Pov autora:

Depois de alguns meses, algumas coisas mudaram, algumas não, muitas. Mili havia descoberto sobre sua verdadeira família, os Almeida campos e com isso, se afastou um pouco do pessoal do Orfanto. Ela também terminou o relacionamento com o Mosca, por conta do próprio, que dizia que agora estavam em classes sócias distantes. Já ele, agora estava em um novo relacionamento com Julia, que trabalhava no mesmo serviço que ele. Mosca já não morava mas no Orfanato, ele e Pata agora moravam com sua tia. Pata, continuava a mesma de alguns meses atrás, só que agora com o visual mas periguete. Vivi e Tati passaram a viver com seu pai e Shirley, na mesma comunidade de Mosca e Pata. Tati, agora mais velha, mudou seu estilo menininha para algo mas mulher, mas provocante e Vivi já não era a patricinha de antes, depois de quebrar a cara em um de seus relacionamentos mau arrumados, se tornou um tanto revolta e o visual mais largado, com peças mas neutras. Bia, já a alguns meses vivia com seus tio, Edgar e seu insuportável filho, Pedro. A única coisa que havia mudado em Bia era os cabelos, que agora estavam bem mais escuros e invés de mechas falsas, havia feito californianas roxas. Continuava marrenta, com personalidade forte, arrogante, só que agora, mas madura. O Raio de Luz, continuava o mesmo, só que com menos pessoas. E, algo importante que aconteceu durante esses messes, foi a chegada de novos integrantes.

– Está ficando tudo perfeito! – exclamou Cris admirada com a decoração de sua festa. A Cristina continuava a mesma romântica de sempre, só que agora com os cabelos mas curtos e quase loiros.

– Tenho que concordar, você tem um ótimo gosto Cris. – afirmou Carol, que havia se tornado a nova diretora do Orfanato. – Ana e Binho, por favor, sem agarramentos. – pediu Carol, sendo completamente ignorada. Depois de muita confusão, os dois finalmente conseguiram ficar juntos. Ana, agora com os cabelos mais longos e mais magra, havia mudado bastante. Já não era mas tão ingênua como antes e sua amizade com Tati havia sido balançada por conta do seu namoro. Binho, havia ganhado mais corpo e estava mais alto, mas continuava o mesmo brincalhão de sempre.

– Acho que deveriam começar a se arrumar, a festa está marcada para daqui a uma hora. – disse Ernestina conferindo o relógio.

– Está certa. Cris, pode deixar que os últimos detalhes nós cuidamos. – disse Carol. – Vá se arrumar, hoje é seu dia, tem de ficar maravilhosa.

– Está bem. Sou muita agradecida a você Carol, por ter me proporcionado uma festa dessas. Obrigada. – agradeceu Cris a abraçando e em seguida indo se arrumar.

Na casa dos Almeida campos...

– Patrícia, você acha que está muito chique? – perguntou Mili se olhando no espelho. Apesar de tudo, Mili e Pata ainda continuavam grandes amigas.

– Claro que não, está linda. – afirmou Pata. – Alem do mais, é uma festa de quinze anos.

– Obrigada. – agradeceu Mili, se sentando em sua penteadeira. – Já tem tanto tempo que não vejo o pessoal do Orfanato, que agora que vou reencontra-los, me dá até um friozinho na barriga. – concluiu passando a se maquiar.

– Eu também. Sinto saudades da nossa amizade, éramos todos unidos. – falou Pata enquanto terminava de calçar sua bota. – As coisas mudaram tanto que, fico imaginando se ainda tudo ia continuar.

– Eu fico mal de ter me afastado tanto deles, só que agora, com tudo novo, casa novo, colégio novo, vida nova. – falou Mili.

– Sem lamentações, por favor. Você não tem culpa se de uma hora para outra sua vida virou de cabeça para baixo, daqui a pouco tudo se acerta. Relaxa. – disse Pata, tentando a tranquilizar.

– Está certa, vamos esquecer de todos os nossos problemas, hoje é dia de festa. – afirmou Mili abrindo um enorme sorriso.

– É assim que se fala. – disse Pata.

Na comunidade...

– Caraca Júlia, que demora. – reclamou Mosca ao ver ela se aproximar.

– Oi para você também Felipe. – retrucou Julia. Ela era a nova namorada de Mosca, era um tanto bonita, tinha um corpo de dar inveja e era um amor de pessoa. – Acontece que minha mãe ficou encanado minha saída, por isso que demorei. – respondeu ela.

– Sua mãe não confia mesmo em mim, né. Todo vez é isso. – falou ele.

– Minha mãe é protetora, só isso. – respondeu Julia dando um selinho nele. – Eu disse que o terno do papai ia ficar perfeito... cadê a merda do palito? – questionou ela irritada.

– Ah amor, eu fiquei parecendo um velho. Resolvi trocar por essa blusa social. Bem melhor, não acha? – perguntou ele animado.

– Vamos embora, antes que eu desista de ir. – disse ela caminhando irritada para o ponto de ônibus.

– Ei, espera! – gritou alguém que corria atrás deles desesperadamente.

– Vivi?! – falou Mosca ao ver-lá tão mudada. – Cacete, nem te reconheci.

– Quanto tempo, Mosca! – afirmou ela o puxando para um braço.

– Mosca? – indagou Julia curiosa, chamando a atenção de Vivi.

– Quem é essa? – perguntou Vivi descaradamente.

– Ah, essa é a minha namorada, Julia e amor essa é minha amiga de infância, Viviane. – respondeu ele.

– Julia, prazer. – respondeu ela esticando a mão direita.

– Namorada?! – perguntou Vivi arregalando os olhos e ignorando completamente o gesto de Julia. – Tá brincando? Nunca pensei que fosse e a Mili fossem se separar. Vocês eram tão apaixonados. – afirmou ela nem ai para a atual de Mosca, o deixando com cara de tacho.

– Vivi, por favor, não vamos falar sobre esse assunto. – sussurrou desconfortável.

– Foi mal. – disse ela. – Então, se incomodam se eu for com vocês para a festa? – indagou ela.

– Não tem problema algum. – respondeu Julia sorridente. – Mas então Viviane, não sabia que Mosca tinha amigos de infância aqui em Santanna.

– Verdade... Não sabia que estava morando aqui na comunidade. - afirmou Mosca curioso.

– Eu vim morar com o meu pai. Já que nossa relação melhorou bastante, resolvi dar um chance a ele. – respondeu. Depois Mosca e Vivi começaram a conversar sobre como andam suas vidas depois da saida do Orfanato deixando Julia completamente desconfortável,

Enquanto isso no Raio de luz...

– Meu deus Cris, como está linda. – afirmou Teca.

– Está uma verdadeira princesa. – disse Maria penteando os cabelos.

– Meninas, seria muito incomodo se fossem avisar a Carol que a Cris já está pronta? – perguntou Ana sorridente. Após Bia ter ido morar com o tio, no começo Ana ficou bastante desolada, mas, nesse tempo se tornou uma grande amiga de Cris.

– Claro. – respondeu Teca sem escrúpulos. Maria deu uma cotovelada em seu braço. – Ai! Claro que não... não esperam eu terminar a frase . – consertou ela.

– Obrigada. – agradeceu Ana. – Ai Cris, por favor, melhoras essa carinha. Hoje é o seu dia. Vamos. – falou ela após as meninas se retirarem.

– Ana, você não faz ideia de como eu estou feliz, serio. Eu nunca vou poder retribuir a Carol tudo o que ela fez, está fazendo e vai fazer por nós. – começo Cris. – Mas, sabe o que acontece, eu ainda muita saudade dele, apesar de ter meses que eu o vejo. Ele me prometeu que viria nos meu quinze anos, eles fez uma promessa.

– Eu sei Cris, mas já pensou que não é fácil uma viagem internacional e ainda mas sozinho. E também você sabe como sua sogra é, um porre. Ela não ia liberar o Duda assim tão fácil. E, se serve de consolo, quando o Eduardo quer uma coisa, ele consegue. – concluiu Ana. Bem, você deve estar se perguntando” Como assim, o Duda e a Cris?” Sim, eles se envolveram. Na primeira viagem do Duda a Bélgica, ela ficou só uma semana a pedida da mãe. Durante essa semana ele acabou se envolvendo com uma menina e um bom tempo depois que voltou ao Brasil, essa tal ligou falando que estava grávida e que tinha quase certeza que o bebe era dele, só que ele já estava profundamente envolvido com a Cristina. Ele estava decidido que, se fosse dele ele iria assumir, então ele decidiu voltar a Bélgica e ficar até a chegada do bebe. Só que ele prometeu a Cris que voltaria e que finalmente poderiam ficar juntos. Só que desde então, já se passaram nove meses e nada do Eduardo dar notícias.

*****

– Caraca Pedro, vamos embora. Já estamos atrasados. - gritou Bia irritada.

– Já estou indo priminha. Relaxa. - respondeu ele.

– Ai que saco! - exclamou ela, indo para a varanda de casa. - Odeio esperar.

– Que isso Bia. Caprichou na produção, hein. - falou Miguel se aproximando. O mesmo era o melhor amigo de Pedro e, também havia sido convidado para a festa.

– Não enche Miguel, por favor. - retrucou Bia irritada.

– Eita, desculpa. O que tá pegando? - perguntou ele.

– Adivinha? O teu amiguinho está atrasado. Como sempre. - respondeu ela ríspida.

– Achei que já estivesse acostumada. - afirmou ele. - Vem cá bonitinha... - concluiu ele a puxando para um beijo. De vez em quando, eles se pegavam. Uma tipica amizade colorida.

– Cheguei casal. - falou Pedro chamando atenção ambos.

– Até que enfim. - comemorou Bia dando um tapa forte em seu braço esquerdo. - Tu não imagina a vontade que eu estou de bater na sua cara.

– Paz e amor, por favor. - falou ele saindo de perto de Bia.

– Então, acho que já podemos ir. - falou Miguel pegando na mão de Bia e seguindo para o ponto de van, deixando Pedro com cara de boco.

Continua...