A História Sempre Se Repete - 2ª Temporada escrita por EvansPotter


Capítulo 38
Sofrer


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey amores!!!
Bom, finalmente o capitulo que eu vinha reclamando a tanto tempo.
Finalmente consegui decidir qual versão postar e acreditem, não foi nada fácil decidir, por vaaaaaaaaaaaaarios motivos.
Sério, mesmo agora que estou programando o capitulo aqui eu ainda estou com aquela pontada de duvida lá no fundo. Ok.
De verdade vocês não imaginam quantas vezes mudei de ideia, mas no final consegui decidir. E aqui vai...
(LEAIM AS NOTAS FINAIS POR FAVOR)



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P.O.V. Rose

– Claire, Matt, venham comigo. - Falei tentando manter a voz séria e sem tirar os olhos de Emily.

Claire estava respirando fundo e rápido, com os olhos cheios de lágrimas, e Matt olhava tudo meio assustado, os olhos arregalados, segurando firme a mão de Claire, tentando entender o que estava acontecendo. Eles deram dois passos rápidos na minha direção, mas Emily colocou a mão na frente dos dois.

– Acho que não. - Ela disse sorrindo, ainda com o braço esticado na frente deles.

– Venham. - Scorpius chamou-os, também olhando fixamente para Emily.

– Já disse que não! - Emily gritou e os segurou pelos braços, apertando-os.

– Não segura eles assim! - Exclamei apontando a varinha para ela.

Pelo canto dos olhos vi Scorpius, alguns passos atrás de mim, também direcionar a varinha para Parkinson.

– Mamãe! - Matt gritou quando Emily o apertou mais um pouco, soltou Claire, que correu e abraçou a perna de Scorpius, e apontou a varinha para ele.

– Deixa ele em paz, Parkinson. – Falei, ainda tentando não gritar.

Ela abriu um sorriso ainda maior e o puxou bruscamente para mais perto. Claire gritou e Scorpius a empurrou um pouco mais para trás de si. Matthew começou a chorar, ainda firmemente seguro pela mão de Emily.

– O que você quer, Parkinson? – Scorpius perguntou.

– Conversar. – Ela respondeu simplesmente, deu alguns passos para trás, puxando Matthew e se sentou na cama. – Faz tempo que não nós falamos. Temos que por os assuntos em dia, não acham?

– Solta ele, Emily. – Scorpius falou meio alto, ainda apontando a varinha para ela.

– Ele é a sua cara, sabia, Scorpius? – A vadia falou olhando para Matt. – Igualzinho. E a Elise! Cresceu tanto desde a última vez que a vi. Você não se parece tanto assim com seu pai, Elise. Embora tenha algumas coisas que lembrem ele, principalmente os olhos.

Claire soltou um grito curto e fino, se escondeu melhor atrás de Scorpius e puxou minha mão livre, a apertando firmemente.

– O que é que você quer aqui? – Perguntei novamente entre os dentes.

– Já disse, tomatinho, conversar.

– Solta o Matthew!

– Por quê? Ele parece estar se divertindo comigo, não é Matt? – Ela perguntou ainda sorrindo e apontando a varinha para ele.

– Mãe! Pai!
– Não está se divertindo. Matt? – Ela perguntou com o olhar mais sério, a expressão mais dura. Aproximando mais a varinha do rosto dele.

– Petrificus...!

– Impedimenta! – Emily gritou, desviando meu feitiço. – Nem tente fazer isso de novo, tomatinho!
– Larga o Matthew!

– Não! Agora vamos conversar. Scorp, acho que a ultima vez que te vi foi lá no Três Vassouras, não faz muito tempo. – Ela sorriu. – Contou isso para a Rose?

– É, contei. Agora larga o Matthew.

– Ah, que ótimo marido, mas a Weasleyzinha não é tão boa esposa assim, não é? Ele te contou quando encontrou o amigo dela John? Te contou quando encontrou ele essa noite?

Pelo canto do olho vi Scorpius virar a cabeça para mim e alguns segundos depois se voltar para a Parkinson de novo.

– Pode até ser que ela fosse contar, mas fomos interrompidos.

– Acha mesmo que ela ia contar?

– Sim.

Emily levantou as sobrancelhas descrente e sorriu mais. Claire chorava silenciosamente atrás das pernas de Scorpius, e Matt olhava assustado para tudo, grandes lagrimas escorrendo pelo rosto. Eu tenho que tirar ele de lá. Preciso distrair ela. Qualquer coisa para distrai-la... distrair... espera!

– É claro! – Exclamei alto. Scorpius se virou para mim com uma expressão interrogativa. – Está trabalhando com o Green agora, não é, projeto de buldogue?

– Finalmente percebeu, não é, tomatinho?

– Ah... o que? – Scorpius perguntou.

– O Green está do lado dela. Como comprou ele, Parkinson? – Perguntei mais para distrai-la do que por curiosidade.

– Como se compra qualquer coisa. Ouro. Parece que ele estava desempregado a um bom tempo, ai eu apareci para ajuda-lo. – Ela falou, continuando a segurar Matt sob a mira da varinha. – Alias, ouro compra muita coisa, por exemplo minha passagem de saída de Azkaban. Como é bom que aquilo lá não seja mais vigiado por dementadores e sim por bruxos, não é?

– Comprou a falsa morte da sua mãe também, não é? – Scorpius perguntou, provavelmente percebendo que eu queria distrai-la.

– Não iria a lugar nenhum sem minha mãe. – Ela disse entortando o sorriso.

– E onde foi que ficou esse tempo todo?

– Bulgária. É um país legal. Mamãe ainda está lá. Mas eu voltei para ir atrás do John, sabia que ninguém o afetaria mais que ele, Scorp.

– Emily, depois de todos esses anos e depois de tudo o que você fez, você ainda acha que eu...?

– E quem disse que eu ainda quero ficar com você, Scorp? – Ela levantou a voz o interrompendo. – Não! Agora eu só queria destruir a vidinha perfeita de vocês. Exatamente do mesmo jeito que destruíram a minha quando fui para Azkaban. E vocês são os culpados disso. Incluindo você, Elise.

Claire se encolheu ainda mais e apertou mais forte a minha mão, que ela ainda segurava.

– Você destruiu sua vida, Emily.

– Não! Vocês me mandaram para lá! E as maiores culpadas disso tudo são, você, Rose, e você, Elise. Você tirou tudo o que eu queria, Weasley! E você, ruivinha, me mandou direto para Azkaban! E eu vou fazer vocês duas sofrerem muito por isso.

Claire enterrou as pequenas unhas na minha mão, abraçou ainda mais as pernas de Scorpius e perdeu completamente o controle da respiração.

– E fazendo elas sofrerem, eu faço você sofrer também, Scorp. Porque você também tem sua parcela de culpa nisso tudo! E é uma parcela bem grande.

– Você não vai fazer nada, Parkinson! – Scorpius gritou e tentou andar em direção a ela.

– Pai! – Claire o segurou pelas vestes, impedindo-o de andar. Tentando a todo custo não perder a proteção que o corpo dele a estava dando. – Não! Papai, não me deixa aqui! – Ela começou a chorar mais alto.

Emily riu alto, mas ainda sem abaixar a varinha, ainda apertando o braço de Matt, que estava mais pálido que o habitual e, ao que parecia, incapaz de falar uma única palavra.

– É. Vocês todos vão sofrer muito por terem destruído minha vida. Eu vou destruir tudo. E vou começar destruindo esse aqui que se parece tanto com você, Scorpius.

Ela puxou Matt para a frente dela, mirando melhor a varinha, no mesmo momento estampidos e clarões vindos da minha varinha e da de Scorpius voaram na direção dela. Ela desviou, mas quase fez com que os feitiços atingissem Matt. Claire gritou e saiu correndo do quarto. Emily finalmente soltou Matthew, o jogando bruscamente em direção a cama.

– Matt! – Chamei estendendo meu braço, ele passou correndo por Emily e veio até mim. – Corre! Vai com a Claire!

Scorpius estava duelando com Emily. Comecei a lançar todos os feitiços que vinham na minha cabeça, contra ela. Alguns pequenos cortes apareceram no rosto dela, a barra da manga de suas vestes estavam queimadas e sangue pingava da mão com que ela segurava a varinha, mas ela continuou duelando.

– Você vai me pagar, Weasley! – Ela berrava desviando de mais e mais azarações.

O quarto estava cheio de clarões, ela, assim como nós continuava atacando.

– Você vai sofrer demais, Weasley! – Ela gritou e vi ela virando rapidamente a varinha na direção de Scorpius. – Avada Kedavra!

– Não! Scorpius!

Vi Scorpius tombando no chão. Corri até ele, sem me preocupar com Emily que ainda estava em pé, com uma expressão dura no rosto e que agora apontava a varinha na minha direção.

– Estupefaça! – Uma voz distante disse. E eu esperei ser lançada para o outro lado do quarto. Mas não fui. Apenas ouvi o som de algo ou alguém batendo na parede mais próxima.

– Scorpius! – Gritei, sem conseguir enxergar direito por causa das lagrimas e me ajoelhando ao lado dele. – Scorpius! Acorda! Scorpius!

– Rose... – Uma voz disse colocando a mão leve e tremula no meu ombro.

– Scorpius, acorda... – Chamei com a voz falhando, bem baixa, praticamente se recusando a sair da minha boca. – Levanta...

– Rose, não... não adianta, Rose. Ele... ele está...

– Não! – Berrei e me virei para aquela voz e dei de cara com a minha mãe, ajoelhada ao meu lado. – Não! Não fala isso!

– Rose, filha, eu...

– Cadê eles? A Claire e o Matt?

– Lá embaixo com... Ron! – Ela gritou de repente.

– Já estou subindo!
– Não! Fica ai embaixo com eles. – Ela falou tentando manter a voz firme e se voltou para mim outra vez. – Rose, temos que...

– Não temos nada! Eu não quero fazer nada! Eu não! Não! Eu não quero! Eu não posso! – Falei me jogando sobre o peito de Scorpius e sentindo o meu corpo balançar por soluços altos e fortes.

– Eu sei, Rose, eu sei. Mas a Claire e Matthew lá embaixo precisam de você agora e nem eu nem seu pai vamos poder acalmar eles agora, só você, Rose. – Mamãe falou com o rosto cheio de lagrimas.

As palavras dela pareciam chegar de muito distante, como se ela se dirigisse a alguém que não fosse eu e de um ponto muito longe daquele quarto, naquele chão frio em que nós três estávamos jogados no chão. Mas mesmo assim, alguma parte de mim, que não conseguia ganhar força o suficiente nesse momento, sabia que ela estava certa. Eles precisam de mim. E eu preciso deles.

– Eu não posso, mãe. Eu não posso. Scorpius... por favor, não... por favor... desculpa... não...

Senti mamãe me puxando delicadamente para ela e me abraçando forte, me apertando sob seus braços e passando as mãos lentamente pelos meus cabelos. Ela me deixou chorar e soluçar sobre seu ombro, me deixou molhar toda a roupa dela com lagrimas, me deixou sufocar todo grito de agonia e dor que pedia desesperadamente para sair de dentro de mim.


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Notas finais do capítulo

Ok gente, vamos lá...
Eu sei que vocês estão com vontade de me matar, me odeiam, talvez nunca mais leiam uma fic minha, ou sei lá eu mais o que, mas vocês não tem ideia de como foi difícil escrever esses últimos capítulos e como foi difícil decidir escolher esse final.
Eu pensei demais antes de postar esse capitulo e depois de programar a postagem pensei varias e varias vezes em apagar e postar a outra versão. A versão feliz. Mas tive meus motivos para escolher esse final e esses são os dois principais:
Bom, eu não vou mentir, eu, em termos de escrita e finalização mesmo, acho que essa versão ficou mil vezes melhor que a "versão feliz" apesar de lá ter algumas partes que eu gostei bastante, acho que essa que eu postei ficou bem melhor, bem mais profunda que a outra. E isso pesou sim na minha escolha. Mas isso não foi o principal.
Lá nas notas finais do ultimo capitulo da primeira temporada, vocês provavelmente não lembram, mas eu falei para vocês que muitos personagens eram bastante parecidos com pessoas que eu conheço, e pessoas que estão entre as que eu mais amo no mundo. Nessa temporada eu percebi que várias das coisas que aconteceram na fic aconteceram de um jeito parecido na minha vida, na verdade, em uma fase muito importante da minha vida e que eu amei demais viver apesar de todas as dificuldades. Claro que não foi tudo igual, obvio, mas muitas coisas parecidas e, em essência, iguais.
Mas enfim, porque eu estou falando isso tudo? Porque eu quero dizer que escrever essa fic me ajudou demais. Demais mesmo. Vocês não tem ideia de como eu estava quando comecei a escrever essa historia e como fui melhorando enquanto escrevia. Não foi a unica coisa que me ajudou, varias e varias coisas me ajudaram a melhorar pouco a pouco e quando paro para pensar essa fic foi uma delas. Porque, de um jeito ou de outro, com desvios, acréscimos de coisas, cortes de outras, adaptações eu meio que contei minha história aqui. E, mesmo não querendo, eu precisava desesperadamente contar minha história.
Ok, estou me alongando demais aqui, bom, acho que no final de tudo eu quis deixar essa história ainda mais parecida com a minha. Era uma coisa que eu precisava fazer para mim mesma.
Me desculpem de verdade. De verdade mesmo. Eu sei como é se apegar a um personagem e isso acontecer no final, acreditem eu sei. Ainda mais quando para mim era um personagem tão real e parecido com outra pessoa nas qualidades e defeitos. Vocês não têm ideia de como foi difícil matar ele. Não têm ideia de como eu chorei escrevendo esse capitulo e os próximos também. Mas era uma coisa que eu precisava fazer. Eu precisava terminar essa história.
Bom, é isso, espero que continuem lendo a história até o final apesar de tudo e por favor falem comigo nos comentários!
Não me odeiem! Eu amo vocês!