Minha Querida Psicóloga escrita por Lola, Nic Hale


Capítulo 3
Vela, festa e Marcos




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Chego ao meu apartamento morrendo de dor de cabeça, o dia foi muito cansativo, tiro a roupa e coloco um pijama, ligo o ar condicionado em uma temperatura agradável e me jogo na cama sem tirar a maquiagem nem nada. Acordo com alguém gritando no meu ouvido. Reconheço a voz imediatamente.

– Vá para o inferno, Manuela! – falo sem abrir os olhos.

– Nossa quanta educação! – desde quando ela sabe a senha da minha porta? Abro os olhos com um grande esforço. Dormir de rímel é péssimo! Manu está no pé da minha cama com um sorriso enorme no rosto. Me arrasto para fora da cama e vou para o banheiro. Quando me olho no espelho, levo um susto. Estou parecendo um zumbi. Meu cabelo está que nem um ninho, a maquiagem de ontem está toda borrada sem falar das olheiras enooormes.

– Você está horrível. - ela comenta.

– Obrigada, por falar o óbvio.

– Você esqueceu que combinamos de ir escolher os móveis pro meu restaurante hoje? – me esqueci de comentar que Manu é uma cozinheira de primeira e vai abrir um restaurante? Acho que sim. – Vá tomar um banho! – ela me empurra para o banheiro. Tomo um banho bem gelado para acordar. Lavo o rosto tirando toda maquiagem. Desembaraço o cabelo no banho mesmo, assim fica mais fácil de arrumar esses cachos castanhos. Quando saio do banho, visto um short jeans com uma blusa fresca, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, passo um brilho nos lábios e estou pronta.

Encontro Manu sentada no sofá da sala assistindo um desses programas de culinária que ela adora. Vou para a cozinha, abro a geladeira e pego uma jarra com suco de morango (meu favorito), coloco o suco em dois copos e entrego um para Manu depois tomo o meu.

– Vamos? – Manu pergunta, eu concordo com a cabeça, ela desliga a televisão e saímos de casa. Não vou entrar em detalhes como foi o resto da manhã, mas vou deixar bem claro que foi um tédio. Manu passou na casa do tal Felipe para pegar ele (no bom sentido, se bem que ela queria pegar ele do outro jeito), ele é arquiteto e vai ajudar ela a arrumar o restaurante. Eles passaram a manhã esquecidos de que eu existo, só ficavam conversando sobre a decoração/ namorando e indo de loja em loja olhando as coisas enquanto eu fiquei de vela. Só se lembraram da minha humilde presença quando eu comecei a reclamar que estava cansada e com fome. Eles concordaram que devíamos comer e passamos no drive-tour do Mc Donald’s da Hermes Fontes. Ok, eu ajudo minha amiga que cozinha super bem e ela nem pra fazer uma comidinha gostosa! Mas tudo bem, amiga são pra isso! Ajudar a manhã inteira e ter que comer um Quarteirão de queijo! Tá não foi tão mau assim, quem não gosta de uma fast-food de vez em quando? Manu me deixou no meu apartamento, quando entrei fui logo comer. Meu celular tocou quando eu estava desfrutando das minhas batatas e do meu hambúrguer, como considero a hora de comer sagrada, deixei tomar. Acabo de comer, vou lavar as mãos porque eu não sei comer um hambúrguer sem me sujar, e olho quem me ligou. Tem dez chamadas não atendidas de Sofia, uma putinha que vive dando o cú na esquina. Mentira, ela é engenheira e é minha amiga há séculos, adora uma festa e me arrasta para todas. Retornei a ligação já sabendo o que ela queria.

– Onde vai ser a festa de hoje? – perguntei assim que ela atendeu, ela me deu todas as informações e desligou dizendo que estava no salão fazendo as unhas e não podia falar. Quem está precisando fazer as unhas sou eu, elas estão horríveis! Saio de casa e vou para o salão especializado em unhas, Belas Unhas, é bem perto da minha casa por isso vou andando. Fico um tempinho no sofá da sala de espera enquanto leio um livro e depois sou atendida. Quando a manicure termina, pago e vou para casa. Me arrumo para a festa e passo na casa de Sofia para pegar ela.

Já na festa mal chegamos e já perco Sofia de vista, eu bebo um copo de whisky , procurando ela pelos cantos. Demoro um pouco para achá-la, mas quando a encontro prefiro não ter visto nada. Isso porque ela está se agarrando com um qualquer. Ela me vê, sorri, empurra o cara e vem cambaleando em minha direção. Já sei que ela bebeu demais.

– V-você ... deixa d-de ser tia...solteirona! Vá pegar alguém! – ela fala na melhor voz de bêbada que já vi. Demoro um pouco para entender suas palavras, mas assim que as assimilo dou um passo para trás.

–Você está bem?

– Maravilhosa! – e me abraça – Você é a melhor amiga do mundo! – ela começa a chorar.

– Sofia. Casa. Agora.

– Nãããão!Eu não querooo! – Ela fala como uma criança mimada e chora mais ainda. Então faço o que qualquer um faria: A arrasto até o carro enquanto choraminga. Sorte que eu tinha ido busca-la em casa, prevendo que ela ficaria bêbada e iria querer dirigir. A coloco com dificuldade no banco de trás e colocando o cinto. Ela cai para frente, mas resolvo deixá-la assim mesmo. Dirijo lentamente (eu também bebi, afinal). Olho meu telefone para checar onde as blitzs estão . Opa, tem no caminho da casa de Sofia! Parece que ela teria que dormir na minha casa. Estaciono o carro na frente do prédio, e ajudo Sofia a descer.

–Mas essa não é minha casa!

– Sério, gênia?

Vou puxando ela para o elevador mas ela tropeça e caí. Tento com o máximo de força que eu consigo levantar ela mas não funciona. Ela acaba pegando no sono e dorme no chão. Alguém pega ela e a carrega, levanto os olhos para ver quem é. Marcos, um cara que mora aqui no prédio, eu encontro com ele as vezes no elevador.

– Obrigada. – eu falo arfando, nunca imaginei que ela fosse tão pesada. Ele dá um sorriso. Nós entramos no elevador e eu aperto o número seis.

– Qual o seu andar?

– Não precisa. – fico confusa mas ok. Pouco tempo depois chegamos ao meu andar.

– Pode deixar que eu a levo. – falo.

– De jeito nenhum! – ele fala saindo do elevador. Digito a senha da porta me certificando de que ele não está vendo e abro caminho para ele passar com Sofia.

– Onde eu coloco ela? – fico tentada a dizer para ele jogar ela no chão mas não o faço.

– No meu quarto. – mostro a ele onde fica e ele a coloca com cuidado na minha cama. Saímos do quarto e ele começa a puxar assunto enquanto vai para porta, ele está esperando o elevador quando uma ideia me ocorre.

– Ei! Quer tomar alguma coisa?

– Pode ser. – ele diz dando de ombros mas pude perceber pela sua expressão que ele gostou. Abri o vinho e começamos a conversar. Não sei como aconteceu nem por quê. Talvez por causa da bebida que nos deixou meio “alegrinhos”. Em um minuto estávamos conversando e no outro ele me colocou contra a parede e começamos a nos beijar. Não posso negar que ele beija muito bem! Ficamos assim por um tempão até que ele teve que ir embora.


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Notas finais do capítulo

Estão gostando da história? Comentem! Próximo capítulo vai ser a inauguração do restaurante de Manu, quem vai escrever ele é Nic a coautora por isso não sei quando vai ficar pronto e quem vai narrar ele é Manu. Eu vou viajar então não sei quando vou postar novamente mas vou deixar um capítulo especial programado para o Natal. Beijão!



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