MySelf Durlins escrita por Isadora Pacheco


Capítulo 2
Capítulo 1 - All for eat


Notas iniciais do capítulo

Caso alguém se interesse em saber melhor a aparência da irmã dela, é exatamente assim: http://i.imgur.com/znknLIy.jpg



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Sarinah novamente acordava em sua cama, mas dessa vez já era manhã e Teddy estava ao seu lado, não no chão. Ela observou um pouco a janela que ficava ao lado da cama, o dia era muito bonito, nenhuma nuvem no céu e ensolarado. Um ótimo dia para brincar.

Ela esfregava os olhos azuis e depois tirava seus cabelos loiros quase brancos de sua pele branca que mais parecia a de uma boneca de porcelana. Pegava seu urso que já estava limpo de ontem, que nem ela.

Assim que colocou os seus pés no chão, ouviu um som melodioso de um violino, o instrumento favorito de sua família. Ela reconhecia aquela música de longe, pegava Teddy e começava a balança-lo como se estivesse dançando valsa.

–Até que enfim ela chegou, não é Teddy-kun? Estava demorando! - Ela abraçou o urso de leve e desceu a escadaria que agora estava limpa, mas não tinha sido ela que havia feito isso.

Assim que os degraus, ela olhou para a esquerda e avistou sua irmã, Melody, com roupas um tanto diferentes para o século XXI e seus cabelos ondulados e castanhos soltos e sua franja caindo um pouco em seus olhos verdes. Ela tocava violino como sempre fazia quando não se alimentava de humanos ou ia atuar como uma humana normal.

Sarinah se aproximou rapidamente e parou na frente de sua irmã abrindo um sorriso enorme no rosto e batendo palmas. E fazia que Teddy também "batesse palmas". Melody parou e a encarou friamente.

–Por que parou, irmã? - Sarinah desfez o sorriso.

–Eu não fui criada para alegrar qualquer tipo de criatura. - Melody respondeu.

–Nenhum Durlins foi feito para isso...mas ainda sim, poderia tentar SE alegrar, não? - Sarinah novamente abriu um sorriso.

Melody a encarou por um bom tempo e depois desviou o rosto.

–Esqueci que demônios infantis ainda tem sentimentos, eu sinto muito... - Sua voz permanecia gélida.

–Eu aceito seu perdão se você me responder uma questão! - O sorriso dela permanecia no rosto.

–Vá em frente.

–Onde está o meu humano? - Sarinah desfez o sorriso para uma expressão séria e assustadora e sua voz pareceu até mesmo engrossar. Seus olhos se tornaram de azuis para um forte vermelho brasa. Ela já estava cansada de fingir que gostava da irmã.

–Não iria deixa-lo apodrecer no chão frio, não é? - Os olhos de Melody também se tornavam vermelhos assim como os de Sarinah e elas se encaravam com fúria. Melody também não gostava de sua irmã mais nova, estava lá apenas por pedido de seus pais.

Ela largava seu violino no sofá e fechava os olhos de leve, assim que os abria eles voltavam a coloração esverdeada de antes. Enquanto Sarinah nem tentava fazer o mesmo.

–Não vou afrontar você ainda...talvez, mais tarde. - Falou Melody.

–Minha irmã é uma Durlins medrosa, Teddy-kun! Ela não sabe que posso vence-la facilmente... - Um sorriso psicopata surgia na mais nova enquanto encarava a pelúcia.

–Pare de falar o sobrenome da nossa família como se fosse algo de se orgulhar, afinal, se você continuar assim, logo descobrirão.

O sorriso de Sarinah desapareceu, mas os olhos vermelhos não. Até que alguém tocou a campainha da mansão e ela esfregou os seus olhos com força para eles voltarem aos azuis. Abria eles com a coloração de volta e via Melody indo até a porta com um sorriso fofo e inocente como se estivesse feliz que alguém veio. Ela abriu a porta.

–Bom dia, senhor guarda! O que veio fazer aqui? - Sua voz se tornou fina e doce e seu sorriso cada vez mais fofo, Sarinah já estava ficando enjoada daquela cena. Era irritante ver sua irmã fingindo ter sentimentos como ela.

–Eu recebi a denuncia de um assassinato aqui ontem a noite, á algo que queira esclarecer, senhora? - O guarda permaneceu sério. Melody olhou para ele surpresa e depois começou a chorar.

–Sim, ouve um assassinato aqui...e-eu estava dormindo aqui com minha irmã até que ele entrou e eu ouvi o som da porta se abrindo. Foi assustador! - Ela limpou as lágrimas e fungou. - De repente, fui ver a minha irmã para protege-la e quando cheguei lá , ele estava a ferindo! FERINDO! Então eu fui tentar ajuda-la e quando a peguei, o homem gritou e se matou sem motivo aparente...o importante é que nós duas estamos bem.

–É verdade, garota? - Dizia o guarda olhando para Sarinah, que estava ao lado de Melody de repente.

–...Sim. - Sarinah odiava mentir, se continuasse falando iria contar a verdade a qualquer momento.

–Ótimo, talvez nós possamos dar umas voltas em sua casa para ter certeza. Mas não acho que isso seja provável.

Sarinah fazia uma cara bizarra pois estava tentando segurar o riso. "Humanos realmente acreditam em tudo que crianças dizem! Tolos!".

O homem começou a encarar o urso de pelúcia de Sarinah, agora ela não tentava mais segurar o riso e sim entender o por quê dele estar o olhando para a sua propriedade.

–Esse urso...é o de minha filha! Ela tinha perdido esse dias! Eu reconheço ele longe já que foi minha avó que fez! Obrigada por encontra-lo! - Dizia o guarda sorrindo para ela e esticando a mão, Melody empurrava de leve a mão dele.

–Acho que houve um engano, esse urso é dela. - Melody se esforçava para sorrir e não entregar a irmã que havia encontrado o urso na rua há poucos dias atrás.

–Não, é realmente meu. Ela nunca fez uma réplica dele, é único. - O homem estendeu a mão novamente e tirou o urso das mãos de Sarinah sem falar com ela antes.

Não pode resistir, os olhos de Sarinah se tornaram vermelhos e sua expressão com ódio e fúria estampados em sua cara, ela puxou o homem pelo pulso para dentro de sua casa, mas o apertava tão forte que seu pulso quebrou e o homem sentia uma dor violenta.

Assim que ela chegou com o guarda no meio da sala o jogou contra a parede, fazendo que a mesma se rachasse e o homem bem ferido e sangrento ficasse lá e caísse sentado. Sarinah ficava por cima dele e arranhava o pescoço do tal com força quase expondo sua veias pra fora.

–...Nunca mais...NUNCA! - Sarinah começava a socar o seu estômago o fazendo vomitar sangue e depois levava a mesma mão para o coração do homem e o retirava. Ele não respirava mais e agora ela devorava seu coração com fúria, não mostrando nenhuma dó ou compaixão.

Melody não estava mais com o sorriso no rosto, sua expressão séria voltava junto com os olhos vermelhos, ela se aproximou de Sarinah e empurrou a mesma, colocando sua mão inteira na boca do homem e a virando para cima. Depois ela retirava de lá uma espécie de fumaça e a engolia antes mesmo pensar duas vezes e logo após lambia os dedos cobertos de sangue.

– O QUE VOCÊ FEZ, IRMÃ!? A ALMA DELE ERA MINHA! - Sarinah ia para cima dela e a enforcava mas Melody a segura pela testa e a põe na mesma parede que o homem morto e Sarinah se rebatia.

–Não tem o direito de reclamar depois de se descontrolar desta maneira, a próxima vez que você for quase descoberta, não peça a minha ajuda. - Melody a soltava e dava passos até ao sofá e pegava seu violino, depois caminhava até direção á porta sem olhar para Sarinah.

–Eu não preciso de você, eu sou uma Durlins! Eu nunca vou perder para alguém tão merda como você! - Disse Sarinah sem saber direito o que era o significado da palavra, mas ainda sim assistiu na TV que era um bom xingamento.

–Eu também sou uma, você não pode falar nada. - Melody parava e virava o rosto para trás, para encarar a mais nova.

–Está enganada, você só é um saco de lixo perto da minha família! Eu irei sobreviver sozinha melhor do que você! Terei sentimentos e serei honesta, diferente desse seu falso sorriso e movimentos improvisados, ouviu?

Melody se virava por inteiro e ia em direção a Sarinah que ainda estava no chão depois que ela a soltou e foi tentar tocar em seu rosto, mas Sarinah empurrou sua mão com força

–NÃO TOQUE EM MIM! NÃO QUERO SER TOCADA POR ALGUÉM NOJENTA FEITO VOCÊ!

Melody deu os ombros para o comentário e virou fumaça, agora estava em lugar diferente graças ao seu poder forte. Sarinah se levantou e pegou Teddy que estava perto do lado esquerdo do homem.

–Teddy-kun, não fique triste! Você é um Durlins também! - Seus olhos azuis estavam de volta, mas estavam fechados enquanto ela abraçava a pelúcia. Depois ela dava um sorriso vendo o urso.

–Quantas vezes eu vou ter que te lavar hoje? Hoje a noite você fica no meu quarto, mas cuidado com os homens malvados!

Ela foi em direção a escada, mas olhou para trás vendo o homem morto.

–Espere um minuto, Teddy-kun... - Ela colocou ele na ponta da escadaria.

Ela foi em direção ao homem e jogou o corpo dele por completo no chão, logo colocou o seu pé na cabeça dele com força. Quando percebeu, seu pé já estava no chão e milhares de pedaços de sua cabeça estavam espalhados pelo chão.

–Tsc, homem imundo... - Ela olhou para a janela que dava á vista para a parte da frente da mansão. Um jardim enorme com um caminho de pedras, bonito e bem-cuidado. Ainda dava um ar mais belo por causa do Sol refletindo nas flores.

–Depois que nos lavarmos Teddy-kun, vamos sair! Não quero ficar trancada em casa em um dia bonito desse! - Ela sorriu e subiu a escadaria para lavar Teddy novamente, aquilo já estava a cansando, então o esconderia e ia sair sem companhia nenhuma. Afinal, já estava acostumada.


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