Dear Revenge escrita por Ryan Brooke


Capítulo 6
Meus Pais


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE mais um capítulo. Desculpa pessoal, é que minha internet tá muito ruim =X Mas enfim, aí está o capítulo! (=



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Deitada, observando as estrelas, Taissa ainda pensava na proposta que Amy vem fazendo há dias. A ajudar a se vingar de Abbey como? Ela esperava que não fosse algo completamente maníaco e mortal, afinal, qual seria o tipo de vingança adequado contra alguém que sempre te fez sofrer? Pensando bem, algo maníaco e mortal servia.

Naquele exato momento, seu telefone começou a tocar. O número que aparecia na tela não era familiar, mas mesmo assim ela atendeu.

– Alô?

– Tai, eu preciso da sua ajuda! – a voz era familiar.

– Liss? Como sabe meu número?

– Amy me passou.

– Fantasmas têm telefone? – deu uma risadinha.

– Pelo visto sim. Mas falando sério, eu estou muito confusa, preciso mesmo da sua ajuda. – pela sua voz podia-se notar o medo.

– O que aconteceu? – perguntou.

– Hoje, durante o jantar, Amy me disse que os meus pais não são os meus pais.

– Epa, calma aí. Seus pais não são seus pais? Boiei.

– Sim, os meus pais que estão nesse momento na minha casa não são meus verdadeiros pais. – explicou.

– Ah, então você é adotada?

– Sim, eu sou adotada, mas com "pais", Amy quis dizer os pais adotivos. Ela disse que esses meus pais falsos não são humanos e qualquer coisa que eles sejam, capturaram meus pais adotivos verdadeiros. – sua voz já estava fraca e tremula.

– Sério? Meu Deus! – na frente do telefone, a boca de Taissa caiu. Esse mundo espiritual era tudo tão novo para ela que simplesmente parecia tudo um filme. Uma pena que era tudo vida real.

– Eu preciso de você aqui agora. Achei uma coisa muito estranha dentro de uma gaveta, preciso da sua ajuda.

– Tudo bem, estou indo aí, tchau.

Desligou o telefone e colocou-o sobre a cama. Abriu o armário para escolher uma roupa adequada para a ocasião. Que tal uma vou-para-a-casa-da-minha-nova-amiga-tentar-entender-como-os-pais-dela-na-verdade-não-são-os-pais-dela. Ela acabou pegando um casaco branco e colocou por cima da roupa que estava usando. Sinceramente? Taissa não conseguia levar aquilo à sério. Parecia tudo brincadeira.

Pegou o celular e desceu as escadas, seus pais estavam sentados no sofá abraçados um ao outro assistindo um filme de comédia romântica que estava passando na TV. Às vezes ela se perguntava de onde aquele amor todo veio, havia anos que seus pais não pareciam tão apaixonados.

– Pai, mãe! – os dois olharam para ela. – Minha amiga precisa de mim agora, vou ir na casa dela, tudo bem?

– Claro, filha. Não volte tarde. – a mãe disse e os dois voltaram a encarar a televisão. Talvez seus pais estavam felizes por ela estar se enturmando, é estranho dizer, mas ela esperava um “não” para que ela insistisse e eles finalmente deixarem. Como uma adolescente normal, sabe?

Pegou a chave do carro e saiu da casa.

* * *

Assim que chegou e viu a enorme mansão onde Liss morava ficou surpresa. Pessoas riquíssimas eram normalmente as vadias patricinhas do colégio. Ainda bem que ela não era uma. Taissa pressionou as mãos sobre o enorme portão de ferro fazendo-o abrir. Sob a luz da lua, as flores do enorme jardim pareciam brilhar em um branco fantasmagórico enquanto ela seguia para a varanda onde estava a porta de entrada. Tocou a campainha e no mesmo instante Liss abriu-a. Seus olhos estavam esbugalhados, parecia que ela tinha visto um fantasma. Se bem que ver um fantasma já era parte da rotina delas.

Liss segurou Taissa pelo braço e a puxou para dentro da enorme casa. Tudo era branco. Ela avistou Emma e se sentou ao lado dela.

– Então, qual era o objeto estranho que você encontrou? – Emma perguntou. Liss pegou um enorme livro de capa vermelha onde lia-se “Maleficis Artibus Inserviebat”. Provavelmente era latim. – O que isso quer dizer? – Perguntou Emma se aproximando de Liss.

– Bruxaria. – Liss disse. As sobrancelhas de Taissa se juntaram e a testa se enrugou. Bruxaria? Ela sentiu algo gelado a tocando em seu ombro e seu corpo inteiro congelou.

– Amy? – suspirou. – Que susto!

– Desculpe. – sorriu. – Eu estava observando vocês e não pude deixar de notar esse livro. Liss, você poderia abrir na página 178? – Liss assentiu e abriu o livro na página dita. Ali estava uma a receita em latim. Para quem não entendia a língua, poderia até pensar que era uma receita de bolo de chocolate. O título dizia “Fur Animas”, em tradução livre “Ladrão de Almas”.

– Arranje uma garota de idade entre 15 e 18 anos de cabelos loiros, toda a noite dê a poção para ela tomar que pode muito bem ser misturada em alguma comida – a cada palavra lida, a boca de Liss abria mais, todas as características se encaixavam com ela, até os cupcakes que sua “mãe” à fazia de noite eram suspeitos –, em uma meia-noite de uma sexta-feira treze vá até o centro sagrado e faça o ritual. Você roubará a alma da garota e tomará posse do corpo também.

– Puta merda. – Emma murmurou. – Onde seria esse centro sagrado?

– Minha irmã era fascinada por essas coisas de magia, ela fazia várias pesquisas e as escondia para ninguém nunca saber, um dia eu a vi escondendo. Vamos até lá. – Amy subiu as escadas acompanhada das três meninas. – Essa é uma vantagem de você morar na mesma casa que eu morava.

Amy abriu a porta do quarto dos “pais” de Liss e apontou para um piso no chão. Emma foi até lá e notou que o piso estava solto. Puxou-o para cima. Vários papéis estavam lá embaixo, ela os pegou e jogou-os em cima da enorme cama. Amy passou a mão sobre eles fazendo com que eles voassem para todos os lados. Apenas um ficou parado. Taissa pegou o único que tinha sobrado e começou a ler.

– Poucos sabem, mas Orchid é uma cidade diferente, alguns chamam de sagrada, eu chamo de monstruosa. Há vários e vários anos, Orchid era habitada por nada mais nada menos do que bruxas. Essas bruxas tinham vários “locais sagrados” para fazerem os rituais, mas todos foram descobertos e incendiados. O único que sobrou foi nomeado “centro sagrado”, onde as bruxas e os bruxos se reuniam para os mais tenebrosos rituais, com o tempo, não só os bruxos como também os espíritos do mal habitavam o local e conheciam todos os feitiços para posse de corpo e coisas do tipo. Esse centro sagrado ficava no farol Roselight na cidade de Orchid, hoje em dia todos sabem disso, mas nem ousam chegar perto pois sabem que as forças negras são muito mais fortes do que as forças humanas. Ir até lá é sinônimo de suicídio.

– Precisamos ir até lá. – Liss disse, puxando o papel da mão de Taissa e procurando mais alguma informação.

– Oi? Ficou maluca? O texto deixa bem claro que não devemos nem chegar perto daquele farol, deve ser por isso que ele não funciona mais e está abandonado. – Emma se levantou.

– Para com isso, Emma. Eu sei alguns truques de magia e posso ajudar vocês. – Amy disse.

– Não podemos perder tempo, hoje é sexta-feira treze e são onze e meia. – Taissa apontou para o relógio na parede, todas estavam indecisas.

– Vamos logo. Eu consigo fazer vocês ficarem invisíveis, nenhum bruxo, espírito ou sei lá o que vai notar. – Apenas com o olhar, Amy abriu a porta da frente. – Espero vocês lá.


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Notas finais do capítulo

Entããão, espero que vocês tenham gostado e espero não demorar para o próximo capítulo também. xD



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