Percy Jackson e as alianças de prata. escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Esperei 2 dias para postar, mas decidi ser má e deixar a 'hora H' para....
Vamos ler,
beijos



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Ainda estava escurecendo quando minha mãe resolveu procurar algum filme para assistirmos no Telecine. Fiz birra para assistirmos Rambo, mas como Annabeth era visita ela acabou escolhendo. Ela escolheu o que eu pedi e assistimos Rambo comendo o resto da pipoca de Paul e uns sucos de Maracujá.

–Que dia é hoje?- perguntou Paul

–Amanhã não tem aula, querido. Podemos dormir até mais tarde- minha mãe se levantou assim que o filme acabou- Amanhã é feriado nacional.

– Ação de Graças?-brinquei

Minha mãe levou á sério- Mas é claro que não! Você devia saber... Amanhã é dia de Cristovão Colombo.

Eu não me lembrava ao certo quem era Cristovão Colombo, mas dizer isso não seria legal. Minha mãe me daria um sermão por não saber as datas comemorativas do país, e Annabeth me diria que iriamos passar mais tempo com o pai dela. Um professor de história.

Mas o que me interessava no momento era o fato de que amanhã, segunda feira, eu ficaria em casa o dia todo, sem fazer nada além de jogar vídeo game e comer porcarias.

–Vai ficar com a gente?

Minha mãe estava falando com Annabeth, é claro. E isso me deu expectativas. Nada seria melhor do que jogar vídeo games com a sua namorada. E além disso, dar uns beijos de vez em quando.

–Não sei- Annabeth olhou suplicante para minha mãe- Não quero incomodar...

–Você nunca incomoda!- Disse Paul

– Já faz algum tempo que você não fica com a gente dias seguidos, querida.

Annabeth fez que sim olhando para os pés.

–Mas não trouxe roupa.

Isso nunca foi problema. Podíamos ir buscar roupas para ela agora mesmo, mas na maioria das vezes eu lhe emprestava uma camiseta para que ela pudesse dormir.

–Tá brincando- eu disse, cutucando seu braço de leve

Ela entendeu, mas deu de ombros.

–Tudo bem, eu fico.

Aquilo ia ser legal. Quando Annabeth dormia em casa nós ficávamos até tarde conversando ou assistindo TV. Principalmente uma série médica chamado grey's anatomy. Namorávamos até nossas bocas doerem, e sem nos importar.

Apesar de tudo o que me incomodava era que minha mãe não gostava que dormíssemos juntos. Não que ela desconfiasse, mas ela não queria ser responsável por nada.

“O cachorro só foge se você não o prende na coleira” dizia ela.

Eu não gostava de deixar Annabeth sozinha, mesmo sabendo que ela estaria bem. Por isso eu sempre me mudava com lençol e travesseiro para seu lado, e colocava o despertador para tocar antes que minha mãe e Paul acordassem. Assim eu poderia voltar para minha cama e fingir que nada aconteceu.

Annabeth não reclamava, mas também não era á favor de enganarmos minha mãe. E assim como ela, também tinha minhas frases prontas.

“Quem não arrisca, não petisca!”- Eu levava tapas sempre que repetia essa frase.

Olhei para Annabeth, que se encostou nos meus ombros e esticou as penas de lado no sofá. Ela estava pensativa, mas de um jeito diferente. Ela olhou para minhas pernas e subiu os olhos até meu peito, então desviou o olhar, ainda pensativa.

Queria saber o que se passava pela cabeça dela. Resolvi perguntar mais tarde.

Minha mãe foi para a cozinha lavar a louça e meu padrasto se arrumar para dormir.

Continuamos enroscados um no outro no sofá da sala, esperando até o próximo filme começar. Acariciei seus cabelos com as pontas dos dedos, fazendo círculos no couro de sua cabeça. Ela alisava meu braço que caia por cima de seu ombro.

Ouvi os copos batendo na pia enquanto minha mãe os lavava e o som da água do chuveiro caindo no chão. Annabeth se ajeitou e subiu um pouco para alcançar o espaço entre meu ouvido e os ombros, então enroscou seu rosto ali.

–Estava pensando- ela beijou minha nuca, depois suas palavras se tornaram um sussurro- Podíamos fazer uma coisa que não fazemos há algum tempo...

Fiquei animado com o que ela dissera. Estava rezando para que o suco de maracujá que minha mãe e Paul beberam fizesse efeito e durasse horas.

Virei o rosto para que pudesse a beijar. Demos uns selinhos até que ela os interrompeu para me olhar.

–Se dermos sorte...- eu disse, a puxando para mais perto. Ela olhou para a porta da cozinha.

–Sem gracinhas- Ela me olhou com advertência e me beijou- Não queremos arrumar encrenca.

Depois disso ela se levantou e foi ajudar minha mãe com a louça. Fiquei olhando para o relógio da parede e da televisão por minutos, ou talvez horas, mas eles pareciam não se mexer.

–Tão me zuando?

Não era sempre que Annabeth me deixava saber quando queria que nós transássemos. Isso não acontecia muito porque não tínhamos onde fazer isso.

Nossa primeira vez foi em casa, no meu quarto. Paul tinha viajado com a escola e só voltaria no dia seguinte, minha mãe estava exausta então deixou que nos arrumássemos por conta própria. Aquele dia foi o melhor de todos e eu nunca me esqueceria dele. Mas agora que já tínhamos feito amor algumas vezes, tínhamos mais cuidado para não sermos pegos.

Não que fosse errado, mas nunca é legal olhar para a cara da sua mãe quando você sabe que ela sabe. Então evitávamos dar muito na cara, por isso não combinávamos quando aconteceria de novo. Tinha que ser repentino.

Troquei de canal e me peguei olhando para a TV passando a abertura dos Simpsons, o desenho que eu mais amava no face da terra, mas não estava prestando atenção. Minha cabeça estava em outro dia –ou melhor- noite. Na noite em que eu e Annabeth tivemos nossa primeira relação sexual.

Como muitos pensavam- principalmente nossos amigos do Argo dois- nós éramos virgens até pouco tempo. Esperamos até fazermos pelo menos um ano e meio de namoro, antes disso evitamos até mesmo o assunto. Caso falássemos logo estaríamos fazendo, por isso esperamos mais um pouco.

Não sabia se alguém em casa sabia sobre nós. Tão pouco tinha coragem de perguntar. Preferia que minha mãe viesse falar disso comigo, e eu falaria.

Seria melhor assim, se ela ouvisse alguma coisa durante a noite não ficaria surpresa.

Com minha mãe era tranquilo. Eu esperava nunca ter que falar com Frederick sobre isso. Esse lance de se prevenir não saia de nossas cabeças, por isso acho que não é preciso que repitam. Principalmente o pai da minha namorada.

Apertei o botão do meio no controle e olhei para o relógio no canto da tela. Tinham se passado dez minutos.

Bufei e me espreguicei no sofá. Aquele relógio devia estar com problema. Ele TINHA que estar com problema.

Respirei e evitei pensar sobre isso, eu estava me sentindo sujo.

Voltei minha atenção para o Homer que estrangulava Bart pela milionésima vez na temporada. Logo eu estava rindo, e as horas, por mágica, passaram mais rápido.

Annabeth e minha mãe voltaram da cozinha conversando. Annabeth estava vermelha e Sally ria ao olhar para ela, cheia de felicidade.

–Que foi?

–Sua namorada me chamou de mãe e eu gostei- Minha mãe tirou as almofadas do chão- Combinamos que daqui pra frente ela vai me chamar assim. É assim que nos sentimos não é? –elas se olharam- Desde sempre fomos mãe e filha. Sempre me preocupei com ela.

Na época em que fiquei nove meses desaparecido minha mãe e Annabeth se tornaram muito amigas. Annabeth vinha passar as tardes com ela quando podia e as duas se mantinham entretidas para afastar o sofrimento. Eu ficara muito grato pelo que fizeram uma pela outra, agora que estávamos todos juntos e felizes novamente, eu sabia que minha família nunca ficaria sozinha.

– Isso é ótimo!- Eu disse- Mas não vou chama-la de irmã

Esse pensamento me deu arrepios.

– Mas é claro que não cabeça de algas!- Annabeth me jogou uma almofada e eu a peguei, aninhando-a nos braços- Só vou chamar sua mãe de nossa.

–E Paul adoraria que você o chamasse de pai- minha mãe deixou a sala e disse do corredor:

–Vou arrumar suas coisas, por que não vai tomar banho? Paul já saiu do chuveiro.

–Vou sim... mãe.

Annabeth piscou para mim.

–Não tenha ciúmes- Ela foi para o banheiro.

Não estava com ciúmes, na verdade estava me sentindo feliz pelas duas. Annabeth nunca tivera mãe de verdade e eu sempre fora filho único, então acho que posso dar esse privilégio as duas.

Fui para meu quarto pegar uma camisa para Annabeth. Abri a gaveta e peguei a que ela estava acostumada a vestir. Uma camisa branca com escritas á tinta do estado da Flórida. Simples e confortável.

Deixei em cima da cama e voltei para a sala.

Quando voltei ainda passava Simpsons, assisti todos os episódios até o programa acabar, até que Annabeth passou pelo corredor só de toalha e o corpo molhado, os cabelos presos acima da cabeça.

Fiquei tentado a ir até lá e antecipar as coisas. Pensei em minha mãe no quarto que logo voltaria com o travesseiro e a coberta de Annabeth, afastei essa ideia- por melhor que ela fosse- e aumentei o volume da TV, metendo uma almofada no meio das pernas.

Annabeth entrou na sala depois de alguns segundos. Ela soltava os cabelos do penteado enquanto se sentava ao meu lado no sofá. Puxei seu corpo para mais perto, ela se encostou em mim enquanto nós dois esperávamos American Dad voltar dos comerciais.

–Está tudo aqui- Minha mãe entrou na sala com dois travesseiros com capas novas, um edredom branco recém lavado e um lençol da mesma cor. Tudo cheirava a flores- Tudo limpo, é só usar.

As duas sorriram.

–Estou morrendo de sono- disse ela antes de sair da sala- Aquele suco caiu como uma bomba. Não se esqueçam de desligar a TV. Boa noite.

Minha mãe nos deu beijos na testa e entrou em seu quarto.

Cutuquei Annabeth e ela me olhou, sabendo exatamente o que eu ia dizer.

– Fala sério, ela acabou de entrar no quarto. Espere mais um pouco.

E foram com essas palavras que passei a odiar American Dad.


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Notas finais do capítulo

..depois.
MUAHAHAHA, vou postar de verdade só amanha gente! Espero vocês nos comentários.
Beijos



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