Um Amor Sem Fronteiras escrita por Báby


Capítulo 19
Conversas ... E O Baile!!!


Notas iniciais do capítulo

Curiosos?! espero que gostem ... Cinco para o fim!!!



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Alguns segundos de silencio depois a mãe de Samantha foi a primeira a se pronunciar:

─ E ... então meninas isso realmente é o que TODOS nós estamos pensando? ─ Perguntou Eliete colocando ênfase no todos.

Samantha e Luna não sabiam o que responder, as palavras pareciam não querer sair, claro que planejavam contar a família, mas não naquele momento.

─ E então? ─ Perguntou Liete novamente às duas.

Luna percebendo medo no olhar de Samantha entrelaçou suas mãos lhe passando toda a segurança possível mesmo que ela própria também estivesse com medo do que poderia vir a acontecer. Luna então vez um gesto positivo com a cabeça para Samantha e juntas responderam:

─ Sim...

─ Então quer dizer que... Isso é mesmo verdade? ─ Dessa vez quem perguntava as meninas era Olivia.

─ Sim, mãe e verdade! ─ Samantha e eu nos amamos de verdade, e não importa o que o Mundo pense, meu coração pertence a ela e sei que o coração dela também pertence a mim. E também não importa o que vocês falem, pensem ou digam. Samantha e eu vamos ficar juntas e pronto. ─ Falou Luna por fim.

As mães das duas foram então se aproximando de ambas, Samantha e Luna já estavam com seus corações aflitos pensando que iriam levar o maior tapa na cara de todos os tempos de suas mães. Porem quando Olivia e Liete já estavam bem próximas de Samantha e Luna as duas se juntaram e lhe deram um forte abraço um daqueles recheados de muito amor, carinho, compreensão, entendimento e felicidade, e Samantha e Luna só perceberam que suas mães estavam felizes quando tiveram coragem de abrir os olhos e viram lindos sorrisos estampados em seus rostos.

─ M-mas o-o q-que s-significa i-isso? ─ Perguntou Samantha ainda apreensiva e bastante nervosa.

Suas mães se afastaram um pouco das duas e assim Liete começou falando:

─ É simples minha filha... Significa que nos amamos vocês duas não importa por quem vocês se apaixonem, a única coisa que queremos e desejamos é a felicidade de ambas, e depois se tem uma coisa que apreendemos com a vida e que aliás muitos precisam aprender e se darem conta é que o AMOR NÃO foi criado com características como: COR, RAÇA, RELIGIÃO, SEXO ou algo do tipo, e se você for perguntar a alguém se por um acaso o amor é possuidor de alguma desses aspectos ninguém saberá responder, pelo simples fato do amor não ter sido criado com nenhum desses atributos e o mais incrível está justamente ai, por ele não possuir nenhuma dessas características que é permitido a todo SER amar e ser amado... Pois se esse lindo sentimento fosse portador de algumas dessas características somente um ser ou bem poucos que possuíssem essas características seria permitido o direito a esse sentimento, no entanto ele é UNIVERSAL, ou seja, para TODOS não importa sua cor, sua raça, sua religião seu sexo, ou seja, lá o que for... Ele só precisa ser verdadeiro, reciproco e fazer bem a ambas as partes. E o fato de vocês se amarem de verdade já é o bastante para todos nos. ─ Finalizou Eliete.

─ Exatamente... ─ Respondeu dessa vez Olivia. ─ E depois não importa o “Mundo" ou que outros pensem nós temos é que seguir nosso coração sem se importar com o que o Mundo juga ser "errado ou não", pois para nós não existe o errado existe o amor verdadeiro, esse que faz bem aqueles que se permitem senti-lo ... Sabe tem gente que diz que o amor é cego, mas eu sempre falo que cego somos nós quando se trata desse sentimento por que o amor esse enxerga mais do que nossos olhos podem ver, ele enxerga a alma daquele que ao seu amor corresponde... Claro que por causa dele temos que enfrentar o Mundo, muitas vezes até sofrer... mas o que seria das vitórias se não fossem as lutas e no meio disso tudo arrumar coragem... e simplesmente amar.

─ É isso mesmo vocês duas falam tudo. ─ Disseram seu Vinicius e seu Damázio de uma única vez. ─ Se juntando ao quarteto para mais um abraço

A única que ficou alheia a todo aquele lindo momento cheio de emoções foi Vivi.

Depois de toda aquela emoção Samantha e Luna descobriram que Olivia já estava meio “desconfiada” das duas, e por isso sem elas saberem é claro tratou de comunicar o fato que suspeitava a Liete. E como as duas sempre foram a favor do amor verdadeiro em condicionalmente já estavam torcendo para que fosse mesmo verdade. Elas também revelaram que como as duas demoraram em subir resolveram voltar para “confirmar” suas suspeitas e não deu em outra. Confirmando que o amor reinava naquela família. Já Luna e Samantha só confirmaram que tinham a melhor família do Mundo.

Assim chegou finalmente o dia do baile, que foi muito mais corrido que na véspera afinal o casarão precisava ser arrumado e decorado. Por isso praticamente todos almoçaram com os pratos na mão. Mas apesar da correia Luna aproveitou que teria que ir a Bela Vista buscar umas encomendas para o baile e teve uma grande ideia para aquela noite.

Com isso logo a tarde chegou e todos foram tomar banho, pois já eram cinco horas e logo mais os convidados começaram a chegar.

As seis ouviram uma sirene que parecia uma ambulância: eram os Birutóides num jipe maluco. Lipe vinha empoeirado na capota do motor, pois foi apanhado na avenida. Enquanto os rapazes tagarelas iam instalar o som, Mayla desceu com uma caixa quase maior que ela própria.

– O que tem aí dentro? – perguntou Vivi curiosa. – Alguma geladeira?

– Nada disso! – respondeu Mayla numa risada. – É minha “fantasia” de Xica Da Silva com X.

– Você, vestida de Xica, que era negra?

– Uai, e que tem isso? Cada um se enxiqueteia como pode! Afinal, a Xica não era do tempo do imperador?

– Pelo amor de Deus, sua história do Brasil está bem ruinzinha, Mayla! Mesmo eu que não sei muita coisa da nossa história, sei que a Xica nasceu muito antes do Pedro II, era lá do tempo da mineração em Minas Gerais. Ora, vamos, abra logo essa caixa que estou morrendo de curiosidade para ver!

E, sempre conversando foram até o quarto.

Pouco depois chegaram os convidados. Eram buzinas, carros que estacionavam o pessoal entrando. Os amigos de Itu já vinham vestidos, mas os de Campinas e Indaiatuba tiveram de se trocar, o que gerou uma enorme confusão. Os empregados da fazenda assistiam aquele desfile e divertiam-se a valer.

– Parece baile de carnaval! – comentou um.

– Mamãe, onde está a escola de samba? – perguntou um garotinho ao ouvir falar de carnaval.

– Nossa que luxo! – comentou uma comadre à outra. – Será que naquele tempo eles se vestiam assim mesmo?

– Pior, comadre muito pior! – respondeu a outra. – Eles gastavam dinheiro que nem água nessa bobeira de roupa! Principalmente os tais barões!

Pouco tempo depois os Birutóides apareceriam vestidos a caráter. Estavam com casaco vermelho, calças bombachas e botinas, além de peruca de algodão. Logo depois Luna apareceu linda em seu vestido. Vinicius e Damázio resmungavam dizendo que teria sido melhor inventar um baile de camiseta e short, enquanto Olivia e Liete corriam elétricas de um lado para o outro.

– Onde está Samantha? Perguntou Liete, lá pelas tantas. – Já, já o baile vai começar e ela ainda não apareceu.

– Deve estar no quarto – disse Luna – deixem que vou buscá-la.

Chegando diante da porta, bateu.

– Pode entrar! – disse Samantha lá de dentro do quarto.

Quando abriu a porta e entrou Luna ficou estática com a aquela bela visão, seus olhos não podiam acreditar no que estavam vendo era como se Ana Beatriz tivesse levantado do tumulo e estivesse ali na sua frente mais viva do que nuca.

– E então como estou? – perguntou Samantha ao ver Luna parada na porta a olhando.

– Uau, nossa você está linda amor... Esta deslumbrante, perfeita um verdadeiro retrato vivo de Ana Beatriz é como se ela estivesse viva bem aqui do meu lado é impressionante se eu não soubesse que era você juraria que era a própria Ana Beatriz, porem com um detalhe muito importante é claro você está infinitamente mais bela do que ela naquele quadro! – disse Luna com um lindo sorriso indo de encontro a Samantha e selando seus lábios.

– Obrigada, meu amor, mas você também está muito linda! – Mas agora vamos que já está quase na hora de começar o baile. – Disse Samantha com as mãos entrelaçadas às de Luna a arrastando pelo casarão.

Saíram. O casarão estava cheio de gente indo e vindo.

– Você está linda, meu bem! – comentou dona Liete abraçando a filha. – De onde você tirou esse belo traje?

– Da fotografia de Ana Beatriz – explicou Vivi. – O retrato dela está no salão da outra casa, e vocês vão poder ver como Samantha esta mil vezes mais bonita do que a falecida!

− Foi exatamente o que eu disse a ela irmãzinha. – Falou Luna com um sorriso a Samantha.

O casarão estava inteirinho iluminado. Nuca a fazenda tinha visto uma noite assim tão bonita, o alpendre cheio de gente vestida a caráter, a música, o perfume das flores...

A custo, Olivia, Vinicius, Liete, Damázio, Luna, Samantha e Vivi conseguiram chegar ao salão do casarão. Quando Liete viu a pintura de Ana Beatriz, ficou espantada:

– Meu Deus, que belo retrato! Até parece que tem vida!

– Deve ter mesmo – brincou Vivi. – Há muita gente que diz que, de vez em quando, ela sai do quadro e dá umas voltas por aí...

– Meu Deus, fantasmas nesta fazenda? – perguntou Liete, arrepiando-se.

– Querida, deixe de bobagem – falou Damázio. – Depois que esse conjunto barulhento começar a tocar, juro que nenhum fantasma continuará assombrando essa fazenda.

Assim, eles subiram ao segundo salão todo enfeitado com gladíolos brancos que contrastavam com o veludo vermelho das poltronas. No improvisado palco, os Birutóides tocavam uma música gostosa.

– E agora, minha gente, o conjunto os Birutóides vai tocar para vocês, de Johann Strauss Filho... A Valsa do Imperador! – anunciou Mayla, toda rebrilhante em lantejoulas. – Damas e cavaleiros, queiram formar seus pares para a dança.

Daniel, ao órgão, virou os olhos e comentou:

– Esta é a primeira vez que Strauss será tocado com guitarra elétrica!

– Me dá a hora desta valsa? – perguntou Luna curvando-se diante de Samantha.

– Mas é claro minha dama! – disse Samantha com um sorriso.

Os pares se colocaram no meio do salão. Os que não iam participar observavam com a respiração presa. Em seguida Daniel dedilhou o teclado, e valsa começou. Que beleza! Os pares rodopiavam alegres, elegantes, os vestidos rodados lembravam os grandes bailes no tempo de Viena antiga. Quando terminou os aplausos foram ensurdecedores.

Os pares se colocaram no meio do salão. Os que não iam participar observavam com a respiração presa. Em seguida Daniel dedilhou o teclado, e valsa começou. Que beleza! Os pares rodopiavam alegres, elegantes, os vestidos rodados lembravam os grandes bailes no tempo de Viena antiga. Quando terminou os aplausos foram ensurdecedores.


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Notas finais do capítulo

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