Nathan acorda suando frio na madrugada, sua respiração é ofegante. Seus olhos ainda fechados, e a seu lábios chamam por meu nome. Sinto logo que era um pesadelo. O abraço e digo que tudo ficará bem, então ao abrir os olhos ele me beija como louco. Não saio, nem fujo dos seus beijos. Olho para o relógio rapidamente e vejo o ponteiro marcando 02:11, fecho meus olhos e volto a atenção. Em momento, ele olha para mim e vejo uma lágrima caindo de seus olhos.

– Eu te amo. - ele sussurra e me beija. - Muito.

Subitamente pulo para cima dele, e seguro meus cabelos. Beijos, beijos e beijos. A noite estava uma maravilha. Depois de tudo, durmo agarrada em seus braços, junto ao seu coração. Ele já estava acordado assim que despertei, me levantei, arrumei as coisas e ajeitei seu travesseiro.

– A noite foi perfeita! - ele diz, e deposita um beijo em minha testa.

– Concordo. - sorrio.

Saio para tomar café, e depois troco de roupa no banheiro. Volto para o quarto onde está cheio de médicos, Nathan chora com as mãos no rosto.

– Ele recebeu alta? - pergunto a um médico.

Ouço uma espécie de "ah" como se fosse por pena. Então me desespero. Um dos médicos me entrega um grande envelope, abro e leio o exame. Me sento na cadeira com as mãos geladas, não podia ser verdade.

– O que significa isso? - pergunto.

– Lisa...

– Fica quieto, Nathan! - falo, sendo grossa. - Me explica, o que tem com ele!

– Como diz ai, seu namorado após sofrer o acidente, ao ter a perna presa nas ferragens... ele, está paraplégico.

Choro como uma criança mimada. "Era para ter sido eu também, eu estava no carro. Porque ele?" penso "É tudo minha culpa." Saio correndo do quarto em busca de algum refúgio, e encontro o irmão de Alicia na entrada do hospital. Ele me segura sem entender nada.

– O que houve com você? Porque "cê" tá chorando? - pergunta, e me abraça.

Eu me sento em uma cadeira. Soluços interrompem minha fala.

– Foi diagnosticado.. Nathan, está paraplégico! - choro. - É tudo culpa minha!

– Não, não é a sua culpa. - ele diz. - Não mesmo, deixe me ligar para Alicia.

Ele corre, pega um pouco de água e vejo o falando no telefone. Logo, Alicia e Jeremy vem com correndo.

– Eu vim visitar meu amigo. - ele diz. - Eu vou lá! - e vai em direção ao quarto.

Alicia se senta ao meu lado, e me leva para casa. Ela consegue me tirar do hospital, e enfim durmo. Acordo a noite, ela ao meu lado tomando café na caneca.

– Oi amiga. - vai até a cozinha e me traz um cappuccino. - Toma, com bastante espuma.

– Alicia, eu não posso abandonar ele, não agora.. - digo.

– Eu sei que não, eu te conheço e sei que não vai deixa lo. - ela sorri. - Por isso liguei pro meu irmão, eles irão passar alguns dias, meses ou seilá quanto tempo aqui em casa.

Sorrio sem acreditar.

– Serão companhia na ida á faculdade e também você pode acompanhar o tratamento do Nathan. - diz. - Amiga, há esperança para tudo, e ele pode sim voltar a andar e vocês serem felizes como sempre. Mas... isso levará um tempo, mais quem disse que felicidade tem barreira? - eu a abraço.

– Eu te amo, obrigada. - digo.