Independência escrita por Harukko


Capítulo 61
Sentimentos Confusos


Notas iniciais do capítulo

OOii meus fofos!! As últimas emoções estão chegando, não percam nadinha em!!



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– Eu e a diretora estávamos pensando - conta a professora - , todos os anos, a turma do 2º Ano do Ensino Médio, ou seja, a turma que vocês estão agora, poderia fazer uma viagem para a praia.
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– É uma boa ideia realmente. - diz a diretora Olivia - Como os alunos estão nos últimos anos de escola, eles sairiam com uma boa impressão do lugar, e quem sabe no futuro poderiam até matricular seus filhos aqui.
Todos comeram em silêncio nos minutos seguintes. Eu subi para o meu quarto e fui ler um livro, Marcelina e Valéria foram jogar bola com alguns colegas.
Eu sentei na cama e folhei as páginas no livro. O Paulo bate na porta e entra.
– Oi.
– Oi! Bom, você disse que eu poderia vir aqui ver o mar pela sacada quando quisesse, então eu vim.
– Claro, pode ir. - digo.
Ele abre a porta de vidro, e fica na varanda olhando o mar por alguns minutos, depois retorna e fala:
– O mar é mesmo bonito quando paramos para olhar!
– Você está com algum problema? - pergunto fechando o livro.
– Não, só precisava dar uma arejada nas ideias. - ele olha para o mar novamente e acrescenta saindo - Você fica mesmo mais bonita sem franja!
Minhas bochechas ficaram vermelhas e quentes, o Paulo quase nunca me elogiava, eu acho que foi bom seguir seu conselho e deixar minha franja crescer.
Mais tarde nós almoçamos e fomos para a beira da praia, eu e o Paulo apostamos corrida de um certo ponto na água, até um guarda sol que estava na areia. Eu abaixei a cabeça e não vi nada, só quando saímos da água para encostar no guarda sol, percebi que estávamos lado a lado.
– Ganhei! - digo.
– Ganhou nada, fui eu!!
– Deixa de ser chorão e aprende a perder!
– Eu não perdi! - ele me pega no colo e me joga na água.
– Seu idiota perdedor! - eu começo a tocar água no os olhos dele.
– Para com isso! - ele protege os olhos com os braços e vai chegando perto até segurar o meu ombro.
Quando ele toca em mim, eu paro de jogar água e fico olhando-o inexpressiva, e pela terceira vez ele me beija, eu continuo até me dar conta do que estava acontecendo. Tomo distância e digo envergonhada:
– Para com isso, todo mundo vai ver. - sussurro.
– Não importa. - fala ele com uma naturalidade admirável.
– O que?
– Você tinha razão, eu nunca deveria ter escondido dos outros o que eu sinto. Nem acredito que estou falando isso, mas, Alicia desculpa. Eu me sinto bem perto de você, e eu não vou esconder isso pro resto da vida.
Eu fico espantada e vou me afastando cada vez mais.
– O que foi? Eu disse que não quero mais esconder a nossa relação dos outros.
– Que relação? - pergunto ainda mais surpresa.
– Você é minha amiga, não é?! Eu gosto muito de você, pena que percebi isso só agora.
– Pois é, eu sou a sua amiga. - tento disfarçar o grande espanto que tive - Mas amigos, eles não se ... Se...
– Eu entendi, desculpa. - ele fica meio triste, ou pareceu estar, não sei mais nem o que pensar.
– Não! Quer dizer, nós já éramos amigos, e agora nós... - fico tão constrangida e atrapalhada ao mesmo tempo - Bom, você me beijou, não que isso foi uma coisa assim tão ruim, porque eu também te acho legal, muito legal...
Ele riu e eu perguntei:
– O que foi?
– Sabe que você é meio fofa as vezes! Eu já entendi, não precisa falar mais nada. - ele me abraçou como se estivesse me protegendo de alguma coisa.
– Está na hora do lanche criançada! - grita Graça.
Fomos comer e continuamos na água. Mais tarde voltamos para a casa, eu fiquei na sala olhando televisão até a hora da janta. Eu e o Paulo ficávamos nos olhando e rindo, até o Firmino percebeu.
– Tem alguma coisa entre vocês, ou é só impressão minha? - pergunta.
– Você é bem curioso em Firmino! - diz Paulo.
– Hmmmmmmmmmmmmmmmmmm!!!!!!! - falam todos insinuando segundas intenções.
Eu fico envergonhada e me retiro, subo para o meu quarto e fico conversando com a Valéria, batendo papo furado de menina, sabe?! E conto o que aconteceu para ela.
– Você está brincando comigo, né?
– É sério Val, ele é bem mais legal do que parece ser!
– Agora você vai namorar com aquele moleque, só o que faltava!
– Você vive me chamando de moleca, e também, a gente nem está namorando.
– Sei! - fala ela com sarcasmo.
– E se estivéssemos? Isso é completamente normal, se gostamos um do outro então por que não?
– Estranho...
– Estranho por quê? Somos como todo mundo. - falo.
– Você não, esse cheiro que é estranho. - ela fica balançando o nariz feito um coelho.
– É mesmo, parece cheiro de queimado. - afirmo.
– Será que a Graça foi fazer a sobremesa, e seja lá o que for, queimou?
– Se realmente fosse isso, então, não teria motivos para o quarto superaquecer tão rapidamente. - me dou conta do que poderia estar havendo.
O Paulo abre a porta, velozmente entra no quarto e diz:
– SAIAM RÁPIDO, A CASA ESTÁ PEGANDO FOGO!!


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Notas finais do capítulo

Uau, que reviravolta! Não percam amanhã o último capítulo da história, quer dizer, como todos gostam muito eu resolvi fazer um capítulo Especial!! Mas de qualquer jeito, não percam amanhã o final dessa confusão!!