As Nossas Doces Rivais escrita por BelovedCherry, SistersCandy


Capítulo 3
Os Nossos Doces Sempais 3000% de ironia


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!! Daqui a Cherry!
Queria me desculpar pela demora... ^^' Gomen? Mas bem, se alguém estiver a ler esta fic que tal dar uma passadinha pelos comentários? o.~ É que sabe... três capitulos e zero comentários é tristes...! TT^TT
Ai, ai... de qualquer das maneiras: Boa leitura! o.~

Desculpem desde já qualquer erro, sim?



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No cap anterior...

De repente as luzes apagam-se o que assusta um pouco todos ali.

Como a plataforma é completamente electrónica o compartimento onde Kaori estava abriu. Ela suspirou aliviada ao ver uma mão para a ajudar a subir. Assim que já estava cá em cima olhou em frente para agradecer ao seu salvador mas ficou sem voz e desequilibrou-se, quase caindo novamente no buraco atrás de si. Felizmente a mesma pessoa que a salvou teve reflexos para a agarrar pela cintura antes que voltasse a cair.

– A-Arigatô... Mikaze Ai... – agradece quase num sussurro.

Agora...

O sempai de cabelos azuis claros observa as feições da ruiva com uma expressão intrigada e curiosa. Parecia quase como um deja vu... De onde conhecia esta cara...? Não se lembrava de alguma vez a ter visto, mas mesmo assim...

– Kao-chaaaaan! – gritam dois morenos arrancando a ruiva dos braços de Ai.

Abraços piores que os abraços de urso! Uhg! Que sensação constrangedora e irritante! Os Kotobuki de cabelos castanhos têm sempre a mania de abraçar forte demais! Felizmente a loira foi puxar a irmã, afrouxando, assim, um pouco o abraço. No entanto não impediu o irmão... Rei, Rei... sua pestinha diabólica!

– Kao-chan! Tive tantas saudades tuas também! Como pudeste desaparecer sem dizer nada a ninguém! – exclama Reiji com uma mistura de saudade e raiva na voz, como se estivesse a passar um sermão.

Neste momento a ruiva já estava mais vermelha que um tomate. E não, não está vermelha de raiva ou por falta de ar... bem, talvez um pouco!, mas a real razão é algo muito simples e confuso em simultâneo.

– R-Reiji-s-san! I-Isto é-é constangedor... – murmura acanhada, com os olhos no chão, tentando inutilmente sair do abraço do maior.

– Gomene Kao-chan, mas não te solto até dizeres que sentiste a minha falta! – resmunga fazendo um beicinho.

Ao olhar em redor vê as suas amigas a rir disfarçadamente “tentando” não chamar a atenção. A ruiva rapidamente assume uma expressão de raiva, parecendo querer queimar ou fritar as gémeas apenas com o olhar.

– Kao-chan? – chama-a o moreno.

Ela volta a sua atenção para o mais velho. Os olhinhos brilhantes, o biquinho de expectativa, o abraço de saudade... Como é que um homem de 20 e poucos anos consegue parecer tão fofo?! Bem, era exactamente isso que Kaori pensava neste momento. Um conflito interno enorme mas... acaba por ceder.

– Não me vais soltar até eu dizer né...? – resmunga sem olhar directamente para o moreno.

– Uhum – concorda com um aceno de cabeça.

– Tá... – suspira frustrada e completamente corada – Também senti saudades tuas Reiji-san...

– Kawaii! – exclama, o mais velho, saltitante de emoção.

– Tá, tá. Já chega de demonstrações de carinho! – resmunga um certo ser de cabelos brancos tentando soltar a pobre coitada ruiva do abraço de urso do Kotobuki.

Assim que a consegue ajudar direciona-lhe um olhar sério e nada simpático, baixando levemente o tronco para ficar à altura da pequena.

– Ainda não te apresentaste ruivinha.

– A-Ah... Gomenasai... O meu nome é Ka...

Nesse momento ela trava. Mais atrás, perto dos colegas de banda, estava o sempai que à pouco a ajudara. Cabelos azuis claros e olhos no mesmo tom, olhar vago e indiferente, baixa estatura e sucesso muito maior do que o esperado para a sua idade.

Mikaze Ai...

Ele não pode descobrir!

– Ka... Ka...

POV Kaori

E agora?! O que é que eu digo?! Bolas... Também devia ter ensaiado uma apresentação para todos do Master Course! Nem um nome falso tenho...

– Yo! Kao-chan? Congelou? – pergunta Reiji, abanando a mão em frente dos meus olhos.

– Ahm... – solto uma risadinha nervosa ao reparar no olhar reprovador dos sempais, principalmente o albino e o outro com o cabelo de princesa.

“Ele não precisa de saber deste apelido...”, penso nervosa.

– K-K-Kayo... Mi...zuguishi... – “Sim, parece-me bem!” – M-Mizugushi Kayo! – faço uma reverencia polida para tentar disfarçar a minha confusão interna de modo a parecer timidez – Tenho muito prazer em finalmente conhecer os amigos do Reiji-san e os seus kouhais!

Quando me volto a levantar vejo que os três Kotobukis estão a encarar-me confusos e sérios. Tenho quase a certeza que...

– Mas Kao-chan! Tu não...!

Reiji tenta perceber o que se passa mas eu apenas cerro os olhos irritada e piso o seu pé discretamente.

– Sim Rei-kun? – pergunto-lhe com um sorriso fofo mas uma aula maligna do tipo “Falas, morres!”

– N-Nada Kao...chan – resmunga tentando prender o gemido de dor.

***

Depois das apresentações pudemos, finalmente!, ir para os nossos novos quartos. Sim... parece que o Saotome-san teve a geniosa ideia de nos colocar como kouhais do Quartet Night. Como, pelo menos, teve o bom senso de nos dividir de modo a que nenhuma de nós fique com o Reiji para não sermos favorecidas, mesmo que eu não acredite que ele seria capaz disso, então a Reika-chan ficou no quarto ao lado do Kurosaki-sempai, Jingiji-san e Hijirikawa-san, a Rei-chan ficou no quarto ao lado do Camus-sempai e do Aijima-san e eu, por uma inflicidade do destino (ou do Saotome-san mesmo) fiquei no quarto ao lado do Shinomiya-san, do Kurusu-san e... do Mikaze... sempai...

Não, não e não! Isto não pode ser! Ai, ai... tenho que tentar falar com o Saotome-san. Eu não posso ser kouhai do Ai-chan!

***

POV Reika

– Bom... o que eu faço agora...? – digo encarando o teto branco do meu novo quarto, deitada na cama particularmente grande. – Talvez... durma um pouco... – murmuro bocejando – Sei que ainda é cedo mas...

Giro o meu corpo ficando de lado, de costas para a porta, coloco um braço por baixo da cabeça e o outro pousado perto do meu peito.

1º minuto – Retiro o braço de baixo da cabeça para esticá-lo à minha frente;

2º minuto – Movo as pernas e giro o corpo para o outro lado já que a luz da janela estava a bater-me na cara;

3º minuto – Encolho-me como um bebé e abraço a almofada começando a esfregar a bochecha direita no tecido macio;

4º minuto – A minha sobrancelha começa a tremer de nervos...

– Ahhhhhh! Isto é tão frustrante! – praticamente grito, atirando a almofada branca para o chão e saio do quarto batendo a porta – Odeio não ter nada para fazer...! – resmungo entre dentes.

– UAU! Novo recorde, nee-chan!

Assusto-me com a exclamação mesmo atrás de mim e ao virar-me vejo a criatura loira a quem chamo “irmã” encostada à parede, de braços cruzados e olhar trocista. Ok, não aguento mais!

– Rei-nee-chan...! – abraço-a chorosa – Estou tão feliz por te ver sã e salva!

– Dramática... – ouço-a resmungar enquanto leva a mão aos meus cabelos para os afagar.

Levanto o olhar na sua direção com uma expressão ainda chorosa. Que foi?! Quando estou aborrecida começo a exagerar, ok?! Algum problema com isso?! ~Olhar Assassino Reika~

– Conseguiste sobreviver ao teu sempai, Rei-chan! – exclamo como se ele tivesse acabado de voltar da toca do dragão.

– Ah... bem... o Camus-sempai nem é assim tão mau... eheh – murmura com uma gota bem expressiva.

– Eh...? O que aconteceu? – pergunto afastando-me ligeiramente.

A loira à minha frente coça a bochecha com uma expressão atrapalhada e pensativa.

– Bem...

FLASHBACK REI *On*

Bato à porta do quarto ao lado, o quarto do meu novo sempai e do seu kouhai e, se não me engano... são ambos da realeza! Interessante... Como será que as princesinhas irão reagir ao ter que tomar conta de mim? Ihihih, isto vai ser divertido!

– Entre! – ouço uma voz grave gritar lá dentro.

– Com licença... – murmuro ao abrir a porta e colocar um pé dentro do quarto.

Entro curiosa mas viro-me para fechar a porta branca e assim que me viro novamente para a frente apanho o maior susto da minha vida. “Mas que raio?! De onde é que apareceu este bastão?!”, foi o meu único pensamento ao aperceber-me de que tinha algo apontado ao nariz.

– Não te mexas... não pestanejes... não respires... – murmura um conde sério enquanto observava atentamente algo acima da minha cabeça.

Qual a minha reação? Obedecer, é claro! Pode parecer mais uma rainha do que um conde mas aquela cara estava a meter-me medo!! Não me julguem fraca... Hunf!

– M-M-Mas o q-

– Eu disse... – interrompe-me novamente com um murmúrio - ...não te mexas...

Estava praticamente a fundir-me com a porta; o conde cada vez mais perto, o bastão quase a tocar-me, a atmosfera cada vez mais assustadora... “Ai meu Kami-sama...! Onde é que eu me vim meter?!”

– Apanhei-te! – resmunga o loiro, finalmente!, afastando-se.

Nas suas mãos... UM PÁSSARO?! O que é que isto estava a fazer no quarto?! E à solta?!

O maior suspira aliviado a caminha calmamente em direção à janela, como se à poucos segundos atrás nem estivesse praticamente a esborrachar-me contra a parede ou a espetar-me com aquela coisa de conde prepotente!

– O que é q-

Sou novamente interrompida.

– O Cecil ainda não perdeu certas manias... – resmunga como se eu fosse invisível. – Ele tem que se habituar a deixar os pássaros lá fora...

– Hoe! Camus-sempai! – esperneio irritada por ser ignorada depois da situação de quase “morte” de à pouco.

– Hum...? – murmura parecendo só agora perceber que eu continuava ali.

Vira-se lentamente, ficando de lado perto da janela enorme e a olhar-me pelo canto do olho. Simplesmente solta o pássaro em direção ao céu que voa atrapalhado nos segundos iniciais mas depois afasta-se dali rapidamente. Movimento seguinte do loiro? APONTAR-ME O BASTÃO! Seu... seu... AFASTA ESSA COISA DO DEMÓNIO DE MIM!

– E tu quem és? – pergunta erguendo uma sobrancelha, num ato de superioridade.

– E-E-Eu... Kotobuki Rei, senhor! Estou a seu encargo a partir de agora! A-A-Ahm... Xau!

Não me culpem por sair daquele quarto a correr! Aquele objeto brilhante estava a meter-me nervos!

FLASHBACK REI *Off*

– Uau… - sem palavras.

A minha única reação foi rir sem conseguir controlar-me. A minha nee-chan, a corajosa Rei, a bipolar Rei, a protetora Rei, a... mais velha das gémeas Rei... Sério que ela ficou com medo do seu sempai?!

– Nee-chan! Não rias! – exclama indignada cruzando os braços sobre o peito – Queria ver o que tinhas feito se estivesses no meu lugar!

“Ahahahah, não aguento!”

De repente a sua expressão emburrada muda para uma diabólica e lança-me um sorriso torto.

– E tu, nee-chan? Como foi com o Kurosaki-sempai?

“Odeio-te...!”, resmungo mentalmente, estreitando os olhos.

Limpo as lágrimas pequenas que o riso constante de à segundos causara e faço um beicinho chateado.

– Ele aproveitou-se de mim! – resmungo cruzando os braços.

Quando olho em frente já não vejo a loira e ao procurá-la com o olhar vejo-a direcionar-se ao quarto ao lado com uma aura ardente e assassina.

– Rei-nee-chan! – exclamo assustada apressando o passo a agarrando-a pelo braço – Que vais fazer?!

– Nada, nada... – diz com um sorriso macabro – Vou só ali castrar o teu sempai e já volto... eheheh

Tá bom, agora estou com medo! De onde é que surgiu aquela espada?!

– N-Não é isso, nee-chan! – exclamo completamente corada e assustada.

– Ai não? – pergunta com uma cara confusa e voltando ao seu estado natural.

– N-Não! Foi assim...

FLASHBACK REIKA *On*

Decido apresentar-me ao meu sempai e aos seus kouhais então dirijo-me à porta ao lado. Bato à porta, entro assim que recebo permissão, peço desculpa pela intromissão... Bom, digamos que queria parecer simpática.

Nos primeiros momentos não vejo nada de anormal. Apenas o sempai estava no quarto e ele não parecia muito ocupado, apenas estava a ler uma revista que não consegui identificar à primeira.

– Yo! O meu nome é Kotobuki Reika! Prazer! – exclamo sorridente fazendo uma vénia polida – Estou a seu encargo a partir de agora, sempai!

Quando volto a subir o olhar vejo que ele me observava atentamente, como se me conseguisse avaliar apenas pelo aspeto. O que não demora muito pois ele volta a sua atenção para a revista sem dizer nada.

– Então semp-

Vejo-o apontar para algo à minha direita e ao direcionar o olhar para aí vejo uma grande estante de CD’s, praticamente toda desorganizada.

– Podes falar enquanto fazes algo de útil... – murmura com desinteresse.

– Hai! – concordo sorridente e começo a organizar os CD’s cuidadosamente.

(Cantinho da Reika/“Agora que relembro a cena é que percebo o quanto fui burra nesse momento...”)

Enquanto arrumava tudo continuo o meu discurso.

– Então sempai... Sabe, nesses anos, mesmo sem ver o meu irmão, continuei a falar com ele por e-mail e por telemóvel. O Reiji-chan fala muito dos colegas de banda, principalmente do senhor, Kurosaki-sempai! Só que... – fico uns segundos a observar um CD mas logo o junto aos outros - ...Digamos que o nii-chan não costuma falar pela positiva! – digo com um sorriso minimo, ligeiramente envergonhada.

Assim que termina viro-mo para ele para tentar explicar a situação mas o seu indicador já apontava para o armário no outro lado do quarto, “ligeiramente” desarrumado.

– Mas também... – começo a organizar os casacos nos cabides, entretida – ... não quer dizer que o Nii-chan só fale mal, não é? Eheheh... Bem, é praticamente para resmungar sobre algo com que o sempai implicou mas sei que no fundo vocês devem ser bons amigos, né? – aproveito para dobrar melhor algumas camisolas e coloca-las no seu devido lugar – Nem acredito que o sempai seja assim tão mau... ahahah!

(Cantinho da Rei/“Algo meu diz que irás mudar de opinião em poucos minutos, nee-chan...”)

Assim que termino viro sorridente para tentar melhorar a má impressão que devo ter passado do meu irmão... Sim... Como é que não percebi?! ELE NÃO ME ESTAVA A OUVIR! Fones de ouvido e ainda por cima adormeceu com a revista em cima da cara. Como é que fui tão... cega, ou surda?! Arg! Odeio o meu sempai!

Sem muito que fazer apenas lhe lanço o meu olhar assassino, o bastante para ele acordar com um salto (provavelmente arrepiou-se) e saio do quarto batendo a porta com força.

FLASHBACK REIKA *Off*

– E foi isso! – digo com um gota.

– Reika-ne-chan... sempre a mesma – murmura a loira com uma mão espalmada na testa.

– Eu fui enganada! – resmungo indignada.

– Então ainda posso castrá-lo? – pergunta retirando novamente a espada de sei-lá-onde e um olhar brilhante de ânsia.

– Não – respondo séria.

– Sua má... – resmunga com um beicinho.

POV Kaori

– Lamento Miss... Mizugushi... Já aceitei a troca de nome... não aceitarei a troca de sempai – responde Saotome-san com uma expressão de divertimento – Que tal encarar isto como um teste às suas capacidades? Dentro de um mês os Quartet Night irão ter um importante concerto – apoia os cotovelos na sua secretária fazendo os óculos brilharem de expectativa – Se até lá conseguir manter a farsa irei dar-lhe a opção de escolha: 1-Contar a todos dentro do Master Course e aos seus fãs que não é a Mizugushi Kayo; ou 2-Adoptar definitivamente esta nova identidade. No entanto... caso falhe e alguém descubra... – diz com um tom enigmático – Será obrigada a tomar a primeira opção.

– Mas Diretor Saotome! – tento aflita.

– Sem “mas”! Estas são as condições já que creio que em breve mudará de opinião.

Vejo-o levantar-se calmamente da sua “poltrona” e aproximar-se de mim com um sorriso travesso.

– Este lugar está repleto de ídolos carismáticos e, para além disso, dois deles conhecem a menina desde à muito tempo, não é mesmo?

Olho para o chão sem saber o que responder. Era tudo verdade mas... não posso! Simplesmente não posso deitar tudo a perder!

Levanto-me séria e confiante.

– Acredito que não irei falhar, Saotome-san!

O seu sorriso divertido cresce mais um pouco.

– Muito bem Miss Mizugushi! Temos então um pacto! – exclama divertido voltando para o seu lugar – Esperarei ansioso pelo concerto!


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Notas finais do capítulo

Então? Muito ruim? Muito chato? Muito... sei lá!
Onegai queridas leitoras ou leitores TT^TT (dúvido muito) que tal serem bonzinhos para mim e dizerem "oi"? Não cái o dedinho não! Poxa... *cantinho da depressão* OTL

Cherry kisses minna-san!



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