso.
Talvez eu tenha cochilado uns 20 minutos. Olhei em meu celular eram exatamente 10h00min, dei de ombros e fui para debaixo do chuveiro.
Fiz um coque mal feito com preguiça de lavar o cabelo e aproveitei o calor do banho.
Me entupi de agasalhos, meias e afins, pois ainda não tinha me acostumado com o clima gelado dessa cidade.
Desci. Dei um beijo em vovó que fazia o café. Thiffany lia uma revista qualquer, falei um mísero bom dia pra ela e não obtive resposta.
– Vó, onde está meu pai?
– Foi na padaria, querida - assenti e peguei meu prato lotado de bacon, como eu amo isso.
– Peter veio aqui ontem - comentei olhando para minha avó.
– Que bom Emma, faz tempo que não falo com ele. Como está sua família? - Não sei vó, não nos falamos muito...
– Entendo, logo vão estar como antes, rolando na lama do meu quintal - riu com as lembranças me deixando um pouco triste.
– Falando em velhos tempos, a senhora lembra-se do Derek? - perguntei receosa. Minha família nunca gostou dele por ser "o tipo de cara errado".
– Infelizmente, porque Emma?
– Ah, o Peter disse que ele vai dar uma festa hoje, e eu queria saber se posso ir... - meu tom de voz era quase nulo.
– Por mim tudo bem, querida. Mas pergunte ao seu pai também - assenti com a cabeça e continuei a comer.
Minha vó sempre foi mais liberal, já meu pai é parecido com general da ditadura militar.
Lavei meu prato e subi as escadas o mais devagar possível, estava com muito sono.
Abri o guarda roupa para procurar uma roupa decente para ir a essa tal festa.
Não fazia a mínima ideia do que vestir.
Como posso achar uma roupa legal com esse frio?
Se estivesse na Califórnia era apenas pegar um dos meus vestidos ou alguma saia.
Será que as pessoas vão parecendo bonecos de neve para festas aqui em Londres?
Larguei o guarda roupa e fui perguntar pra quem entende dessas coisas.
Thiffany.
Por mais que a deteste, ela pode me ajudar.
– Thif? - chamei-a da ponta da escada.
– O que é Emma? - tirou os olhos da revista para fitar-me.
– Eu tenho uma festa hoje e...
– Você queria saber se eu posso te ajustar com a roupa, certo?
– Como sabe? - fiquei boquiaberta, ela apenas fez um gesto estranho querendo se gabar e subiu comigo até meu quarto.

**

– Não, brilho demais.
– Com certeza não, vai parecer um palhaço usando isso.
– Essa coisa ainda serve em você?
Foi o que eu ouvi a tarde inteira da loira patricinha. Já havia mostrado todas minhas roupas, e, no final, me arrastou para fazer compras no shopping.
Definitivamente, não sou a garota que gosta de fazer isso.
Minha mãe comprava todas minhas roupas...
– Preste atenção, Emma! Você fica enfiada nesses seus pensamentos e esbarra em todo mundo - reclamou novamente.
Passei a olhar as vitrines. Só havia roupas de inverno como esperado.
Thiffany me arrastou a uma loja enorme que nem prestei atenção no nome.
– Já sei exatamente como você pode ir.
São muitas roupas.
Muita gente.
Em um lugar muito grande.
Então decidi esperar sentada enquanto Thiffany se aventurava com mais esse bando de mulheres correndo atrás de pedaços de pano.

**

– Você está... Linda, perfeita! Também, olha quem é sua estilista - revirei os olhos enquanto Thiffany jogava os cabelos, gabando-se.
Já estava em casa, em frente ao espelho grande da sala. Encarava-me percebendo o quanto estava diferente.
Usava uma camisa de seda vermelha larga com as mangas dobradas, uma saia preta curta e colada em minhas pernas com uma meia fina preta com um gato desenhado nos dois joelhos, uma bota de salto não muito longa, fechada.
Definitivamente se fosse eu escolhendo minha roupa nunca passaria pela minha cabeça esta.
Passei a mão de leve em meu rosto que havia uma maquiagem carregada, sombra esfumada em preto, cinza e branco, delineador forte com um batom vermelho sangue.
Suspirei, e, por fim, reparei no meu cabelo que caia em ondas sobre minhas costas volumosos e chamativos com uma touca preta que realçava o vermelho de meu cabelo.
Já eram 9h15min da noite e eu suava frio pensando nessa festa.
Será que Peter me enganara e quando chegar lá só haverá eu e todos rirão da minha cara?
Ou vou passar a maior vergonha com essa roupa perceptível a 1000 km de distancia?
Mil possibilidades passavam pela minha cabeça deixando-me aflita.
Por fim, sorri para espelho tentando pensar coisas positivas e peguei minha bolsa em cima da mesa.
A casa de Derek ficava mais para o centro de Londres, um pouco longe da casa de minha avó, por isso, já estava no banco da frente do carro, esperando meu pai.
– Me liga quando eu puder te buscar, Emma. Não volte bêbada e não use drogas. Passo aqui no máximo 02h00min da manha viu, comporte-se.
Depois do discurso de papai, finalmente, sai do carro, e, de longe, encarei aquela bela casa.
Pedi para estacionar no começo da rua porque estava nervosa. Olhei para o lado e o carro não estava mais lá, agora não tinha como fugir.
Respirei fundo e fui em direção ao local, cantarolava uma música qualquer na cabeça pra ver se acalmava.
Por pura sorte (ou coincidência) Peter saia de um carro preto e potente, sorriu ao ver-me, fui ao seu encontro, mas, do nada, uma menina pula no seu pescoço agarrando sua mão.
Tranquei o sorriso e apenas disse um oi amigável para os dois.
– Achei que você não viria - indagou Peter, isso me ofendeu um pouco.
– Mas estou aqui, certo?! - forcei o sorriso.
– Claro! Ah, Emma, essa é minha namorada, Wendy.
Ela era baixa, mas com o salto de uns 20 centímetros que usava ficava bem maior. Loira tingida, olhos verde água claríssimos, corpão e um belo sorriso.
Me senti um lixo perto dessa menina.
Cumprimentei-a com um beijinho no rosto e Peter puxou-a para dentro da casa me deixando sozinha lá fora com cara de taxo.
Uma lagrima solitária escorreu até minha bochecha que tratei logo de limpar, ergui a cabeça e entrei naquela festa cheia de pessoas estranhas para mim.

"Não bebe isso Emma, você vai acabar se dando mal" - repetia a mim mesma encarando todas aquelas bebidas coloridas na minha frente.
"Uma só não vai fazer mal a ninguém, certo?"
Peguei o copo na bancada e cheirei a bebida que estava extremamente forte, cheirava a pura vodka.
Tomei um gole que desceu queimando pela minha garganta, mas logo fui acostumando.
Mais um copo.
E outro.
E mais outro.
Perdi a conta de quantos.
Só sei que estava me divertindo, e muito.

*******

Emma: (foto aqui)

Peter: (foto aqui)


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Notas finais do capítulo

Foi isso gente ;)
Gostaram dos dois? Espero que sim, qualquer coisa se der errado o link me avisem.
Mudei a capa, gostaram?
Deixem reviews, até o próximoooo ♥



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