Reprise...

Ele aproximou-se mais e colou nossos corpos, eu coloquei meus braços para me afastar dele, mas ele os tirou e colou ainda mais nossos corpos.

– Eu estou apaixonado por você Violetta.

Eu fiquei estática, eu não tinha o que dizer, mas tinha que sacar algo logo, eu não poderia ficar sem fala, mas sinceramente não sentia o mesmo por Vargas, eu não tinha ciúmes, eu não achava ele a última maravilha do mundo, por mais bonito que ele fosse, mas o fato de eu ter fugido dele, deve ter dado a entender isso.

– Violetta, quando te dei aquele beijo no velório da sua mãe, você resistiu por um tempo e depois num ato rápido me deu um chute em minhas partes íntimas, um tapa super forte e saiu correndo, ainda está dolorido - disse sorrindo de canto - mas eu não consigo parar de pensar em como você é linda, como você consegue me chamar atenção mesmo com essas roupas masculinas, como eu sinto falta de sua proximidade, mesmo não sendo tão próximos assim - pegou em minha mão - Eu te amo Violetta Castillo, te amo muito, e isso é algo que eu lutei para admitir, mas sinceramente não conseguia mais, eu não conseguia mais esconder, e estava estampado em minha cara.

Ele estava chegando perto de meus lábios e eu tentava me afastar, até que resolvi dizer algo.

– Eu não sinto o mesmo Vargas - falei olhando para o chão - Eu não te amo, me solte agora. - ordenei.

– Não vou te soltar, isso é mentira Castillo, você sente o mesmo por mim que eu sei, não minta. - disse ele revoltado.

– Não, eu não te amo, porque eu tenho que te corresponder? - disse arqueando as sobrancelhas - Já parou para pensar que nem todo o amor é correspondido? - disse irônica - Eu não entendo, como você achou que eu gostasse de você, se foi pelo fato de eu não querer ficar perto de você, enganou-se, apenas não te suporto, e tento evitar o máximo de contato com você.

– Definitivamente não te entendo Castillo - disse com olhar confuso - Estávamos começando a nos entender, a sermos amigos, e você sempre dava um jeito de me afastar, de me tirar de perto. Qual é o seu problema? - disse olhando em meus olhos.

– Não tenho problema algum Vargas, só o fato de você não saber ser apenas um amigo, e querer mais. - digo nervosa.

– Você acha que sentimentos podem ser controlados Castillo? - disse nervoso - Não, não se podem controlar sentimentos, eles simplesmente nascem e crescem a cada instante, e foi isso que aconteceu comigo, não foi nada planejado.

– Cala boca Vargas, agora me solta eu tenho mais o que fazer do que perder tempo com esse blá blá blá de sentimentos. - disse revoltada.

Ele me soltou com desgosto, mas quando eu estava caminhando ele me puxou pelo braço e colou nossos corpos.

– Já que não sente nada não vai se importar em me beijar não é mesmo? - disse irônico - E quero que me corresponda, se não sentir nada eu paro de te encher por um tempo, mas posso lhe dizer que não vou desistir fácil. - disse rindo.

– Não me importo Vargas - disse dando de ombros - O que espera? um convite? - digo irônica.

E então ele me beijou, sim eu correspondi, tenho que admitir que ele beija muito, mas muito bem, e eu não esperava isso, mas tudo bem, se concentra Violetta, ele aprofundou o beijo, e eu também queria mais, meu coração palpitava fortemente, eu nunca havia sentido aquilo, e parecia que se eu me afastasse dele, algo ruim aconteceria, como se ele fosse parte de mim mesma, mas que droga Castillo, você não pode sentir o mesmo pelo Vargas. Nos afastamos ofegantes, e seus olhos verdes esmeraldas brilhavam intensamente, eu nunca tinha visto seu olhar daquela maneira.

– E então Castillo, você também sente o mesmo, pude sentir seu coração pulsar, e sentir sua pele se arrepiar a cada toque - disse vitorioso.

– Isso porque a muito tempo não beijo alguém - disse tentando dar uma desculpa.

– Não me engana Castillo, você sente sim algo por mim, e mais cedo ou mais tarde vai admitir, por agora, eu quero mais é te beijar. - E assim foi, ficamos na sala trocando beijos.

–

POV. Fran.

Eu e Diego estamos muito bem, mas confesso que ultimamente deixei um pouco a Villu de lado, somente a Cami continua andando com ela porque também faz parte do grupo dos solteiros. Diego disse que tinha coisas a resolver, então, resolvi procurar a Cami e depois a Villu para fazermos o dia das garotas, logo encontrei a Cami conversando com um menino moreno (mais para mulato), vestindo roupas de griff, e ele me parecia estrangeiro, ela estava toda sorridente, me aproximei devagar, mas em vão, logo minha presença foi notada por ela.

– Ahh Oi Fran, é, esse é o Brodway, ele...

– Olá, sou do Brasil. - disse o garoto a interrompendo e beijando minha mão.

– É... Prazer, sou...

– Francesca - disse interrompendo.

– Sim, é, será que pode não interromper as pessoas? Isso é falta de educação - disse o repreendendo. - Preciso falar com você Cami, e tem que ser agora, podemos nos encontrar no shopping novo da cidade?

– Claro - disse alto - Estraga prazeres - disse baixinho para ninguém ouvir, o menino que estava a seu lado soltou uma gargalhada.

– Eu ouvi Cami. É bom se desculpar.

– Não Francesca, você quer tudo do seu jeito, mas que droga, você já tem seu namorado e não deixa os outros terem, porque agora você quer companhia? Deixa eu adivinhar, porque o seu namorado não está. É só por isso, nesses dias, só estamos eu, a Villu, e o resto dos solteiros, Maicon, André, Marco, e o único dos solteiros que a Villu faz questão que não esteja junto conosco é o Vargas. Finalmente encontramos pessoas legais para conversar, você sabe que quando chegamos aqui maltratavam demais a Villu, agora você nos troca pelo Diego, sinceramente esperava mais de você Fran, eu não esperava que trocaria suas amigas por um namorado, mas ok, pode ir lá com ele, já que esqueceu-se das amigas, e ate acho que a Villu nem vai querer papo com você. - disse Cami alterada.

– Como você é invejosa Camila - disse alterada - Você sabe que nunca troquei vocês por ele, apenas está corrido, e...

– E nada, quando ele não está você fica procurando ele, está um grude que só. Pare e pense Francesca, você não admite mas essa é a verdade. - me cortou.

– Se é assim que pensa, não podemos mais ser amigas.

– Ótimo, a verdade dói não é mesmo? - disse irônica - você está tão cega, e nós sempre tentamos te alertar, mas como você é cabeça dura, tem que quebrar a cabeça de vez em quando.

Saí de lá nervosa, por um lado sabia que estava errada, realmente tinha ficado mais tempo atrás do Diego do que com minhas amigas, mas por outro lado, Cami tinha que falar tudo aquilo na frente do garoto novo? Enfim, amizade rompida por bobagens.

(...)

POV. Naty

As coisas estão esquisitas, tudo muito quieto, muito parado, o silêncio tomou o colégio, e está quieto demais para o meu gosto, e em todo colégio tem suas desavenças, apesar de que ouço os alunos o tempo todo falarem mal da Violetta, de como ela se veste que nem homem, de como ela é ridícula, o que não é verdade. Tem algo além disso, e como fazia no outro colégio, vou investigar, afinal de contas eu amo investigar, amo escrever, tirar fotografias, e vou fazer A INVESTIGAÇÃO, será que descobrirei algo errado? ou são apenas paranoias? vou descobrir.