Pov’s On

Mothim Pov’s

A grande onda se aproximava cada vez mais, parecia que ela seguia a gente! Se eu estava desesperado? Claro que estava! Não por mim, mas pelos outros. Eu poderia voar e facilmente se livrar daquilo, mas não deixaria todos ali sozinhos nessa.

Pena que nem todos pensávamos igual.

O tal Lucario encapuzado fugiu de nosso alcance de vista ao usar o ExtremeSpeed para fugir. Não sei os outros, mas fiquei muito indignado com aquilo.

– Kirlia! Por que não usa um Teleport na gente? – Tyrogue perguntou enquanto corria.

– Eu até queria, mas é muita gente, e ainda não tenho força suficiente pra tantos Pokémon, somente se eu estivesse evoluída. – Ela respondeu. Ouvimos um ‘’Droga’’ escapando da boca de Tyrogue.

– Use o Psychic para parar a onda pelo menos um pouco para fugirmos! – Eu disse.

– Desculpe, mas eu ainda não aprendi esse ataque. – Ela respondeu. Vi uma pontadinha de tristeza em seus olhos ao olhar pra mim rapidamente. Talvez estivesse aflita por não poder ajudar em nada.

É, a coisa tava feia. Mais e mais a onda aumentava e vinha em nossa direção. Cara, de onde tava saindo tanta água?

Depois de alguns segundos que pareceram milênios para nós, conseguimos nos afastar um pouco da onda. Arcanine havia entregado Eevee para Flygon, parou no caminho e usou um Hyper Beam, fazendo a velocidade da onda diminuir por algum tempinho e depois voltou com o ExtremeSpeed. Sabíamos que ela voltaria bem mais forte depois, mas pelo menos daria tempo de correr dela agora. Inclusive, a Eevee não tinha ficado pra trás? Ou ela estava aqui o tempo todo e não a percebi?

Yeah! Conseguimos despistar a onda. Acho que podemos nos acalmar um pouco agora e... ‘’Péra’’, aquele ali na frente não é Lucario? E porque não segue adiante, está parado correndo pros lados... Ah, droga cara!!

– Mas o que... Quem colocou essa parede ai? – Arcanine disse, preocupado, mas pude sentir um pouco de deboche na frase.

Acontece que Lucario havia parado pois não tinha como, pra onde continuar a correr. Tínhamos ido parar em frente a uma muito íngreme encosta, e tinha muita lama e pedras, era impossível subi-la. Aquilo não era pra estar ali, a não ser que tenhamos errado o caminho, já que estávamos nos guiando na estrada que leva ao Bosque das Águas Claras. Ah ótimo, nos perdemos e agora vamos ser surrados por água.

– Tem que ter um jeito de fugir! – Tyrogue disse, tentando subir a encosta, e logo depois se ‘’estabacando’’ no chão.

– Eu já tentei de tudo para passar isso aqui. Se eu não consigo, vocês inferiores também não conseguirão. – Lucario respondeu, calmo até demais pra situação em que estávamos. Kirlia lançou um olhar fulminante para ele, eu jurei que ela iria mata-lo ali e agora. Como se a onda já não fosse fazer isso daqui a pouco...

E sim, eu sou muito pessimista.

A onda agora vinha em força total, nunca vi algo assim, todos nos encolhemos contra a parede depois de minutos procurando uma saída. Já sabíamos o que ia acontecer em seguida...

Eu e Flygon poderíamos voar agora, mas acho que assim como eu, ela não queria deixar os outros nessa situação, não agora. Talvez nós dois voássemos pra longe quando a onda já estivesse encobrindo os outros, quando estivessem pra morrer já, pelo menos não daríamos o papel de traidores ou algo assim... Bem, não pra eles, mas em nossa cabeça com certeza ficaríamos encanado nisso pelo resto da vida.

Okay, tava tudo acabado. A onda a centímetros de nós, Eevee escondendo o rosto nas patas de Arcanine e lhe agradecendo por ter feito ela viver mais um pouco (Eevee havia pedido para Flygon lhe soltar, aparentemente Flygon a levaria junto na hora da fuga), Serperior e Lucario calmos como se nada estivesse acontecendo, Kirlia com algumas lágrimas nos olhos e Tyrogue de olhos fechados como se esperando o fim. Arcanine estava de cabeça baixa, de olhos totalmente cerrados também, olhando melhor, agora todos estavam. Queria poder ajuda-los, mas infelizmente não poderia. Me sinto tão... imundo por dentro.

Mas então um brilho me chamou a atenção. Não era um brilho comum. E vinha... do amuleto de Arcanine? Então... se fosse o que eu estava pensando... ainda tínhamos esperança de vida!

E realmente era o que eu pensava. O Tsunami engoliria a gente, Flygon já decolava, quando o amuleto brilho mais ainda e um aura saiu dele. Uma aura não, um espírito de um Pokémon. Era o espírito de Lugia.

Lugia surgiu graciosamente, mas ao mesmo tempo amedrontador. Soltou um grande urro, o que fez todos levantarem a cabeça e olharem. Todos estavam em choque agora, menos eu, pra mim aquilo não era novidade nenhuma.

O espírito brilhava, e quando a água nos encobria por total, quase nos alcançando, Lugia abriu suas asas, fazendo as águas abrirem um ‘’corredor’’ sobre nós.

Víamos a água cair a nossos lados intensamente, arrancando árvores mais nas extremidades, mas uma gota sequer pingou em algum de nós, somente nos pés já que a água já no chão se alastrava pra todo lugar, mas isso não contava.

A onda acabou. Olhamos para cima, Lugia fechou as asas e agora soltava outro urro, esse bem mais alto. Ele nos olhou, deu um pequeno sorriso, e sumiu. Só sumiu, apareceu e sumiu diante de nossos olhos. O amuleto de Arcanine parou de brilhar

Ficamos algum tempo estáticos, ninguém se movia. Tentavam ‘’engolir’’ o que tinha acabado de acontecer.

– O que diabos foi isso? – Lucario perguntou.

– Veio do amuleto dele. – Serperior disse apontando para Arcanine, que olhava sem esboçar reação para o objeto.

Não tínhamos nada a falar. Por isso ficamos assim, por mais longos minutos...

Pov’s Off

{...}

– Tá, deixa eu ver se entendi. Aquele Lucario estava roubando a ‘’caixinha preciosa’’ de Tyrogue, que a ganhou por vencer a Kirlia shiny ali. Lucario tentou fugir, mas Flygon avistou e foi atrás dele. Ele cruzou com a gente, passaria batido mas tropeçou numa Eevee shiny que nos seguia por um motivo que até agora não sei e assim Flygon, Kirlia e Tyrogue o alcançam. Iríamos todos lutar quando uma onda gigante surge e parece nos seguir aonde íamos. Quando estávamos para morrer um Lugia saiu do meu amuleto e nos protegeu. Sério que isso realmente aconteceu? – Arcanine perguntou, recebendo um ‘’Sim’’ de todos a sua volta. Haviam se passado uns vinte minutos desde o ocorrido. – Ual, que louco.

– Onde pensa que vai? – Kirlia mandou outro Psyshock em direção à Lucario, o fazendo cair. Serperior o havia amarrado com um Vine Whip, para que não fugisse com as Stones. Já haviam insistido para ele devolver a caixa à Tyrogue, mas ele recusava-se. Até tentaram pegar a caixa a força, mas Lucario havia a escondido em algum lugar dentro de seu capuz.

– Ah, o-obrigada Arcanine. Sei que já disse isso antes, mas acho que eu deveria te falar de novo agora que estamos em calma. Você me salvou, sou muito grata a você. – Eevee se aproximou de Arcanine e se esfregou em sua pata. Arcanine se assustou a início, mas logo depois sorriu, com a outra pata fazendo carinho na cabeça de Eevee, que soltou um risinho.

– Me deixem sair daqui. Sabem muito bem que não conseguirão nada de mim, seus trouxas. – Lucario disse, irritado.

– Devolva a caixa e assim te deixaremos ir. – Flygon disse.

– Afinal, o que te de tão especial nessa caixa Lucario? – Eevee perguntou.

– Algo que não interessa a nenhum de vocês. Inclusive, é muita coragem sua se dirigir a mim coisinha, foi você que atrapalhou tudo! – Lucario gritou, fazendo Eevee se encolher um pouco.

– Hey, não fale assim com ela! Tu já tá todo errado por ter roubado, a garota não tem culpa de nada. Muito pelo contrário, só ajudou. – Tyrogue disse, com ódio à Lucario. – Não esquenta Eevee.

– Respondendo a sua pergunta Eevee: Aquela caixa contém todos os métodos evolutivos conhecidos por meio de objetos. É bem valioso. Se vendido, dá pra ganhar uma boa recompensa. – Kirlia diz. – Você já poderia parar de fazer showzinho e nos devolver Lucario. Não acha?

– De jeito nenhum! Não me renderei a criaturas insignificantes como vocês. – Ele responde, olhando nos olhos de Kirlia. De repente, ao ver melhor ao fundo dos olhos de Kirlia, um rápido flash lhe veio a cabeça e por algum motivo que não entendeu bem na hora se arrepende do que falou. – Me desculpe.

–Hã?!? – Todos se espantam. Lucario havia se desculpado com alguém? E porque logo com Kirlia?

– Cara, isso tá chato. Devolve a caixa e acabamos com isso. Eu, Serperior e Arcanine continuamos em direção à SkyFall, Lucario sai ulando de árvore em árvore por ai e os outros voltam a fazer o que estavam fazendo. – Disse Mothim.

– É. Voltamos a andar em direção a SkyFall, Flygon voa por ai, Tyrogue se diverte com seus métodos evolutivos, Kirlia vai fazer qualquer coisa por ai e Eevee volta a nos seguir sorrateiramente... não '’péra’’... – Arcanine falou.

– Hey Eevee, por que nos seguia? – Serperior perguntou, calmo, para não assustar Eevee nem deixa-la sobre pressão.

– Ah, bom... é-é complicado explicar...

– Poupe-me desse discursinho idiota que ela vai fazer. ME DEIXEM SAIR!!! – Lucario gritou de novo, deixando Eevee mais cabisbaixa.

– Não tô mais te aguentando, vou lutar com você. Quem vencer leva as Stones. Acabou. É bem mais fácil resolver do que aguentar ele. – Tyrogue disse.

– Se vai lutar, também vou. – Flygon disse, sendo apoiada por todos.

– Ouh, então será sete contra um? Parece bem injusto, mas darei conta de vocês num piscar de olhos. Aceito a proposta. – Lucario responde, como numa provocação.

– Não precisamos lutar. Sei de um jeito que acabará com ele bem rápido. –Mothim responde. – Você realmente não irá devolver né?

– Haha, claro que não! E o que vai fazer borboletinha? Vai invocar outro Lendário e irá me matar usando o poder dele? Você até que é bem hilário. – Lucario agora ria feito um louco, debochando de Mothim, que fechou a cara na hora.

– Cara, foi você que pediu. Venha, batalhe comigo! Sou só uma borboletinha inofensiva não? Me derrote então!

(Trilha Sonora da Batalha)

– Irá se arrepender de sua escolha. – De uma hora pra outra, o sorriso de Lucario desapareceu e ele usou um Fire Spin, da qual Mothim desviou com um pouco de dificuldade.

Mothim usou um Psybeam, Lucario desviou num pulo e num giro, mas logo depois foi acertado por um Aerial Ace muito bem dado.

– Uh, desgraçado! – Lucario usou um ExtremeSpeed e em milésimos de segundos estava a frente de Mothim, e lançou um Aura Sphere nele, que caiu no chão com o impacto. Havia sido um ataque bem forte, e por ser bem frágil de corpo, Mothim já tinha dificuldades para se levantar. – Haha, desista Mothim. Você já era. – Lucario se preparava para usar um Stone Edge, que com certeza acabaria com Mothim agora mesmo.

– Eu realmente não queria ter que fazer isso cara. Mas acho que vou ter que apelar com você,

Dito isso, Mothim se levanta e seu amuleto começa a brilhar. – Lembra a hora que perguntou se eu invocaria um Lendário pra acabar contigo? E seu eu te falasse que realmente posso fazer isso? - Uma esfera roxa se formava a frente de Mothim, e o amuleto brilhava mais. – Dragon Pulse!

Todos ficaram espantados com aquilo. Como raios um Mothim aprendera um Dragon Pulse? E o amuleto...

O Drago Pulse estava completo. Nada poderia ser mais espantoso que isso. Ou poderia sim. Um Rayquaza surgiu rugindo atrás de Mothim, seu corpo saía do amuleto. E então o Dragon Pulse foi em direção à Lucario. Um clarão surgiu por um momento, e quando tudo acabou, Rayquaza já não estava mais lá, e Lucario estava caído, impossibilitado de lutar, e a pequena caixa estava jogada no chão, com o ataque provavelmente caiu do capuz. Mothim pegou a caixa de volta e a devolveu a Tyrogue.

– Problema resolvido.

– Explique-se. Agora. – Serperior pede o que todos agora queriam saber.

{...}

– Aquele Slowking e aquele Alakazam malucos tavam certos? Realmente existe esse bagulho de Guardião Lendário e talz? – Uma Emolga perguntou, em um murmúrio, pois somente outro Pokémon poderia ouvir.

– Acho que sim! Nossa, eu jurava que aqueles dois tavam cheirando alguma coisa. – Lairon era o outro Pokémon.

Os dois estavam atrás de uma moita, observando tudo que acontecia com o grupo que presenciou dois Lendários em menos de meia hora. Os dois estavam passando em direção à um festival de ‘’Quem come mais’’ que teria ali perto. Emolga queria participar, nem para ganhar, só para comer mesmo, e como ela e Lairon eram amigos e sempre andavam juntos, ele a acompanharia e torceria por ela. Mas pararam para ver quando a briga de Mothim e Lucario começou. Agora sussurravam e debatiam sobre algo que eles mesmo achavam impossível.

– Devemos comunicar Alakazam e alertá-lo sobre o que vimos? – Emolga pergunta.

– Claro que devemos. Se eles estiverem certos, vai acontecer uma Guerra Mundial! E parece que eles não mentiram no que nos falaram...

{...}

– Fale logo! Para onde foi Flygon?

– E-eu não sei, sou somente a mensageira de Garchomp, não tenho acesso às missões dos novatos!

Hydreigon e Altaria se encontravam à beira de um enorme penhasco situado nas Terras Perdidas, à norte de Dragnólia.

Hydreigon a havia levado pra lá com a desculpa de que o Prefeito estaria lá a esperando para um aviso importante especialmente para os seus mais chegados, mas ao lá chegarem, Hydreigon a paralisou com um Thunder Wave, e a colocou a margem do penhasco, quase caindo. ‘’Que ingênua’’ ele pensava. O motivo é que Hydreigon quer a todo custo saber para onde Flygon foi cumprir sua missão.

Hydreigon havia tido uma pequena visão. Viu Flygon e mais um grupo de outros Pokémon, um Lugia pairava acima deles, e uma espécie de amuleto brilhava no pescoço de um. Hydreigon sabia que isso aconteceria um dia, e também sabia que tinha que avisar a seu Senhor que os dias finais estavam chegando mais rápido do que imaginavam.

– É claro que tem! Acha que não sabemos que tem um caso com o Prefeito? ME DIGA ONDE ELA FOI IMPRESTÁVEL!! – Hydreigon gritava cada vez mais, sem medo de alguém ouvi-lo, já que ninguém ousava ao menos pisar nas Terras Perdidas.

– EU JURO!! Não tenho ideia de pra onde ela foi!! – Altaria gritava também, igualando sua voz a do dragão maior.

– Affz, no final, acho que você não serve pra nada mesmo. Saiba que por causa de sua resistência, toda Dragnólia sofrerá em minhas mãos, pelo menos até eu conseguir achar o paradeiro de Flygon. – E assim Hydreigon toma voo, indo em direção a Dragnólia.

– Hey! Me tire daqui! Não posso ficar aqui, tenho recados importantes a entregar, me tire daqui! – Altaria implorava.

Na mesma hora, Hydreigon se virou novamente. Seus olhos agora estavam vermelho carmesim, e tinha um sorriso cínico e assustador no rosto, Altaria se arrependeu de tê-lo chamado.

– Oh, é verdade. Não posso te deixar aqui sabendo que quando a paralisia acabar irá voando para acabar com meus planos.

– Não! Eu não contarei a ninguém, eu juro!! Somente me tire deste lugar! – Lágrimas já escorriam pelo rosto delicado de Altaria.

– Sua jura de nada vale pra mim. Sinto ter que fazer isso, mas acho que terei que sujar minhas gloriosas patas para dar um fim em você. – Hydreigon de vira de novo pra ela. Um Dragon Pulse enorme começa a se formar a sua frente, direcionado a Altaria, que agora gritava com toda a sua voz. – Você até que era uma boa amiga pra mim, mas de certo modo só irá atrapalhar de agora em diante. Adeus Altaria. – E assim o Dragon Pulse foi lançado.

Uma grande explosão surgiu, um flash de clarão encobriu tudo. Quando a explosão cessou, Hydreigon olhou para confirmar se seu trabalho havia sido concluído.

Aonde estava Altaria antes, não havia nada mais além de sangue e penas. Se não morreu pela explosão, morreu ao cair do penhasco, Hydreigon não sabia dizer o que aconteceu com a fênix branca.

– Não fará diferença de qualquer jeito. – Hydreigon voltou a voar. – Dragnólia, Dragnólia... acho bom colaborarem comigo quando eu chegar ai, a não ser que queiram ter o mesmo destino da pobre mensageira. – Hydreigon falava sozinho, e agora dava risos, histéricos e maldosos risos. Risos de um verdadeiro psicopata. Risos que ecoavam pelas silenciosas Terras Perdidas, fazendo o lugar ser mais assustador do que já é.