Em algum corredor.

“Onde você esteve?” Pergunta Uotani encostada em uma das paredes olhando seriamente para Kagura.

“Ah, estava conhecendo o castelo.”

“Não fique zanzando por ai e vá dormir.”

“Ainda é cedo, onde está a Hime-sama?”

“Está tomando banho, e já vai dormir.”

“Vai ter que ficar para amanha...” E se afasta. Em outro corredor.

“Olá.” Cumprimenta Momiji.

“Onde estão Yuki e Haru?”

“Ainda não voltaram.”

“Voltaram do que?” Pergunta Yuki atrás dos dois.

“AHH!” Kagura e Momiji levam um susto.

“O que estavam aprontando?” Pergunta Haru que vinha logo atrás de Yuki.

“Nadinha.” Responde Momiji.

“Conseguiram alguma coisa?” Pergunta Kagura.

“Nada.” Responde Haru.

“Que droga.”

“Não pensei que fosse tão difícil.” Diz Momiji.

“Eu também, mas esse reino é bem grande mesmo. Não vamos encontrar nada tendo que voltar pra cá o tempo todo. Talvez a idéia de Hime-sama seja a melhor.” Diz Yuki.

“Mas é perigoso!” Diz Kagura.

“Não pode ser tão ruim, e nós quatro podemos dar conta do recado.”

“Eba! Vamos viajar!” Exclama Momiji.

“Se segura um pouco, ta.” Diz Haru.

“Não seja cruel.”

“Vamos dormir, amanha falamos com a princesa.” Diz Kagura.

“Vamos dormir, vamos dormir!” Diz Momiji. E cada um se dirige para seus quartos.

   No dia seguinte.

“Hime-sama, acorde.” Diz Uotani puxando o lençol.

“Não faça isso.” Diz Tohru sem abrir os olhos e tentando pear o lençol. “Ainda é cedo.”

“Você tem uma conferencia.”

“Não quero ir.”

“Hime-sama!”

“Já vou, já vou.”

  Uotani sai do quarto. Ainda com muito sono Tohru vai para o banheiro, depois de alguns longos minutos veste o vestido que estava separado na cama.

“Que vestido feio.” Pensa Tohru se vestindo.

“Ah, Hime-sama, estão lhe esperando.” Diz Shigure assim que Tohru sai do quarto.

“J-já? Eu ainda nem tomei o café da manha.”

“Fica para depois.” Diz Shigure empurrando Tohru.

“Aahh! Eu tenho que ir ao toalete!” E sai correndo.

“Tohru-himeee!” Grita Shigure estendendo o braço na direção de Tohru, mas não dando um passo.

“Não seja exagerado...” Diz um dos conselheiros. Shigure se vira para a figura.

“Akito-sama, a reunião será daqui a pouco, porque não volta?”

“Eu já estou indo.” Diz Akito estendendo uma das mãos. Shigure entrega um pergaminho que Akito esconde nas mangas de seu casaco e volta à sala da reunião.

“Não vou, não vou, não posso ir.” Pensa Tohru se escondendo atrás de uma armadura. “Eu vou ficar aqui e... escadas?” E começa a descê-las, um pouco receosa. Ela empurra a pesada porta e segue pelo calabouço. “Esse lugar me dá medo.” E se apóia em uma das paredes, mas sente que ela afunda. “O que diabos?” E se agacha, puxando o fundo falso revelando uma porta. “Eu não conheço esse lugar... estaria aqui algum tesouro?” E empurra a porta que da para um corredor mal iluminado. “Onde isso vai me levar?” E continua seguindo até chegar a uma única cela. “Porque isso está escondido aqui?”

“Quem está ai?” Pergunta Kyo. Tohru da um berro.

“Q-quem é você?”

  Kyo se aproxima da barreira tornando-se visível.

“Mas essa garota é...”

“Mas não tem grades? É só uma barreira.” Diz Tohru examinando a estranha cela.

“Parece pouco, é?”

“Ah é porque você é muito forte.”

“Você nem faz idéia. Então, você é Tohru-hime.”

“Ah, mais um com isso... Sou eu mesma.” Diz Tohru sorrindo.

“Entendo... então, é verdade que você tem poderes?”

“Uo-chan e Hana-chan dizem que podem senti-los, mas eu não sei.”

“Você pode desfazer a barreira?”

“Eu não sei, mas posso tentar.”

“Então tenta.”

“Nem pensar.”

“Porque não?!”

“Se você está preso... não sou eu que vou te soltar.”

“Então pelo menos me põe em uma cela melhor.”

“Não é minha função, sem querer ser grossa.”

“... pode me responder uma curiosidade?”

“Fique a vontade para perguntar.”

“Como foi ver o ataque de quatro anos atrás?”

   Tohru fica olhando surpresa para ele.

“Se não me engano você presenciou a luta entre o demônio e seu pai.”

“Ninguém no reino me perguntou sobre o ataque, ninguém nunca me perguntou, eu estou feliz que tenha perguntado, mas Hana-chan me disse para evitar falar sobre o ataque.”

“Ela não está ouvindo, pode falar.”

“Foi horrível, eu não vi o corpo do meu pai, mas... eu vo o sangue, eu vi a mão atravessando... minha mãe disse que seria mais presente, mas eu sabia que não ia dar... parte do castelo pegou fogo, muitas pessoas morreram.”

“E você sabe o nome do responsável por tudo isso?”

“Não consigo me lembrar...”

“Faça um esforço.”

“Hm... Yoshi... Yori... Yoki...”

“Não era alguma coisa com Kyo?”

“É, Kill, Kyo, muito bem lembrado... Kyoki, Kyobi, Kyokitchi, ah, eu não lembro.”

“Era algo parecido com esse último.”

“Ah! Kyonkicha, né?”

“Era bem parecido com isso.”

“Se você sabe por que não me diz?”

“Porque assim você não vai falar. Eu não lembro direito. Sei que era algo bem parecido com isso.”

“Porque não quer me dizer? Me diga o seu nome.”

“Kyo. Estranha coincidência, não?”

“Kyo... seu nome é Kyonkichi.”

  Kyo sorri.

“Sim, é meu nome.”

“Kyonkichi é o demônio que foi preso no calabouço secreto, a senha, Kyonkichi.”

“Eu fico agradecido, baka-hime-san.” E acerta um soco na barreira que desmorona.

“Kyonkichi... o-o que vai fazer?”

“Quer tentar adivinhar?” E se aproxima dela.

“Kyonkichi, onegai... não se mova...”

“Não senti emoção.” E começa a apertar o pescoço de Tohru.

“Ah... Kyo... por...favor...” Diz batendo no braço dele.

  Kyo a ergue e a arremessa contra a parede.

“E fique quietinha, baka-hime.” Diz Kyo saindo do corredor.

“Ky... o...” Diz Tohru antes de desmaiar.

  Kyo sai do calabouço e segue até o salão.

Em outra parte do palácio.

“O que é essa presença?” Pergunta Haru.

“Vamos rápido!” Diz Kagura pressentindo algo muito ruim.

“A princesa! A princesa sumiu!” Grita Hanajima entrando na sala.

“Vamos logo!” Grita Yuki e os quatro seguem a presença.

  Em frente ao Salão de Reunião.

  Kyo seguia em direção ao salão quando alguns guardas o interceptam.

“Não pode passar!”

“Sua presença é desconhecida!”

“Somente com autorização da princesa.”

“Mostre a autorização.”

“Idiotas, saiam ou vão morrer!” Grita Uotani do outro lado do corredor.

“Você! Eu lembro de você! Você é uma das guarda-costas da princesa, não?” Pergunta Kyo se voltando para Uotani.

“É o Kyonkichi!” Grita um dos guardas.

“Hime-sama, onde está a Hime-sama?” Pergunta Uotani.

“Eu já dei um trato nela, a próxima é você.” Diz Kyo estalando as mãos.

“Hime-sama... esteja bem... Venha lutar. Preciso ganhar tempo para que os guardiões cheguem.”

“Não vou ter piedade.” Diz Kyo partindo pra cima dos guardas e estraçalhando suas armaduras. “Nem preciso da minha verdadeira forma contra esses inúteis.”

“Pata de coelho!” Grita Momiji acertando um chute no rosto de Kyo.

“Quem é você, pirralho?”

“O defensor da Hime-chan e 4º Guardião, Momiji.”

“Pff, molequinho metido, vou te afundar no chão.” Diz Kyo que de repente e atirado contra uma parede.

“Fica pra outra, valentão.” Diz Haru. De suas mãos saiam fios que prendiam Kyo contra a parede.

“Mais um?”

“Hatsuharu, o 2º Guardião ira impedi-lo.”

“Não seja convencido!”

“Pata de coelho!” Grita Momiji indo pra cima de Kyo, mas o garoto desaparece subitamente.

“O que diabos?”

“Cabeçada!!” Grita Momiji acertando a cabeça de Kyo com a sua. Kyo ainda recebe um chute e um soco de outra pessoa que o afunda contra a parede.

“Esse é o poder da 12º Guardiã, o javali... Kyo?” pergunta Kagura finalmente vendo em quem ela havia batido.

“Vocês... são uma praga.”

“Você me enganou!!” Berra Kagura.

“Onde está a Hime-chan?!” Grita Momiji.

  Kyo sai da parede e se livra dos fios de Haru.

“Que poder monstruoso.” Diz Uotani sentindo a aura ameaçadora do Oni.

  E subitamente o salão começa a ficar gelado.

“Você era o dono daquela presença, não é?” Pergunta Yuki que estava mais afastado, com uma das mãos encostada na parede.

“E se for eu?” Devolve Kyo.

“Vai congelar até os ossos.” E o salão fica ainda mais frio.

“Ah... vê se não exagera.” Diz Momiji começando a tremer com o frio.

“Uotani-san, eu senti a presença da princesa no calabouço, ela pode estar lá.” Diz Kagura.

“Eu vou buscá-la.” Diz Uotani se virando, porem Kyo acerta um golpe no chão, fazendo parte do corredor desmoronar.

“Aonde pensa que vai?”

“Desgraçado! O que fez com a Hime-sama?”

“Ela não deve estar consciente, segurem o Kyonkichi, vou acordar a princesa.” Diz Hanajima se concentrando.

“Daqui?”

“Isso mesmo.”

“Pode deixar!” Diz Momiji.

  Hanajima bate o cajado no chão e em baixo de si aparece um pentagrama. Ela puxa uma carta banca e começa a recitar um mantra.

“Como se eu fosse deixar!” Grita Kyo que ia se jogar contra Hanajima, mas é erguido no ar.

“Minha habilidade me permite mover ou parar corpos.” Diz Haru.

“Estou disposto a ajudar.” Diz Momiji criando uma corrente de vento ao redor de Kyo. “Vento? Eu queria água... ah, também serve.”

“Rápido Hanajima.” Diz Uotani.

“Não me apresse.”

- Hime-sama, Hime-sama.

- Hana-chan?

-Levante, precisamos de você.

-Eu quero, mas não sei se consigo.

-Não posso continuar a conversa, preciso que desperte ou o Kyonkichi vai acabar com tudo.

“Já chega, cansei de bancar o bonzinho!” Berra Kyo cuja presença começa a ficar mais forte.

“Mas... o que é isso?” Pergunta Yuki.

“Que poder horrível.” Diz Kagura.

“Impeçam que ele se transforme!” Grita Haru atirando Kyo contra a parede.

“Pressão de ar!” Grita Momiji usando o ar para imprensar Kyo contra a parede.

“Você me enganou.” Diz Kagura que aproveita o momento e acerta vários golpes em Kyo.

“Vamos acalmar o espírito.” Diz Hanajima lançando alguns selos ao redor de Kyo. Porem Tohru se põe na frente dela, impedindo a bruxa de terminar a magia.

“Ativar selo-escudo!” Diz Tohru. Um fogo roxo aparece na frente de Kyo e se estende pelos quatro selos formando uma cruz.

“Esse poder... desde quando...?” Se pergunta Hanajima.

  O fogo começa a diminuir e no lugar de Kyo surge a sombra de um monstro.

“Kyo! Pare por favor.” Pede Tohru.

“Não se rebaixe Hime-sama.” Pede Uotani.

  Kyo começa a avançar.

“Hime-sama, saia daqui!” Grita Yuki.

“Nem pensar! Kyo, Kyo.”

  Kyo desaparece de repente e reaparece atrás de Momiji, ele atira o garoto contra a parede antes que ele pudesse entender o que aconteceu.

“Um.”

“Pare com isso!” Pede Tohru

“Não adianta pedir, temos que lutar.” Diz Uotani.

  Kyo desaparece novamente e faz o mesmo que fez com Momiji, com Yuki.

“Yuki!” Haru parte contra Kyo, mas esse apenas some de novo e ao reaparecer chuta Haru no estomago, lançando muitos metros de distancia.

“Três.”

“Kyonkichi, onegai...” Pede Tohru.

  Kyo de repente começa a voltar para sua forma humana.

“O que?”

“Ele voltou. Não ataque os meus amigos.” Pede a princesa.

“Mesmo assim ainda sou melhor que eles!” Pensa Kyo, agora indo pra cima de Tohru.

“Hime!” Uotani se põe entre Kyo e Tohru e leva um soco no estomago.

“Uo-chan.”

“Desgraçado!” Grita Kagura partindo contra Kyo que se volta contra a guardiã e desfere um chute quando ela se aproxima.

 

  A porta do salão de Reunião se abre e algumas pessoas saem para ver o que era aquela barulheira toda.

“Mas o que está... Minha nossa senhora!” Exclama Shigure.

“Kyonkichi. O que ele está fazendo aqui?” Se pergunta Akito.

“Voltem para dentro!” Grita Tohru se aproximando de Kyo.

“Mas você é chata, hein garota.” E começa a apertar o pescoço de Tohru.

“Hanajima-donno, faça algo!” Grita Shigure.

“Selamento!” Diz Hanajima batendo com o cajado no estomago de Kyo. Momiji pula nas costas do demônio.

“Vamos ver quem gosta de Oni assado!” E suas mãos começam a arder a pele de Kyo.

“Cuidado, ele ainda está com a Hime-sama!” Grita Hanajima.

“Seu... pirralho atrevido!” Diz Kyo soltando Tohru.

“Momiji, sai daí!” Grita Yuki. Momiji faz como ordenado.

“Seus...!” Exclama Kyo que tenta se mover mas não consegue.

“Eu congelei seu corpo. Não conseguira mover um dedo.”

  Tohru tentava dizer alguma coisa. Estava visivelmente fraca e arfando muito.

“Não fale.” Diz Hanajima.

“Hana-chan...”

“Isso é que é trabalho em equipe.” Diz Shigure ainda parado na porta.

“Vamos fazer uma prisão temporária.” Diz Uotani.

  Hanajima para uma mão próxima a Kyo e começa a recitar um mantra. Um circulo negro aparece embaixo de Kyo.

“Mas, Hana-chan...”

“Ele é muito forte, eu peço sua ajuda.”

“Hai.”

   Hanajima joga uma carta branca no meio do circulo. Tohru vai engatinhando até os escombros e faz um corte em Kyo com uma pedra.

“Gomem...” E limpa o sangue com um dedo. A seguir ela faz um corte na própria pele e limpa o sangue com outro dedo e escreve na carta com ambos. Quando Tohru sai do criculo surge uma barreira. Hanajima lança mais quatro cartas.

“Vocês também.”

“É só se cortar?” Pergunta Kagura.

“E escrever prisão.”

  Os quatro cortam um dedo cada com a borda do papel e escrevem “prisão”.

“Hanajima-donno, por quanto tempo essa prisão ira deter o Kyonkichi?” Pergunta Shigure se aproximando da bruxa.

“De acordo com a força dele, o sangue nos papeis vai sumindo.”

“Kyo... Saiam.” Ordena Tohru.

“O que?” Pergunta Hanajima.

“Eu quero que saiam.”

“Hime-sama...” Começa Uotani.

“Saiam... apenas saiam.”

“Vocês ouviram a princesa.” Diz Shigure. Os guardiões, Uotani, Hanajima, Shigure e os conselheiros, todos vão deixando o corredor.

  Tohru se ajoelha em frente a prisão.

“Kyo... Kyo... Kyo... me deixe falar com você.”

“O que você quer?”

“Saber se você está bem.”

“É o que isso te interessa?”

“A pressão pelo visto não está te esmagando... Kyo eu preciso da sua ajuda.”

“... desembucha...”

“Seu poder... você pode ajudar, precisamos de você.”

“Prefiro morrer.”

“Não diga isso... por favor, me diga o que você quer.”

“Te trucidar.”

“Bem... alguma outra coisa.”

“Devorar suas tripas e incendiar esse castelo.”

“Algo mais sutil?”

“Desista garota, não vai me convencer.”

“Um quarto no castelo, boa comida, banho quente.”

“Você se esquece que eu não sou humano, essa forma é falsa.”

“Mas não deixa de ser você.”

“Meus gostos são diferentes.”

“Você está aqui, vivo, aproveite, pode ter uma vida que nunca teve, com conforto, não sendo caçado.”

“Porque perde seu tempo comigo? Sabe que pretendo te matar...”

“Não estou perdendo meu tempo. Quero te ajudar, quero que você me ajude.”

“... você é estranha...”

“Você e eu somos parecidos, vivemos em uma prisão.”

  Kyo ergue uma sobrancelha.

“Eu tenho que obedecer regras, não posso me divertir, estou confinada nesse castelo... nós dois queremos sair.”

“Você não sai porque não quer, eu fui confinado aqui.”

“Não posso sair... tenho varias coisas para resolver, pode ser perigoso sair do castelo.”

“Você está é mal acostumada com vida mole aqui e não quer sair.”

“Vida mole? Que queria que fosse. São 500 reuniões, congressos, tanta porcaria...”

“Como quiser...”

“Me ajude...”

“O que você quer?”

“Preciso achar os 12 guardiões, mas temo guerra.”

“Espalhe cartazes.”

“Mas você pode ajudar.”

“Eu não carrego cartazes.”

“eheheheh, ahahahah, você é engraçado.”

“...”

“Obrigada.”

“O que?”

“Você me fez rir.”

“Ah, cale a boca.”

“Não seja tão carrancudo, não faz bem pra pele.”

“Ora, cale essa boca! Espera só até eu sair daqui.”

“Você vai dormir ai senão se comportar.”

“EU vou arrebentar essa porcaria.”

“Minha mãe diz que estresse é fome.”

“É o que?”

“Acertei não é?”

“Ah, va te catar!”

“Mas agora só deve ter as sobras... eu tenho uma bala, quer?”

“Uma bala?”

“É.” E tira do bolso uma bala e a passa pela barreira. “É boa.”

  Kyo pega a bala e a engole.

“Coisa estranha.”

“Gostou?”

“Boazinha...”

“Que... bom...” E desmaia.

“Ei garota... putz...”

   Em um outro salão.

  Yuki se levanta de repente.

“Yuki-donno?” Pergunta Shigure.

“A Hime-sama.. vamos!” Ele, Momiji, Kagura e Haru saem correndo.

“Ele vai nos dar problemas...” Pergunta Uotani.

  No corredor.

“Hime-sama? Hime-sama? O que você fez com ela?” Pergunta Yuki.

“Absolutamente nada.” Responde Kyo.

“Não acredito.”

“Ele é um mentiroso, aposto que feriu a princesa.” Acusa Kagura.

   Yuki ergue Tohru em seus braços.

“Vou tirá-la daqui, vocês vigiem essa coisa.”

“Desde quando ele virou o chefe?” Pergunta Haru.

“Eu é que não ia querer contrariá-lo.” Diz Kagura.

“Ninguém nunca decidiu o líder mesmo.” Diz Momiji.

“E se ela morrer? O que acontece com vocês?” Pergunta Kyo.

“Como é que é?” Pergunta Haru.

“Se a Hime-sama morrer vamos matar quem fez isso.” Responde Kagura.

“Então não fiquem parados, vão procurar.”

“Arg... maldito.”

“Hime-sama não está morta.” Diz Hanajima.

“Hanajima-sama!”

“Ainda bem.” Diz Momiji.

“E o que a gente faz com esse cara?” Pergunta Haru.

“Acho que ele deveria ser castigado.”

“Claro, claro.” Diz Kyo.

“Como pode ser debochado em uma situação como essa?” Pergunta Hanajima perdendo a calma.

“Não preciso ter medo de fracotes que utilizam barreiras para não terem que lutar.”

“Suas palavras não nos farão desmanchar a barreira, Hatsuharu aumente a pressão.”

“Pode deixar.”

  Kyo começa a gritar, Kagura até se afasta um pouco.

“Assim talvez aprenda a se comportar.” Diz Hanajima.

“Por que... você... não vai pro inferno!”

“Você é a porta para ele, Momiji, fogo.”

“Xá comigo.” E dispara uma rajada contra Kyo.

“Você... vai pagar... feiticeira...” E começa a gritar.

“Sim eu vou. O que vai acontecer comigo não é nada comparado ao que te espera.”

“Isso, acabem com ele!” Grita Shigure do outro lado do corredor.

“Mas você vai sofrer muito mais.”

“Manda ver... feiticeira.”

“Está tarde, voltem todos aos seus aposentos, ele vai ser lacrado novamente.”

“Claro, claro.” Debocha Kyo.

“Mas não seria melhor destruí-lo de uma vez?” Pergunta Shigure.

“Ele é muito poderoso, precisaríamos de mais guardiões, mas nem temos a localização deles.”

“Que lastima, nesse caso deveríamos dar prioridade à proteção da princesa.”

“Os guardiões também são necessários, é urgente achá-los.”

“Devemos mapear as áreas possíveis.” Diz Uotani.

“Isso, usando como referencia os quatro.” Diz Shigure.

“Muito bem, vamos fazer isso.”

“Mas deixem para outra hora... e o que devo fazer com a reunião?” Pergunta Shigure

“O único jeito é cancelar.” Responde Uotani.

“A princesa não está em condições.” Completa Hanajima.

“Fazer o que... e não é nem hora do almoço ainda.” Diz Shigure se afastando.

“Como está a Hime-sama?” Pergunta Hanajima.

“Agora está dormindo.” Responde Uotani.

Continua...