Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 47
My eye just changed. How many more days could I wait?


Notas iniciais do capítulo

Agora vamos receber a autora mais VACILONA da história do site Nyah!Fanfiction: pode entrar, Clarawr!!!!!!!!!!!!
Gente, eu tô morrendo de vergonha, mais do que de costume, mas eu tenho plena consciência de que realmente não tinha como ter postado esse capítulo antes. A faculdade me TRUCIDOU nesse último mês, porque, caso vocês não saibam, na facul a contagem é por semestre, então é meio que como se a gente tivesse DOIS finais de ano A CADA ANO. E não tem "semana de provas", cada prof marca sua prova quando bem entender, então sofrimento não fica concentrado em uma semana que você sabe que vai ser horrível mas que pelo menos quando acabar você vai estar LIVRE: não, a gente é obrigado a ficar lidando com um monte de prova em um monte de momentos diferentes. É horrível, não recomendo.
Mas de qualquer forma, depois de ter dado esse chá de cadeira em vocês, EU VOLTEI! E agora estou de férias, ou seja, pretendo postar com mais rapidez (falo mais sobre isso nas notas finais, então, não pulem! Ou pulem, também, né, nunca se sabe se o que eu falo aqui de fato vai se concretizar kkkk).
Esse capítulo foi bem difícil de sair, bloqueou mesmo. Acho que esse fim de período matou um pouco da escritora dentro de mim, e eu demorei um tanto até conseguir deixar a coisa mais ou menos do meu agrado. É um capítulo BASTANTE IMPORTANTE, onde a gente resolve um draminha que anda nos perturbando desde o início da fic e que eu tava muito ansiosa para escrever desde sempre. Eu acho que vocês vão gostar bastante hehehe
Sem mais enrolação: Música do título: Controlla, do Drake, e a do capítulo ficou com It Was Always You, do Maroon 5. Será que vocês conseguem adivinhar de quem estamos falando só com essas musiquinhas?????? kkkkk
Até daqui a pouco!



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“Woke up sweating from a dream

With a different kind of feeling

All day long my heart was beating

Searching for the meaning

Hazel eyes, I was so color blind

We were just wasting time

For my whole life, we never crossed the line

Only friends in my mind

But now I realize, it was always you

Can't believe I could not see it all this time

All this time

It was always you

Now I know why my heart wasn't satisfied, satisfied

It was always you, you”

 

É claro que Gale também não passou incólume pela noite no Señorita. Ele não conseguia tirar da cabeça a reconciliação com Johanna, e estava se sentindo estranhamente animado por estar bem com ela de novo. Não havia como desfazer o que estava feito, mas ao menos podia contar agora com um futuro com a presença dela, visto que ela parecia ter abandonado a ideia de desistir da amizade com ele. Ele não entendia exatamente porque estava tão feliz com a perspectiva, mas tentou ao máximo se convencer de que fazia parte de sua essência não gostar de ficar brigado com alguém importante. Ninguém gosta desse clima ruim, mas Gale tentava se convencer que aquilo era especialmente custoso a ele independente de quem estivesse do outro lado da discussão. Não tinha nada a ver especificamente com Johanna.

Foi disso que ele tentou se convencer durante o primeiro dia inteiro pós- Señorita, mas foi só quando ele percebeu que Johanna estava em seus pensamentos até no café da manhã do segundo dia depois do encontro que ele começou a admitir a possibilidade de haver algo mais em jogo.

Ele se deu conta de que claramente Johanna estava povoando sua cabeça mais do que uma simples amiga deveria povoar, e pela primeira vez se permitiu pensar conscientemente se os amigos não tinham razão sobre tudo que vinham insistindo desde o início.

Gale não queria pensar assim porque sabia que isso só traria confusão, ainda mais confusão do que eles já tinham em mãos até aquele momento, mas agora que o pensamento tinha invadido sua cabeça era difícil se livrar dele. Já tinha sido um sacrifício imenso para eles voltarem a se falar, e tanta mágoa tinha sido criada ao longo do processo que talvez fosse mais seguro jamais questionar a natureza de seus sentimentos por Johanna de novo.

Mas obviamente ele não conseguiu. A ideia se esgueirava traiçoeiramente em sua mente até o ponto em que era insuportável e impossível de deixar para lá. E ele se viu obrigado a ter uma conversa honesta consigo mesmo e resolver as coisas de uma vez por todas.

E se eu gostar mesmo dela?

Era fácil se apaixonar por Johanna, e ele tinha se perguntado um milhão de vezes porque isso não tinha acontecido. Ele desejou que isso acontecesse, porque seria uma maneira de se livrar do que um dia sentiu por Katniss. Johanna era incrível, linda e disposta a tolerar suas inconstâncias e indecisões com mais paciência do que qualquer outra pessoa com a qual ele convivia. E, pelo menos em algum dia do passado, sentira algo a mais por ele. Ele não sabia se isso ainda valia, mas considerou novamente como era fácil se apaixonar por ela e se perguntou se na verdade não era algo tão simples de acontecer que talvez tivesse acontecido sem ele nem perceber.

Gale não queria ser leviano nessas reflexões, porque aprendera da pior maneira que leviandades geram consequências muito difíceis de lidar, e ele não queria correr o risco de perder Johanna de sua vida de novo. E foi justamente quando ele percebeu o quanto isso fora insuportável e seria ainda pior se se repetisse que ele foi obrigado a admitir para si mesmo que seus sentimentos por ela ultrapassavam a amizade. Ultrapassavam a amizade e a atração, porque essa última ele já tinha admitido para si mesmo que existia há um tempinho (mais precisamente no dia daquela blusa vermelha). Não era simples assim e ele não queria correr o risco de estar se enganando ou se deixando levar pelo que os amigos acreditavam que era verdade.  Era bem típico dele, entrar na pilha e acabar estragando ainda mais as coisas recém -consertadas. Talvez fosse melhor deixar tudo quieto. Ele era bom nisso, amar em silêncio. Era o que ele fazia quase sempre.

Ele estava na faculdade, bem no meio do intervalo da aula de Concreto Armado, quando sentiu seu celular vibrar no bolso de trás da calça jeans escura.

— Alô? – Ele atendeu enquanto caminhava pelos corredores da UERJ na direção da cantina mais barata do andar.

— Me diz pelo amor de Deus que você não está em aula. – A voz de Peeta soou em seus ouvidos e a dramaticidade frase foi o suficiente para alarmá-lo. Ai, caralho, ele pensou, o que foi dessa vez?

— Deus não ia gostar de me ver mentindo. – Gale respondeu, entrando na cantina e procurando com os olhos a bancada com os salgados. – Estou no intervalo.

Peeta bufou impaciente do outro lado.

— Que horas você sai daí?

— Sei lá, cara. – Gale respondeu, deixando aparente o descaso com o qual universitários tratam sua agenda diária de aulas. – Acho que às três.

— Porra. – Peeta grunhiu. – Preciso que você venha pra cá o mais rápido possível.

— “Pra cá” onde? – Gale perguntou, distraído com o brownie e palha italiana voluptosamente expostos no balcão da lanchonete. Talvez um doce caísse melhor para dar energia e ajuda-lo a sobreviver às longas horas até o almoço.

— Pra minha casa, seu animal. – Peeta largou o coice. – É sério, Gale, vem para cá assim que você sair daí.

— O que aconteceu? – Ele perguntou, agora mais atento com a gravidade na voz do amigo.

— Muita coisa. – Peeta respondeu, e Gale revirou os olhos. Muito esclarecedor. — É sério, muita coisa, nem sei por onde começar. Descobri o que está acontecendo com o Finnick, e é grave pra caralho. Por isso que você precisar vir, a gente está montando uma... – Peeta hesitou. – uma conferência pra ver o que vamos fazer em relação a tudo isso.

Gale franziu o cenho com força, sem conseguir entender a língua que Peeta estava falando. Talvez essa fosse a intenção, deixa-lo confuso e preocupado para que ele se estressasse o bastante a ponto de realmente correr para lá assim que suas aulas acabassem.

— A gente? Peeta, eu não estou entendendo nada.

— Eu e a Katniss. – Peeta suspirou, como se esse fosse um assunto no qual ele não pretendia entrar naquele momento. – Ela está aqui.

— E ela sabe de tudo? – Gale estranhou, uma pontada de ciúmes se misturando à confusão. Como Katniss soubera do segredo antes dele? Ele era amigo de Finnick há mais tempo.

— Eu contei. – Peeta respondeu. – Ela me ajudou a pensar em como vamos ajudar o Finnick, mas eu preciso de você, da Johanna e da Cash aqui pra gente fechar o círculo.

— Círculo?! – Gale meio perguntou, meio exclamou, perdendo a paciência com aquela conversa truncada. – Por acaso a gente virou uma seita e eu não estou sabendo?

— Gale, eu não vou poder te explicar por telefone. Eu realmente preciso que você venha. A Kat está ligando para a Johanna e assim que eu desligar de você vou falar com a Cash.

Bom, se Johanna estaria envolvida, ele iria nem que fosse pela oportunidade de vê-la novamente. Isso não vinha acontecendo com tanta frequência, então ele aproveitaria as poucas oportunidades que tinha.

— Tá bom, cara. – Gale cedeu. – Assim que eu sair daqui me mando praí.

— Ótimo. Até mais tarde. – Peeta respondeu, parecendo aliviado com a aparente desistência de Gale que continuar o interrogatório por telefone.

Gale tirou o celular da orelha, a vontade de chamar o número de Johanna machucando seu peito de tanto que gritava dentro dele. Mas concluiu que era precipitado; era melhor deixar Katniss falar o que precisava ser dito a ela primeiro, e aí sim ele poderia matar sua vontade de ouvir aquela voz usando uma desculpa qualquer relacionada ao fato de que eles estariam juntos daqui a poucas horas.

Ele percebeu que só uma palha italiana não seria o suficiente para conter seus nervos e seu estômago até a hora do almoço. Se se tratasse apenas de seu estômago, talvez ela até desse conta, mas seus nervos estavam agitados demais para se aquietarem com um quadradinho de brigadeiro misturado com canela e biscoito de maisena. Então se resignou a ficar sentado, remexendo-se inquieto na cadeira até o relógio de seu celular mostrar um horário razoável para ligar para Johanna sem deixar transparecer o quanto ele estava desesperado para falar com ela sem nem saber porquê.

Depois de uma aula de Hiperestatística que pareceu durar mais do que o período Cretácio inteiro, ele se viu livre para correr para a fila do bandejão. Enquanto desejava vorazmente ter um patinete ou um patins que lhe permitisse descer as rampas dos andares da UERJ com mais velocidade, tirou o celular do bolso e discou o número para o qual queria ligar desde que voltara para casa depois da última noite no Señorita.

— Alô? – A voz suave de Johanna atendeu, e só pelo tom Gale foi capaz de perceber que ela já estava ciente da reunião na casa de Peeta.

 - Oi. – Ele cumprimentou timidamente. E ficou calado.

Oi.

Quem ouve nem diz que ele estava quase roendo o pé das mesas da sala de aula só de pensar nessa ligação.

— Está sabendo da conferência na casa do Peeta mais tarde? – Ele perguntou, assim que percebeu que precisava dar continuidade à conversa.

— Sim...? – Ela respondeu, e seu tom pareceu tão atordoado que a palavra ganhou cara de pergunta. – Você sabe o que está acontecendo?

— Eu liguei pra perguntar a mesma coisa. – Mentira. Essa era a desculpa na qual ele tinha conseguido pensar. – O Peeta fez o maior drama e não me disse nada. Parece que fez questão de fazer mistério.

— A Katniss também... – Johanna respondeu, pensativa. – Só disseram que finalmente descobriram o que está acontecendo com o Finnick.

— Então pelo visto eles combinaram o discurso. – Gale disse.

Johanna suspirou do outro lado.

— Está indo para lá agora? – Ela perguntou.

— Não, tenho aula até às três.

— Ah, ótimo. – Ela pareceu aliviada. – Eu também só vou poder ir para lá à tarde. Escuta, você não está afim de se encontrar comigo aqui no escritório pra gente chegar juntos lá?

— Pode ser. – O ônibus que ele pegava para ir até o apartamento dos meninos passava perto do escritório onde Johanna trabalhava, não seria um sacrifício tão monstruoso descer um ponto antes ara se encontrar com ela. – Vou direto praí quando a aula acabar, então.

— Tá. – Ela concordou. – Beijo, até mais tarde.

Ele se despediu, respondendo o beijo dela com outro (é engraçado como essas coisas pequenas ganham novos significados quando você descobre que certa pessoa também ganhou outro significado para você) e pensando no quanto tinha sido idiota de passar a manhã inteiro com os nervos à flor da pele por uma conversa banal como aquela.

Relaxa, Gale. Surtar por essas bobagens faz parte. A gente te entende.  

~~

— Senta em qualquer canto aí, pode ficar à vontade. – Johanna disse, quando Gale chegou ao escritório imponente e de decoração elegante no Centro da cidade. – Eu preciso terminar uns negócios, mas vai ser rápido, prometo. Eu te convidaria pra ficar na minha sala, mas ela é muito pequena e o sofá daqui é melhor. – Ela disse, apontado para o sofá da sala de recepção do escritório.

Ele olhou em volta, lembrando-se da última vez que estiver ali, da briga com ela, de seus olhos castanhos perfurando-o raivosamente enquanto sua boca se retorcia cruelmente com a ameaça de sair completamente de sua vida se esse fosse o preço a pagar para enterrar de vez a imagem de boba apaixonada.

— Hmm, qual será o grande capitalista que Johanna Mason vai destruir hoje? – Ele ironizou, recebendo um sorriso sincero dela em troca. O escritório onde Johanna trabalhava era especialista em causas trabalhistas e era famoso por arrancar gordas indenizações de grandes empresas conhecidas por explorar seus trabalhadores além da conta.

— Enquanto a Revolução não acontece, eu me ocupo de complicar a vida deles como posso. – Ela disse e Gale foi capaz de notar seu nariz se empinar um pouquinho com o orgulho de poder dizer aquela frase. – Já volto. – Ela disse, e se trancou em sua sala enquanto Gale se acomodava no sofá.

Gale se perguntou se seria inadequado demais de ele tirasse os sapatos e deitasse no sofá enquanto sentia o cansaço nocauteá-lo aos poucos. Concluiu que não gostaria de envergonhar Johanna em seu ambiente de trabalho, por mais que o estofado fosse bastante macio e tentador.

Foi só Johanna bater a porta de sua sala para a cabeça de Gale voltar a fervilhar com aquelas ideias que vinham perturbando-o desde cedo, e ele pareceu ficar ainda mais desesperado para afastá-las da mente. Não era momento para isso. Na verdade, não havia momento para aquilo, ele nem sabia de onde estava tirando aqueles sentimentos esquisitos, e com certeza não pretendia levar aquilo adiante. Mas ele sabia como sentimentos podem ser insistentes quando tudo que você mais quer é que eles vão embora.

Ele abriu a conversa com Johanna no celular, vagamente ciente de que aquela era uma péssima ideia, mas ao mesmo tempo sem forças para impedir-se de se torturar daquele jeito. A última mensagem tinha sido um emoji de coração (aquele rosa com brilhinhos, porque ela não gostava do vermelho grande e pulsante) em resposta ao “tô no ônibus” dele, enviado algumas horas antes. O emoji de coração demonstrava que a harmonia entre os dois estava reestabelecida, e Gale quase se sentia culpado só de pensar em perturbar aquela ordem de novo.

Depois de passar alguns minutos encarando o coração, ele abriu as mídias da conversa, levando uma sucessão de fotos deles e dos amigos cara a dentro. A última foto era de Johanna no fatídico dia da reconciliação, segurando um copo gigantesco de batida na porta do Señorita e rindo abertamente do exagero do tamanho do copo. Ele se lembrava bem do momento: sem dinheiro para pedir alguma bebida dentro do estabelecimento, Johanna comprara o típico copo de 700ml da bebida em uma barraquinha próxima, e naquele exato momento, estavam todos do lado de fora esperando a morena esvaziar o copo para poderem entrar no Señorita, que não permitia o ingresso na casa com bebidas ou comidas compradas fora.

Ele deslizou o dedo pela tela para ver as outras imagens, e tinha de tudo. Eles haviam feito um trabalho bastante competente em registrar os momentos mais importantes da noite; havia até uma foto de Cato segurando Prim no colo, os dois sorriam espontaneamente e os vastos cabelos de Prim se espalhando enquanto a loirinha parecia estar gargalhando com a cabeça para trás ao tentar se segurar firmemente nele. Havia uma foto de Gale sentado na mesa e rodeado por várias garrafas vazias de cerveja, que seria até bonita para colocar em alguma rede social se não fosse passar uma imagem de bêbado que não correspondia tão bem assim à realidade.

Ele voltou à imagem de Johanna segurando o copo extra grande de batida e um sorriso cruzou seu rosto. Talvez fosse um mau sinal se pegar admirando fotos dela com um sorriso bobo no rosto, mas poxa, ela conseguia ficar linda até segurando um copo de quase um litro de bebida barata!

Naquele momento, Gale percebeu que pensara com todas as letras, admitindo para si mesmo o efeito que ela causava sobre ele. L.I.N.D.A. E era bom, pra variar, não ficar tentando se segurar ou se sentindo errado pelas coisas que sentia. Johanna não era a namorada de seu melhor amigo, e por mais que sentir aquilo pudesse lhe colocar em outro tipo de confusão, ainda era um sentimento menos saturado de culpa. E, mesmo que ele tivesse medo, ainda o deixava feliz.

Justamente enquanto as coisas se encaixavam em sua cabeça e ele percebia que estava fazendo tempestade em copo d’água, a porta da sala de Johanna se abriu e a morena surgiu, sorridente e com a bolsa pesada pendendo do ombro.

— Finalmente! – Ela exclamou, completamente alheia ao momento de revelação que Gale acabara de ter. – Vamos ver o que eles querem. – Ela disse, ajeitando a alça da bolsa que teimava em escorregar de seu ombro.

Gale ergueu os olhos do celular, meio aturdido, a foto de Johanna ainda aberta na tela. Por reflexo, bloqueou a tela, mas não conseguiu normalizar a expressão a tempo de seu olhar cruzar com o dela.

A morena franziu o cenho enquanto Gale a olhava parecendo nunca tê-la visto antes.

E ele não tinha mesmo. Pelo menos, não daquele jeito.

— Gale? – Ela perguntou, caminhando cautelosamente até o sofá onde ele estava sentado. – O que houve?

Ele piscou e sacudiu a cabeça de leve, guardando o celular e parecendo recuperar um pouco da normalidade.  

— Não, nada. – Ele disse, pouco convincente, e mordeu o lábio logo em seguida.

Johanna não se deu por satisfeita.

— Fala logo, Gale. – Ele disse, sentando no sofá ao lado dele e atirando a bolsa no colo. – O Peeta te falou alguma coisa enquanto eu estava lá dentro?

Ele estreitou os olhos nos cantos. Tinha até se esquecido de Peeta, Katniss e todo o mistério que estavam indo resolver.

— Não. – Ele respondeu, e hesitou, mas logo concluiu que não merecia passar mais tanto tempo se torturando. Ele precisava falar com Johanna e não sabia exatamente o que, mas precisava falar sobre eles, sobre as coisas que tinha descoberto dentro de si recentemente, sobre como ele perdeu tempo, mas agora finalmente tinha se dado conta do quanto ela é especial.

Mas como atirar tudo isso na cara dela depois de tudo que havia acontecido? Ela ia ficar com muita raiva, e com razão. Johanna não merecia alguém que demorou tanto tempo para se dar conta de que ela estava ali.

— Não, o Peeta não falou nada. – Ele continuou, decidido a manter o assunto até onde pudesse. – Eu estava pensando em outra coisa. Na gente.

Os olhos castanhos dela se iluminaram com a confusão, a expressão “na gente” cravando mais fundo do que ela gostaria de admitir. Porque Gale não era um assunto assim tão bem enterrado para ela, também.

Ela ergueu uma sobrancelha, esperando que ele continuasse.

— Está... – Ele hesitou. – Está tudo bem entre a gente? Quer dizer, depois de tudo? A gente conversou no Señorita, mas eu ainda não sei se... – Ele se interrompeu. – sei lá, eu não sei se foi só uma trégua lá ou se as coisas voltaram ao normal mesmo.

Johanna estreitou os olhos nos cantos, tentando entender de onde vinha aquilo e porque estava vindo naquele momento.

— Está, ué. – Ela respondeu, um tanto confusa. – Bom, pelo menos da minha parte, está. – Ela fez uma pausa. – Você ficou pensando nisso desde aquele dia?

— Fiquei. – Ele admitiu, e ela sorriu, secretamente satisfeita. – Porque eu fiquei feliz na hora, mas depois eu não sabia se aquilo ainda estava valendo.

— Mas é claro que está. – Ela o tranquilizou, sorrindo. – Tanto que você está aí e eu aqui, e estamos indo juntos dar conta do que quer que o Peeta e a Katniss estejam armando para ajudar o Finnick. Você acha que se eu estivesse com raiva de você isso estaria acontecendo?

— Não. – Ele concordou. – Eu só queria confirmar, mesmo.

— Então tira isso da cabeça, porque isso tudo ficou para trás. – Ela disse, a voz macia. – A gente bagunçou muito as coisas, mas a gente não vai mais se confundir. Está tudo bem claro, agora.

— Não para mim. – Ele confessou, a frase saindo rápida e incontrolável como um acesso de tosse.    

Johanna ergueu as sobrancelhas.

— Como assim? – Ela perguntou e Gale se acovardou. O silêncio preencheu o espaço entre os dois enquanto ele tentava decidir o que fazer, a confusão dela e o medo dele impedindo ambos de falar qualquer coisa. – Como assim, Gale? – Ela repetiu, começando a perder a paciência com aquela conversa sem nexo.

Gale suspirou. Onde estava com a cabeça quando começara aquela conversa? Ele sabia que não teria coragem de ir até o final! Ele nunca tinha.

— Nada, Johanna. – Ele voltou atrás. – Bobagem minha.

— Não! – Ela discordou. – A gente já estragou muito as coisas por não deixar tudo claro. Se você ainda está com algum problema em relação a... – Ela hesitou. - a gente e tudo que aconteceu, vamos resolver logo. Mesmo que essa seja a pior hora do mundo, porque o Peeta e a Katniss devem estar com muita raiva pela nossa demora. – Ela disse, um sorriso divertido no rosto diante da perspectiva de Peeta e Katniss furiosos com a demora dos dois enquanto eles discutiam a relação no sofá do trabalho de Johanna.

— Eu fiquei pensando em muita coisa depois do Señorita, sabe? – Ele começou, e Johanna assentiu. – Eu sei que eu fui o cara mais idiota do mundo, mas eu pensava que a minha idiotice tinha a ver com outras coisas. Ter deixado as coisas chegarem longe demais, deixar todo mundo achar que a gente ia ser algo que a gente nunca seria... – Ele discursou, sabendo que estava contando uma história que Johanna conhecia muito bem e provavelmente não gostava de lembrar, mas sem coragem de atingir o ponto central da conversa. – Mas eu percebi que eu posso ter sido idiota por outros motivos, também.

— Tipo quais?

— Tipo ter demorado demais para perceber que todo mundo tinha razão, Johanna. – Ele disse, a frase esgarçando sua garganta a medida que saía. Ele não estava acostumado a ser honesto em relação a seus sentimentos, não costumava dar certo. – Que eu estava convencido de que a gente nunca ia passar de amigos, mas que eu estava mentindo para mim mesmo. Que eu podia gostar de você, mas perdi tempo demais ocupado com a Katniss para deixar isso acontecer. Mas que aconteceu de qualquer jeito, sem nem eu me dar conta, e agora eu não paro de pensar em você desde aquele maldito dia no Señorita e não sei o que fazer com o que estou sentindo.

Johanna não se moveu nenhum milímetro, o choque petrificando seu corpo enquanto acelerava seu coração até muito próximo de um ataque cardíaco. Sua pulsação devorava seu peito, sua respiração se acelerou e seus olhos se moviam freneticamente pelo rosto de Gale enquanto ela tentava dar algum sentido ao que acabava de ouvir.

— Eu sei que depois de tudo que aconteceu essa é a pior coisa que eu podia te dizer, mas eu não consegui evitar. E eu não quero guardar isso pra mim, porque a gente já quase saiu da vida um do outro justamente por não conversar sobre as coisas. É de você que eu gosto, Johanna, e me desculpa por ter armado esse circo até chegar a essa conclusão.

Ela franziu as sobrancelhas com força, até sentir dor e achar que tinha feito uma cãibra nos músculos do rosto. Sua boca estava entreaberta com a surpresa, mas também servia como tentativa de fazer mais ar entrar em seus pulmões agora que ela parecia ter sido atingida por uma pedrada na cabeça.

— Gale. – Ela disse, sacudindo a cabeça. – Você não sabe o que está falando. Eu sei que a nossa reconciliação mexeu com algumas coisas, eu também fiquei pensando nisso mais tempo do que deveria, mas você está confundindo tudo.

— Não estou. – Ele insistiu. – Aliás, pela primeira vez eu não estou confundindo nada e estou indo atrás do que eu quero de verdade.

Ela ficou quieta diante da segurança dele, dando-lhe algum tempo para voltar atrás enquanto tentava fazer a pulsação voltar para ritmos estáveis.

É claro que não deu certo. Porque a surpresa começou a ceder, e um outro sentimento começou a dar as caras enquanto ela percebia que ele falava sério: a raiva.

— Não, Gale. – Ela começou, a voz tremendo enquanto ela se esforçava para enunciar as palavras. – Você não está entendendo. – Sua respiração dava sinais ofegantes enquanto as palavras saíam com força, com raiva. – Você está confundindo as coisas. Você não pode estar falando sério, não depois de tudo que aconteceu. A não ser que você esteja com intenções de me causar um acesso de fúria. — Ela enunciou as palavras bem devagar enquanto o ar entrava através de sua boca por meio de respirações curtas.

Bom, ele devia ter imaginado que isso ia acontecer.

— Sabe por que, Gale? – Ela continuou, levantando-se do sofá e atirando a bolsa de qualquer jeito no estofado. – Porque você não arma uma palhaçada dessas feito a que você armou, de se apaixonar por namorada do melhor amigo, de tentar me beijar e depois dizer que eu nunca vou passar de sua amiguinha e mesmo assim  deixar todo mundo me enxergar como a garotinha desesperada pelo principezinho – Ela fez um gesto na direção dele. – para depois vir até o meu trabalho dizendo que “Ahh, Johanna, então, você lembra quando todo mundo falava que a gente ia ser um casal e eu neguei até a morte? Então, eu acho que eles tinham razão. Ah, você lembra também do motivo pelo qual a gente brigou e você disse que não queria me ver nunca mais? Então, nada daquilo precisava ter acontecido porque, olha só, eu estou apaixonado por você!”. Você não pode ter coragem de fazer isso comigo, Gale. É por isso que nós vamos sair daqui agora, entrar na merda do ônibus até a casa do Peeta, resolver o que temos de resolver e você vai pensar direitinho sobre o que você acabou de me falar e perceber que foi a pior asneira que já saiu dessa sua boca desde que você nasceu.

Gale sabia que uma reação como aquela o esperava, mas isso não significava que ele estivesse de fato preparado para lidar com uma crise de raiva vinda de Johanna.

— Eu não devia ter falado nada. – Ele murmurou, desviando o olhar do rosto dela.

Ela soltou uma risada sem humor algum.

— Ah, agora que você percebeu! – Ela exclamou, um sorriso cruelmente irônico no rosto. – Depois de ter falado. Depois de ter feito o estrago. – Ela bufou, e Gale olhou em volta, agradecido pelo escritório estar aparentemente vazio e ninguém estar presenciando aquela discussão. – Sabe o que é pior, Gale? Você não consegue nem aguentar as consequências do que você mesmo faz. Você achou o que? Que eu fosse me atirar nos seus braços só porque você confessou que magicamente passou a gostar de mim? É claro que não. Mas mesmo assim você falou, e agora eu estou brigando com você e qual é a sua reação? Ao invés de falar alguma coisa que preste, você mete um “Eu não devia ter falado nada”! É claro que não devia! Mas você falou, então não volte atrás. Não diga que você “não devia ter dito nada”; me faça acreditar que essa foi a melhor coisa que você poderia ter feito!

As palavras de Johanna o atingiram em cheio e, sem querer, ela havia acabado de atirar na cara dele o que mais o incomodava a respeito de si mesmo: sua covardia. Sua tendência a sempre voltar atrás quando as coisas não saíam como o esperado.

Mas aí é que estava a questão: ele não poderia voltar atrás sempre que as coisas saíssem do planejado se de fato quisesse levar as coisas a frente com Johanna. Porque, se tratando dela, as coisas sempre sairiam do planejado; Johanna podia até ser o protótipo da mocinha de uma comédia romântica (e depois de tudo isso que ela passou, quem poderia dizer que não?), mas ela ainda vivia uma vida real, e isso significava não seguir scripts. Ela era surpreendente e contraditória e esquentada e pavio curto e sensível e estabanada, e era justamente por todos esses motivos que ele gostava dela. Porque sua personalidade, que incluía todas essas incoerências, era uma das mais lindas que ele tinha tido a oportunidade de conhecer.

Mesmo quando ela aparentemente estava disposta a atirar um vaso em sua cabeça, como naquele exato momento.

— E o que você quer que eu faça? – Ele perguntou, arriando os ombros, derrotado. – Você preferia que eu não tivesse dito nada? Porque a gente pode sair daqui e nunca mais falar nisso de novo. Fingir que nada aconteceu.

A raiva pareceu ceder em seu rosto, seus olhos voltando ao tamanho normal. Ela fechou as pálpebras e soltou um suspiro cansado, passando os dedos pelo rosto com força e jogando os cabelos para trás.

— Aí é que está, Gale. – Ela começou, cruzando os braços sobre o peito e dando de ombros. – Eu não sei se eu não quero nunca mais falar nisso de novo.

— E o que isso significa? – Ele perguntou.

— Que nós somos o casal que nunca aconteceu mais complicado da história da humanidade. – Ela respondeu, fazendo-o soltar uma gargalhada engasgada.

Eles se olharam, sem ter mais o que falar, mesmo sabendo que as coisas estavam longe de serem resolvidas.

— Eu estava falando sério. – Ele disse. – Me desculpe se te fiz sofrer antes, se te fiz passar tanta raiva. Mas eu quero tentar, se você quiser também.

Ela suspirou, sentando-se novamente ao lado dele.

— Você não sabe por quanto tempo eu quis escutar isso. – Ela admitiu.

— Desculpe ter demorado tanto. – Ele suspirou, para logo depois emendar a pergunta traiçoeira. – Eu posso ter alguma esperança?

Ela desviou o olhar do rosto dele, dividida. Ela sabia que ele não merecia, mas será que faria algum bem negar seus próprios sentimentos só para dar-lhe uma lição? Talvez fosse melhor abrir mão de seu orgulho logo, por mais que isso fosse difícil. A vida vinha se empenhando em mostrar-lhe que eles não conseguiriam ficar separados nem se quisessem.

— Eu sei que foi inesperado, mas você não precisa me responder agora. Depois de todo esse tempo que eu levei, você tem o direito de me enrolar pelo tempo que precisar. – Ele disse, e um sorriso discreto se espalhou por seu rosto.

Johanna mordeu o lábio para conter um sorriso debochado.

— Ah, muito obrigada pela consideração. – Ela ironizou, mas seus olhos ficaram subitamente intensos enquanto a decisão era tomada.

As íris castanhas pareciam se derreter, quase transbordando dos olhos. Era como se o olhar de Johanna estivesse em todos os lugares, capturando-o, prendendo-o. Os olhos, sempre tão expressivos, sempre tão vivos e tão cheios da eterna agitação de sua mente, pareciam incomumente plácidos, porém cheios de aparente decisão que se formava em seu peito. E Gale soube que ela não pretendia estender aquele drama por muito mais tempo.

Ela segurou seu rosto delicadamente, ciente de que estava comandando o momento. Olhou em cheio nas íris cinzentas de Gale, deixando-o ciente de sua decisão e do quanto ele deveria considerar-se sortudo por ela ter desistido de criar todos os casos que ele merecia que ela criasse. Por fim, abriu um sorriso imperceptível e aproximou os dois rostos, abrindo a deixa para que ambos pudessem se entregar aquilo que vinha pairando no ar desde que os dois se conheceram.

O escritório vazio foi o cenário do primeiro beijo desses dois, e Johanna percebeu que sempre estivera certa. Isso podia ter acontecido há mais tempo, mas será que ia parecer tão certo quanto parecia agora? Havia algo de satisfatório em saber que eles dois só haviam se beijado porque ela dera o sinal, depois dele confessar seus sentimentos; não era um beijo aleatório em uma noite regada a álcool no Señorita, era um momento verdadeiramente deles.

— Mas você sabe que eu não sou muito de enrolar. – Ela continuou, depois que os dois se afastaram. – Você é o especialista nisso.  

Ele abriu um sorriso tão gigantesco que seus olhos se enrugaram nos cantos, a alegria súbita foi tão surpreendente que ela só conseguiu olhá-lo fixamente e pensar no que teria de fazer para fazer aquele sorriso se abrir de novo.

— A gente não está namorando. – Ela disse, ainda segurando seu rosto e ele assentiu veementemente. – E ninguém vai ficar sabendo disso, pelo menos por enquanto. – Ele assentiu com mais força ainda, mas parou o movimento subitamente.

— Por quê?! – Ele perguntou, parecendo indignado.

— Porque eles já quase estragaram tudo uma vez. – Ela explicou. – E eu não quero correr esse risco de novo. Fora que eles vão encher muito o nosso saco, e eu não quero lidar com isso por enquanto.

— Sim, senhora. – Ele concordou, salpicando o rosto de Johanna de beijos. – Eu nunca namorei escondido. – Ele comentou

— A gente não está namorando! – Ela exclamou, e ele riu contra a pele de seu pescoço, alvo dos beijos naquele momento.

— É verdade. Desculpa, eu esqueci. – Ele disse, e ela riu em seguida.

Os acordes da música suave do toque de celular de Johanna se fizeram ouvir, perturbando o clima de romance.

Johanna suspirou, e Gale estreitou o aperto em torno da cintura dela, puxando-a para seu colo e tentando dificultar seu acesso ao telefone. Ela se debruçou sobre o abraço dele para resgatar o celular da bolsa, e ele gemeu em reclamação.

— A gente tem compromisso. – Ela observou, encarando-o séria como uma mãe diante do filho que implora para continuar vendo desenho ao invés de ir para a aula. – Alô? – Ela disse para o celular. – Estou saindo daqui, amiga. Eu estava resolvendo umas coisas – Ela justificou, olhando maliciosamente para Gale, que não se conteve e encostou suavemente seus lábios nos dela, que não conseguiu desviar a tempo. – Chego com o Gale em uns quinze minutos. Tá. Beijo. – E desligou.

Ela olhou em cheio nos olhos dele.

— Vamos? – Perguntou para os olhos pidões de Gale.

— E a gente por acaso tem outra opção?

— Acho que não. – Ela suspirou. – Se demorarmos mais, eles mesmos vêm buscar a gente aqui.

— Então vamos ver o que eles estão aprontando. – Gale decretou, e os dois se levantaram, finalmente dispostos a sair daquele escritório e encarar o que os esperava na casa de Peeta. 

~~

— Eu sei que a gente demorou, me desculpa, fui eu que atrasei tudo, não me mata. – Johanna disse (mesmo que não fosse bem verdade) antes mesmo de dar oi, assim que Katniss abriu a porta para ela e Gale.

— Entra. – Katniss convidou, enquanto abraçava a amiga. – Não tem problema, ainda estamos esperando mais uma pessoa.

— A Cashmere ainda não chegou? – Gale perguntou, mas logo que olhou para o fundo do pequeno corredor que ligava à porta de entrada ao interior da casa viu a loirinha de cabelos coloridos nas pontas remexendo nos papéis de Peeta, largados na mesinha precária que ele e Peeta tinham para estudar. – Ué? – A confusão estreitou os olhos cinzentos.

— Estou aqui! – Ela exclamou, sorrindo abertamente para Gale e abrindo os braços para cumprimenta-lo com um abraço.  

Johanna encarou Katniss interrogativamente enquanto esperava Gale terminar de cumprimentar Cash para poder abraçar a loira também.

Mais alto do que deveria ter soado, foi possível ouvir o barulho da porta da frente se mexendo e do ar assobiando ao passar por ela. Logo em seguida, uma batida discreta se fez ouvir, acompanhada de uma voz conhecida por todos.

— Posso entrar? – Annie perguntou, colocando a cara timidamente para dentro do apartamento enquanto hesitava para entrar totalmente na casa.

Johanna arregalou os olhos e franziu as sobrancelhas ao mesmo tempo, armando sua melhor expressão de surpresa misturada com confusão. Seu olhar escorregou para Gale em busca de alguma explicação que ele talvez conhecesse e ela não, mas ele parecia tão chocado quanto ela. Annie?

Os dois voltaram os olhos à Katniss, que mantinha uma serenidade imperturbável na expressão.

— Pode entrar, Annie. – Ela disse, a voz mais alta para que a amiga pudesse ouvi-la apesar da distância. – A gente só estava esperando você chegar.


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Notas finais do capítulo

POIS BEM: DEPOIS DE 47 CAPÍTULOS DE DOR E SOFRIMENTO, O CASAL JOHALE ESTÁ OFICIALMENTE JUNTO!!!!!!!!!!!!
Gente, vocês também tinham a sensação que isso nunca ia acontecer? KKKKKKKKKK mas os planos eram juntá-los desde sempre, só ia ser uma relação complicada desde o início mesmo. Espero que este capítulo tenha feito vocês esboçarem sorrisas, porque ele me deixou muito feliz; foi ótimo escrever umas fofinhices Johale só pra variar.
E o bonde pesado está se preparando para pegar em armas para proteger nosso anjo Finnick Odair!!!!! A cada capítulo, eles estão dando um passinho, já repararam?
Mas então, vamos falar do que interessa: bom, gente, é aquilo, né, estou de férias e isso deve significar que as atualizações vão vir mais rápido, mas quem garante? É menos de um mês de férias, mas eu pretendo postar o máximo que conseguir nesses diazinhos, porque depois vai ficar muito complicado. Como a fic também não está muito longe do fim (!!!), quero ver se consigo postar mais para poder resolver todos os dramas que eu criei para esses personagens e acalmar o coraçãozinho de todo mundo kkkk
O PRÓXIMO CAPÍTULO TEM ANNIE! E acho de verdade que ele não vai demorar muito a sair, eu já tenho ele todo na minha cabeça e só falta colocar no papel (a parte mais difícil kkkkkkkk). Mas fé no pai, que o inimigo (bloqueio criativo) cai!!!
Espero que todo o coração ter conseguido compensar a demora com esse capítulo fofíneo. Um beijo, um queijo, e uma sarrada no ar em todos que estiverem lendo!



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